Domingo, 14 de Janeiro de 1996
Participantes: Mary, (Michael), Vicki (Lawrence), Ron (Olivia), Guin (Sophia), Jim (Yarr), Tom (James), e a Christie (Oliver)
Tradução: Amadeu Duarte
(Versão parcial)
Nota: A Christie, que é um dos três indivíduos que se achou presente na nossa primeira sessão, ausentou-se das nossas sessões de grupo desde 30 de Julho. O nome dela foi abreviado para Chris nestas transcrições.
Elias chega às 6:30 da tarde.
ELIAS: Boa tarde! Olha ao redor pela sala e detecta a Chris) Ah! Com que então o Oliver escolheu alterar probabilidades! (A rir abertamente)
CHRIS: Escolhi, sim! (A rir)
ELIAS: Não fazia a menor dúvida da ocorrência duma situação dessas! Sê bem-vinda, uma vez mais!
CHRIS: Obrigado.
ELIAS: Desejareis colocar perguntas esta noite, ou devo dizer, o Michael desejará colocar alguma pergunta esta noite?! Admissível.
VICKI: Muito bem; perguntas instigadas pela leitura deste livro: “Por favor, explica a razão porque uma pessoa poderia ser afectada pela fadiga por se envolver no fenómeno da canalização.” (Nota: Sempre que a Vicki lê as perguntas apresentadas pela Mary, elas serão inseridas em aspas)
(Nota do tradutor: Alusão ao livro “Contactos com o Eu Superior”, da autoria de Eugene Jussek, que trata da canalização duma entidade enquanto em estado de hipnose)
ELIAS: Deseja saber a razão porque o contacto sofre uma afectação, não é?
VICKI: Sim. Além disso, o indivíduo apresentado neste livro declara que isso é indesejável por parte daquele que está a proceder à canalização, neste caso, canalizar quando se sente extremamente fatigado.
ELIAS: Isso corresponde ao desejo do indivíduo focado no físico. A essência corresponde. O indivíduo não deseja empreender o fenómeno enquanto experimenta fadiga ou desconforto ou indisposição. Por isso, essa disposição é expressada ao “nível” da essência, e é correspondido por parte da essência que o contacta, por intermédio do “canal”. Na realidade, conforme vos terei dito, o vosso corpo físico não será, em grande medida, sobrecarregado durante a ocorrência desse fenómeno, porque as essências que se acham envolvidas nesse compromisso não têm o menor desejo de empregar conflito nem de sobrecarregar o indivíduo físico. Muita energia é requerida, só que é manipulada de tal forma que o indivíduo focado no físico não sofre o menor prejuízo em resultado desse fenómeno. Poderá seguir-se uma fadiga moderada, mas normalmente, isso deve ser tudo. Muitos indivíduos podem sentir-se animados e excitados por incorporarem uma outra energia.
VICKI: Muito bem. “Porque razão as pessoas referem o túnel, e a luz que os atrai a ela?”
ELIAS: Já debatemos este assunto em parte, anteriormente. Dir-te-ei, a título adicional, que os indivíduos no estado de transição, que não estabelecem um enfoque de acordo com as crenças que poderão ter empregado, podem perceber aquilo que interpretam por palavras, em termos duma luz e dum túnel. Isso assemelha-se às situações com que vos deparais nos sonhos, e com que não vos conseguis identificar no estado desperto. Por isso associais-lhes uma identificação destinada à vossa própria compreensão, de modo a poderdes beneficiar tanto quanto puderdes da situação.
Por isso, as pessoas experimentam a visão duma outra essência, que se encontra presente para as ajudar durante a transição. Nessa medida, percebem visualmente a aparição duma essência que incorpora uma forma com contornos. O conhecimento daquilo que vêem permanece, digamos, enterrado. Foi esquecido. Por isso, associam uma identidade ao que vêem. Referem ter visto o esplendor duma luz que os cega, luz essa que se revela acolhedora e terna. Na realidade, ao “nível” da essência vós não irradiais necessariamente o que encarais como luz visível, mas irradiais um brilho. Nessa medida, interpretais isso no estado desperto como uma luz.
CHRIS: Quando mencionam a passagem por um túnel, e a sensação que isso provoca, assemelhar-se-á essa sensação à que eu tive quando tive aqueles sonhos em que me senti a separar-me, em que sentia algo a separar-se? Tratar-se-á da mesma sensação que a da passagem por esse túnel?
ELIAS: Absolutamente. O Yarr também há-de experimentar essa mesma experiência, caso se permita seguir o seu lado feminino. Na realidade trata-se duma separação. Uma separação da consciência para além da consciência física. Por isso, vós interpretais isso igualmente como uma passagem por um túnel.
Muitas vezes, associais a isso interpretações de coisas que não compreendeis, e em relação àquilo de que não dispondes de imagem alguma. Depois, no foco físico, ao esperarem que expresseis essas experiências, esforçais-vos por lhes associar uma identificação que encontre cabimento na vossa linguagem. No âmbito dessa dificuldade, a identificação que fazeis na realidade vai alterar a recordação que tendes dessa visualização. Portanto, ao expressardes que acreditais ter visualizado, isso ter-se-á alterado na vossa mente, nessa visualização. Se tiverdes que o expressar por palavras ou imagens, expressais um túnel e uma luz; por a capacidade de identificardes ser limitada, e isso raiar os limites da interpretação.
TOM: Bom, isso assemelha-se mais ou menos à sensação que obtemos quando estamos a meditar diante do espelho. Sentimo-nos como que atraídos para o espelho. Então, na realidade, é quase a mesma coisa que o que estás exactamente a explicar.
ELIAS: A sensação, por certo. Dá-se a incorporação duma sensação física que é acompanhada por esse acto da consciência. Todas essas sensações vos parecerão bastante semelhantes. Na realidade, elas traduzem um movimento da consciência a afastar-se da expressão física. Isso ilustrar-vos-á a poderosa ligação que existe entre a vossa consciência imaterial e a expressão física do vosso corpo. (Pausa)
TOM: A tua visão encontra-se focada, esta noite?
ELIAS: É... diferente.
TOM: (Estende o cachimbo ao Elias) Consegues ver isto? (O Elias sorri em reconhecimento) Ah ah!
ELIAS: (A rir) Vou-me abster de o utilizar isso agora, até obter consentimento da parte do Michael. Não desejo causar conflito, por isso presentemente poder causar conflito. Por isso, prefiro aguardar; mas agradeço a oferta!
TOM: Só gostava de te ver a usá-lo uma vez!
ELIAS: Isso há-de actualizar-se! (Ligeiro riso forçado, seguido de riso geral)
RON: Eu tenho uma pequena pergunta, com respeito ao cachimbo. Tive a percepção, após te ter visto com ele pela primeira vez, que tu estarias muito mais habituado a um cachimbo direito do que a um curvo.
ELIAS: Isso é bem verdade. És muito perspicaz!
RON: Foi por isso que voltei atrás e comprei outro cachimbo!
ELIAS: Ah! Estamos de volta ao Natal uma vez mais! Mas esse cachimbo actualmente encontra-se onde?
RON: Mesmo à tua frente. (Estende-lho)
ELIAS: (Apanha o cachimbo e examina-o) Está muito melhor! Muito bom gosto! Penso que o Michael não sentirá conflito se eu apenas segurar nele! (Riso, e em seguida para a Vicki) Prossegue.
VICKI: Está bem. “Eu gostava de saber sobre o nível de distorção que se opera com um canal, e quanta distorção envolverá o meu caso.”
ELIAS: Pergunta interessante! Já debati esse assunto anteriormente. Muitos indivíduos comportam bastante distorção. Também vos direi a todos, que mesmo em face do que encarais como um “canal perfeito”, conforme diríeis, sempre decorrerá um elemento qualquer de distorção, por fazerdes uso dum idioma. Por isso, os conceitos precisam ser “torneados e moldados” a fim de se ajustarem à vossa língua, a qual sois capazes de compreender. Por isso, isso sempre provoca uma distorção parcial; mas também vou dizer que existem essências que procuram indivíduos que possuam a capacidade de incorporar este fenómeno do modo menos distorcido possível. Isso depende da informação que a essência desejar transmitir.
Certas essências que se especializam no enfoque do ensino, não se preocupam tanto com o volume de informação que desejam transmitir. Também não se preocupam com o tipo de informação, por a ligação que estabelecem se efectuar por intermédio do próprio fenómeno. Elas também se revelam um auxílio e são instrutivas, no contexto desse fenómeno, por intermédio de certas qualidades vibratórias e informação telepática que é transmitida no decorrer das sessões que dispensam, digamos assim. Outras focam-se de uma forma bastante específica, e empregam um maior volume de informação ao “nível” dum maior envolvimento; termo que constitui um factor limitativo que utilizais, porque não existem níveis!
Precisais também perceber que apesar de poder resultar distorção da abordagem que um indivíduo faça, esses indivíduos estão em conformidade com uma essência, se estiverem actualmente a fazer uso desse fenómeno. Por isso, a essência tem noção das propriedades de distorção. O compromisso pode ser estabelecido, independentemente, por poderem existir qualidades de energia empregues, as quais poderão ser benéficas.
Neste grupo de indivíduos, as essências ligadas têm sido conscienciosas e cuidadosas na escolha de indivíduos que fazem uso dessa informação. Nessa medida, esses indivíduos foram ensinados e preparados durante o que entenderíeis como um enorme período de tempo. Esse preparo foi determinado pela razão de um mínimo de distorção. Os indivíduos foram seleccionados e comprometeram-se. Conforme declarei previamente, esses indivíduos possuem a capacidade de permitirem que as crenças que abrigam a nível pessoal se afastem, de modo a permitir que a informação passe a ser estabelecida, ainda que subsistam crenças conflituosas. Além disso, esses “canais”, digamos assim, têm suficiente esclarecimento para expressarem abertamente a existência dum bloqueio quando se defrontarem-se com um. Por isso, essa questão particular poderá ser temporariamente desviada. É igualmente do conhecimento geral, que num período de tempo razoável, esses temas também obterão permissão para serem utilizadas e expressadas. Não é importante, esse elemento do tempo que vós incorporais; porque todas as coisas alcançarão a expressão. (Pausa)
VICKI: Ou seja, ainda me sinto confusa. Existem, digamos, “níveis” de distorção entre diferentes indivíduos?
ELIAS: A distorção que tu imprimes actualmente! (A sorrir) Há elementos de distorção em certos indivíduos, ou o que podeis encarar como níveis, que não constituem níveis, só que a compreensão que tendes é limitada. Por isso, utilizamos a linguagem disponível. Além disso, muitos não possuem um vocabulário prático activo, o que é factor limitativo, porque se o indivíduo, no seu “cérebro” não tiver – não consciência, atenção – mas conhecimentos linguísticos, isso também deverá prejudicar. Existem palavras no vosso idioma em relação às quais o Michael não dispõe um conhecimento prático, mas com os anos de estudo que ele efectuou, a percepção visual dele passou a integrar essas palavras. Pode não ter uma compreensão prática da sua definição, e pode nem sequer perceber que alguma vez se tenha deparado com uma palavra específica, mas o cérebro registou a informação e ela foi armazenada; porque tudo aquilo com que vos deparais é preservado. Cada elemento de informação com que vos depareis na vossa experiência física é mantido. Nada se perde.
Por isso, podeis não ter uma definição prática para certos elementos do vocabulário, mas eu tenho! Consequentemente, eu posso ter acesso a palavras não utilizadas no vosso cérebro, e utilizá-las para me expressar. Certos indivíduos não se deparam com um vasto leque de termos empregues no vosso idioma, e possuem uma habilitação limitada. Eu devo dirigir-me a vós somente nos termos do que o indivíduo aceita na sua consciência.
Bom, podereis dizer-me: “Mas, e que dizer daqueles que podem estar a falar numa outra língua através deste canal, uma língua que o indivíduo não conheça?” Errado. Quando esse fenómeno ocorre, isso ocorre pelo facto do indivíduo que actua como canal incorporar uma recordação próxima de um foco de desenvolvimento passado que utiliza essa língua. Por isso, na consciência actual que possui, isso encontra-se à disposição duma eventual utilização por parte da essência que canaliza. O Michael não tem noção dos termos da língua francesa que vos expresso, mas cada um de vós partilhou focos de desenvolvimento com esse idioma. Por isso, na vossa consciência vós possuís conhecimento; e vós aqui presentes no grupo já conduzistes a vossa consciência a um ponto de recordação tal, por meio das vossas meditações e da vossa focalização, que possibilita obter um acesso claro a essa informação.
VICKI: Então, esta questão da linguagem; isso seria uma explicação da razão porque esta essência, para falar deste livro que estivemos a ler, emprega termos como Carma?
ELIAS: Em parte. Conforme referi anteriormente, isso também consiste num convénio. A essência está ciente do indivíduo para quem se encontra a canalizar, assim como também está ciente dos indivíduos que são afectados pelo fenómeno, por estar atenta. Por isso, para poder influenciar e responder igualmente a esses indivíduos, adianta certa linguagem e certos conceitos, por poderem ser aceites e compreendidos. Esses indivíduos empregam um foco ocidental, mas encaram a filosofia oriental como mais digna de crédito. Por isso, se utilizar acentos duma tonalidade própria das filosofias orientais isso passará a ser aceite e utilizado. Existem sempre razões. Não existem acidentes!
VICKI: Bom, e em relação a esta referência da esquizofrenia como sendo um elemento de possessão? (Elias sorri) Esta foi a discrepância mais gritante! (Nota do tradutor: A citação mencionada nesta passagem faz referência à esquizofrenia como um fenómeno de possessão)
ELIAS: À medida que fordes avançando, haveis de ver, uma vez mais, no nosso material anterior, que o Elias incluiu informação que também podereis perceber como discrepâncias; embora se estiverdes verdadeiramente a buscar e a escutar, chegareis a compreender não existir conflito e que toda esta informação “encaixa”. As palavras, uma vez mais, são sugeridas de um modo que as pessoas venham a compreender.
Haveis de notar que esta essência refere que nenhuma outra essência é invasora. Esta essência pode moldar as palavras de modo diferente, mas a ideia é a mesma. Não existem essências invasoras! Haveis de notar que esta essência já foi confrontada, não apenas neste encontro mas noutras alturas, nos seguintes termos: “Poderá uma essência passar a introduzir-se na expressão dum corpo físico?”. A resposta é categórica, tal como a resposta do Elias tem sido categórica: NÃO! Por isso, isso oferece-vos pistas que nas palavras desta própria essência se apresentam como contraditórias; só que não são nada contraditórias! Porque no caso dessa questão que designais por disfunção mental, esses indivíduos incorporam outras essências; não no seu corpo físico, mas na comunicação que estabelecem. Eles falam com elas, e essas essências falam com o indivíduo físico.
Essas essências não se acham num foco como o meu. Essas essências encontram-se num estado de transição, no qual muitas essências são capazes de provocar muita travessura, muita maldade, por não terem consciência daquilo que estão actualmente a afectar; tal como vós podeis defrontar-vos, através do vossa tábua Ouija, essências que realmente não se encontrem num foco de ensino mas que podem achar-se em transição, e que vos reflictam o vosso próprio foco. Essas essências que se encontram em transição por vezes podem incorporar nos indivíduos focados no físico. O indivíduo que se encontra focado no físico, ainda se encontra no estado de esquecimento, pelo que interpreta erradamente, e não reconhece aquilo que está a experimentar. Em razão do que expressais isso em termos duma disfunção das capacidades mentais do indivíduo. Mas ele escolheu essa experiência.
Na realidade, não existe qualquer conflito na expressão da informação dispensada. Só é expressada por palavras que podeis achar desagradáveis. Nas nossas próprias sessões e agrupamento, incorporamos muitas distorções informação de natureza interpretativa que os indivíduos cometem! Eu expresso conceitos. Vocês acolhem intimamente esses conceitos e mudam-nos de tal forma que se tornam irreconhecíveis, indo muito além do que eu tiver expressado! (Riso) Para voltarmos à conversa do canal, isso é a razão porque as essências tais como eu e o Paul procuramos indivíduos que possam incorporar um menor grau de distorção, por meio de bloqueio, desse modo deixando de permitir um fluxo claro de informação; por vir a resultar distorcida em si mesma, com a acção que lhe imprimis!
VICKI: Posso continuar, ou alguém quererá passar a usar da palavra?
TOM: Não, termina com as perguntas do Michael (Mary), se fazes favor!
VICKI: “Não entendo o conceito de evolução espiritual. Se já existimos, de que modo é que evoluiremos?”
ELIAS: (A rir) Ele é bastante divertido! Tu não compreendes! Uma vez mais, linguagem! Eu emprego termos diferentes. Tenho consciência de estar a expressar o vosso idioma pelo meio menos passível de causar conflito, mas também compreendo quão bem as vossas palavras vos podem confundir, ou invocar crenças que eu pretendo evitar a fim de não perpetuar! Por isso, prefiro não utilizar o termo Carma e “Evolução”, por já dispordes de crenças relativamente a esses termos. Eu substituo-os por “Transformação” e “Escolhas”. É a mesma coisa.
Se as essências se vos dirigirem a partir de um foco genuinamente de ensino, hão-de expressar-vos que não existe qualquer pagamento de dívida. Vós não deveis nada a outro indivíduo ou essência. Não existe fracasso! Não existem erros! Mas vós podeis escolher, por uma questão de experimentardes, passar a integrar uma acção desse cunho, acção que devereis expiar ao longo de vários focos. Isso é escolha que diz respeito a vós. Não é nada que vos seja ordenado! Nenhum “Deus” vos aponta o dedo omnipotente a ordenar: “Agora vais pagar por isto!” Errado! Vós podeis apontar o dedo a vós próprios e dizer: “Agora vou passar a criar isso a mim próprio”, mas isso depende da vossa escolha. (Pausa)
VICKI: Encontrar-se-á a essência Yan Su Lu situada num foco de ensino? (Entidade canalizada no livro referido anteriormente)
ELIAS: Exacto.
VICKI: Existirá alguma ligação entre isso e Mi Wu Li? (Nome que a médium, Mary, viu num sonho, meses antes)
ELIAS: Ora bem, expressa a identificação disso num tom rítmico!
VICKI: Já há dois dias que o ando a fazer! É por isso que é tão intrigante.
ELIAS: Sendo esse um outro foco de desenvolvimento desta mesma essência; o que representa um laço e uma identificação interna. Vós estais todos a expandir-vos. Eu digo-vos isso continuamente, nas identificações e recordações que estais a obter. Vou dar lugar a um ligeiro intervalo e logo voltaremos para as vossas perguntas.
INTERVALO
ELIAS: Continuemos. Desejareis colocar mais alguma pergunta? (Pausa)
JIM: Eu tenho que passar a formular as minhas de um modo um pouco mais claro. (Pausa)
VICKI: Bom, eu tenho uma pequena pergunta. Quando fizemos o nosso exercício recentemente, de colocar a forma na folha de papel, andamos à procura e perguntamos a toda a gente em que sítio do papel tinham colocado a forma e toda a gente respondeu, mas depois deixamos de dar atenção à coisa. Sinto curiosidade em saber porque razão terás colocado essa pergunta.
ELIAS: Mas, e tu lembras-te onde essas formas terão sido colocadas nessas folhas de papel? (Volta-se de imediato para o Ron a estender-lhe a mão com a palma voltada para cima come se fazer um gesto para que o Ron respondesse)
RON: No centro.
ELIAS: O cachimbo! (Todos desatamos a rir, enquanto o Ron lhe estende o cachimbo) Aí está! Recordo ter sido o centro! (Volta-se novamente para a Vicki)
VICKI: Recordo que a maioria delas ... (Elias interrompe-a)
ELIAS: A Sari estava próximo do topo; a Sophia estava próximo do lado, não tão ao centro; a Elizabeth ao lado; o Lawrence, ao lado. Isso também representou o que designaríeis por identificação inconsciente; porque o sítio onde colocastes a vossa forma, em relação ao papel todo, era um indicador do vosso foco a deslocar-se através do seu ciclo de desenvolvimento. Aqueles que indicavam uma proximidade do fim do papel, e que estariam posicionados próximo do lado, eram as essências que abrigam a intenção de não se voltarem a focar na manifestação deste foco físico. Não existem acidentes; e vós sabeis mais do que aquilo que julgais saber! (A rir abertamente)
VICKI: A minha situa-se bem em cima, na ponta! (Curiosamente, eu fiz a Mary participar nesse exercício. Ela colocou-se exactamente na mesma posição que eu!)
ELIAS: Eu tenho a certeza absoluta de que se o Michael e o Lawrence tivessem sido capazes de colocar formas fora do papel, teriam feito isso! (Riso) Por isso, podeis ver que até nos exercícios mais simples que empregais, vós plasmais informação. Demonstrais informação para vós próprios. Apenas não notais!
VICKI: Obrigado.
ELIAS: Não tens o que agradecer.
...
CHRIS: Eu tenho uma pergunta que se enquadra na mesma linha da cura. A minha irmã está a envolver-se com o que designam por “toque de cura”, e quando eu estava com uma enorme dor nas minhas costas, ela veio a minha casa e aplicou-me o seu toque de cura nas minhas costas e foi numa altura em que a dor que sentia era excruciante. No dia seguinte tornou-se ainda mais intensa, mas após ter atingido esse ponto, após esse dia, a dor diminuiu consideravelmente. Foi como se não se encontrasse por perto, e nada tivesse ocorrido para além do facto da minha irmã me aplicar o toque de cura, e... (pausa) Qual será a pergunta que queria colocar? Não faço ideia! Eu estava a pensar em me envolver no mesmo tipo de coisa, porque quando dou uma massagem a alguém, isso faz-me sentir muito melhor, sabes. Chego realmente a obter uma sensação de estar a curar e por estar a fazer com que se sinta muito melhor, e... (pausa) Penso que só gostava de obter uma perspectiva da tua parte. Que pensas disso e de mim? Pensas que pudesse ser algo com que fosse bom eu envolver-me ou que eu gostasse, por estar mais ou menos num estado de mudança, de momento, em relação ao que estou a fazer da minha vida, como é do teu conhecimento.
ELIAS: Eu diria que tu já possuis a resposta, quanto ao que te possa trazer alegria e realização. Disso, de que falas, já tu tens consciência no teu íntimo quanto ao facto de constituir o cumprimento duma probabilidade a seguires, se o desejares. Só precisas focar-te. O desejo que sentes é parcial. Vou-te beneficiar com a informação de que essa direcção no curso das probabilidades deverá alinhar pela intenção pessoal que tens, pelo que não te provocará conflito. Para além disso, podes aperceber-te de também vires a sentir satisfação. O único bloqueio que apresentas em relação a isso é o de que o desejo que tens se encontra igualmente em mudança. Por isso é que a motivação que sentes não se apresenta tão intensa. Nesse estado, à semelhança de muitos outros, tu desejas dar seguimento à intenção que tens, mas a motivação que sentes não se centra inteiramente numa única direcção. Se conseguires motivar-te e dar prosseguimento a essa probabilidade, poderás descobrir sentir-te bastante agradada contigo própria, e poderás oferecer auxílio igualmente aos outros, o que deverá tornar-se bastante gratificante. Só precisas focar-te, e guiar-te e às tuas probabilidades. Não permitas que o teu estado de mudança provoque estática nas probabilidades que te estão ao dispor. Permite que elas se movam, que também permitirás que a tua motivação cresça.
CHRIS: Eu sinto que realmente estive ligada à razão porque isso terá ocorrido às minhas costas. Quero dizer, encontro-me completamente em sintonia com a razão porque terá ocorrido, e sei que se prende com o facto de não me sentir satisfeita, ou algo mais que tenhas referido. Quero dizer, tem completa e inteiramente que ver com o trabalho que faço neste momento, e com o facto de fazer aquilo que faço, e o local onde trabalho, e a infelicidade que acarretei, que afasto e faço parecer como se eu tivesse vontade de permanecer lá, e que gosto do trabalho, quando parece que todo o meu corpo - e essa é a razão porque as minhas costas apresentaram aquilo que apresentaram - me esteja a combater e a dizer: “Ah ah ah ah, tu não aprecias aquilo! Não é o que era suposto estares a fazer! Não é onde é suposto estares, especialmente este local em particular!” E após termos conversado na última vez, em Novembro, realmente senti, e tu disseste-me que eu sabia o que se estava a passar, e eu, sabes, sinto ter efectivamente entrado em contacto com isso, e que não podemos ir contra o bom senso do que sentimos. Não podemos trabalhar para aqueles que estão contra aquilo em que acreditamos, sabes, contra as crenças que defendemos, pelo que realmente me sinto ligada a isso.
ELIAS: Tu podes! (A sorrir) Mas também hás-de provocar conflito!
CHRIS: Certo! Era isso que queria dizer! Tal e qual!
ELIAS: Hás-de obter a tua própria atenção, de um ou de outro modo! Se não deres atenção ao ténue “mãe, mãe, mãe”, (riso) hás-de quebrar algo em ti a fim de que isso te chame a atenção! O teu objectivo, por assim dizer, consiste em não causares conflito. Por isso, se deres ouvidos aos impulsos que sentes, e às impressões, ao teu ser, e atenderes ao que o teu ser te expressar, não haverás de sentir o menor conflito; mas como não dás atenção, empregas bastante conflito!
CHRIS: Torna-se difícil quando se sente tanto medo, sabes, e temos um lado de nós a dizer-nos: “Não temas, vai em frente, tu és capaz de fazer isso, podes fazer o quer quiseres”, e o outro lado a dizer-nos: “precisas pagar a renda, precisas fazer isso.” Temos todas essas crenças a chocar entre si e a criar conflito, e aí só nos resta...
ELIAS: Isso está certo, e é no que o conflito que actualmente abrigas se reflecte, neste momento; sendo o que poderá distrair a motivação que tinhas. Se permitires que o medo te influencie, a motivação deverá sofrer uma diminuição, e uma vez mais, desviar-te-ás da tua intenção; e nessa medida, lembra-te de que hás-de passar a sentir conflito; mas se deres uma oportunidade à confiança, hás-de avançar com total ausência de esforço sem sentires qualquer conflito! Tu encontras-te de tal modo cega quanto às probabilidades que te assistem que acreditas que a compensação que recebes presentemente seja toda a recompensa que poderás receber! Aquilo que não percebes é que se avançares com ausência de esforço na confiança que tiveres em ti própria, e deres ouvidos a ti própria, e soltares o medo, a tua compensação sofrerá um aumento! (Pausa)
TOM: Referente à questão da semana passada; a de escrevermos com a mão esquerda, ou a mão direita, o momento como o presente acto de inspirar o ar. Qual será o modo apropriado de abordarmos a tua essência?
ELIAS: Eu vou-te perguntar, qual será o modo mais indicado do Elias te abordar?
TOM: Por James.
ELIAS: Aceitável.
TOM: Aceitável.
ELIAS: Qual será o modo mais apropriado para o Oliver te abordar?
TOM: Tratando-me por James ou Tom; sendo ambos a mesma coisa, uma só coisa.
ELIAS: Exacto. Isso não passam de nomes. Já tiveste muitos nomes!
TOM: Bom, como poderei entrar em contacto com essa multiplicidade de nomes?
ELIAS: Um nome não possui importância. Por isso, descobre por ti próprio. A melhor maneira para o Tom/James, ou James/Tom ...
TOM: Ou Jessie James!
ELIAS: ... ou um qualquer, no teu foco da essência, para estares em contacto, digamos assim, com a tua essência, é por meio dos sentimentos que tens.
TOM: Perfeitamente entendido! Obrigado!
ELIAS: Não tens o que agradecer. Mantém-te em contacto com o teu foco emocional. Isso falará à tua essência, e a tua essência dirigir-se-á a ti.
TOM: Nós tivemos algumas comunicações excelentes tal como se apresenta. Eu só... Eu não sabia se existiria, eu senti que pudesse existir um modo de abordagem diferente a isso, mas obtive o sentimento, e na realidade, praticamente qualquer meio se presta a abordar a coisa! (Elias acena com a cabeça) Mais uma coisa só, referente às costas. Eu tive as costas fracturadas e partidas em duas alturas distintas, coisa de que estarás a par, e eu curei isso recorrendo aos chakras. Não sinto mais problemas relacionados com as costas, mas a Jeri, Fromash, sente um monte de problemas relacionados com as costas. Toda a gente estava a falar do “toque” e eu sinto e procuro aliviar a dor duma pessoa. Agora, tento bastante isso com a Jeri, massajar-lhe as costas, e pensando na dor enquanto as massajo, e o que me leva a sentir bem quando o faço. Será esse o modo apropriado?
ELIAS: Devo dizer-te, James, que compreendo completamente o foco que estabeleces com a Fromash, e a preocupação que sentes, assim como a ligação. Contudo, devo dizer-te, que a Fromash tem desculpa. (Para o Ron) Desejas uma interrupção mecânica?
RON: Não faz mal. (Ron está a tentar gravar a sessão em cassete)
ELIAS: Eu interrompo por um momento se precisares proceder a ajustamentos.
RON: Não, está tudo bem.
ELIAS: Correcto. A Fromash apresenta muito temor, assim como muito problemas no seu foco de desenvolvimento, em relação ao que não adiantei muito debate. Eu fico a aguardar pelo foco da Fromash. Ela não está preparada para escutar. O medo é muito grande. Os problemas são demasiado intensos. Por isso, presentemente ela não irá dar ouvidos. Essas dificuldades interromper-te-ão os esforços.
TOM: E eu tento!
ELIAS: Não é necessário que tentes. O esforço será bloqueado e deixará de servir a motivação que lhe assiste, no caso da Fromash. Presta-se às intenções que a Fromash emprega na área da atenção. A Fromash aceita muitos elementos físicos, por uma razão que se prende com os tipos de atenção, o que é obtido por meio da consecução de várias doenças. Isso acompanha a intenção que a Fromash tem neste foco de desenvolvimento. Ela ainda não se encontra muito em contacto, digamos assim, com o raciocínio que propõe para esse propósito em relação aos outros focos de desenvolvimento. Isso depende da escolha dela. Ela não irá interromper esses elementos de desconforto físico por meio da ajuda oferecida por outros indivíduos. Eles serão afectados se ela provocar algum efeito nela. Os medos dela precisam ser confrontados, e a motivação que sente no desenvolvimento da atenção dela precisa ser focada em primeiro lugar.
TOM: Existirá alguma forma de contornarmos isso
ELIAS: Ela pode, instantaneamente. Tu não podes. Nós não devemos.
TOM: Só a Fromasch.
ELIAS: Podes estender energia de apoio, assim como tornando-te numa árvore erecta.
TOM: Bem visto. Eu vou fazer co que ela volte a ler isso. Obrigado, Elias.
ELIAS: Não tens de quê. (Pausa) Vou-me dirigir igualmente ao Yarr, em relação à comoção; para que não a interprete duma forma negativa! A comoção que abrigas na consciência e na expectativa também, no teu passado recente, afectou o teu animal, que passou a desenvolver uma enfermidade. Isso consistiu numa cooperação gerada entre ti e a tua companheira; e o facto de ela não pretender dar expressão física a uma desordem nos órgãos femininos, o que, por meio da consciência, foi aceite pelo teu animal e expressado em vez dela.
JIM: Espantoso! É impecável! Obrigado por teres partilhado isso.
ELIAS: Não tens de quê.
JIM: Todos ligados! Espantoso! E de que modo! Cada vez percebo mais, e cada vez vejo e percebo melhor, como não existem coincidências!
ELIAS: Já ouvi dizer isso algures por aí, no Cosmos! (A sorrir)
JIM: Eu também! É impecável! É reconfortante! (Pausa)
TOM: Eu tenho uma pergunta que não se enquadra lá muito bem. Encontro-me numa posição em que me defronto com bastante stress, e lido com uma multiplicidade de personalidades. Faço o que posso para manter isso num estado de equilíbrio, mas recentemente, nas duas últimas semanas, eu tive que extravasar à brava. Vem estender-me um toque dos teus nalguns dos meus sonhos e fazer-me manter os pés no chão, vens?
ELIAS: Questiona-te no momento! No momento em que exteriorizares isso, questiona-te sobre o que é que percebes como tendo tão grande importância, ou o que é que será dotado duma suprema importância assim!
TOM: Bem visto. Porque na altura, só me apetece cortar-lhes a cabeça! Bem lembrado.
ELIAS: Faz uso das palavras do Ron "Não tem importância!"
TOM: Ah! Já ouvi isso! (Pausa)
ELIAS: Sim, Lawrence?
VICKI: A pergunta que tenho é em nome da Shynla. Ela quer ter a certeza de que compreende correctamente que neste tempo simultâneo...
ELIAS: (A rir) Demasiado conflito com o tempo simultâneo!
VICKI: ...ela poderá associar-se às nossas sessões, por exemplo, em qualquer altura.
ELIAS: Correcto. Deixa que diga à Shynla, que como a intenção que eu tinha para esta noite também envolvia este assunto, que integrais no vosso foco físico muitas perspectivas físicas da vossa natureza, do tempo e do espaço. Na vossa consciência vós respondeis e reagis e actuais tal qual uma partícula ao nível subatómico. Nessa medida, os vossos cientistas não têm bem a certeza do que essas partículas estejam a fazer, digamos assim, mas eu dir-te-ei que elas estão a comunicar; e o modo por que comunicam é através do espaço. Elas surgem para desaparecerem e voltarem a aparecer no que encarais como o vosso espaço. A comunicação que transmitem tem lugar durante o tempo, digamos assim, em que desaparecem. Elas não desaparecem! Elas moveram-se através do espaço.
Vós moveis-vos ao redor do espaço. Criastes o espaço físico, em torno do qual vos moveis. Moveis-vos ao redor do vosso planeta, no espaço. Utilizais uma carruagem voadora, e andais às voltas no espaço até alcançardes um destino, conforme fez a Shynla. A vossa consciência compreende muito bem a ineficácia que tal método envolve. Por isso, a vossa consciência projecta-se através do espaço. Consequentemente, ao projectardes a vossa consciência na direcção da Shynla, ou quando a Shynla vos projecta consciência, ela não viaja ao redor do vosso planeta, através do tempo, no espaço. Projecta-se sem tempo algum, através do espaço, através das dimensões, conforme as percebeis, e fá-lo instantaneamente. Não existe tempo! Não existe espaço! Trata-se duma percepção da vossa criação destinada a criar o foro da vossa experiência. (Pausa, durante a qual se consegue escutar muitos suspiros) Por isso, cada um de vós pode estabelecer contacto, e pode “mudar ligeiramente a frequência” para passar a empregar a frequência dela, por se achar presente; e se o reconhecerdes, podereis experimentar essa presença. Eu experimento! Podem assegurar à Shynla que nem o tempo nem o espaço possuem qualquer consequência! (Pausa) Mas... não haverá nenhuma pergunta da parte da Sophia, esta noite? (A sorrir para a Guin)
GUIN: Vou colocar uma pergunta muito rápida. Gostava de saber se o Keith, o meu namorado, era uma essência focada no elemento emocional ou no do pensamento.
ELIAS: Focada no pensamento.
GUIN: Era o que eu pensava. Obrigado.
ELIAS: Não tens o que agradecer. Com uma informação destas podeis permitir-vos um menor conflito! (Pausa, a sorrir) Não estava à espera de ouvir uma invalidação pessoal destas!
Nota: A esta altura a fita de gravação chegou ao fim, e perdemos três minutos a mudá-la. O que consigo recordar melhor é que a pergunta que a Guin colocou suscitou uma chusma de perguntas semelhantes da parte do Jim e da Christie. A companheira do Jim tem um foco emocional, tal como a Christie. A Christie pareceu ficar bastante surpreendida por ouvir isso, e o diálogo que se seguiu constitui uma continuidade da explicação que lhe foi dada.
ELIAS: (Para o Ron) Vou-me mostrar bastante disposto a fazer uma pausa para as máquinas, já que isso também irá ajudar a Shynla na ligação que ela estabelece. Por isso, podeis dizer-me para interromper por momentos, que eu não tenho o menor conflito em relação a isso.
Para continuarmos, alguns podem reservar o seu foco emocional para eles próprios por não desejarem comunicar com os outros emocionalmente, por se protegerem no receio que sentem; mas interpretam a sua própria língua através do foco emocional, sendo essa toda a diferença. Os indivíduos focados no pensamento seguem em frente sem expressarem muitas emoções. Eles não interpretam a linguagem que a sua essência utiliza por intermédio das emoções. Interpretam por meio do pensamento. Vós podeis experimentar esses elementos, dada a situação; e apesar de poderdes acreditar que instantaneamente passeis a integrar um pensamento em resposta a uma dada situação, se, em vós próprios, abrandardes o vosso foco e atrasardes o movimento da câmara para um movimento tipo câmara lente, haveis de ver que a pontada inicial se dá interiormente, por meio dum sentimento, ao contrário do vosso pensamento inicial. Muitos que alinham por um foco do pensamento não incorporam essa pontada inicial. Apenas sentem o pensamento.
CHRIS: Obrigado.
ELIAS: Não tens do quê. (Pausa) Desejareis mais alguma informação?
TOM: Eu tenho desejo de um cigarro!
ELIAS: Tu podes ser dispensado!
TOM: Obrigado, Elias. Queres que te acenda o teu cachimbo?
ELIAS: Obrigado, mas não quero. (Pausa, e a seguir para o Ron) Mas, tivemos de tanta movimentação mecânica em tão pouco tempo! (A rir) O sentido de audição que tenho em relação a este fenómeno é bastante agudo. Por isso, tenho consciência das alturas em que o vosso mecanismo sofre uma paragem. Se desejardes, no futuro quando tiver conhecimento disso, eu pararei automaticamente.
RON: Ficaríamos imensamente gratos.
ELIAS: Com respeito a isso a Shynla não sentirá conflito por falta de informação, apesar de poder passar a obtê-la na transcrição do material; mas estou ciente de que ela é uma aficionada do tom que eu uso.
VICKI: É, sim.
ELIAS: Um compasso de espera... (volta-se para o Ron) Estás a entender isto?... com ciúmes da relação que o Michael tem num outro foco de desenvolvimento com o Elias; tão nova para os meus gostos mas tão bonita! Pergunta também se ela descobriu a vossa residência em Viena. Está à vossa disposição para ser descoberta! (Pausa) Nesse caso vou-me desculpar e passaremos a debater essas sete essências no nosso próximo encontro, por dispor de informação que vos posso oferecer sobre essas ligações, coisa que tendes vindo a antecipar! (A Vicki está a acenar vigorosamente com a cabeça) Mas a Shynla também.
VICKI: E a seguir a isso, a explicação que deste esta noite ao Ron, quanto ao que terá ocorrido em relação à pergunta do jogo do bronze, será melhor entendida? Porque eu não entendo.
ELIAS: Hás-de entender! (A rir) Vou dar sinal de partida da nossa estação esta noite, e o nosso canal – por termos tido tanta conversa sobre “canais” esta noite - o meu canal é o sétimo! (Riso) Voltarei a falar convosco mais tarde. Boa noite!
TOM: Obrigado, Elias.
JIM: Sim, obrigado por tudo.
Elias parte às 9:19 da noite
NOTA do tradutor:
Esta temática carece, pela elevada sensibilidade de que se reveste, duma nota de esclarecimento suplementar, de modo a evitar uma interpretação errónea tanto das palavras aqui empregues pelo Elias como do sentido que elas pretendem suscitar, que não assenta propriamente na questão de simples da semântica do enunciado. Elias pode tornar-se mais difícil no entendimento, sem dúvida, por apresentar características de minudência e exactidão características dos Sumafi, mas o leitor atento notará o elevado e inquestionável grau de concisão e de coerência que o seu material apresenta, para além do inestimável propósito em esclarecer.
Ele refere aqui, aparentemente de forma contraditória, dois pontos; um, o facto da esquizofrenia constituir uma eventual representação do fenómeno popularmente designado por possessão por entidades demoníacas; o outro, o da inexistência de entidades invasoras que se apossem do corpo dos indivíduos focados no físico, e da inexistência do “mal” enquanto entidade tangível sobrenatural, o que completa o paradoxo.
Aparentemente ambos os axiomas parecem irreconciliáveis. Temos conhecimento de que estados de psicose e de audição de vozes possam estar associados ao dito fenómeno de possessão, mas se tirarmos elações precipitadas em relação ao assunto, e de forma irreflectida, meteremos os pés pelas mãos e mais contribuiremos para a distorção vigente.
Faz-se premente uma verdadeira redefinição de termos, sem o que se incorrerá na confusão. E nesse sentido, refira-se que efectivamente à luz do que é revelado, tanto pelo Elias como pelo Seth, não parece resultar qualquer contradição irreconciliável nas palavras que emprega.
Deve esta chamada de atenção deixar o leitor de sobreaviso? De modo nenhum! Só pretende esclarecer que o chamado fenómeno da “possessão”, por mais que o caracterizem em termos rebuscados, assente em teorias defendidas pela religião, constitui fenómeno passível de ser entendido à luz dum entendimento mais amplo que desmistifique e enquadre os muitos factores que corroboram o quadro disfuncional patológico e surreal em que é inscrito quer por ignorância como por franco exercício duma oposição bem-intencionada.
Espero, com isto, contribuir para a compreensão geral, de que classificações de normalidade e loucura (e em particular no caso da esquizofrenia) se inserem no quadro das convenções que resultam do produto arbitrário da abordagem mais ou menos abalizada que fazemos da realidade e de nós próprios, e que não corresponde com exactidão à verdade do que pretendem referir, por serem relativas à aceitação ou assimilação que consigamos, apesar de muitas das vezes descreverem ao invés, quadros particulares de desequilíbrio resultantes dum comprometimento com uma certa negação.
De modo algum deverá o leitor inferir na interpretação de que o escutar de vozes, ou pronunciamento noutras línguas estranhas, em estado de transe, seja indicação de possessão ou mesmo de loucura, e devo mesmo esclarecer que, se por um lado a abertura aos domínios do chamado Inconsciente (mundo dos espíritos, conforme também é designado) - que não possui barreiras, porque a Consciência em que se insere não comporta separação alguma - pode acarretar prejuízo para os mais sensíveis, por outro lado o indivíduo focado e atento sempre possui controlo sobre todas as situações que explore, por outro o perigo enunciado corresponde sempre e em grau proporcional à atitude mais ou menos consciente que se usa no sua investigação, e à intenção que tal atitude, ou conjunto de atitudes, denuncie.
Deve-se realçar que deixar de informar - no contexto duma matéria tão sensível quanto esta - ao contrário de constituir medida profilática recomendável, como muitos “crentes” preferem em termos eufemísticos pensar, ao acharem que “o melhor, nestas questões relativas ao perigo do desconhecido” seja ocultar, rejeitar liminarmente, representa justamente uma NEGLIGÊNCIA! Porquanto a rejeição, a negação da nossa natureza encerra potencial fonte de desequilíbrio, e a educação, se bem fundamentada, sempre constitui o pilar para a elevação e a integração dos indivíduos – evito intencionalmente a palavra massas ou colectividade por elas distorcerem o sentido de importância que o indivíduo encerra.
Quando o Elias refere o fenómeno como assente numa escolha, deve-se procurar suscitar a compreensão de que isso circunscreve todo um conjunto de factores em que o indivíduo sujeito a uma experiência dessas incorre, de ordem permissiva, e talvez imbuída de outras intenções, e que denota, à partida, despreparo e imprudência ao se expor a conteúdos do Inconsciente que não deve acolher sem discernimento e um elementar senso comum. Mas acresce igualmente que estados frequentemente ditos “do foro psiquiátrico”, como ansiedade crónica, temor, negação das escolhas, conflitos psicológicos ou sublimação de conteúdos relacionados com a esfera do Inconsciente colectivo directa ou indirectamente resultantes do processo de ajustamento mais ou menos inadequado aos valores e às regras dicotómicas que a sociedade preza e defende, podem dar numa desconstrução da auto-estima e do amor-próprio, e propiciar estados de dissociação que concorram para uma quebra do sentido de valor, que se traduz por um “perigo” concreto.
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