Sexta-feira 26 de Março de 1999 (Grupo/Vermont)
Tradução: Amadeu Duarte
Participantes: Mary (Michael), Jen (Margarite), e Tim (Marlet).
ELIAS: Boa noite! (Dá uma risada)
JEN: Olá.
TIM: Boa noite.
ELIAS: Cá nos encontramos de novo!
JEN: É verdade!
ELIAS: (A rir) Esta noite, vamos ter um debate.
JEN: Oh, que óptimo!
ELIAS: Vou-vos colocar umas perguntas, que podereis responder...
JEN: (A rir) Está bem....
ELIAS: ... diferentemente do formato que habitualmente usamos. Vou-me dirigir a um tema específico, esta noite, razão porque vos vou usar a VÓS, para vos questionar quanto à vossa percepção e à compreensão que tendes de certos elementos, porque na presente altura muito movimento está a decorrer.
Nessa medida, já tive previamente ocasião de vos referir estar presentemente a decorrer uma onda na consciência, como tem estado, há já algum tempo. Além disso também vos disse que, muita energia tem vindo a ser cedida a este particular período actual de final de ano do vosso século e do vosso milénio, pelo que a energia se encontra, conforme designareis, bastante intensa – bastante elevada, segundo os termos que utilizais – o que faz com que se preste a propiciar um maior à-vontade a todas as expressões que adopteis.
Bom; esse à-vontade pode ser cedido no sentido do conflito tão facilmente quanto no sentido da diversão. Por isso, haveis de notar – em vós próprios e em todos os indivíduos que encontrais por esta altura – que eles experimentam extremos. A energia acha-se muito intensificada, e nessa intensidade, todos mobilizais automaticamente essa energia que por esta altura vos está a ser cedida.
Por isso, se estiverdes a deslocar-vos no sentido de vos divertirdes, haveis de o conseguir com facilidade. Se estiverdes a passar por problemas, haveis de vos mover com uma maior eficácia e rapidez e propor a vós próprios imagens que vos apoiem esse avanço. Se estiverdes a proceder à criação de conflito, haveis de o criar por extremos. Se produzirdes desgaste em vós próprios, esse desgaste deverá atingir uma expressão extremada. Todas as expressões que assumirdes deverão ser mais acentuadas e intensificadas do que o que normalmente, como quem diz, criaríeis no enquadramento da vossa experiência. Alguns passam experimentam uma calma extrema. Seja qual for a expressão que assumam, ela deverá ser criada com uma maior facilidade, porque muita energia está a ser cedida para mobilizardes na presente altura.
Bem, além disso, na presente altura está a ocorrer uma onda na consciência – assunto que já introduzimos – que se dirige ao conjunto de crenças da sexualidade. Trata-se dum sistema de crenças intenso em si mesmo, independentemente da intensidade de energia que está a ser cedida nesta presente época, pelo que experimentais uma intensidade redobrada.
Nesse sentido, já vo-lo declarei anteriormente, a sexualidade em si mesma não traduz uma crença mas uma linha de fundo, um ponto de partida, um tijolo da criação que estabeleceis nesta dimensão física. Nesta dimensão criais por meio duma expressão sexual e emocional pelo propósito da experiência. Nessa medida, esses dois elementos da vossa realidade – a sexualidade e a emoção – também se tornaram sistemas de crença compactos. Utilizo essa terminologia duma forma intencional, por consistirem nos elementos básicos da vossa realidade, e as crenças que se encontram agregadas a eles serem vastas. Também podem camuflar-se ou esconder-se de vós – por uma forma implícita à crença que abrigais nessas áreas – por expressardes para vós próprios que os elementos dessas crenças não sejam crenças mas apenas a realidade que constatais.
Vós dizeis para convosco: “Masculino é masculino. Feminino é feminino. Isso não traduz uma crença mas uma mera criação inerente à nossa realidade.” Está correcto, mas existem muitos, muitos outros aspectos inerentes a essa crença particular a que atribuís realidade, cujo facto de estar associado a uma crença removeis da vossa consciência. “A função física que assumis é a função física que assumis.” Errado. A vossa função física é bastante influenciada pelas vossas crenças. “A percepção que tendes é a percepção que tendes. Isso é uma realidade.” Incorrecto. Isso é igualmente bastante influenciado pelas vossas crenças. Nessa particular área da sexualidade, as crenças que abrigais são muito estreitas, e vós deixastes-vos confundir ao extremo por essa crença particular.
Bom; para começarmos a dar atenção a essa crença, vamos demonstrar a vossa própria crença, e perguntar-vos: De que modo definis a sexualidade? (A sorrir, seguido duma pausa)
JEN: Hmm. Queres fazer uma tentativa nessa área, amor? (A rir)
TIM: Não. (Elias dá uma risada)
JEN: Sexualidade... Certamente isso leva-me a pensar no masculino e no feminino, assim como na “outra” categoria, homossexual, para o referir nos nossos termos. Hmm... a sexualidade consiste em reunir as pessoas, e claramente a procriação é uma das crenças que nos ocorre, mas também por uma sensação de prazer, de contacto físico. No entanto, penso que defina o acto sexual.
TIM: A sexualidade para mim abrange tudo, inclusive o sexo. Quero dizer, parece que basicamente os elementos básicos estejam divididos em masculino e feminino, mas isso parece muito estreito, e sou capaz de ver onde a sexualidade poderá representar mais do que isso...
JEN: Mas também parece aproximar as pessoas para além disso, mesmo entre duas pessoas do sexo feminino. Por vezes gera-se uma atracção sexual.
TIM: Sim.
JEN: Não é necessariamente: “Quero ir para a cama contigo”, mas apresenta-se uma atracção aí que é mais do que somente: “Estou interessada no que terás a dizer.” Existe uma subjacente...
TIM: Não tem nem que ser com uma outra pessoa. Pode dar-se com objectos. Quero dizer, os anúncios actuais tornam isso óbvio. Acontece com os automóveis e sei lá mais com o quê; o álcool. Todos eles empregam (um cunho de) sexualidade. Parece que o sexo está em toda a parte. Mesmo no caso de não estar a céu aberto, está em toda a parte e por detrás de tudo, mesmo que as pessoas não o admitam.
JEN: Pois é. Muita gente não se permite admitir o facto.
TIM: Certo, por ainda sentirem conter algo de errado, que é porco ou seja lá o que for.
JEN: Pois. Somos educados no sentido de não o admitir e de reprimirmos isso.
TIM: Certo.
JEN: São as crenças religiosas ou apenas a forma em que fomos educados.
TIM: Pois, a religião representa uma boa parcela disso.
JEN: Enorme ... uma parte primordial!
ELIAS: Como podeis notar pelo debate que tivestes, percebeis como as vossas crenças se entrecruzam e misturam entre si, conforme podeis identificar pela introdução que fizestes das crença religiosas misturada com as crenças respeitantes à sexualidade.
Nesse sentido, sejamos claros na identificação naquilo em que a sexualidade consiste.
Subsiste um elemento na criação da sexualidade que refere o sexo. Vós criastes dois sexos para a vossa espécie nesta dimensão. Na realidade, todas as vossas espécies se enquadram num contexto de dois sexos. Isso é definido em termos de macho e fêmea.
A definição do sexo inerente ao masculino e ao feminino representa um tipo e uma função alusiva ao corpo. É tudo. Isso é tudo quanto a designação que atribuís ao sexo comporta. Não passa disso. Representa o início da confusão inerente à crença da sexualidade, por agregardes género a todos os aspectos da vossa realidade e definirdes muitos elementos da vossa realidade no contexto do sexo. O sexo descreve meramente o tipo de corpo e a função.
Existem outros três elementos inerentes à vossa sexualidade que compõem a totalidade da sexualidade.
A orientação é bastante distinta do sexo. A orientação é a percepção que tendes: a forma como vos percebeis a vós, como percebeis o vosso mundo, como interagis convosco próprios, como interagis com todos os indivíduos, o modo como interagis com o vosso ambiente. É o elemento que mais influencia e que responde pela criação da vossa percepção. A vossa percepção cria a realidade. Nessa medida, existem três orientações que a percepção pode apresentar.
Bom; vós – no quadro das crenças que comportais e que atribuís ao sexo propriamente, ao género – definis essas três orientações em termos de masculino, feminino e “outro”, segundo a terminologia que empregais para a homossexualidade. Agora; de que forma apresentareis o género que compreende tanto o masculino como o feminino, a orientação masculina e a feminina e a homossexual? O masculino e o feminino não podem aplicar-se no sentido da orientação. Isso representa tipos e funções corporais, não orientações. Não são formas de percepção.
Por isso é que vos indico – por não comportardes terminologia na vossa língua que vos identifique as orientações que tendes – uma nova terminologia a fim de procederdes à identificação das vossas orientações, e vos proponho uma ÚNICA vez uma comparação com as vossas crenças apenas, para não reforçar as crenças que comportais nessa área.
A terminologia com que passaremos a definir a orientação, será designada em termos de soft, intermédia e comum. Esses termos deverão designar os três tipos distintos de orientação que se enquadram na vossa sexualidade que são responsáveis pela criação da vossa percepção.
Ora bem; nessa media, uma vez fornecida a identificação ou comparação com o modo com que actualmente identificais, digo-vos que a designação “soft” (suave) deverá equiparar-se ao que identificais em termos de homossexualidade. A designação de “intermédia” deverá representar o que encarais como feminilidade. A designação de “comum” deverá representar o que considerais como masculinidade.
Agora passemos a ver de que modo isso se cruza com o sexo e não se relaciona, por assim dizer, directamente com o género, apesar de se influenciarem mutuamente e se enquadrarem mutuamente numa harmonia, do mesmo modo que os vossos sentidos externos. Tal como vos disse previamente, vós comportais cinco sentidos externos que não podem ser trocados uns pelos outros mas podem mover-se em conjugação uns com os outros, em harmonia uns com os outros, a fim de vos proporcionar diferenças na percepção e na admissão que fazeis dessa informação.
Podeis implementar uma utilização conjunta do vosso sentido externo da visão e o do toque a fim de vos proporcionar uma percepção combinada, que eles mover-se-ão em harmonia entre si. Mas não podeis trocar o sentido da visão pelo do toque. Os vossos dedos podem sentir. O vosso corpo é capaz de sentir por intermédio do sentido do toque, mas não poderá ver. Não podeis trocar a utilização que fazeis do vosso sentido do toque pelo da audição. Eles não são substituíveis. Macho, fêmea, soft, intermédia e comum tampouco são substituíveis. Eles movem-se em harmonia e complementam-se uns aos outros, mas não podem ser trocados uns pelos outros, e tampouco uns definem os outros.
(Para o Tim) Por isso, como te sentas diante de mim comportando o género masculino, isso não define a percepção que tens; tampouco a definição que empregas em relação à qualidade de homem, rapaz ou outro termo que identifiques segundo características masculinas definirá a percepção que tens. O que será que responde pela criação da tua percepção? Quais serão as qualidades dessa percepção que te definirão como homem? São bastante distintas do género que te caracteriza. Um outro indivíduo poderá ser caracterizado pelo mesmo sexo, tipo de corpo e função que tu, e possuir uma percepção completamente diferente, e não conseguires identificá-lo pelos traços da masculinidade. Haverás de o identificar de modo diferente, e de reconhecer que a percepção que o caracteriza é distinta.
(Para a Jen) Tu comportas o tipo de corpo feminino. Isso não define a percepção que tens. Um outro indivíduo pode possuir um tipo de corpo feminino e idêntica função, e identificar-se a si e ao seu mundo e à interacção que tiver com tudo aquilo que crie, e tudo o que criar resultará completamente diferente. As formas de percepção tampouco são passíveis de ser substituídas. Elas não resultam de nenhuma combinação entre si, e não podem ser substituídas.
Comum – conforme identificamos segundo a vossa definição de masculino – é comum, por existirem mais focos individuais em manifestação que detenham uma percepção semelhante do que dos dois outros tipos de percepção. Não importa que possuam um sexo masculino ou feminino; podeis ter a percepção caracterizada como comum.
Isso não define, segundo os termos que empregais, o carácter homosexual ou heterosexual ou o que de modo garrido designais como bissexual. Isso são meras escolhas objectivas que estabeleceis na realidade física. São opções que correspondem a um querer. São escolhas que se prendem com a atracção, que não são definidas pela percepção nem pelo sexo. Trata-se apenas de meras formas de querer e de escolha.
JEN: Que queres dizer com “querer”?
ELIAS: Existe uma diferença entre desejo e querer.
JEN: Querer! Está bem.
ELIAS: A definição de querer assenta num objectivo. Podeis preferir chamar-lhe desejo, mas desejo é aquilo que vos motiva no contexto do vosso propósito. E isso envolve um movimento subjectivo. Por isso é que distingo em termos concretos aquilo que criais na vossa realidade do estado de vigília.
Nessa medida, podeis notar muitas pessoas que são caracterizados pelo sexo feminino e ser capazes de as identificar como mulheres heterossexuais e atribuir-lhes qualidades que mais se parecerão com as masculinas. Elas são menos emotivas e mais racionais; lógicas. Expressam-se por meios que identificareis sob traços masculinos. Também ocupam a sua atenção com elementos que identificais como associados à masculinidade. Ao contrário, existem indivíduos do sexo masculino que pertencem ao género masculino que percebeis como comportando uma qualidade mais feminina. Eles podem não poder necessariamente ser designados pelo que VÓS designais por homossexualidade. Apenas comportarão qualidades que não se enquadrarão no contexto do género.
Agora; as qualidades inerentes aos “comum”. A percepção que tendes delas vai no sentido dum processamento de ideias mais racional. Se tiverdes a qualidade “comum” deixar-vos-eis atrair para interesses que envolvam elementos físicos. A percepção dos “comuns” comporta fascínio e interesses localizados no exterior de si próprios, por assim dizer: no que possa ser criado em termos concretos, no modo por intermédio do qual podereis projectar o eu interno no exterior. Isso é passível de se manifestar por meio de formas artísticas, por formas que se prendam com a tecnologia, e por meio de formas mecânicas. Do que resultam identificações com a criação desses elementos físicos. Essa é uma linha de fundo bastante vigorosa que caracteriza a percepção dos que possuem uma orientação comum.
Os que alinham pela orientação intermédia – aquilo que designais sob os traços característicos da feminilidade – ocupam a maioria da sua percepção no emprego que fazem dos seus sentidos interiores: a intuição, a visão de criações interiores. Por isso, também se acham bastante ocupados na sua atenção com a emoção, que, por sua vez não é um elemento que possa ser projectado externamente a fim de se criar uma coisa. As criações dos “intermédios” não são necessariamente visíveis, por eles se interessarem mais pelas criações de ordem interior.
“Soft” consta da designação atribuída à percepção que ocupa a sua atenção na expressão da interacção, do envolvimento. Envolvimento esse que é passível de se expressar no íntimo, mas que assenta mais no interesse centrado nas trocas e num envolvimento. Esse envolvimento pode traduzir-se por uma interacção com outros indivíduos, com aquilo que designais por natureza, com o vosso planeta, com o vosso universo, com ideias, com conceitos. Não importa. A sua atenção foca-se na interacção.
Ora bem; vejamos – (dito de modo bem-humorado) à luz da ESTREITA percepção que tendes, no quadro das crenças que abrigais – as identificações que dais a essas formas de percepção ou orientação, de um modo que vos permita traçar um termo de comparação. Podeis encarar as comparações que estabeleceis... Mas também podeis obter uma perspectiva da estreiteza que caracteriza as formas de percepção que tendes!
Sob a identificação dos traços da masculinidade que estabeleceis, percebeis que os indivíduos se ocupem bastante das expressões do exterior e das criações externas. Expressais que possuam uma inclinação para as áreas mecânicas, as áreas que se prendem com a tecnologia, e com a ciência. Interessam-se, enquanto líderes, através da projecção que fazem no exterior: como inventores, pela produção externa, e como criadores, pela projecção no exterior. Vós referis que sejam caracterizados por uma utilização masculina do hemisfério esquerdo do cérebro por identificardes o direito com o feminino e o esquerdo com masculino. Funcionam com base na lógica, na racionalidade, e são menos indivíduos emotivos.
Encarais as vossas mulheres como sossegadas, reservadas, emotivas; que buscam identificação e compreensão... espiritual!
Olhai para a vossa história. Que perspectiva tendes da imagem que fazeis da masculinidade? A de uma indivíduo forte, sólido, a projectar-se para o exterior. Que perspectiva tendes da mulher ao longo da história? Pequena, frágil... débil! (A rir) E que perspectiva tereis do que designais pelo termo de homossexual? Ah!
Aí dá-se início a um tipo de diversidade diferente, por procederdes à classificação de subdivisões na identificação que estabeleceis da homossexualidade. Dividis essa classificação em termos de homossexualidade masculina e homossexualidade feminina. Identificais os homens como portadores de características femininas e as mulheres como portadoras de qualidades masculinas. Completamente errado!
Identificais os homens como extravagantes – a atribuís-lhes a expressão extravagante das mulheres. Identificais as mulheres como grosseiras – a expressão masculina na mulher. E depois dizeis para convosco - todos vós - que ficais completamente confusos!
Os homossexuais referem que os heterossexuais estão confusos, e os heterossexuais referem que os homossexuais se encontram num estado de confusão, e encontrais-vos todos confundidos no vosso sexo, por dispordes apenas de dois géneros, e de três tipos de orientação! Por isso, NENHUM de vós se enquadra no vosso sexo, e esses géneros cruzam-se com a percepção.
“Comum” pode ser uma mulher que exiba as qualidades da criação exterior. Muitos artistas são o que poderá ser designado por pertencentes à orientação comum, a despeito do facto de poderem ou não ser do sexo masculino ou feminino. Eles exteriorizam a criação das suas expressões a partir do interior. Encaram os seus mundos como ordenados, lógicos e racionais. Não processam a sua informação pelo modo dos sentidos interiores. Processam a sua informação – o que lhes faculta a percepção que obtêm – por intermédio dos seus sentidos exteriores.
“Intermédios” – ou aquilo que designais pelas mulheres – são menos comuns (em número) do que os comuns. Existem poucos indivíduos intermédios em manifestação, na vossa dimensão física.
Esses indivíduos poderiam ser equiparados àqueles que, ao longo da vossa história, se perfilhavam pelos traços frágeis e delicados das mulheres, aqueles que considerais nas vossas histórias como bastante frágeis e a alimentar a ideia de necessitarem de outros indivíduos para os sustentarem, por não serem necessariamente capazes - nas crenças que abrigais – de prover a todas as suas necessidades por si sós. A razão porque tendes essa percepção ou essa crença prende-se com o facto deles não se interessarem pelas criações externas. Preocupam-se mais – pela percepção que têm – consigo próprios e com o movimento e a criação interiores.
Eles processam a informação que recebem por intermédio dos sentidos interiores. Sentem um enorme interesse pelos outros, só que de um modo bastante diferente. A sua atenção move-se no sentido de contactarem os sentidos interiores e as emoções dos outros. Poderiam ser designados como altamente sensíveis nessas áreas. Não se interessam pelas criações externas, por ocuparem o seu foco com criações íntimas e a exploração delas. Esses indivíduos interagem menos com os outros do que os “comuns” ou os “soft”.
Os “soft” interagem bastante. Interagem entre si, interagem com os outros, e são bastante activos a alinhar por movimentos. São indivíduos bastante apaixonados, o que propicia a percepção que tendes da forma de conduta exuberante.
Não se interessam propriamente pelas criações exteriores, pelas formas de produção física, mas dão bastante atenção ao que criam no exterior. São capazes de se expressar por intermédio da dança, pela criação da sua própria música... sem ser necessariamente com base num instrumento. Expressam-se por intermédio dos seus movimentos e das criações corporais. Dão bastante atenção à interacção. Esses indivíduos encontram as suas formas mais grandiosas de criação e à-vontade na interacção com os outros. A sua atenção desloca-se no sentido de si próprios e dos outros. Não haveis de encontrar muitos desses indivíduos a viver a sua vida sozinhos. Eles sozinhos sentem-se bastante infelizes.
Agora, ao contrário, os “comuns” e os “intermédios” são capazes de funcionar com toda a eficiência sozinhos. O seu interesse, o movimento, as criações que empreendem podem traduzir-se de forma individual. Os “soft” funcionam com uma maior eficiência por meio da interacção.
Nessa medida, examinai o vosso íntimo – qual será o tipo de percepção que tereis? Isso corresponderá à perspectiva que tiverdes de vós próprios: como vos definireis, e ao vosso mundo, às interacções que tendes, às vossas criações, e a toda a vossa realidade? Isso traduz a percepção que tendes. A forma como pensais, como sentis, como interagis. Isso são tudo elementos que se prendem com a vossa percepção, e que TRADUZEM a vossa realidade.
(A olhar para a Jen, e a seguir para o Tim) A TUA percepção é bastante distinta da TUA percepção. Podeis expressar-vos um para com o outro e partilhar ideias e conceitos e sentimentos – podeis trocar pensamentos – mas a vossa percepção difere bastante.
Essa é a razão porque as pessoas se deixam confundir tão frequentemente na área dos relacionamentos. O à-vontade numa relação deverá assentar numa associação (ou casardes ou vos juntardes) com um outro indivíduo que tenha uma orientação semelhante. Não importa – lembrai-vos – o género (sexo) que a caracterize, mas o facto da orientação que tenha corresponder.
Isso é o que na sessão anterior sugeri, a título de nota informativa, a fim de vos explicar a distinção que se patenteia na criação que fizestes dos mamíferos ou vivíparos, ovíparos ou marsupiais. Eles não operam um conjunto. Não podeis juntar um ovíparos com um vivíparo. Eles não funcionam do mesmo modo, por a percepção que têm diferir. Não podeis tornar um marsupial num mamífero, nem podeis forçar um marsupial a tornar-se mamífero, por não ser tal coisa. Desse modo, não podeis forçar um indivíduo a ser aquilo que ele não é.
Nas vossas crenças, tendes vindo à bastante tempo a tentar forçar-vos a encaixar em papéis em que não encaixais, com base unicamente no sexo, mas o vosso sexo não define a percepção que tendes, a vossa orientação. Só que continuais a tentar encaixar.
Esse é o exemplo que dais do vosso quadrado, do vosso círculo e do vosso triângulo em que, a despeito dos esforços que exerçais para introduzirdes o triângulo no (orifício) quadrado, ele não se enquadrará, e os esforços que desempenhardes no sentido de posicionar o vosso círculo no (orifício) quadrado, não se realizará tampouco. Por não se enquadrarem, e serem distintos.
Tais escolhas são estabelecidas antes de vos manifestardes no foco físico. NÃO se trata de escolhas objectivas.
A mais ampla forma de identificação que estabeleceis prende-se com o sexo: como uma acção, uma forma de atracção, aquilo por que vos sentis atraídos, o acto da relação sexual. Essas são escolhas objectivas. Vós escolheis duma forma objectiva envolver-vos em tais acções com um outro indivíduo - ou não! – ou com um outro elemento da vossa criação enquadrado na vossa realidade, a qual a vossa espécie já encetou muitas vezes! (A rir) (Nota do tradutor: De que elemento se tratará não é referido explicitamente, mas para bom entendedor meia palavra basta!)
Isso consta unicamente de escolhas. Mas vós abrigais crenças vigorosas nessas áreas! (A rir)
Olhai para vós próprios presentemente (dá uma gargalhada) a contorcer-vos nos vossos lugares! Ah ah ah ah! Penetrei numa área proibida! (A rir) Isso são apenas escolhas – que são influenciadas pelas vigorosas crenças que tendes!
Certos aspectos da sexualidade são correctos e outros são errados, e vós aplicais essas distinções duma forma muito vigorosa. Uma percepão é correcta se se enquadrar numa crença convencionalmente aceite. Será errada se não se enquadrar, mas vós concebestes regras bastante estritas nessas áreas.
Uma mulher que tenhais designado como heterossexual não será bem aceite se se comportar de modo que expresse maneiras de homem. Uma mulher que se expresse de forma que designais como homossexual será menos aceite ainda. Um homem que se expresse qualidades femininas não será aceite (de maneira nenhuma).
JEN: Todavia isso está a mudar. Está a abrandar.
ELIAS: Está, e deverá aumentar rapidamente, por corresponder à onda que está presentemente a decorrer.
JEN: Mas existe uma outra onda que está a forçar isso de volta ao velho baú (norma), por assim dizer.
ELIAS: Não. É a mesma onda, porque ao passardes para a aceitação, também vos voltais automaticamente no sentido do que é familiar. Estais muito pouco habituados à aceitação. Dar atenção às crenças e permitir-vos confiar e aceitar-vos a vós próprios e às crenças que abrigais é-vos pouco habitual. Por isso retraís-vos para aquilo com que estais familiarizados e agarrais-vos temporariamente com força às expressões que dais às vossas crenças, mas isso também deverá ser temporário, por a presente onda se endereçar a isso, e começardes a perceber essas acções ao vosso redor.
Está a acontecer muita comoção, e estais todos a passar para áreas duma menor definição, duma maior aceitação uns dos outros, e duma maior compreensão quanto ao facto de COMPORTARDES diferenças na orientação e na percepção; de que apesar de poderdes ser iguais na espécie que vos caracteriza, sois bastante diferentes nessa espécie.
Expressastes para vós próprios durante muitos, muitos, muitos anos que sois iguais, e procedestes a testes e a avaliações que vos provassem serdes iguais, mas aquilo que provastes a vós próprios foi que sois diferentes!
Não é o vosso ambiente que vos cria a percepção e vos cria pelos moldes do que sois. VÓS criais-vos, e à vossa percepção com relação à orientação que escolhestes ao entrardes nesta dimensão.
Ora bem; também vos vou dizer uma vez mais que POSSUÍS a capacidade de alterar isso. Dispondes da habilidade de alterar o vosso sexo e dispondes da capacidade de alterar a vossa orientação. Alterar a vossa orientação é tão fácil – ou tão difícil (a rir) – quanto alterar o vosso sexo!
(A rir) Posso afirmar que é fácil. Haveis de descobrir que é bem difícil, mas aventuro-me a referi-vos que não alterareis o vosso sexo num foco. Haveis de continuar a comportar masculino ou feminino num foco. Isso não se reporta aos procedimentos que tendes no campo médico, mas à alteração do vosso sexo sozinhos sem ajuda proveniente da influência exterior, por assim dizer. Mas possuís essa capacidade.
JEN: De um foco para o seguinte.
ELIAS: Neste foco!
JEN: Oh!
ELIAS: Vós possuís essa capacidade. Também tendes a capacidade de caminhar sobre as águas! (A rir)
JEN: E de voar!
ELIAS: E de voar!
JEN: Eu preferia voar a mudar de sexo!
ELIAS: (Ri) Mas essas façanhas deverão tornar-se tão fáceis ou tão difíceis quanto a percepção que delas tiverdes! Por isso vos digo que também podeis alterar a orientação que tendes, e isso tornar-se-á tão fácil ou tão difícil quanto caminhar sobre as águas ou alterar o vosso sexo ou voar! (A rir) Não é que seja uma impossibilidade, mas atrever-me-ia a referir que não vireis a dar lugar a isso! (Ainda a rir)
Nessa medida, torna-se importante que compreendais esses elementos. Eles são os elementos base da vossa criação. TODA a vossa realidade é afectada por esses elementos.
A vossa sexualidade, a percepção que tendes de vós próprios e do vosso mundo abrange tudo e afecta TODAS as coisas que criais. Não existe elemento algum na vossa realidade que não se enquadre na vossa sexualidade. O modo como calçais os sapatos é influenciado pela vossa sexualidade, devido a que a vossa sexualidade dê corpo à vossa percepção, e ao facto do modo como percebeis a vossa realidade fazer parte da vossa realidade!
A vossa realidade é TODA abrangida pela criação da vossa sexualidade. Traduz quem sois no foco físico. Por isso, a compreensão deste assunto particular possui uma tremenda importância, por se prestar de forma mais eficaz ao vosso avanço na área da alteração das vossas percepções por uma expansão da vossa consciência.
JEN: Quando referes percepção queres dizer orientação. As duas coisas não significam o mesmo. (Pausa)
ELIAS: A vossa orientação não é sinónimo de percepção mas influencia bastante a criação da vossa percepção, por as vossas crenças também vos influenciarem a percepção, só que a vossa orientação é diferente das vossas crenças, por constituir um elemento da vossa percepção.
JEN: Está bem ... está bem. (Inaudível)
ELIAS: Constitui um ingrediente da vossa percepção.
JEN: Tal como as nossas crenças.
ELIAS: As vossas crenças constituem influências. Não são a vossa percepção, mas influências que se reflectem na vossa percepção. São os factores de incitação. Lembrai-vos da alusão que fizemos ao bastão e à bola. O bastão é aquilo que incita, ou empurra, a bola. Não é a bola; é o acto de empurrar a bola.
Por isso, as crenças influenciam, o que vos CRIA a realidade e a vossa percepção, mas em si mesmas não se traduzem pela vossa percepção. Não são um ingrediente. Não são um elemento da vossa percepção. São uma influência.
JEN: Está bem.
ELIAS: A vossa orientação constitui um elemento da vossa percepção.
JEN: Nesse caso podíamos dizer que nos influencia a percepção que temos.
ELIAS: Também vos influencia a percepção, e – de certa forma, nos vosso termos – faz parte da vossa percepção, tal como fazem as vossas emoções. Não vos direi que represente a vossa percepção na sua inteireza, porque um outro elemento básico desta realidade são as vossas emoções. Nessa medida, elas são outro elemento da vossa percepção, um outro ingrediente.
JEN: Está bem. (Pausa) Está bem, obrigado.
ELIAS: Não tens de quê. Desejareis colocar perguntas? (A rir)
JEN: Bom, existe aqui muita coisa a assimilar, mas existe uma parte de mim que sente... tudo bem, podemos não ser necessariamente, suponhamos - estou só a pensar – só “intermédios”. Não devia dizer “só”, mas... (Inaudível). Poderá parecer que tenhamos qualidades dos “comuns” também.
ELIAS: Todos vós possuís qualidades semelhantes nas vossas expressões, por vos terem sido incutidas muitas qualidades inerentes às expressões, só que a vossa orientação não é aquilo que designaríeis como um produto da aprendizagem do foco físico.
JEN: Está bem.
ELIAS: Por isso, podeis exteriormente ser expressivos e parecer ter muitas das mesmas qualidades ou qualidades semelhantes uns aos outros. Essas são as vosssa expressões. Mas no quadro da vossa orientação – os elementos básicos da vossa percepção e o modo como encarais o vosso mundo e a vós próprios – isso já é diferente. Isso não é adquirido (mas inato). Isso não resulta da aprendizagem. Isso não é influenciado pelo sexo que tendes. Trata-se dum outro elemento em si mesmo.
Por isso, não, não é passível de ser trocado com os outros, e vós não tendes mais do que uma orientação por foco. É por essa razão que concordastes em manifestar-vos nesta dimensão pelo memos três vezes, a fim de experimentardes cada uma dessas diferentes orientações.
JEN: Mas tu disseste que podemos alterar a orientação que temos num foco.
ELIAS: É possível.
JEN: Só que é altamente improvável.
ELIAS: Precisamente.
JEN: Não apostarias nisso, ou outra coisa qualquer.
ELIAS: Absolutamente.
JEN: Então a compreensão da nossa orientação pode ajudar-nos a tornar-nos um pouco mais conscientes do que acontece em geral. (Elias acena) Não sei... não sei muito bem como expressar isto. Todo o objectivo de possuirmos clareza de compreensão em relação à orientação que temos...
TIM: Então queres pensar nisso enquanto coloco uma pergunta?
JEN: Com certeza.
TIM: Elias, estivemos anteriormente a conversar sobre o lado esquerdo e o direito do cérebro, e quanto ao lado direito ser o mais criativo ou mais emocional e o esquerdo ser mais lógico. Isso relacionar-se-á com... estivemos a falar dos que possuem uma orientação comum e de como eles são mais expressivos exteriormente, e constroem coisas, e aqueles que têm uma orientação intermédia serem mais voltados para o interior. De que modo se relacionará isso com o pensamento, com base no lado esquerdo e no direito, ou terá alguma relação?
ELIAS: Tem, porque conforme expressei previamente, vós criastes esta vossa dimensão toda no âmbito da linha de fundo da sexualidade, e dividistes MUITO da vossa dimensão na designação de masculino e feminino, mesmo no caso dos objectos inanimados, tal como os designais.
Nessa medida, aquilo que DESIGNAIS por (comunicação que se estabelece entre) o lado direito do vosso cérebro e o lado esquerdo do vosso corpo, compreende o que designais por vosso lado feminino.
Nesse sentido, ao escolherdes uma orientação particular, também escolheis uma realidade convencional que se divide no género.
Ao escolherdes uma orientação particular, tal como no caso da identificação que estabeleceste de “intermédio” ou “comum”, também passais a ceder uma maior energia à expressão do desenvolvimento de ambos os lados.
Bom; também haveis de notar que aqueles que se manifestam como “soft”, na sua maioria, emprestam energia a ambos esses lados e não se expressam por um nem pelo outro sexo. Isso também vos causa confusão, por passardes a identificar que eles se identifiquem como pertencendo a ambos os sexos. Isso é errado.
Tal como referi, o sexo não é passível de ser trocado pela percepção, só que se MOVE em harmonia e ambos complementam-se mutuamente.
(Para o Tim) Por isso, tu, enquanto comum, deverás ceder uma energia e expressar uma maior atenção da tua parte, em termos de energia, ao lado esquerdo do cérebro/lado direito do corpo. (Para a Jen) Tu também.
JEN: Então, se bem entendo a coisa, podemos olhar para nós próprios na classificação que fazemos de masculino e de feminino, e sempre que percebemos essas qualidades particulares, que... quero dizer, isso de “comum” “intermédio” e de soft é espectacular, em termos de o percebermos nos outros. Estou certa de o perceber, digamos, numa pessoa que pareça homossexual ou masculinizada ou lá o que for, mas tenho a certeza absoluta de ver essas qualidades nas mulheres que possuem uma orientação comum.
ELIAS: Absolutamente, ou nos indivíduos do sexo masculino que possam ter uma orientação intermédia!
JEN: Está bem. Então a um certo nível, parece bastante intuitivo e acertado. Ah! Talvez esteja a deixar passar algo mais significativo em claro, em termos de...
ELIAS: Isso é-vos útil a todos na expansão da vossa consciência, e por vos permitir reconhecer que ultrapassais muitas barreiras que definistes para vós próprios em termos de absolutos, coisa que não são! E isso cede muito do vosso movimento inerente à vossa aceitação uns dos outros e de vós próprios, por não vos estardes a confinar com tanta intensidade a essas áreas que rotulastes.
TIM: Eu questiono-me porquê. Será por nos sentirmos mais confortáveis quando rotulamos as coisas? Porque faremos isso tão prontamente? Tratar-se-á apenas de um nível de conforto? Por querermos perceber a preto e branco e não a cinzento?
ELIAS: Justamente, por se tratar da área com que estais familiarizados. Isso é o que os vossos sistemas de crença estabeleceram na vossa realidade, a vossa habilidade de perceber claro e escuro, só que vós limitais as escolhas que tendes no quadro desse claro e desse escuro. E agora, com a acção desta mudança, vós estais a reconhecer objectivamente que LIMITASTES as vossas escolhas, e de que muito mais se encontra à disposição no quadro dessas escolhas e da criatividade que vos assiste, se passardes a perceber por uma escala cinza.
JEN: Será por nos termos cansado de perceber pelo claro e escuro que agora estaremos a forçar esta mudança em nós próprios?
ELIAS: Vós não estais a forçá-la. Estais a escolher.
JEN: Escolher....
ELIAS: E estais a escolher por vos terdes aborrecido!
JEN: Está certo!
ELIAS: Vós esgotastes a vossa criação no quadro do claro e do escuro, e percebeis duma forma objectiva que possuís muito mais criatividade do que aquela que expressais.
JEN: Está certo. Quererá isso dizer que as “almas antigas” facilitem mais essa mudança por se sentirem mais aborrecidas?
ELIAS: Não necessariamente. Vós estais TODOS a ceder energia a esta mudança, e não importa que vos designais por “almas antigas” ou “almas novas”. Isso apenas se presta, em termos de energia, de modo diferente. (Pausa)
JEN: Hmm. (Pausa)
ELIAS: (Riso forçado) Muito que assimilar!
JEN: Pois é. É divertido! É bastante... qual será o termo? Libertador é o único termo que me ocorre de momento.
ELIAS: Mas nisso reside a questão!
JEN: Mas isso também é o que está a provocar imenso trauma, essa mesma liberdade.
ELIAS: Precisamente, que é o que tenho vindo, há já algum tempo, a referir – que vireis a experimentar trauma!
JEN: Tu disseste anteriormente, quando começamos a falar, em relação a um elevado sentido que este período... um elevado sentido de trauma, ou de felicidade, de calma, o que acho bastante interessante em termos deste material particular. Não estou absolutamente certa de estar a formular a pergunta em termos correctos, mas...
TIM: Bom, parece que de cada vez que se dá um debate sobre a sexualidade, acaba por se tornar intenso. Quero dizer, as pessoas ficam tensas com isso.
JEN: Pois é!
TIM: Quero dizer, pensemos somente em todas as coisas do tipo “direito à vida”.
JEN: Oh, deus! Eu sei!
TIM: E em todas as gamas de religião, e no que está certo e no que está errado. É muito intenso.
JEN: Certo, e nas pessoas que não se permitem perceber duma forma objectiva o modo como rotulamos as coisas provavelmente deverão experimentar maior trauma do que tranquilidade por esta altura, mas eu interrogo-me se aqueles que estiverem a experimentar uma maior diversão estarão a pensar em algo de todo!
ELIAS: Conforme vos disse, a criação da direcção que pretendeis criar fica ao vosso critério. Eu apenas vos estendo informação em termos explicativos, de que seja qual for a escolha para que estejais a passar por esta altura, ela deverá intensificar-se. Por isso, também disporeis da capacidade de propor a vós próprios explicações no caso de virdes a experimentar trauma e demasiado conflito.
Presentemente, muitos encontram-se a experimentar uma enorme confusão, e a dizer para consigo próprios: “Não estou acostumado a isto! Isto não traduz a minha expressão! Eu não me expresso deste modo! Estou fora de controlo!”
JEN: Hmm! Bom, penso que podemos observar bastantes ocorrências traumáticas ultimamente!
ELIAS: Essa é a energia que muitos encararam como imbuída do sentido das vossas profecias – não que venha a fazer estremecer a vossa terra, nem que venha a fazer com que a vossa lua se cubra de sangue, mas com que vos seja cedida muita energia para criardes o que escolherdes, e se escolherdes a criação de conflito, haveis de criar conflito. Se escolherdes validar-vos, haveis de vos deparar com muita validação.
JEN: Hmm! Bom, se escolhermos experimentar tranquilidade, como quem diz, que é mais ou menos o que tenho vindo a sentir, penso eu, aí isso poderá conceder-nos a capacidade de prestar assistência aos outros. Eu sempre pareço voltar a isso, a certa altura, no final.
ELIAS: Mas tu podes, se estenderes a tua expressão e explicação aos outros, porque se não estiveres a criar conflito e estiveres calma, os outros tornar-se-ão receptivos a ela.
JEN: Certo. Está bem. Bom, obrigado por toda esta nova informação!
ELIAS: Não tens o que agradecer! Vou dar a noite por terminada e ficar a antecipar o nosso próximo encontro e a estender-vos muito encorajamento no vosso avanço, por ESTARDES a obter resultados! Estendo-vos também o meu reconhecimento, por terdes instaurado muito avanço em tão pouco espaço de tempo.
JEN: Bom, obrigado. Eu só não me quero sentir em estado de choque!
ELIAS: (A rir) Mas, estás a sair-te bem!
JEN: Obrigado. Bom, penso que devia agradecer a mim própria!
ELIAS: Precisamente, mas também te estendo o meu reconhecimento a ti, por estares a permitir que a tua curiosidade te mova em direcções que se te podem tornar bastante úteis.
A ambos estendo o meu enorme afecto, e desejo um adorável e carinhoso au revoir.
TIM: Au revoir.
JEN: Au revoir.
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