Sábado, 21 de Outubro, de 2000 (Grupo/Alabama)
Tradução: Amadeu Duarte
Participantes: Mary (Michael), Carter (Cynthia), Cathy (Shynla), Deane (Leland), Elizabeth (Dikto), Geri (Abel), Hal (Andrew), Jan (Mona), Katie (Muriel), Ken (Connor), Lisa (Yaulyn), Ron (Olivia), Sharon (Camdon), Vic (Lawrence), e sete novos participantes: Antone (Aix), Buddy (Zindu), Iris (Avln), Ken, Kinara (Wyvernn), Liz, and Rosie ... e por procuração, Debi (Oona). Ah, e é claro, o Elias.
De notar, é o facto da Cathy estar sentada bem junto do Elias, o que constitui uma novidade!
O Elias chega às 9:05 da noite. (Tempo de chegada, 27 segundos)
ELIAS: Boa noite! (A rir)
GROUP: Boa noite! (Riso)
ELIAS: (A sorrir) Damos, nesta noite, as boas vindas às novas essências. Sê bem vinda, Shynla, nesta noite! (Riso generalizado) Ah, proximidade física!
CATHY: Pois é!
ELIAS: É perigoso!
CATHY: É, bastante! (Riso generalizado)
ELIAS: (A rir) Esta noite, vou abrir o fórum às questões que quereis colocar, de modo que podeis colocar as dúvidas que tiverdes ou confusão... assim como também podeis proceder a um debate divertido! (A rir voltado para a Sharon, enquanto todos desatam a rir)
SHARON: Obrigado, Elias!
ELIAS: Não tens que agradecer! (A rir) Portanto, deixo-o ao critério de todos vós. (Pausa) Ah! Ou talvez não - como quiserdes! (Riso generalizado)
BUDDY: Presentemente, encontrámo-nos no Alabama, pelo que todos entenderiam melhor se dissesses “vós todos” em vez de todos vós...
ELIAS: Ah! (Riso) Dificuldade com o dialecto. Podes tratar da apresentação, se o desejares! (A rir para o Buddy, enquanto se gera uma pausa curta, a seguir à qual todos desatam a rir)
LISA: Vamos lá, Buddy! Tu sabes bem aquilo que queres perguntar.
BUDDY: Sim. Eu gostava de perguntar se... Compreendo ter 912 focos, mas gostava de saber se terei sido alguém cujo nome seja identificável, em algum desses focos.
ELIAS: Foste. (A rir, enquanto todos desatam na gargalhada)
BUDDY: Ter-se-á tratado dum indivíduo bom? (Riso)
ELIAS: Isso terá que ficar ao critério da interpretação que fizeres! (A rir)
BUDDY: Bom, quem serei eu?
ELIAS: Ah! Mas, não me poderás dizer quem és?
BUDDY: Bom, sou o Zindu.
LISA: Tu sabes quem és.
BUDDY: Não sei.
ELIAS: E não quererás investigar e descobrir?
BUDDY: Como poderei fazer tal coisa?
ELIAS: Podes permitir-te descontrair e tranquilizar-te, o que te abrirá a energia. Permite-te desfocar a atenção.
BUDDY: Exactamente agora?
ELIAS: Neste momento e no teu foco, tal como tens consciência dele, objectivamente, a tua atenção acha-se focada duma forma singular e intensa neste que conheces como sendo o que és. A tua atenção prende-se com a identidade disso de forma bastante vigorosa... À semelhança de todos vós. Isso permite-vos a obtenção de clareza no que toca à vossa identidade, e representa o que designamos por focar a vossa atenção.
Nessa medida, ao te permitires desfocar a tua atenção – permite-te relaxar a tua energia, desfocando desse modo a singularidade que deténs nesta identidade – permitir-te-ás obter uma informação necessária para passares para a tua consciência objectiva.
Isso poderá inicialmente parecer-te imaginação - poderá parecer-te suspeito; parecer-te-á que estás a inventar essa informação. Mas asseguro-te de que passarás a proporcionar a ti próprio uma informação válida relativa a outros aspectos de ti, a outros focos teus.
Deixa igualmente que te diga que se atraíres a ti certas identificações do que designas por indivíduos notáveis enquadrados no decurso da vossa história, tu o fazes de modo propositado. Não se trata de acidente algum nem de acaso.
Podes atrair essa informação a ti, por estares interligado fisicamente a esse indivíduo e participares fisicamente num foco em conjugação com esse indivíduo. Tu podes tornar-te nesse indivíduo. Assim como também podes deixar-te atrair para um determinado indivíduo, por vibrares com o tom dele ou com a perspectiva que ele tenha do mundo.
Por isso, seja por que situação for que atraias informação a ti que possas levar em conta de imaginação, tu estás a oferecer a ti próprio essa informação propositadamente, e deverás colher benefício dela.
O acesso à informação relativa a outros focos da tua essência não é tão difícil quanto o percebes. Ah, bem! (Volta-se de lado para a Cathy, enquanto todos desatam na gargalhada)
BUDDY: Muito obrigado.
ELIAS: Não tens de quê. (A rir)
CATHY: Está bem....
ELIAS: Ah ah ah ah ah ah ah! (Riso generalizado) Sim? Continua!
CATHY: Oh, já vou prosseguir! Toda a informação que tens vindo a dispensar acerca da orientação intermédia... a última sessão que tive contigo, se não me falta a memória, interpretei-a em termos de o fazer subjectivamente, e talvez não tenha consciência disso. Mas a única coisa que soa a verdade, e pode estar relacionado com as crenças que tenho – com os diabos, não faço a menor ideia! – é o modo como costumavas sempre encorajar-me a fazer Encontros Trans-Focais e a explorar outros focos, e aí foi como se tivesse recebido uma mensagem ambígua quando me respondeste na última sessão.
ELIAS: Estou a entender.
CATHY: Fixe! Explica lá! (Riso)
ELIAS: Eu encorajei-te anteriormente, Shynla, a empreenderes esse tipo de actividades, por isso te ter encorajado a avançar por uma direcção objectiva, e te ter permitido praticar objectivamente pela expressão de confiança em ti própria.
Apesar de ter provocado vários obstáculos nesta situação... o que é bastante compreensível, de facto, considerando a orientação que tens, mas outros indivíduos pertencentes a essa orientação passam por acções semelhantes, ou o que designais por bloqueios. Mas isso também vos proporciona um voltar da vossa atenção objectivamente para VÓS.
CATHY: Está bem.
ELIAS: Nesse sentido, podes objectivamente não realizar o mesmo tipo de acção que os outros indivíduos estejam a realizar, em termos de visualização ou de cenários que ofereceis a vós próprios em ligação com outros focos. Mas isso VOLTA-TE a atenção objectivamente para ti, e motiva-te a explorar-te e a manter a tua atenção objectivamente em ti, sem te distraíres na medida em que o fizeste anteriormente, ao teres voltado a tua atenção para o exterior, na direcção dos outros ou da comparação com os demais.
Tu deténs a tua atenção numa atitude de desafio e de determinação própria, o que é propositado, e como crias essa acção, também te permites descobrir outros elementos de ti própria, ou outras capacidades. Passas a descobrir mais através duma familiaridade contigo, e conforme tu e eu temos vindo a discutir, eu também te facultei uma maior informação por várias vias, ao reconhecer o facto da tua atenção não se encontrar tão focada nos outros nem nas circunstâncias, mas estar genuinamente a voltar-se para ti, numa exploração pessoal.
Bom; também conversei contigo sobre a capacidade que possuis de, no estado de sonhos e do movimento e da memória objectiva do que empreendes no teu estado de sonhos, e nesse estado, facultas a ti própria informação respeitante a outros focos e a outros aspectos teus, coisa de que estás bem inteirada.
Quanto à identificação do factor “mais” em conjugação com os outros focos... por que não manifestas (propriamente) um interesse objectivo!
CATHY: É verdade! (Riso)
ELIAS: Mas caso tu te voltasses para uma expressão dessas, eu poderia proporcionar-te uma informação acrescida por uma via diferente daquela que poderei oferecer aos outros, por a tua expressão ser distinta e acederes à informação duma forma diferente. Aqueles que têm uma orientação intermédia têm um contínuo acesso à informação deste movimento subjectivo.
Tu exprimes que não sabes; que não entendes. A razão porque referes isso deve-se ao facto de estares apenas a FAZE-LO.
A informação concernente aos outros focos deve ser identificada em meio ao que estiveres a fazer; não necessariamente pela criação de visualizações nem de impressões - pelo modo como outros indivíduos acedem à informação a partir das impressões, mas através do que estás a criar no movimento do teu dia-a-dia, o qual te comunica através das impressões que obtens. Tu passas a entender por meio daquilo que estiveres a criar. Olhas-te a ti própria, olhas as imagens que crias, vês aquilo que apresentas a ti própria por intermédio dessas imagens, e habilitas uma compreensão daquilo a que te estás a ligar.
CATHY: Ena, essa foi verdadeiramente profunda! (Desata toda a gente a rir)
ELIAS: Obrigado! (A rir)
CATHY: Não tens o que agradecer! (Riso generalizado)
ELIAS: Tu podes continuar a tentar apanhar-me, Shynla, que eu continuarei a iludir-te! (A rir, seguido de riso geral) Ah ah!
CATHY: Está bem. Bom; foi bem conseguido, porque eu estava a ver com que é que te irias sair.
ELIAS: AH AH! Atribuo-te um ponto pela tirada! (Riso geral) Ah ah ah ah!
CATHY: Bom; espero que tenhas sido bastante SUCINTO, por teres estado voltado para mim o tempo todo, e a Vicky não conseguir ler-te a expressão labial.
ELIAS: Ah. (Com indiferença)
CATHY: Por isso, espero que tenhas sido bastante claro no que disseste.
ELIAS: Terei sido sucinto? (Com humor)
CATHY: Bom, segundo a percepção que obtive, para mim foste claro!
ELIAS: Muito bem!
CATHY: E isso é tudo quanto importa! (Riso)
ELIAS: Exacto! (A rir)
CATHY: Terminei.
IRIS: (Com entusiasmo) Sinto-me de tal modo ansiosa... Quero dizer, estou pronta para colocar algumas perguntas!
ELIAS: (A rir) Muito bem!
IRIS: Chamo-me Iris, e esta é a primeira vez que te vejo, e gostava de conhecer o meu nome e a família e as qualidades da essência e o meu propósito... e o resto! (Riso)
ELIAS: (Ah ah ah) Nome da essência, Avln. Família da essência: Milumet; alinhamento que tens neste foco: Borledim; orientação que tens neste foco, soft.
Quanto ao propósito que tens neste foco particular, escolheste expressar-te através da exploração de ti própria em relação às expressões da consciência que percebes que te rodeiam.
O que isto quer dizer é que tu exploras, não pela comparação mas unicamente pela observação, as expressões das outras manifestações da consciência – dos seres vivos, do ambiente, daquilo que identificas como vegetação, plantas – tudo isso são expressões da consciência. Podem ser rochedos, pode tratar-se dum ribeiro, dum oceano, duma montanha, árvores – não importa – todas as expressões da consciência e o modo como poderás passar a interagir com tais expressões da consciência, através do reconhecimento da contribuição que todos os indivíduos da vossa dimensão física dão, através da criação de todas essas manifestações da consciência.
Porque na expressão da família Borledim a influência das qualidades que geras passa pela detecção e pelo apreço sentido pela espécie humana e pela expressão criativa que assumis nesta dimensão física. Mas já na expressão da família Milumet, tu também reconheces a ausência de separação, e empregas isso na exploração que empreendes de todas as expressões pertinentes a todos os tipos de consciências e à interacção que tendes com eles.
IRIS: Obrigado.
ELIAS: Não tens o que agradecer.
IRIS: Então não estou maluca, por falar com as pedras, pois não? (Riso generalizado)
ELIAS: Eu diria que não! (A rir, seguido de mais riso geral)
KINARA: Elias, poderias fazer o mesmo em relação a mim? Chamo-me Kinara.
ELIAS: Facultar-te uma informação referente à essência? Com certeza.
KINARA: Obrigado.
ELIAS: Nome da essência, Wyvernn; família da essência, Sumari; alinhamento que tens neste foco, Ilda; orientação, comum. (Pausa)
Quanto à identificação do propósito que tens, desafio-te a explorá-lo. Permite-te observar a expressão comum que subsiste por todo o teu foco. Permite-te reconhecer a semelhança de sentido que tem sido expressada por todas as tuas experiências, ao longo de todo o teu foco. Desse modo, permitir-te-ás identificar o propósito que tens.
Porque o teu propósito consiste na direcção que tomas, no que tenhas escolhido individualmente e duma forma singular para ti própria neste foco. Ele é influenciado por meio das qualidades das famílias da essência porque alinhas e a que pertences, mas tu crias individualmente a tua própria direcção por meio das escolhas que empreendes, e não incorporas propriamente nenhuma missão nem objectivo que alinhe com as crenças do vosso tempo, por assim dizer, mas tudo isso É propositado na exploração que empreendes.
KINARA: Obrigado.
ELIAS: Não tens o que agradecer.
LISA: Estou a morrer para colocar uma questão! (Riso) Muito bem, vamos lá....
ELIAS: Já te vais desprender do corpo? (Desata toda a gente na gargalhada)
LISA: (A rir) Não, não foi isso que quis dizer! Talvez no enfoque seguinte! Durante todo o dia, as pessoas têm vindo a descrever os Sumafis como uma gente anal (Nota do tradutor: no sentido do auto-controlo obsessivo, se não do desenvolvimento psicossexual intestinal). (Toda a gente desata a rir)
ELIAS: (Com humor) Interessante forma de identificar a coisa!
LISA: Não é que tenha que ver com a experiência que faço, mas sinto um enorme apreço pela surpresa e por me deixar surpreender, e sinto curiosidade quanto à procedência dessa expressão, por saber se nós os Sumafis somos programados com antecedência, pré-programados e anais e...
ELIAS: Não, não sois pré-programados! Isso iria anular o livre-arbítrio e a escolha. Não obedeceis a nenhuma forma de predestinação, nem tampouco...
LISA: Então preferimos ser anais? (Desatam todos a rir)
ELIAS: Por vezes! (A rir, seguido de riso geral) Digamos que tendes uma atenção interessante pelo detalhe!
LISA: Certamente!
ELIAS: O que não quer dizer que não vos surpreendais! Posso-te sugerir que na interacção que tens com outros indivíduos dessa família te surpreenderás uma vez mais com a frequência com que eles se deixam surpreender também! (A rir)
LISA: Tenho mais uma pergunta.
ELIAS: Muito bem.
LISA: Será essa coisa da surpresa uma coisa determinante no meu propósito?
ELIAS: E eu remeto-ta de volta - será? (Riso)
CATHY: Continua! Continua, Elias! (Riem-se todos)
ELIAS: (Dá uma enorme gargalhada, e dirigindo-se a seguir à Vicki) Dá entrada a mais um ponto para o Elias, da parte da Shynla! (Riso generalizado)
(Para a Lisa) Que impressão tens?
LISA: Ah, pois! Penso que gosto de surpresas!
ELIAS: E que impressão tens com respeito à surpresa em relação ao propósito que tens? (Pausa)
LISA: Não entendo! (Riso)
CATHY: Não tem importância! Também estou nessa! (Mais riso)
ELIAS: (A rir) De que modo definirias a surpresa como um aspecto do teu propósito neste foco? Que acção terá a surpresa no teu propósito individualmente? Que direcção toma? Que esquema alcança?
LISA: Bem, parece ser o de... é como se fosse tecido ao longo do tempo. Parece ter tudo que ver com uma ausência de separação, e descoberta disso por meio duma multiplicidade de modos.
ELIAS: Então, define-me o propósito que tens... inclusive a surpresa! (A rir)
LISA: A exploração da ausência de separação por meio da criação de experiências surpreendentes. Isso serve? (A rir) Não pode ser assim tão fácil!
ELIAS: Ah, uma vez mais, surpresa! (A rir, seguido de muita risada) Na simplicidade da direcção que a tua simplicidade adopta! (A rir)
LISA: Está bem. Terei conquistado algum ponto? (Riem todos)
ELIAS: (Voltando-se com humor para a Vicki) Dá entrada a mais um ponto – referente ao reconhecimento do propósito com simplicidade! (Riso) Vamos passar a incluir muitas categorias novas neste nosso jogo, não?
VIC: Vamos, sim!
ELIAS: Não te esqueças da categoria do Elias e das expressões que ele adopta.
VIC: Absolutamente.
ELIAS: Que são peculiares... coisa que poderá ser reconhecida pela Shynla! (Riso generalizado) (Para a Cathy) Sempre apareceste!
CATHY: Apareci, não...?
ELIAS: Terias alguma expectativa quanto ao facto de poder não me mostrar brincalhão contigo? (Dá uma risada enquanto todos riem) Continua, continua!
ANTONE: Posso tomar a vez, se me dás licença?
ELIAS: Se preferires.
ANTONE: Prefiro, sim, obrigado. Sinto que, de variados modos, a minha vida inteira me tenha conduzido a estas trevas que se traduzem por esta encruzilhada, e para onde me passarei a direccionar a partir daqui... Eu não tenho ideia do que queira. Gostava que me dissesses o que quer que penses que me possa ajudar na escolha dum rumo a seguir no futuro, e se quiseres, que incluísses algo sobre o propósito que tenho nesse sentido, não me importava! (A rir)
ELIAS: Posso dizer que apresentaste a ti próprio um desafio e tanto, não?
ANTONE: Certamente!
ELIAS: Chegar numa encruzilhada e não reconhecer isso como uma encruzilhada!
ANTONE: Bom, penso que o tenha identificado em termos de encruzilhada, (Elias ri) mas não sei se serei capaz de perceber todas as variantes por que possa prosseguir.
ELIAS: Ah. (Pausa) Mas, e como identificas a encruzilhada em que te encontras?
ANTONE: Podia tomar diversos rumos, desde o desenlace até à realização dos meus sonhos mais espantosos, só não tenho a certeza de continuar a acreditar que tais sonhos possam ser realizados.
ELIAS: Ah. Mas tu não estás a escolher o desenlace.
ANTONE: Bom, já pensei nisso, e creio que não.
ELIAS: Posso-te confirmar que, presentemente, não estás a eleger o desenlace! (A rir)
ANTONE: Está bem, óptimo! (Riso)
ELIAS: (Dá uma risada) Por isso, eliminaste uma via!
ANTONE: Eliminei.
ELIAS: (A rir) E com isso, a questão a abordar é a da realização das tuas capacidades, ou a do reconhecimento das capacidades que tens.
ANTONE: Alguns diriam que faço uma avaliação exagerada das capacidades que tenho! (A rir)
ELIAS: Ah, mas nessa medida, acreditarás que isso seja possível?
ANTONE: Não, não acredito. Acredito fazer uma avaliação bastante realista das capacidades que tenho.
ELIAS: Em termos gerais, acreditas que se possa avaliar excessivamente as capacidades que se tenha?
ANTONE: Não.
ELIAS: Acreditas poder avaliar-te excessivamente?
ANTONE: Em relação ao quê?
ELIAS: Em relação a qualquer aspecto da realidade.
ANTONE: Não, por não acreditar que, imbuído do estado de espírito apropriado, possa subsistir qualquer limitação, quer no meu caso quer no de seja quem for.
ELIAS: Muito bem. Portanto, não atribuis qualquer limitação a ti próprio...
ANTONE: ...excepto quando me sinto amedrontado.
ELIAS: E, em relação às limitações que atribuis a ti próprio! (A rir) Por isso, estás a dar expressão a duas crenças opostas – a de que não comportas limitações, excepto quando atribuis limitações a ti próprio...
ANTONE: ...a mim próprio. (Ambos dão uma risada) Bom; era isso que gostava de saber. Como hei-de remover a crença com que me limito? Por ter consciência de ser eu quem me impede.
ELIAS: Intelectualmente.
ANTONE: Intelectualmente, sem dúvida. Emocionalmente, é sempre uma história diferente no meu caso!
ELIAS: Posso-te dizer que poderás começar por te permitir reconhecer genuinamente as crenças que abrigas, e reconhecer a camuflagem que apresentas a ti próprio, que na realidade não é aquilo em que acreditas, (pausa, a sorrir) mas consta da projecção da fachada daquilo em que DESEJAS acreditar.
ANTONE: Ah!
ELIAS: Nessa medida, tu acreditas de FACTO que as capacidades que tens estejam limitadas. Ocupas o foco físico numa dimensão física, e nesse sentido, acreditas incorrer igualmente em limitações físicas. DESEJAS acreditar não existir limitação alguma. Posso-te afirmar não existir qualquer limitação, só que tu não acreditas nisso, (a rir) e isso impõe-te limitações.
Agora; com isto, posso-to dizer repetidamente que tu continuarás a acreditar comportares limitações físicas, até chegares a dar expressão a uma validação pessoal quanto ao facto de poderes realizar isso, e de não estares excessivamente a avaliar as capacidades que tens.
Porque, apesar de intelectualmente poderes dizer que não avalias excessivamente as capacidades que tens, na verdade posso-te dizer que acreditas que isso represente uma forma de arrogância, pelo que SE TORNA possível fazer uma estimativa excessiva das tuas capacidades, e que a expressão de sobre avaliação seja prejudicial... mas não te encontrarás sozinho numa expressão dessas! (A rir)
Porque eu posso-te dizer que todos os que aqui se encontram presentes nesta noite também comportam essa crença; de existirem limitações para o que sois capazes de criar, e que precisais restringir-vos para não vos tornardes arrogantes, ou de modo a não vos permitirdes deixar-vos levar por essa expressão pessoal que identificais em termos de ego.
Essas são as crenças que impõem obstáculos e instruções ao vosso movimento e à permissão pessoal para ESPRESSARDES as vossas capacidades. Na realidade, vós POSSUÍS a capacidade de criar o que quer que possais imaginar.
Vós não estais a ocupar um plano inferior. Não vos encontrais no foco físico por castigo nem a aprender, de modo a poderdes habilitar-vos a elevar-vos a um plano dum maior esclarecimento. Vós já sois iluminados. Já possuís toda a informação que é possível reunir, por já serdes parte da totalidade da consciência. Por isso, que será que não podereis alcançar, à excepção do que formulardes para vós próprios nesses termos?
E nessa medida, TODOS vós dais expressão às limitações.
Ora bem, posso-te dizer que serás capaz de começar a remover esses obstáculos e obstruções da tua frente, por assim dizer, se te familiarizares genuinamente contigo próprio, e tomares consciência das crenças que albergas por uma expressão de autenticidade; não unicamente por meio da teoria ou conceito, não unicamente através do pensamento, mas familiarizando-te contigo próprio em meio a todas as expressões que te caracterizam.
Tendeis a identificar-vos e a pensar estardes a familiarizar-vos convosco próprios por meio do pensamento. O pensamento é apenas uma via de comunicação que comportais. E existem muitos, muitos, muitos modos de comunicar que expressais e em que vos envolveis neste foco físico. Criastes muitos tipos de expressões que vos proporcionam uma comunicação contínua, só que não dais atenção a isso, por estardes ocupados a prestar atenção ao que pensais, e o vosso pensar se voltar para a análise e para a dissecção e para o filosofar, mas vós distraís-vos e deixais de prestar atenção às outras expressões que vos proporcionam informação.
Os dois modos de comunicação a que na maioria das vezes prestais atenção no foco físico são as emoções e os pensamentos. Essas são tremendas expressões de comunicação, só que não são as únicas formas de comunicardes (conteúdo).
Nessa medida, e falando em termos figurados, as vossas crenças - se encaradas de forma semelhantes a entidades em si mesmas, os aspectos das crenças que albergais tal como os traduzimos pela analogia das aves que se encontram na gaiola dos pássaros – eles são bastante astutos, e conhecem os pensamentos, assim como as emoções que tendes. VÓS conheceis os pensamentos e as emoções que tendes, e por intermédio das vossas crenças, sabeis muito bem de que modo manipular esses pensamentos e emoções a fim de confirmardes e reforçardes aquilo em que acreditais.
Por isso, forma-se um círculo. O modo por intermédio do qual podeis sair desse círculo de perpetuação é familiarizar-vos convosco próprios e reconhecerdes as crenças que albergais; não apenas aquelas de que tendes consciência superficialmente, mas, conforme já expressei anteriormente neste mesmo dia, o que motiva as expressões de tais crenças, porque aquilo que motiva a expressão superficial das crenças são crenças subjacentes. As crenças influenciam crenças, e por sua vez passam a influenciar a percepção, e a percepção é o que vos cria a realidade, ponto final.
Por isso, se tomares consciência das motivações causadas pelas crenças que comportas e do que se encontra por detrás das expressões da consciência... e não me estou a referir à vossa ciência da psicologia nem à expressão que usais, do “subconsciente”!
Refiro-me à vossa consciência objectiva, mas àquele aspecto da vossa consciência objectiva a que não prestais atenção. É muito óbvio. Expressa-se bastante no quadro de todos os vossos focos, mas muitas são as acções e os elementos que alcançam expressão a que votais muito pouca ou nenhuma atenção objectiva, e não passam de actos automáticos. Respostas automáticas.
Nessa medida, tu referes estar confrontado com uma encruzilhada, e não saber que rumo tomar. Crias dificuldades e desafios ao perceberes e criares escolhas se não te permitires reconhecer objectivamente aquilo em que essas escolhas consistem, e vós permitis-vos perceber as escolhas que tendes se vos familiarizardes convosco e não com tudo o que se encontra fora de vós.
Isso consiste em imagens bastante sujeitas á mudança. Imagens passíveis de sofrer mudança de instante em instante, sem que isso tenha importância. Porque podes criar qualquer expressão de imagem exterior a ti, e alterá-la momentaneamente, e isso tudo resultar num benefício para ti. Tudo será intencional.
Não importa aquilo que exteriormente estejas a criar. Isso corresponde às imagens que estiveres a criar. De certo modo, representa a ilusão; a peça.
Aquilo que detém importância és tu e a manipulação da percepção que tens, e o reconhecimento de que a percepção que tens te ESTÁ a criar a realidade, e o CONHECIMENTO de dispores de escolha. Esse é um instrumento poderoso, além de poder ser um dos mais limitativos, pela ausência de reconhecimento de comportardes escolha. (Pausa)
Por isso, meu amigo, vai em frente! Busca a tua escolha! Familiariza-te contigo próprio. Permite-te identificar o que consiste no objecto do teu desejo, e não meramente da tua vontade. (1) Porque trata-se de coisas diferentes. (Pausa)
ANTONE: Penso que não entendo a diferença entre querer e o desejo objectivo.
ELIAS: O desejo é aquilo que te move. O desejo que sentes move a manipulação que fazes da energia por meio das crenças e influência a percepção que tens e molda-te a realidade.
Vós nem sempre criais aquilo que quereis! (A rir, seguido de riso generalizado) SEMPRE criais o que corresponde ao objecto do vosso desejo.
ANTONE: A sério?! (Riso)
ELIAS: O desejo não consta necessariamente da expressão de prazer ou do que gostais objectivamente, mas deve sempre mover-vos no sentido da criação do que vos seja benéfico e do que busqueis no contexto da exploração desta dimensão física.
Podeis escolher criar isso de uma forma menos prazenteira. Podeis optar por criar a expressão disso de um modo que acheis desagradável. Isso são expressões das crenças que comportais. O que não quer dizer que a vossa escolha não vos seja benéfica ou não seja propositada.
Tu desejas que te sugira um rumo. Tu hás-de estender esse rumo a ti próprio, por seres o único indivíduo capaz de proporcionar orientação a ti próprio!
ANTONE: Nesse caso, estás a dizer que a forma como decido aquilo que quero é por intermédio da investigação de mim próprio. (Elias acena afirmativamente) Mas isso também soa como manipulação do pensamento e da emoção, e eu penso que esteja efectivamente a investigar-me quando de facto não estou.
ELIAS: Por vezes, sim, tens razão.
ANTONE: Pois bem, como poderei deter isso?
ELIAS: Permitindo-te familiarizar-te contigo próprio, e não apenas com um aspecto de ti.
Conseguirás familiarizar-te com a totalidade da tua forma física e com o seu funcionamento se estiveres continuamente a concentrar o foco da tua atenção no teu pé e no modo como ele opera? Chegarás a compreender duma forma objectiva e a familiarizar-te com todos os outros aspectos da tua forma física se tudo aquilo a que estiveres a prestar atenção for apenas a um pé? Não, não o poderás fazer. Isso que pertence ao domínio do teu íntimo ser-te-á pouco conhecido, por a tua atenção se achar focada numa (só) área.
O que não quer dizer que todas as outras funções inerentes à forma do teu corpo físico devam cessar, e deixar de ter continuidade. Elas continuarão a ter, e funcionarão de forma bastante objectiva e acessível à tua atenção, se te permitires desviar a tua atenção do teu pé no sentido doutras áreas da tua forma física.
Do mesmo modo, deténs a tua atenção entre duas expressões, a do pensamento e a da emoção, enquanto vias de comunicação – os meios que empregas para receberes e emitires informação – e nesse sentido, não estás a prestar atenção a todas as demais expressões que estás a criar que continuam a avançar e a funcionar, só que sem alcançarem a tua atenção. Por isso, não te encontras familiarizado contigo próprio.
Deixa que te diga, meu amigo, que isso é expressão bastante comum em muitos, muitos, muitos indivíduos por todo estes foco físico, e posso-te dizer, uma vez mais, que todos no fórum desta noite passam pela experiência do mesmo tipo de expressão e se acham bastante familiarizados consigo próprios à semelhança de ti, porque todos vós gerais um foco de atenção único.
Vós expressais a vós próprios saber quem sois. Sabeis aquilo que sois. Sabeis aquilo que quereis... e depois dais expressão a uma confusão desmedida por não o conseguirdes criar! “Eu conheço o sentido que devo trilhar. Sei de que modo alcançar aquilo que quero. Mas porque razão não crio o que quero?” Por NÃO saberem, por não estarem a prestar atenção.
Estais a prestar atenção a ilusões. Estais a prestar atenção a projecções no futuro, estais a prestar atenção a recordações do passado, as quais não são o momento, e vós só criais a vossa realidade AGORA; não no passado, nem no futuro, mas AGORA.
Projectais a vossa atenção no exterior no vosso ambiente e na direcção dos outros, das interacções, das circunstâncias, das situações, e isso distrai-vos, e nessa medida, deixais de prestar atenção a vós próprios. Mesmo naquelas alturas em que PENSAIS estar a prestar atenção a vós, muitas vezes não prestais atenção a vós próprias. Estais a prestar atenção ao que VOS está a acontecer, segundo a percepção que tendes, àquilo em que estais a participar, mas não ao que VÓS estais a escolher, ao que VÓS estais a criar, ao que VÓS estais a FAZER. (Pausa)
Por a vossa atenção se voltar para o exterior, e a diferença residir em direccionardes a atenção para dentro. Eu já tive ocasião de referir isto muitas, muitas, muitas vezes, (riso) e ainda assim continua a parecer demasiado simplista.
Mas eu posso-te dizer que muita gente me pergunta: “Elias, porque razão falas tanto?” (Toda a gente desata a rir) “Porque explicas com tal frequência esses conceitos? Porque razão és tão monótono?” (Toda a gente volta a desatar na gargalhada) “Porque razão não nos dás uma resposta simples?”
Mas eu dou-vos uma resposta em termos simples – “voltai a atenção para o vosso íntimo” – e vós dizeis: “Mas, que quererás dizer com isso? Explica lá!” (Riso generalizado) “Expõe. Continua. Agora já podes tornar-te monótono.” (Mais riso)
Mas a resposta está NISTO. Consta unicamente do desafio de vos permitirdes avançar para além do impedimento da vossa percepção, que é mantida de forma restrita nessa direcção única. Mas se vos permitirdes deslocar levemente a percepção, alterareis um tremendo volume de aspectos da vossa realidade. (Pausa)
Vamos fazer um intervalo, e em pouco tempo podereis continuar com as vossas perguntas.
(Para o Antone, num riso forçado) Continua! Serás encorajado com a minha energia. (A rir)
ANTONE: Obrigado. (A rir)
INTERVALO
Nota da Vicki: Ena. Não acredito que só tenha passado uma hora!
CONTINUAÇÃO
ELIAS: Continuemos!
VIC: Eu tenho uma pergunta. Da última vez que falamos, estávamos a falar da criação em grupo, e basicamente aquilo que disseste foi que, na definição que presentemente damos a isso, tal coisa não acontece. Por isso, gostava de retomar esse tema e dar-lhe continuidade, e pedir-te que voltes a definir grupo e co-criação.
ELIAS: Tal como já expressei, a ideia da co-criação, segundo a definição que dais à coisa, assemelha-se bastante à definição que dais às criações de grupo, o que na realidade não é o que ocorre. Porque, nestes conceitos que apresentais a vós próprios em relação às imagens objectivas desenvolveis a definição de que muitos indivíduos – ou uns quantos – possam estabelecer uma direcção juntos, em relação uns aos outros, como se estivessem todos a avançar numa expressão comum, o que na realidade não traduz a situação.
Mesmo naquelas expressões que vos parecerão objectivamente traduzir-se por criações de grupo, em que muitos participam, cada um está a criar a sua própria expressão imagética.
Agora; as pessoas podem estabelecer certas semelhanças naquilo que exprimem, o que vai propiciar a criação dum movimento de energia que se presta a cada um dos outros por intermédio do poder da energia colectiva, pela semelhança, mas não necessariamente pela direcção.
Bom; já referi anteriormente que por vezes, grupos de indivíduos poderão escolher expressar um sentido semelhante de modo intencional a fim de darem lugar a uma declaração pública de massas, por assim dizer. Isso é igualmente criado noutras expressões da consciência, e não está limitado unicamente à vossa espécie.
Por vezes, os vossos seres vivos também podem escolher colectivamente uma expressão de direcção, o que consistirá numa acção colectiva, a de dar expressão a um...
VIC: Como o sucedido com a doença das vacas loucas.
ELIAS: Exacto... em que se gera uma cooperação da parte de muitas manifestações colectivas, que passam a projectar energia por uma expressão específica de direcção a fim de criarem uma declaração de massas para obter a atenção objectiva de outras massas, e beneficiarem o todo no âmbito da consciência.
Mas vós confundis estes tipos de acções e classificai-las em conjunto com outras acções que superficialmente parecem cooperação de grupo, mas que não são necessariamente.
Podeis escolher uma imagética semelhante nos números. O que não quer dizer que esse número de indivíduos que esteja a criar imagens objectivas similares esteja a cooperar numa direcção comum, ou a produzir o acto duma declaração, ou a criar uma acção colectiva que lhes desperte a atenção colectivamente.
Esse tipo de acção (da criação individual) é muito mais comum de expressar na vossa realidade física. É muito menos expressada do que qualquer forma de consciência que coopere numa direcção comum no sentido de criar uma declaração “pública”.
VIC: Muito menos, foi o que disseste?
ELIAS: Sim. Ela é muito menos comum.
Já mencionamos acções tais como as escolhas que promoveis no sentido de criar muitos traços similares através das expressões físicas. Isso ocorre não apenas nessas criações óbvias que reconheceis, tais como as vossas gripes e as vossas epidemias, mas podeis notar muitas vezes nas imagens objectivas que tiverdes, muitos, muitos, muitos indivíduos que podem criar uma imagética bastante semelhante numa altura específica.
Cada indivíduo desses está a proceder à criação da sua própria direcção. Está a criar as suas imagens específicas a fim de captar a própria atenção; pelas suas próprias razões, por assim dizer. Poderá objectivamente parecer que, exteriormente, se assemelhe bastante ao de outros indivíduos, só que cada um está a proceder à criação da sua expressão individual.
Agora; por vezes a razão por que escolheis imagens que parecem ser semelhantes deve-se ao facto de individualmente poderdes estar a criar individualmente as vossas próprias imagens com muito pouco esforço.
Porque, no acto efectivo do reconhecimento da inexistência de separação, e de estardes todos interligados, de consistirdes todos numa só expressão, se criardes muitas expressões por meio de imagens bastante similares, isso requererá uma menor expressão de energia, coisa que vos liberta a atenção da razão da vossa criação individual. Vós não vos distraís com tanta intensidade na criação actual conforme o fazeis se mantiverdes a vossa atenção na identificação que fazeis do que tereis criado e da razão por que o tereis criado.
No exemplo que deste da expressão física daqueles que geram os sintomas da gripe, muitos indivíduos criam essa expressão exteriormente numa mesma altura. Parecerá objectivamente que estejam todos a participar num movimento de massas, por estardes todos a criar o mesmo tipo de imagens em relação uns aos outros.
Vós empregastes essa crença com um tal vigor que chegais mesmo a acreditar que comunicais esse vírus da gripe uns aos outros – que vos contagiais uns aos outros com ele! (Com uma expressão de aparente incredulidade)
Na realidade, cada um cria a sua expressão única da coisa, mas nessa medida, vós criais sintomas bastante semelhantes. Isso permite-vos prestar menos atenção aos sintomas do que àquilo que estais a criar e à razão porque o estais a criar.
Aqueles que criam essa gripe numa altura em particular, não concentram a sua energia na criação efectiva da gripe. Eles não concentram a sua energia nos sintomas. Concentram a atenção no que se revelará como uma compensação na criação de tais sintomas e no que passarão a ganhar com a criação de tais sintomas.
Mas conforme criais esses sintomas por meio de expressões de massas, e à semelhança uns dos outros, também originais um movimento de energia que permite a expressão da energia – que sois todos vós, sem separação – no sentido de vos moverdes de forma automática, sem precisardes concentrar a atenção. Ao criardes imagens que sejam expressamente diferentes da dos outros, concentrais muito mais a vossa energia individual na criação actual e movimento da energia. De certo modo, torna-se mais difícil.
Requer mais da vossa atenção a criação de diferenças expressas por imagens objectivas. Requer atenção por vós próprios nessa expressão de individualidade. Vós não exigis de vós próprios a atenção na manifestação das expressões de carácter comum, por cederdes energia uns aos outros, no movimento que essa energia assume a fim de o criar duma forma destituída de atenção.
(Para a Vicki) Tu crias o imaginário que escolheste e concebeste em relação á transcrição pelas tuas razões. (Referência: #626)
Bom; deixai que vos diga que tudo o que é requerido para criardes as semelhanças é um indivíduo estabelecer a diferença.
Tu criaste uma expressão na qual, originalmente, por assim dizer, a concentração que fazias se situava em ti. A tua atenção incidia em ti.
Agora; outros indivíduos podem perceber essa imagética e escolher criar uma imagética similar, por se gerar um reconhecimento automático de estardes a escolher imagens semelhantes, pelo que isso poderá passar a ser criado com muito mais facilidade, por já haver um movimento de energia criado. O movimento já terá tido início.
Por isso, não é necessário que apliqueis a vossa atenção com uma tal intensidade individual na expressão das imagens externas. Por isso, outros indivíduos também terão escolhido criar o que parecerá constituir uma cooperação contigo ao criarem imagens relativas a essas transcrições. É fácil.
Qualquer desses indivíduos poderá escolher outro tipo de expressão a fim de proporcionar a si próprios informação que escolha para notar, ou para mover a sua atenção numa direcção específica.
O que não quer dizer que eles preste atenção ao que estiver a criar ou a investigar ou questionar o que estiver a fazer, mas cria uma tentativa para alcançar a própria atenção por intermédio de imagens objectivas. Isso não quer dizer que VÓS presteis atenção ao que tiverdes iniciado, mas tereis tentado.
Nessa medida, como cada indivíduo escolhe aquilo que deseja expressar a si próprio... o que pode ser expressado com toda a simplicidade, e na maioria dos casos É bastante simples na expressão que adopta. Apenas parece complicado, por o complicardes através da análise de todas essas imagens complexas, o que na verdade É bastante simples!
Eles podem escolher qualquer meio que lhes capte a atenção, mas eu já vos disse muitas vezes que vos deixais atrair pelo fácil e pelo cómodo. Trata-se duma expressão que vos está na natureza. Mesmo em meio à dificuldade, vós deixais-vos atrair pela facilidade e pela comodidade! Por isso, naquilo em que complicais ou que tornais difícil, vós também escolheis modos cómodos de o expressar! (Riso)
VIC: Não estou certa de compreender na totalidade, mas parte do que estás a dizer é que numa situação de, digamos, imagens partilhadas, parte da razão porque cada um escolhe criar essas imagens nessa altura é por ceder energia à facilitação... do quê? Da própria criação em si?
ELIAS: Eles já estão a ceder energia à facilitação de todas as criações por meio de imagens semelhantes. Essa não é a “razão” por que estão a criar as suas imagens individuais.
Cada um cria as suas imagens para captar a sua atenção individual e pela sua própria razão, e cada um comporta diferenças nessas razões, coisa que já tínhamos estabelecido. Apenas procedem à criação dum método, por assim dizer, destinado a facilitar isso, um método que permita uma maior liberdade de atenção, por requerer uma menor atenção na projecção das imagens actuais.
VIC: Então, parte como que da redefinição do termo... na definição que dou, presentemente, eu presumo uma razão. Se perceber o que penso ser uma criação de grupo, automaticamente suponho que deva existir algum tipo de razão para isso. Estarás a dizer que esse não é realmente o caso, por cada um ter a sua razão individual...?
ELIAS: Exacto.
VIC: Não existe uma razão grupal para tal coisa.
ELIAS: Exacto.
VIC: Está bem, faz parte disso. Essa parte, eu entendo.
ELIAS: Trata-se meramente de facilitar a expressão. Não é necessariamente a expressão duma “razão”, por assim dizer, ou “significado”, tal como o designais, inerente às próprias imagens em si mesmas.
VIC: Então, nesse caso, parte da definição que emprego que está sujeita a sofrer mudança é o facto de também presumir... quando os outros se juntam na criação de algo de que note fazer parte, eu presto atenção aos outros que estão a operar, e de seguida é como se passasse para todas essas áreas de procurar descobrir a coisa e de tentar explicá-la a mim própria, o que perfaz a complicação da coisa, quando na realidade...
ELIAS: Exacto.
VIC: ... as imagens são auto-geradas.
ELIAS: Exacto. ISSO representa a complicação.
VIC: E faz parte da redefinição, é descomplicar a coisa.
ELIAS: Simplificar... o que se torna bastante difícil para TODOS vós, (riso) por serdes todos bastante aficionados pela complicação!
VIC: Pois é. Inicialmente soa ainda mais complicado, mas eu estou mais ou menos a entender... (Riso)
ELIAS: Na realidade, não é tão complicado assim!
SHARON: Então gera-se uma grande facilidade na expressão duma enfermidade. (Pausa)
ELIAS: Por vezes, sim, tens razão.
VOZ DE MULHER: Será que a energia cria como que um padrão? Sabes o que estou a querer dizer? Razão porque passa a fluir com tanta facilidade numa manifestação comum?
ELIAS: Dum modo abstracto, de certa forma.
De certa forma, só para empregar uma pequena analogia, pode ser comparado a vós a alimentar um barco. Dirigi-lo e estabeleceis o seu curso para vos levar pelas águas, e ao longo do caminho, muitos outros indivíduos vão-se também juntando ao vosso barco, por os poder conduzir também pelas águas com facilidade, em vez de terem que criar o seu próprio barco e deixar que ele os conduza pelas águas. Porque razão haverão de despender as energias para criar um outro barco, se podem associar-se a vós e deixar que o vosso barco os carregue pelas águas? (Riso geral)
A razão que apresentam para se deixarem levar pela água fora, é lá a razão deles. O destino deles a eles diz respeito. Pode não ser o mesmo que o vosso. Eles apenas se juntam ao passeio temporariamente. (A rir, seguido de riso generalizado)
SHARON: Além de irem esquiando!
ELIAS: Precisamente! (Riso) Por isso, muitos andam a esquiar pelas tuas transcrições! (Riso forçado, seguido de riso geral) Cada um imbuído do próprio sentido e da própria razão, a fim de que isso proporcione a cada um a devida informação.
HAL: Elias, há algum tempo atrás falaste de quatro focos – penso que o tenha entendido correctamente – religioso, político, pensamento e emoção. Jamais voltei a escutar fosse o que fosse acerca disso, pelo que me interrogo se poderias passar a explicar isso, e a qual desses grupos eu e a Geri pertenceremos, e se será particularmente significativo? (A Cathy desata a rir, sendo seguida por toda a gente)
HAL: Eu não construí o “barco”! Estou apenas a aproveitar a boleia! (Riso geral)
ELIAS: A Shynla está a alimentar o barco! (Riso geral) E a tornar-se no motor! (Riso forçado)
Vou-vos dizer, esta noite, que passarei a fornecer mais informação quanto à clarificação desses quatro aspectos da expressão, que são escolhidos em conjunto com a personalidade, quando o indivíduo se manifesta na dimensão física.
Cada um deles consiste numa escolha. Posso-vos dizer, do mesmo modo que em relação à orientação, que cada uma delas não traduz uma escolha objectiva.
Trata-se de escolhas que são estabelecidas em relação a uma manifestação em particular, em relação ao propósito dessa manifestação, e quanto à forma como o indivíduo dirigirá a energia numa manifestação particular a fim de realizar esse propósito pelo modo que terá escolhido explorar.
(Para o Hal e a Geri) Direi a cada um de vós, que ambos sois indivíduos focados no emocional.
Já referi, que em grande parte, de entre essas quatro expressões, o foco emocional é o mais comummente escolhido pelas essências, quando escolhem manifestar-se, tal como acontece com a orientação comum, que é sugerida segundo essa designação por SER a orientação mais usual, conforme é descrito pela própria designação, como a orientação mais comum escolhida em qualquer altura da manifestação nesta dimensão.
A seguir à expressão do enfoque no emocional, vem a expressão dos indivíduos que se focam no pensamento, orientação essa que é menos comum, mas que é mais comum do que as outras duas expressões do foco político e do foco religioso.
Tanto o foco político como o religioso NÃO são definidos pelo sentido que dais a qualquer desses termos, tal como o que eu vos sugeri em termos de orientação não é definido pelo que associais em termos de orientação sexual, segundo a definição que lhe dais. As definições que vos sugeri são diferentes.
Essas expressões movem-se em conjunto com o tipo de personalidade, que é escolhido pelo foco individual, o qual se move no mais perfeito à-vontade em relação a esses tipos de personalidade. Elas são, por assim dizer, uma função. Diferem da orientação, por não constituírem uma tonalidade da percepção.
HAL: Não?
ELIAS: Não. Constituem uma função da admissão e da emissão da informação.
De certo modo, constituem uma função quanto ao modo como processais a informação – como recebeis e emitis a informação – processo esse em que escolheis o modo pelo qual vos expressareis com mais vigor e o modo pelo qual passareis a expressar uma maior facilidade, e naturalidade, e na realidade, primeiro.
As expressões do foco político e do foco religioso diferem do foco emocional e do foco do pensamento, e além disso, estes dois são expressados mais comummente.
Os indivíduos que se focam no político não se expressam inicialmente por intermédio do que identificais como o pensamento ou as emoções, apesar de poder parecer que tendam mais no sentido de se expressarem pelo pensamento. Todavia, não se trata dum processo de informação baseado no pensamento.
Os indivíduos focados no político focam-se no seu processo de informação por meio da colectividade. Eles processam a sua informação por intermédio duma expressão de colectividade; mas posso-vos dizer presentemente que, neste actual grupo de indivíduos, não existe nenhum desses, pelo que, a expressão vos será de todo estranha e se pode tornar difícil de compreender duma forma objectiva.
Os indivíduos focados no aspecto religioso podem ser um tanto mais fáceis de compreender duma forma objectiva, por terem uma compreensão um tanto objectiva do que designais e definis por intuição, a qual também encarais como distinta da emoção.
Os indivíduos focados no religioso processam a informação, a que recebem e a que emitem, por meio dum mecanismo similar às impressões, mas não completamente nos mesmos moldes em que as impressões são concebidas. Todos vós tendes impressões. Esse processo assemelha-se à intuição, mas não se trata duma expressão intuitiva. Não exige pensamento, e é, apesar de se aproximar da expressão do processo emocional, um processo não emocional. Não chega a empregar a emoção.
Bom; reconhecei que cada um desses processos – ou mecanismos de processamento de informação – não exclui o emprego desses mecanismos em todos os outros indivíduos, porque todos vós possuís todas essas expressões. Uma é dominante. A expressão dominante, o mecanismo dominante, é aquele que vos é mais familiar, e aquele por meio do qual processais em primeiro lugar, aquele que vos é mais automático, e aquele a que dais ouvidos com mais intensidade.
Aqueles que se focam no emocional confiam mais nas emoções que sentem. Confiam na expressão das suas emoções e não desvalorizam as expressões das suas emoções com prontidão, por elas lhes serem familiares. Eles permitem-se uma expressão de aceitação e de confiança desse mecanismo particular e de forma de comunicação consigo próprios.
Aqueles que se focam no pensamento, confiam no pensamento. Movem-se muito mais prontamente no sentido do intelecto e dum processamento por intermédio dos pensamentos. E podem revelar suspeição em relação às expressões emotivas.
Nota da Vicki: A esta altura o Elias dá umas risadas enquanto toda a gente se ri por eu e a Cathy nos termos rido da “ideia” de alguém chegar realmente a confiar nas emoções que sente! (Ambas somos indivíduos focados no pensamento)
ANTONE: Mas não obrigatoriamente, certo?
ELIAS: Não necessariamente. Muitas vezes aqueles que se focam no pensamento podem confiar nas expressões emocionais; muitas vezes, quando passam pela experiência dessas emoções de forma intensa.
ANTONE: Bem, quando referiste, anteriormente, que eu prestava atenção aos meus processos de pensamento e às minhas emoções, foi por isso que afirmei que não eram dotadas duma natureza necessariamente exclusiva. Será assim? Porque, aparentemente, é a essas duas que eu presto atenção...
ELIAS: TODOS vós prestais atenção aos vossos pensamentos e às vossas emoções, independentemente do mecanismo porque processais inicialmente. Essas são as duas expressões mais dominantes da comunicação que empregais no foco físico. Por isso, independentemente do mecanismo que escolherdes na manifestação desses quatro, todos vós os empregais mas prestais atenção aos pensamentos e às emoções, por serem dominantes.
De forma semelhante aos vossos sentidos externos, conforme expressei previamente, todos vós prestais atenção à vossa visão. Todos prestais atenção à vossa audição. Esses são os sentidos externos dominantes.
Aqueles de vós que optam por empregar a vossa atenção nos sentidos interiores... apesar de todos os terdes e todos os utilizardes, mas é que alguns escolhem não lhes prestar atenção. Mas aqueles de vós que prestam atenção focam a sua atenção no sentido empático como o dominante em relação aos outros sentidos interiores, e passam a empregar esse sentido com muito mais frequência.
Vós focais-vos muito no singular, e no foco da atenção que estabeleceis, escolheis vias de predomínio únicas em cada área da vossa expressão, por meio das quais exerceis uma atenção mais cuidada. Isso não é um indicador do facto de serdes indivíduos focados no emocional, ou no pensamento, ou no político, ou no religioso. Aquilo que indica é a forma como processais a informação, a informação que recebeis inicialmente.
Por vezes, poderá não vos resultar claro, à maioria de vós, por poderdes pensar estar a receber a informação através do pensamento, primeiro, por corresponder à associação que estabeleceis. Mas vou-vos dizer que a maioria dos indivíduos inicialmente processa a informação por intermédio da emoção. Poderá não vos parecer ser forte, mas em primeiro lugar, SENTIS. Podeis pensar, no instante subsequente a terdes sentido, mas o sentir vem em primeiro lugar.
O outro indicador consiste naquilo em que confiais. Os indivíduos focados na emoção tendem por vezes na direcção de desconfiarem do pensamento – por os pensamentos que têm os confundirem, e se prestarem a emaranhados, e por pensarem estar a iludir-se. O que pode revelar-se de confiança é a emoção. O vosso INSTINTO (faz uma pausa, a enfatizar o sentido do que ilustra) revelar-vos-á a verdade quando o intelecto procurar confundir-vos.
Os indivíduos que se acham focados no pensamento referem que os emocionais apenas confundem a situação! (Riso) E lhes interrompem os pensamentos. São uma chatice. Eles procuram prestar muito pouca atenção a esses sentimentos aborrecedores que os atrapalham e os distraem do processo dos pensamentos que tecem.
Os indivíduos focados no pensamento também prestam muito pouca atenção
às emoções dos outros... OU vontade. (Riso)
ANTONE: Aqueles que se focam no pensamento... foi o que disseste?
ELIAS: Exacto. Os que se focam no emocional preocupam-se com as emoções expressadas pelos outros. Enquanto indivíduos focados no emocional, vós tendes consciência dos sentimentos dos outros, e levais as emoções dos outros em consideração.
O que não quer dizer que os que se focam no emocional por vezes não deixem de considerar os sentimentos dos outros, como quem diz, nem quer tampouco dizer que aqueles que se focam no pensamento se esqueçam dos sentimentos dos outros, mas a sua tenção não se centra desse modo. A atenção dos indivíduos focados no pensamento centra-se no pensamento. A atenção daqueles que se focam no emocional centra-se na emoção.
A atenção dos indivíduos focados no religioso centra-se numa outra expressão que não a da intuição, só que semelhante à intuição. Na realidade, essa é a genuína expressão de processamento da informação através do sentimento, a qual difere da emoção.
LISA: Bom; nós temos aqui indivíduos focados no religioso. (Elias ri e começa a dizer algo...)
CATHY: Segundo a percepção que tendes! (Riso forçado)
LISA: Estava só a tentar apurar! (A rir)
CATHY: Segundo a definição que lhe dás! (Riso forçado)
LISA: Então que será que pensamos em relação a toda a gente? (A rir)
ELIAS: O QUE pensais? (A rir)
LISA: Eu penso que são todos tolos! (A rir)
ELIAS: Ah! (Riso forçado)
LISA: Penso que sejam todos um aborrecimento! (A rir, enquanto o Elias sorri) nenhuma dessas emoções OU pensamentos têm importância, segundo o que sinto. Tal como disseste, bastante diferente da emoção.
ELIAS: E que definição darás ao modo como sentes?
LISA: É uma vibração.
ELIAS: E não dirás....
LISA: Não sei – em parte é física, e em parte é pensamento, e em parte é emocional. Não sei bem.
ELIAS: E qual é a definição que dás à emoção? (Pausa)
LISA: Penso que subsiste como que uma intenção... No caso da emoção subsiste a intenção da interacção.
ELIAS: Não necessariamente.
LISA: Não?
ELIAS: Muitas expressões emocionais são bastante únicas e restringem-se ao próprio, e não interagem necessariamente com os outros.
LISA: Está bem, então qual será a diferença?
ELIAS: O que estás a expressar – uma vibração física em ti, consiste numa qualidade da vibração.
LISA: Está bem.
ELIAS: Uma qualidade de resposta centrada numa combinação do centro de energia amarelo, com o teu centro de energia azul, e o teu centro de energia índigo, por uma qualidade de vibração a interagir juntos, criando o que interpretais como sentimento, a que atribuís essa designação. Atribuís esses termos na descrição dessas emoções. As emoções podem ser expressadas por uma miríade de modos, aos quais atribuís uma infinidade de palavras para definir a qualidade da expressão inerente a essas emoções.
O sentimento não encerra uma vibração no vosso íntimo. Trata-se duma forma de percepção, ou de compreensão, por assim dizer, que não carrega em si nenhuma acção de carácter físico. Também não é definido nem foi definido na vossa língua. Trata-se duma forma de conhecimento. É um estado de paz. É uma percepção de”outro”, duma energia que é reconhecida em termos diferentes daquilo com que estais familiarizados. O sentimento pode mais exactamente ser descrito na vossa linguagem como um pressentir, que não emprega qualquer emoção, mas também não emprega pensamento nenhum. Todos vós empregais essa acção. Não quer dizer que todos processeis a vossa informação - quer em termos de recepção quer em termos de emissão - desse modo.
LISA: Mas a confiança nesse sentido constitui um indicador.
ELIAS: Se se tratar da confiança dominante.
LISA: Certo. E em relação à intensidade? Será que o facto de alguém experimentar uma enorme intensidade emocional representa o facto de estar focado de forma emocional?
ELIAS: Alguns podem experimentar uma grande intensidade emotiva e não se focarem necessariamente no emocional, mas não expressam uma comunicação para consigo próprios nem em relação aos outros, desse modo.
Deixai que vos diga que um indivíduo pode estar focado no político ou no pensamento e pode experimentar alturas duma tremenda intensidade emotiva, e a interacção que tiver com um outro indivíduo servirá como descrição dessa emoção. A partilha que fizer com um outro indivíduo deverá corresponder à análise que faz dessa emoção, e a uma tremenda tentativa para expressar por uma linguagem inteligível a qualidade inerente a essa experiência.
Um indivíduo que possa não ser focado no pensamento ou no político, poderá não expressar necessariamente esse tipo de análise da emoção, mas dar-lhe expressão unicamente. Por vezes, poderá fornecer uma breve explicação, por sentir que seja necessário explicar a razão porque estará a expressar tal intensidade de emoção, mas também há-de proporcionar a si próprio essa emoção com maior liberdade e sem a questionar, e também sem tentar justificar ou explicar essa emoção de forma extensiva.
Por essa emoção conter uma expressão que é confortável e familiar e digna de confiança, e resultar na associação e na expectativa de que os outros reconheçam o mesmo.
Do mesmo modo, no caso dos indivíduos focados no pensamento, gera-se a associação e a expectativa de que eles venham a compreender a falta de expressão, e não a ponham em questão.
Proporcionar a vós próprios uma interacção conjunta e permissão para reconhecerdes esses diferentes tipos de expressão pode tornar-se válido e expandir-vos a consciência e oferecer-vos um entendimento compreensível, uns dos outros nas diferenças que vos caracterizam, desse modo eliminando a ameaça que a diferença comporta e permitindo-vos uma via mais clara rumo à aceitação.
Vou admitir mais uma pergunta, e vamos interromper por esta noite.
KATIE: Eu tenho uma pergunta. Tenho vindo a reparar e a conversar com outros do fórum, alguns que escutaram gravações das tuas sessões, e todos parecem escutar o que dizes de modo completamente diferente. Pareces apresentar uma conotação diferente a cada um. Eu pergunto-me se poderias comentar isso.
ELIAS: Posso dizer-te que cada um escuta e percebe e assimila de modo diferente. Vós sois todos altamente válidos e todos percebeis por intermédio da vossa lente, e desse modo, seja qual for a tonalidade por que estiverdes a perceber, essa também deverá ser a tonalidade com que passareis a colorir-me igualmente, pelo que haveis de perceber desse modo. Mas todos escutais aquilo que vos é benéfico escutar, e a troca de energias dá-se entre mim e cada um de vós de um modo único e individual, e nem por isso menos significativo do que seja de quem for.
KATIE: Obrigado.
ELIAS: Não tens o que agradecer.
RON: Posso colocar uma rápida? (A rir)
ELIAS: Ah, olha como ele se esconde na penumbra! (Riso, por o Ron ter andado às voltas pelo quintal durante esta sessão) Sim, Sombra!
RON: Eu só queria conhecer a orientação que tenho.
CATHY: Oh, meu deus! (Riso)
ELIAS: (A rir) E que impressão tens, Olivia?
RON: Penso que seja soft-inter-com.
ELIAS: Ah! (Riso) Soft-inter-com ... Vou-te dizer que estás certo – quanto a uma outra dimensão!
RON: Obrigado. (Riso generalizado, seguido de riso forçado por parte do Elias) Está bem. E nesta (dimensão)?
ELIAS: Ah, outra pergunta rápida! (Elias ri e volta-se para encarar o Ron, que continua no quintal) Continua!
RON: Continuo?
ELIAS: Esqueceste a pergunta que querias colocar?
RON: Qual é a minha orientação?
ELIAS: Ah! (A rir) Comum!
RON: Raios! (Desatam todos a rir)
ELIAS: Um comum camponês! (Riso) Ah, mas noutros focos és intermédio e soft. Por isso, que importância tem isso?
RON: Não importa!
ELIAS: Exacto! (Riso forçado, que leva toda a gente a desatar a rir) Tu estás a experimentar essas orientações todas ao mesmo tempo!
RON: Está bem, óptimo.
SHARON: Estará ele a ficar amaciado?
ELIAS: Numa outra dimensão! (Todos desatam a rir) Mas tu também!
SHARON: Oh, eu sei!
ELIAS: Ah ah ah ah ah!
...
ELIAS: Ah ah ah ah ah! Um grupo muito alegre, esta noite! (Riso)
Muito bem! Expresso-vos um enorme afecto e fico a antecipar uma interacção continuada. (Para a Elizabeth) E da tua parte também, pequena! (A rir) E a todos os meus amigos dirijo, nesta noite, um enorme carinho e um au revoir!
GRUPO: Au revoir!
Elias parte às 11:52 da noite.
Notas do tradutor:
(1) Desejo e vontade são termos que o Elias emprega em termos diferenciados mas cumpre ter presente que o contexto em que têm emprego é passível de variar na interpretação consoante o entendimento que temos de ambos. Por isso, a vontade e o desejo tanto podem representar o anelo autêntico daquilo que brota do propósito, como representar o produto do processamento de ideias, que geralmente tem assento na comparação, na competitividade e numa aferição com base em factores exteriores ao propósito alicerçado na “acção” que brota de dentro. Nessa medida, ambos os termos podem ser empregues por ordem inversa, de forma a assentar em moldes que soem mais inteligíveis, sem que se chegue a prejudicar o sentido, o que nesta passagem resultaria do seguinte modo: “Permite-te identificar o que corresponderá ao objecto da tua vontade, e não meramente do desejo que tenhas.”
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