Session 239
Translations: EN ES

Where You Are, You Are

Topics:

“Onde Estivermos, Aí Estamos”



Terça-feira, 18 de Novembro de 1997 (Privada)

“Seja Onde For que Estiveres, Serás Como És”

Participantes: Mary (Michael), Vicki (Lawrence), e Rob (Mendoe)

(Rob vinha em visita, de Inglaterra)

Tradução: Amadeu Duarte

Nota de Margot: Nesta sessão o Elias fala muito devagar e parece algo tácito na abordagem que faz. No entanto, parece pessoalmente ligado ao Rob.

Nota da Vic: A percepção que tenho é que o Elias jamais foi tão consistentemente afectuoso e delicado com mais alguém como o foi com o Rob.

...

ELIAS: Boa noite.

ROB: Saudações, Elias.

ELIAS: Desejas colocar perguntas, esta noite?

ROB: Por gentileza. Mas se posso perguntar primeiro – ultimamente tenho vindo a tentar descobrir por que família, ou famílias, alinho ou em que continuo – não poderás revelar-me essa família ou famílias, por favor?

ELIAS: Sumafi, alinhado pela família Ilda.

ROB: Obrigado. Quando pedi para aqui vir e me respondeste, fizeste uma referência ao meu temor. Estará esse receio que tenho relacionado com o contacto da minha essência ou tratar-se-á de outro receio?

(Pausa prolongada)

ELIAS: Tu no presente abrigas muitas dificuldades, não é verdade?

ROB: É sim, Elias.

ELIAS: Dir-te-ei que vens a este fórum à procura dum contacto mas vens igualmente imbuído de muito receio, como previamente tive ocasião de te expressar. O receio que sentes prende-se contigo próprio, neste foco. Ao “nível” da essência, não abrigas qualquer receio, mas este teu foco em particular abriga bastante. Tu sentes temor em contactar a essência e sentes receio de te contactares a ti próprio, neste foco em particular. Permite que te diga, para teu próprio esclarecimento pessoal; unicamente para ti. (Pausa prolongada)

A posição que ocupas, há-de ser a posição que ocupas. Tu não deixas de ser quem és. Não tem importância, por palavras vossas, onde como te encontres; é assim que te encontrarás. Entendes aquilo que te estou a transmitir? (Sem resposta)

Podes mudar de sítio. Podes passar para diferentes áreas de consciência mas hás-de continuar a ser tu próprio e a estar presente em todas essas áreas. Por isso, se no momento não estiveres a conseguir obter alegria na actual circunstância em que te encontras, não poderás encontrar essa alegria em nenhum outro sítio.

ROB: Sim, eu compreendo.

ELIAS: É tudo a mesma coisa. Continuas a ser tu próprio seja em que área for. Percebes-te como um foco, inferior à essência e menor do que a totalidade da essência, e apenas um foco; e se te reunires à essência, ao todo, ao superior, hás-de descobrir um esclarecimento renovado e a tua alegria. Mas tu, no teu foco individual envolves a totalidade da essência.

ROB: Eu não descobri uma forma de contactar a minha essência. Haverá algum truque para o conseguirmos, ou isso é tão fácil que dispensa todo o esforço?

ELIAS: Não carece de qualquer esforço! (A sorrir) Dir-te-ei que conseguirás escutar a essência e descobrir a tua alegria se procurares sintonizar o teu estado de sonhar, assim como também aquilo que consideras ser estados alterados de consciência. Não são estados alterados. Consiste em desviarmos a atenção, passando para lado. (A esta altura Elias prepara-se para prosseguir mas faz uma pausa) Muito bem. Estou a receber imensa informação subjectiva referente ao teu foco. (Outra pausa)

Permite que te diga que, apesar de não acreditares ser capaz de aceder a outras áreas de consciência no teu estado de vigília nem poderes realizar o que encaras como conquistas significativas nas áreas relacionadas com o psíquico onde percebes que outros o conseguem, (A rir) tu consegues, e isso é muito mais fácil de conseguir do que o que pensas.

Vou-te revelar um “método” de iniciação – um método porque a Dehl vai adorar! Métodos, métodos, métodos!


Começa por te acomodares antes de adormecer. Permite relaxar o teu corpo todo. Permite que a mente vague ao sabor da corrente. Nesse estado, volta-te. (A sorrir) Entendo que não estejas a compreender!


(Elias coloca uma mão com a palma para cima e a outra mão com a palma voltada para baixo, sobre a primeira) Tu, estendido sobre a tua pequena cama minúscula. Deixa-te relaxar antes de caíres no estado de sono. Visualiza-te numa posição qualquer. Nesse estado permite-te relaxar completamente. Sem te deslocares fisicamente, move-te. (Aqui, move uma mão de forma que ambas ficam com a palma voltadas para cima) Desse modo, poderás permitir-te penetrar outra área da consciência com total consciência, alcançando igualmente numa nova liberdade que te pode ser de auxílio na redescoberta da tua alegria.

ROB: Obrigado.

ELIAS: Não tens de quê.

ROB: Posso questionar-te em relação a uma experiência que tive no ano passado em que uma jovem veio ao meu encontro e assim que me abordou, tive consciência da alegria interior que ela sentia, e de facto a minha própria alegria reagiu nesse momento, a alegria que busco. Qual terá sido a natureza dessa experiência?

ELIAS: Isso esteve relacionado com o reconhecimento de outro aspecto fragmentado da mesma essência de que tu também te fragmentaste, oferecendo-te dessa forma um lembrete do esplendor do teu ser, o que te terá de modo momentâneo permitido um reconhecimento de ti próprio, esquecido.

ROB: Obrigado. Na minha vida interior e na vida que levo no dia-a-dia, experimento uma grande inércia, o que penso representar a obstrução dum símbolo no meu íntimo, o que se reflecte no viver diário como uma espécie de paralisia ou aborrecimento. Estará isso ligado ao temor?

ELIAS: Está. Redescobre o teu alinhamento.

ROB: Com a essência?

ELIAS: E com as famílias da essência. Tu alinhas pela família Ilda e estás a bloquear esse alinhamento. Recentemente foi-nos apresentado outro indivíduo que bloqueia o alinhamento que tem no foco físico. O alinhamento no foco físico detém importância, por se achar intimamente ligado ao vosso propósito; E quando bloqueais o vosso alinhamento estais também a bloquear o vosso propósito. Tu, em parte, estás a cumprir o propósito que deténs, pois se não estivesses, não continuarias aqui. Mas do mesmo modo que outras pessoas bloqueiam elementos do seu propósito por meio do bloqueamento da sua criatividade, nesta família Ilda e no alinhamento que estabeleces com ela, a tua criatividade traduz-se pela interacção.

ROB: Com os outros?

ELIAS: (Acena afirmativamente com a cabeça) Mas ao bloqueares o propósito, bloqueias igualmente a tua criatividade, e com isso crias uma maior tensão no teu foco. Crias esforço ao moveres-te ao longo do teu foco, o que é completamente desnecessário. Podes avançar em meio ao teu foco com total ausência de esforço se não bloqueares esses elementos que se acham ligados ao teu alinhamento e ao teu propósito.

ROB: No momento não me relaciono com mais ninguém.

ELIAS: Precisamente!

ROB: Pois!

ELIAS: Um bloqueio bastante evidente.

ROB: Não se tratará mais duma situação de necessidade de mudar a minha conduta do que propriamente de mudar as opiniões que abrigo?

ELIAS: Exacto. Tu deténs receio na área da aceitação; não de aceitares os demais mas na aceitação de ti que eles manifestem. Por isso bloqueias o teu relacionamento, o que também te bloqueia o propósito no alinhamento com a família Ilda, relativo ao teu foco. Receias que os outros não te aceitem.

ROB: Isso estende-se também às relações no campo da sexualidade.

ELIAS: Absolutamente. Deves aceitar-te a ti próprio inicialmente, e se o conseguires, também dissiparás o receio nos outros, bem como aquilo que percebes como falta de aceitação de ti próprio. Trata-se apenas duma percepção que não é necessariamente real; só o é no sentido em que a concebes como uma realidade.

ROB: Pois. Uma das razões que apresentei a mim próprio para me escusar de relacionar com os outros, tal como me compreendo ou percebo a mim próprio, reside em que eu possuo sentimentos mas escuso-me de os sentir, tal como não sinto a minha alegria. Será que isso é resolvido, uma vez mais, por meio dum contacto com a minha essência?

ELIAS: Exacto. Se te permitires sintonizar com o teu propósito e o teu alinhamento, também afectarás as probabilidades e alterarás a tua realidade, por intermédio duma mudança.

ROB: Obrigado. Eu gostava de comunicar com os demais, de algum modo... Como hei-de traduzir o que sinto? Eu nutro um enorme sentido de beleza por esta realidade e um grande afecto por ela e penso que de algum modo gostaria de manifestá-lo em auxílio aos outros, mas desconheço como hei-de entrar em contacto com ele. Estou ciente de que talvez me incline a entregar-me a fantasias em vez de lidar com a realidade que se situa diante de mim.

ELIAS: A fantasia é real! (A rir)

ROB: Bom, com certeza! Gostava também de empreender algo que se ancore na realidade! Aquilo de que tenho consciência é duma habilidade com as palavras, com o idioma. Terei ao dispor algumas probabilidades com que talvez seja capaz de fazer uso das palavras ou do idioma, talvez num acto de incentivo à Mudança?

ELIAS: Tens. Referir-te-ei apenas o campo das probabilidades mais prováveis, porque não faço referência a absolutos.

ROB: Pois, eu entendo.

ELIAS: Nesse sentido, encorajo-te no sentido de utilizares a vossa língua no campo da escrita destinada à comunicação, mas encorajo-te igualmente a NÃO te isolares; (1) porque também no campo das probabilidades mais prováveis, é evidente que te inclinas no sentido da indulgência ao te justificares por não te relacionares com os demais devido a que te ocupes com a escrita. Podes equilibrar essa área e realizares-te no campo da escrita e das ideias e proceder a um intercâmbio nessa área sem negligenciares trocar relações com os outros através do isolamento, por perceberes que a tua capacidade seja inadequada no sentido de te poderes relacionar directamente com os demais.

ROB: O sentimento de que estou ciente em mim é o de necessitar de ter uma base de relacionamento com os demais. Será este um comentário adequado?

ELIAS: Tu já te tens. Precisas unicamente ter confiança em ti próprio e deixar de te depreciares em relação aos outros.

ROB: Obrigado.

ELIAS: Não tens de quê. (Com delicadeza, contudo, de modo deliberado) Esta noite proporcionou-se esta experiência de tremenda afeição por ti próprio e pela área que ocupas, e o conhecimento duma enorme emoção que deténs e que não te permites expressar. (Pausa)

ROB: Penso que irás declinar responder à pergunta que se segue por talvez estar a tentar usar-te como um adivinho – que se prende com saber se não seria melhor ocupar-me dum emprego, um trabalho, em vez de permanecer tanto no campo das opiniões, como crenças que são.

ELIAS: Isso há-de proceder da tua escolha, apesar de te poder dizer que o facto de te ocupares com as tuas opiniões, ou crenças, e de dirigires a tua atenção para elas é muito importante, apesar de te poder igualmente dizer que o relacionamento é igualmente importante. Tu sustentas uma tendência, ou inclinação, tal como referi, para te isolares e te justificares a fim de prosseguires desse modo. Por isso, se te voltares no sentido de te ocupares inteiramente na área do exame das opiniões ou crenças, poderás proporcionar a ti próprio uma desculpa bastante conveniente para te isolares. Mas podes conseguir examinar e lidar com as correntes de opinião sem te isolares.

Tu voltaste-te no sentido dum grande isolamento e com isso prestas um mau serviço a ti próprio. Por isso, se te voltares para um emprego poderás proporcionar a ti próprio uma oportunidade de te relacionares assim como uma oportunidade de examinares as opiniões, como poderás igualmente proporcionar uma oportunidade para praticares a aceitação dos demais e das opiniões que sustentam, o que resume a questão da Mudança.

ROB: Pois. Obrigado. Se fosse possível, gostava agora de me voltar para a área da consciência do corpo – compreendo que o meu corpo não é um utensílio que esteja ao meu mando, e que a minha essência é suficientemente capaz de zelar pelo bem-estar do meu corpo. Mas tal como me é dado experimentar, parece subsistir um certo padrão de luta constante entre o meu intelecto e o meu organismo. Por vezes sinto uma cólera intensa em relação ao meu corpo e na verdade chego a tratá-lo com severidade. Poderás fazer algum comentário?

ELIAS: Pelo que diz respeito às massas, isso poderá ser qualificado como uma das crenças que se acham profundamente enraizadas. As pessoas acreditam no seu íntimo serem esclarecidas (a rir) e perceberem que o seu corpo não é nenhum receptáculo, mas sim uma expressão da essência. Termos pomposos… Mas palavras ocas! Dentro das correntes de opinião que sustentais, isso não corresponde de todo àquilo em que acreditais. Subjacente a tal crença, muitos acreditam que o corpo constitui apenas uma concha, um abrigo para a vossa alma e que nesse sentido não carece de respeito e que pode ser usado como “poste” (onde se amarravam os condenados ao chicote) para os elementos pessoais que desdenhais, por não passar duma concha. Estás a entender?

ROB: Demasiado bem!

ELIAS: Eu digo-te que não é concha nenhuma, nem receptáculo. És TU. Na verdade - sublinha verdade, consiste na expressão duma forma física e na dimensão física da essência. Nas vossas próprias palavras, a tua própria incorporação. ÉS tu. É uma expressão da tua alma na carne, por assim dizer. Por isso, quando usas de falta de delicadeza para com o teu corpo físico, também estás a ser indelicado para com a tua alma.

As pessoas podem tornar-se destrutivas em relação ao próprio corpo através do suicídio. Isso pode ser deliberado, e nesse sentido, constitui uma acção diferente. Mas muitíssimos de vós utilizais o vosso corpo em alinhamento com as opiniões que referem constituir unicamente um receptáculo que pode ser utilizado como um elemento destinado a expressar as vossas frustrações e o descontentamento que sentis no vosso foco.

ROB: Estás a referir-te a esta cólera que eu evoquei?

ELIAS: Exacto. E em razão disso, do mesmo modo que um outro indivíduo poderá expressar frustração e descontentamento sobre um animal como um géiser, ou escape para a energia, as pessoas criam também dano no seu corpo físico exactamente do mesmo modo.

ROB: Obrigado.

ELIAS: Trata de redescobrir a tua alegria!

ROB: Pois, isso parece ser... Bom, tenho andado à procura dela!

ELIAS: E lembra-te de que onde estiveres há-de ser onde te farás presente, e isso não se alterará apenas se mudares de sítio.

ROB: Pois. Tenho que reflectir nisso. Estou ciente de já teres referido isso previamente.

ELIAS: Podes situar-te na área territorial desta nação assim como poderás achar-te noutra área qualquer. Podes situar-te num foco não físico. HÁS-DE continuar a ocupar uma área, não tem importância.

Ora diz lá; presentemente, neste instante estás a ocupar um país diferente, não?

ROB: Estou.

ELIAS: Isso proporcionar-te-á alegria?

ROB: Não. Bom, não mais do que estar onde geralmente me encontro; não.

ELIAS: Tampouco as áreas não físicas, porque elas não diferem da deslocação de um para outro país.

ROB: Mas do contacto com a essência pode resultar alegria.

ELIAS: Mas tu crês, pelas opiniões que abrigas, que pelo mero acto de passar para uma área não física te facilitará automaticamente o contacto total com a essência – a qual tu já és – e deterás essa consciência em resultado do que te sentirás abençoado!

ROB: (A rir) Pois!

ELIAS: Bastante errado. Onde estivermos é onde havemos de nos encontrar, a todo o instante. Não importa que país ocupemos; e a área não física constitui apenas um outro país.

ROB: Pois; eu entendo.

ELIAS: Vamos fazer um intervalo, e logo poderás prosseguir com o teu questionário.

ROB: Obrigado, Elias.

ELIAS: Não tens de quê. (De modo bastante afectuoso)

...

ELIAS: Continuemos.

ROB: Tenho uma última pergunta a fazer sobre a questão da consciência do corpo. Já tentei - sempre que algo semelhante a uma infecção da pele ou algo semelhante aparece - identificar as crenças particulares que me estejam a causar essa deformação aparente, sem qualquer sucesso todavia. Existirá alguma razão para isso ou apenas precisarei usar de mais persistência na identificação da causa de qualquer deficiência física?

ELIAS: (Avaliando) Ah, excesso de análise e racionalização! Permite que te diga que todas as manifestações a que dás lugar na consciência do teu corpo não brotam necessariamente duma crença específica. Por vezes estás subjectivamente a reagir às expressões objectivas. Nesse sentido, aquilo que ela traduz é o facto de serdes criaturas emocionais. Por vezes podeis bloquear uma expressão emocional, retendo desse modo a energia, e com isso estais a reagir em termos subjectivos por meio da instrução que passais à consciência do corpo para se manifestar fisicamente sob a forma da energia emocional não expressa.

DIGO-TE isto por que naquilo que TU crias, muitas vezes isso traduz uma situação efectiva. Não exprimes nem permites que a energia emocional se exteriorize e com isso a consciência corporal responde às instruções dadas pela tua consciência subjectiva (subconsciente) no sentido de criar outras situações, mas quando te voltas para as opiniões ou crenças que sustentas, desvias-te; isso causa uma distracção.

ROB: Então se eu sentir afecto por alguém e não o expressar, desvio-me, passando a pensar nas crenças que abrigo que me possam estar a causar o defeito em vez de expressar esse afecto?

ELIAS: Exacto, assim como em outras áreas. Podes suprimir ou bloquear sentimentos, emoções de aflição, e escolher não permitir que se exteriorizem nem conceder liberdade ao curso da energia. Com isso provocas, por outras palavras, uma forma de padecimento.

ROB: Então, por exemplo, o facto de eu frequentemente me sentir profundamente infeliz e sentir vontade de chorar e me conter, aí o meu corpo reagirá com a energia que não foi libertada?

ELIAS: Exacto. Reténs a energia emocional na consciência do teu corpo.

ROB: Obrigado.

ELIAS: Não tens de quê.

ROB: Agora gostava de me voltar para as questões relacionadas com as várias experiências por que passei. Experimentei algo que acredito ser conhecido nos círculos médicos como estado Fugue (Tipo de desordem dissociativa caracterizada por amnésia em relação à identidade, recordações, da personalidade e de outras características associadas à individualidade e que geralmente envolve viagens não planeadas ou deambulação por vezes acompanhada dum sentido de identidade renovada) em que sou capaz de falar e de agir mas não retenho uma recordação subsequente das palavras que proferi nem do que fiz. Estou ciente de andar à procura desse estado. Porque o procurarei e em que consistirá a natureza dessa expressão em particular da consciência?

ELIAS: Isso é um elemento da transição. Cada um manifesta transição na sua própria expressão. No presente as pessoas acham-se a manifestar este estado de transição no foco físico SEM se voltarem para a senilidade. Por isso são levados a experimentar aquilo que podereis designar como uma actividade inusitada no foco físico.

Vós agarrais-vos à vossa consciência objectiva. Continuais na vossa realidade convencional, porém, concedeis-vos períodos de tempo em que abris mão dessa vossa realidade aceite e penetrais em acções de transição – como da simultaneidade do tempo, de dirigirem a atenção para as opiniões, para a percepção de focos alternados do presente. Podeis perceber muitos elementos das vossas opiniões como alucinatórios ou como apagões ou então como confusão ou perda da memória, sensações estranhas na vossa forma física, alterações na vossa audição – muitos tipos diversos de manifestações e de criações. Isso constitui tudo interjeições temporárias desse estado de transição.

À medida que avançais num foco físico e decidis deixar de experimentar senilidade para passar a tomar parte na transição, podeis experimentar variadíssimos elementos que vos poderão confundir. Mas não é questão para vos preocupardes pois consiste apenas num acto de transição durante o foco físico que vos proporcionará um maior oportunidade ao avançardes para o foco não físico.

Tu concentras-te com intensidade nas correntes de opinião, o que perfaz outra característica daqueles que tomam parte na transição. As pessoas centram-se na área das crenças em resultado da acção desta Mudança, mas aqueles que se focam na transição concentram-se nas crenças muito mais intensamente devido a que isso se ache no alinhamento com o seu propósito e com o desejo que demonstram de serem capazes de abarcar uma grande parte da sua transição enquanto permanecem no foco físico, para depois eliminarem essa abordagem no foco não físico.

ROB: Eu tenho um sonho recorrente em que me encontro prestes a abandonar a escola. Já ocorreu muitas vezes e parece-se com um sonho do tipo que não se consegue esquecer. Terá isso algum sentido em relação à minha presente situação?

ELIAS: Isso refere-te imagens destinadas a proporcionar-te informação concernente a este foco na qualidade de final; E já que comportais a crença de permanecerdes no foco físico como num período de aprendizagem, isso tinha que ser representado à semelhança duma escola, e as imagens e abandonares a escola consiste numa comunicação para ti próprio, em termos de imagética, no sentido de proporcionares a ti próprio a informação de que este é o foco final.

ROB: Eu entendo. Obrigado. Quando me encontro prestes a adormecer e a abandonar a consciência de vigília, por vezes é-me dado perceber rostos de pessoas desconhecidas. Será que esses indivíduos têm alguma ligação comigo na consciência?

ELIAS: (Avalia) Essas são imagens que apresentas a ti próprio como um elemento de familiaridade com outras essências pertencentes à família Sumafi com que te hás-de ocupar após o desenlace deste foco; não que não te envolvas com elas já, no presente. Apenas não reténs uma consciência objectiva disso.

ROB: Além disso, num estado semelhante, mesmo antes de adormecer, costumo escutar vozes e partes de declarações. Isso estará relacionado de algum modo com o que acabaste de dizer?

ELIAS: Está.

ROB: Recentemente estive na companhia duma mulher que não fala Inglês, e consegui percebê-la de forma distinta na minha mente; uma sentença, ou voz, na minha cabeça. Será de facto essa uma habilidade que se ache prontamente disponível, uma habilidade perfeitamente normal nos termos da Mudança para podermos comunicar para além da barreira da comunicação?

ELIAS: Isso é uma habilidade ou capacidade bastante normal que vós possuís, mas da qual não vos permitis fazer uso. Existem mais elementos agregados ao vosso sentido interior da telepatia do que aqueles de que tendes consciência. Encarais isso apenas como a difusão ou recepção duma mensagem transmitida a uma outra pessoa apenas por meio do vosso pensamento, mas esse sentido interior na realidade é muito mais diversificado do que o que conseguis reconhecer. Não consta somente de pensamentos e transcende todas as barreiras da comunicação porque detendes a capacidade de penetrar o sentido das línguas todas, pois em cada foco vós sois a totalidade da essência. Por isso detendes o conhecimento de toda a vossa realidade.

ROB: Será essa a experiência que é referida no Novo Testamento e na Bíblia, em que pessoas de diferentes idiomas eram capazes de se entender mutuamente?

ELIAS: Essa informação em particular foi bastante distorcida ao longo do tempo. Na realidade, sim, aquilo que estás a perguntar está correcto; a habilidade de compreensão de outro indivíduo no vosso foco físico e do idioma que ele estiver a usar, mas hão-de o interpretar no vosso próprio idioma. Todos vós possuís essa capacidade. Apenas não a exercitais.

ROB: Então a Vicky e eu, ambos detemos esta convicção de sermos capazes de comunicar um com o outro por meio da construção de sentenças, sem que seja investido de conteúdo emocional e sem chegarmos a falar?

ELIAS: Exacto.

ROB: Mas precisaríamos deter essa convicção em uníssono, para sermos capazes de escutar a voz do outro? Será isso exacto?

ELIAS: Não necessariamente.

ROB: Não necessariamente...

ELIAS: Podeis aceder-lhe e desenvolver essa habilidade, essa capacidade em relação aos vossos sentidos interiores, sem precisardes estar de acordo com o outro nem ele necessitar de desenvolver essa mesma habilidade.

ROB: Então, se compreendi correctamente, nos termos duma sessão recente em que esteve presente uma mulher que não falava Inglês, podíamos comunicar directamente com ela. Podíamos estar a falar em Inglês para o grupo que a mulher era potencialmente capaz de entender, na sua própria mente, em Castelhano ou lá o que fosse?

ELIAS: Exacto.

ROB: Pois. Obrigado. Em algumas poucas ocasiões, suponho ter sido capaz de fazer uso de parte do meu intelecto a fim de fazer deliberadamente acontecer um evento. Já tentei forçar isso a acontecer, talvez em relação a encontrar-me com alguém, e o resultado foi eficaz, mas eu senti que o resultado não terá sido bastante apropriado... Não quero dizer que tenha sido certo ou errado, mas foi algo pouco válido. Talvez tenha que ver com confiar mais em que o meu ser interior proceda no seu modo de agir, sem forçar?

ELIAS: Absolutamente.

ROB: Que será que pressinto como errado em relação a esta criação, sempre que trago à baila o intelecto?

ELIAS: O facto de deixares de conceder uma expressão natural. Podes criar muitos elementos na tua percepção objectiva. Eu consigo – se escolhesse voltar-me para a elaboração de truques de salão – levitar a vossa mesa, mas de que modo vos beneficiaria o fornecimento duma prova objectiva, para o referir nas vossas palavras, daquilo em que não acreditais e considerais espantoso? VÓS sois capazes de levitar a vossa própria mesa, mas que vos adiantará isso? Evidência objectiva de deterdes capacidades para além daquelas que acreditais possuir, mas isso há-de ser temporário, pois haveis de continuar a questionar-vos. Podeis levitar a vossa mesa quinhentas vezes que haveis de continuar a questionar as vossas capacidades!

ROB: Então, por exemplo, quando regressar a casa, eu era capaz de teleportar-me fisicamente de regresso aqui, mas ainda assim haveria de continuar a questionar as minhas capacidades?

ELIAS: Volta-te para ti próprio. Trata de te aceitares a ti próprio e de confiar em ti. Podes projectar-te rumo a este fórum e isso ser-te útil por toda a auto-confiança que te proporciona. As expressões objectivas não passam de truques de palco; visualizações temporárias em que não confiais, de qualquer modo, mas no movimento subjectivo já HAVEIS de confiar.

ROB: Como no caso dum evento que brota da minha parte, ao invés de por meio do intelecto, como ao tentar um truque?

ELIAS: Exacto. O vosso intelecto foi concebido para operar em harmonia com a vossa intuição. Consiste ele na expressão objectiva que opera em harmonia com a subjectiva, mas a mera obtenção de elementos da parte duma não vos validaria. Procurai um equilíbrio. Com demasiada frequência voltais-vos na direcção do intelecto, do aspecto racional e depositais toda a vossa confiança nesse aspecto singular, e em resultado criais desequilíbrio.

ROB: Se eu pudesse somente captar algo sobre a utilização da intuição e dos impulsos... Estou ciente de que por vezes me terei desviado dum relacionamento possível com a justificação de não sentir nenhum sentimento pela pessoa que justifique, mesmo se me sentisse atraída pela pessoa. Faria porventura melhor em reagir – em ir ao encontro da pessoa por me sentir atraído por ela e ignorar o que sinto – mesmo que não abrigue grandes sensações de atracção?

ELIAS: Isso constitui uma área a explorar. Apenas bloqueias isso por abrigares opiniões e temor quanto às expectativas do outro.

ROB: Então, uma vez mais, isso consiste na dúvida que abrigo quanto à receptividade que o outro manifeste em relação à aceitação da minha pessoa?

ELIAS: Exacto! No alinhamento da família por que alinhas, sugiro-te que explores sem defenderes qualquer expectativa. Permite que aquilo que exprimires seja estendido e recebido duma forma destituída de expectativa, e verás o quanto poderás surpreender-te!

ROB: Então, talvez eu fizesse melhor em desistir de continuar em busca do par ideal a fim de conquistar um relacionamento prolongado e dedicado e em vez disso aceitar aquilo que coloco diante de mim, em termos de relação, como válido?

ELIAS: Absolutamente, e poderás surpreender-te, porque aquilo que procuras pode aparecer-te defronte, por não te achares a forçar a própria emoção nem a bloquear o teu temor.

ROB: Há alguns anos, sob circunstâncias bastante pouco usuais e até mesmo estranhas, nas nossas palavras, uma jovem apareceu na minha vida e eu bloqueei com eficiência esse relacionamento. Terá, uma vez mais, sido devido ao temor que sinto em relação à aceitação de mim por parte dela o que me terá conduzido a esse acto? (Elias acena afirmativamente, com a cabeça) (Pausa)

ELIAS: Tu és uma criatura maravilhosa. Acredita NISTO, já que comportas opiniões e crenças!

ROB: Obrigado. Penso que para finalizar, Elias, estou ciente - já que efectivamente só disponho de mim próprio para poder trabalhar - de poder ser completamente cego em relação a determinadas áreas das minhas crenças. Haverá alguma coisa que sejas capaz de comentar sobre o que deixei, de todo, por referir?

ELIAS: No presente, o aspecto das crenças que mais te afecta é o do teu valor pessoal; o da duplicidade.

ROB: Duplicidade? Desculpa, não te estou a acompanhar.

ELIAS: Esse elemento da duplicidade que por vezes exprimes, sempre que te seja benéfico, ou expressas através da tua fachada e da tua camuflagem, em relação a seres uma criatura gloriosa e que possui valor; esse elemento da duplicidade que é sustentado fortemente de modo subjacente de não seres tão glorioso assim, mas pecador e de não teres qualquer valor nem seres aceitável, e de poderes vir a ser “melhor” do que és. Não existe nada melhor que aquilo que és porque tu és perfeito na expressão que manifestas a cada instante. Essa é a crença que mais te afecta actualmente, e se voltares a tua atenção para aí e te permitires aceitar a ti próprio enquanto a criatura maravilhosa, gloriosa e bastante merecedora de todas as tuas expressões assim como merecedora igualmente das expressões dos outros, isso ser-te-á do maior auxílio.

ROB: Obrigado, Elias, muito obrigado.

ELIAS: Não tens de quê. Nesta noite vou expressar-te um grande afecto.

ROB: E eu por ti.

ELIAS: E fico na expectativa do nosso próximo encontro, e podes sempre recorrer a esta essência do Elias, (para a Vicky) à tua discrição. (Ele ainda faz piada em relação ao pedido que fiz para identificar “esta essência”)

ROB: Obrigado, Elias.

ELIAS: Encontrar-me-ei contigo nos teus sonhos.

ROB: Vou ficar à tua procura.

ELIAS: Expresso-vos a ambos, nesta noite, um enorme apreço... Au revoir!

...

Nota da Margot: Sinto-me bastante ligada ao Rob, e gostei completamente de o escutar!

Nota da Vicky: O relacionamento nesta sessão foi definitivamente pouco usual. O Elias não deu nenhum puxão de orelhas ao Rob e em vez disso mostrou-se bastante delicado e afectuoso nos modos.

Notas do Traductor:

(1) Na sessão seguinte que o Rob teve com o Elias, ele abordou de novo esta questão numa tentativa de se embrenhar mais a fundo na compreensão do aspecto da aceitação de si mesmo. O que se segue constitui uma abordagem detalhada, afectuosa e sensível ao tema duma inclinação sexual menos afim com a aceitação consensual, tão característica do Elias. Acrescentei um extracto dessa mesma sessão por considerar a questão como actual e pertinente, e dever ser encarada com uma maior clareza e aceitação. Tal pertinência mede-se pela premência que caracteriza a abordagem desta temática por parte de todos quantos se sujeitam ao desconforto e à incompreensão que nutrem ao se encararem a si próprios como “ovelhas tresmalhadas do rebanho”, o que não podia ser mais falacioso.

Igualmente digna de nota é a compaixão do Elias, e a espantosa capacidade de aceitação, obtida certamente a duras penas com a experiência pessoal de encarnação física, como nos chega, entre outras, através do conhecimento da “última” encarnação em que assumiu o carácter dum indivíduo altamente culto e aristocrata, possuidor duma igualmente profícua eloquência e inteligência, mas igualmente duma não menos exigente experiência emocional como a que experimentou na pele, enquanto Oscar Wilde.

...

ROB: Na conversa anterior que tivemos falamos sobre a tendência que tenho para não me relacionar com os outros, e de como isso se propaga ao campo da minha experiência sexual. E isso deixou-me confuso. Não poderias fazer algum comentário acerca da minha orientação sexual no presente foco, por favor?

ELIAS: Estou ciente de que certas pessoas sentem confusão quando escolhem manifestar-se nesta dimensão física. Nesse sentido, permite que te diga que as correntes de opinião e de convicção que são sustentadas pelas massas são bastante vigorosas e influenciam sobremodo, não somente nas expressões colectivas, como nas expressões individuais, que influenciam fortemente. A corrente de opiniões ou crenças da duplicidade acha-se entrelaçada com todas as demais crenças que sustentais, pelo que se torna num factor de influência.

Nesse sentido, a duplicidade consiste na crença que influencia a maior parte dos vossos juízos de valor sob os aspectos dos restantes sistemas de convicção, e vos referem que esses aspectos são bons ou maus, o que se torna factor de influência.

Agora; já referi imensas vezes que vós vos manifestais nesta dimensão em particular a fim de experimentardes a sexualidade e a emoção. Para tal fim criais géneros para poderdes experimentar com uma maior profundidade os diferentes aspectos da orientação sexual e os eventos. A confusão que muitos sentem, como tu próprio, brota da situação duma forte influência por parte das correntes de opinião que vos referem que determinados tipos de orientação sejam mais aceitáveis, enquanto que outros não.

Não te estou a dizer que subsista qualquer diferença na manifestação das pessoas nesta presente época, em contraste com outras épocas pertencentes a esta dimensão, porque aqueles que se manifestam nesta particular dimensão sempre o fizeram nos moldes da orientação sexual a fim de obterem experiência, porém, subsiste uma diferença na qualidade e no entendimento das manifestações da orientação sexual neste período actual, porque achais-vos em meio ao acto duma Mudança na Consciência. Por isso, presentemente está a decorrer uma nova influência.

(A rir) estou bem ciente de que estás a ver que isto não te está a responder à pergunta (Rob ri) e que me estou a alongar demasiado nessa área, mas isso é propositado para suscitar a tua compreensão. Nesse sentido, ofereço-te uma explicação que virá a ser conjugada com a resposta definitiva, de modo que possas mais eficientemente assimilar a resposta sem automaticamente de voltares na direcção das correntes de opinião sustentadas pelas massas e melhor poderes aceitar as tuas próprias escolhas, porque vou-te dizer que neste foco físico em particular, tu escolheste experimentar o “outro” género (homossexual). Tu apenas avanças ao longo deste foco particular sem reconheceres isso duma forma objectiva e nesse sentido tens procurado alinhar com as correntes de opinião sustentadas pelas massas, e de certa forma tu ALINHAS com essas correntes, razão porque elas te influenciam tanto.

Permite igualmente que clarifique que apesar de certas pessoas se voltarem mais para uma exploração dessa orientação em particular, no foco físico, isso não quer dizer que todos os focos escolham essas probabilidades em particular nem essa linha particular de experiência, nas vossas palavras. Aquilo que te estou a dizer é que existem imensos focos da essência que se manifestam com a escolha daquilo que afectuosamente designamos como “outro”, para não ofender ninguém. (A rir)

Isso não quer dizer que esses focos tenham necessariamente que escolher determinadas experiências físicas mas que concedem a si mesmos essa orientação sexual por uma questão da qualidade emocional envolvida nessa orientação em particular, e para que consigam compreender melhor quanto ao funcionamento e, como quem diz, ao modo de operar de si próprios no foco físico – assim como dos demais – ao incorporarem ambos os géneros em simultâneo. Porque, ao escolherem a orientação (homossexual ou bissexual) também escolheis experimentar aspectos da orientação emocional que se acham bastante afastados daqueles que se focalizam apenas no foco de macho ou fêmea. Estás a compreender?

...

Estou a expressar-te que posso não conseguir enfatizar o suficiente, ao contrário das influências proporcionadas pelas correntes de opinião das massas, o quanto essa particular forma de orientação sexual consiste numa oportunidade que NÃO é GRAVOSA. Por isso, NÃO te deprecies mas procura como que abraçar esta informação de forma a melhor poderes experimentar o teu foco físico e concederes a ti próprio uma maior liberdade de expressão e a eliminares mais os conflitos que sustentas porque tu fechaste-te demasiado na tua energia, e com bastante intensidade, neste foco físico.

Outros focos físicos da tua própria essência concedem muita energia ao teu e fazem perpassar certa informação, mas tu afastas essa energia do mesmo modo para não encarares aspectos deste teu foco particular que experimentas no presente, por não se achar no alinhamento das correntes de opinião convencionais e isso está a provocar imenso conflito no teu foco, por te reforçar sobremodo a falta de aceitação de ti próprio que nutres, e desse modo contribuir igualmente para o teu isolamento, o qual te está a criar um grande conflito e se situa em oposição ao teu propósito neste foco, o que também em si mesmo, te está a criar conflito.

Fiquei na antecipação deste nosso encontro entre nós, para que pudesses conceder-me uma oportunidade de te estender esta informação, e compreendi que no último encontro que tivemos não estavas preparado para essa informação, além do que, a altura era objectivamente, como quem diz, inapropriada para te estender este material.

Sinto uma enorme afeição por ti, e estou bem ciente, tal como te expressei previamente, de toda a agitação que apresentas nos conflitos e nas lutas que travas no teu íntimo, bem como do temor a que deste lugar ao procurares voltar a tua atenção para o que estás a criar neste foco particular. Expresso-te igualmente um ENORME reconhecimento neste instante por estares a avançar em meio ao temor e te permitires apresentares-me este tipo de questionário em termos objectivos, neste dia.

Estendo-te imensa energia e um grande afecto porque eu compreendo muitíssimo bem esse conflito íntimo e a influência dessas correntes de opinião. No teu foco já lutaste demais e por demasiado tempo e eu estive ciente disso durante bastante tempo e acolhi a oportunidade de partilhar contigo informação que eventualmente se desloque no sentido da probabilidade de aceitares e desse modo ofereceres a ti próprio novas liberdades.

Expresso-te igualmente com enorme afeição que te encorajo enormemente a te relacionares com o Michael (Mary) porque ele poderá, em termos concretos auxiliar-te bastante no que poderás descobrir tornar-se uma área surpreendente deste tema em particular.

Podes igualmente, se assim preferires, reter esta sessão em particular como confidencial até que te sintas mais confortável com esta matéria.

Asseguro-te de que te estendo sempre a minha energia e de que permaneço a teu lado e de que te encorajarei no teu avanço recente que estás a empreender.

Eu não participo nesse tipo e acção. Eu acho-me a interagir com cada indivíduo dum modo subjectivo, porém através dum intercâmbio de energias. Desse modo não existem pensamentos associados ao intercâmbio em que participo contigo. Essa é a razão por que te diriges a mim em termos auditivos, e eu te respondo em termos auditivos por intermédio do Michael. Isso proporciona-te a oportunidade de permaneceres em simultâneo numa consciência e de compreenderes de forma objectiva: de colocares perguntas e de receberes respostas ao teu questionamento.

A razão de ser deste intercâmbio objectivo, em que tu falas e eu respondo, deve-se a que, assim que começas a abrir a tua consciência no enquadramento físico e a dar atenção á periferia tornas-te impaciente e começas a desejar obter respostas objectivas de imediato. Por isso, torna-se-vos insuficiente, no quadro das vossas crenças, que suceda unicamente um intercâmbio subjectivo.

Desejais obter respostas em termos objectivos. E com a compreensão disso eu escolhi interagir de forma objectiva com os indivíduos, possibilitando-lhes que formulem as suas questões de forma objectiva além duma interacção concreta com eles. Mas na realidade a maior parte do intercâmbio ocorre em termos de energia. Esse é o elemento que sentes, a energia que experimentas. E apesar de não conseguires associar-lhe objectivamente pensamentos nem racionalizar essa sensação, SUCEDE uma troca de energias.

Nas áreas imateriais da consciência não existem qualidades emocionais nem de pensamento que possam ser projectadas. Existe unicamente energia para ser trocada. Vós criastes processos de pensamento e aspectos de envolvimento emotivos no foco físico a fim de experimentardes esses aspectos da realidade. Por isso vos permitis criá-los, e nessa dimensão em particular isso consiste nas expressões e no processamento da informação que empreendeis, neste particular enquadramento. O meu intercâmbio não se estende às áreas do pensamento nem da sensação, o que por vezes pode ser interpretado de forma errada no foco físico, não obstante ser propositadamente projectado.

Eu interajo propositadamente contigo por intermédio do Michael, que te oferece uma forma física com que te possas identificar e sentir confortável – ao contrário de passares pela experiência de teres uma visita dum fantasma! (A rir para dentro) Além disso também manipulo intencionalmente a energia a fim de me expressar no sentido da emoção, porque isso consiste igualmente no que vós criais no enquadramento físico e o que entendeis, bem como aquilo com que sois capazes de vos relacionar.

Desse modo percebes que eu exibo qualidades emotivas mas isso consiste numa manipulação da energia, numa projecção, tal como os vossos filmes projectam uma imagem que sois capazes de captar. Eu estou não só a projectar uma imagem como também todas as qualidades – ou QUASE todas as qualidades (A rir para dentro) que vós exibis no foco físico.

Eu não me desloco na direcção duma falta de aceitação tal como fazeis no foco físico porque não teria qualquer propósito nisso nem isso se acha no alinhamento das minhas intenções nem da minha comunicação junto de todos vós. Também não me volto no sentido de expressões que cada um de vós sustenta como negativas, por não desejar reforçar as vossas crenças no negativismo. Por isso não me torno impaciente nem me zango convosco nem exibo falta de aceitação. Isso seriam expressões destituídas de qualquer utilidade para vos exibidas.

Também te posso dizer que, conquanto não exista desperdício algum de energia na área da consciência que eu ocupo, poderá ser considerado, pela vossa parte, como um desperdício de energia para mim próprio o facto de me comprometer em responder-vos de forma directamente influenciada pelos vossos sistemas de crenças, que todavia não acontece.

NANCY: Está bem, obrigado.

ELIAS: Não tens de quê.

NANCY: Eu experiência estas “janelas”, aquilo que eu chamo “janelas” da realidade. Geralmente acontece-me antes de me deitar, à noite, quando me acho naquele estado limiar. (Provavelmente refere-se ao estado hipnagógico) Estou bastante consciente de não me encontrar a dormir mas os meus olhos permanecem cerrados, e aí surgem-me estas coisas semelhantes a buracos – por isso as chamei de “janelas” – que aparecem no meu campo de visão e revelam-me uma realidade que parece mais real do que esta, ainda que por um breve período de tempo. Eu pergunto o que poderei fazer para as tornar mais duradouras… Ou será que não as desejo com suficiente intensidade para virem a mim? Penso que gostava de saber o que poderia fazer para, obviamente, poder gravitar na sua direcção.

ELIAS: Continua a praticar com essas tuas “janelas”. Trata-se de pontos focais que admitiste em meio à tua expansão da consciência. Mas tal como falamos no nosso último encontro, acerca de como as pessoas se restringem ao que lhes é familiar e em relação à área do temor que sentem pelo que lhes é pouco familiar, deixa que te diga que apesar de, por vezes aqueles como tu no foco físico poderem ficar excitados com a descoberta de elementos novos na sua realidade, tu também te deténs no que te é familiar neste foco em particular.

Agora com relação à tua situação e às tuas “janelas” em particular – os teus pontos de focagem – isso consiste em pontos de acesso. As “janelas” constituem um excelente tom para esses portais porque te permitem obter acesso à realidade de outras “esferas”.

Vê se compreendes os próprios termos que utilizaste por meio da expressão: “Eu vejo que essas realidades são mais reais do que esta”. Aí reside a tua chave quanto ao que estás a criar e a razão porque a limitas, por se tratar de realidade DISTINTAS, mas NÃO SÃO MAIS REAIS do que esta. Permite-te a ti própria uma oportunidade para perceberes em ti própria uma crença que tem sido perpetuada pela tua sociedade em relação a esta realidade ser “Inferior” e de vos achardes a “Trabalhar no plano das tarefas”. Isso é igualmente reforçado pela vossa crença na reencarnação, o que consiste numa simples crença.

Nesse sentido, deprecias esta realidade em particular e não admitires uma apreciação da magnitude desta realidade particular nem reconheceres a exploração que fazes dela - por te PARECER vulgar e te TERES A NOÇÃO de estares completamente familiarizada com esta realidade particular… Por isso que te restará descobrir e explorar se já terás explorado todos os aspectos desta dimensão e realidade particulares? Em razão disso outras realidades parecerão ser mais interessantes e reais.

Com isso montas uma barreira para ti própria por estares a depreciar uma realidade, e ao fazeres isso na essência tu automaticamente bloqueias todo e qualquer acesso total a outras realidades, porque isso te reforçará a crença que tens nesta realidade de a depreciares. Por isso, na tua situação sugerir-te-ia que reconhecesses a maravilha de que esta realidade está imbuída porque isso ser-te-á útil e permitir-te-á um maior acesso a outras realidades.

Lembra-te de que não te achas num “plano de aprendizagem”. Não existem planos. Nem existem níveis distintos. Por isso achas-te unicamente a experimentar a concentração da tua atenção num foco dimensional em particular e actualmente estás a admitir uma oportunidade - com a expansão da consciência - de teres a percepção de outras realidades que também ocupas em simultâneo. E isso pode igualmente permitir-te a oportunidade de te reconheceres através de pressentimentos que tens como aqueles pressentimentos em que te sentes completamente “deslocada” nesta dimensão e de que talvez exista uma outra dimensão em que encaixes de forma mais confortável.

A razão porque sentes isso deve-se a que te permitas aproximar demasiado de outros focos que deténs noutras dimensões. A consciência desses outros focos ainda não foi completamente admitida por meio dum trespasse objectivo neste foco, não obstante dentro do quadro das probabilidades que estás a criar o mais provável seja que venhas a admitir tal acção. Mas actualmente, apenas te permites aproximar desses outros focos que deténs noutras dimensões, e aquilo que ESTEJA a trespassar seja um PRESSENTIMENTO desses outros focos pelo seu sentido de familiaridade, o conhecimento de ESTARES actualmente a participar em simultâneo em focos noutras dimensões.

Por isso, tu deténs um conhecimento disso e tornaste os véus existentes entre essas dimensões mais finos. Não os eliminaste mas tornaste-os mais finos a fim de que isso te permita deslocares-te para mais peto e contactares esses outros focos. Antes de te voltares para a admissão duma maior interacção com esses outros focos estás a permitir-te criar conforto junto deles e através do conhecimento de que eles são tu igualmente. Por isso não precisas sentir medo deles.

Porque as formas que sucedem num encontro efectivo de focos exteriores a esta dimensão particular SÃO pouco familiares. A criação da sua realidade não vos é familiar neste foco. Por isso, no início poder-se-ão provar como bastante aterradoras, devido a que NÃO vos sejam familiares, e poderes assumir exclamações do tipo: “Aquilo não sou eu mas algo exterior a mim porque aquilo não posso ser eu.” Mas é! Trata-se dum outro aspecto de ti própria e de momento estás a permitir-te a maravilha que é a exploração do contacto com outros aspectos de ti própria, no foco físico, aspectos esses que não ocupam esta dimensão particular mas que se encontram focados em simultâneo contigo neste foco.

Estou a reconhecer o passo que deste nesse sentido. Lembra-te apenas na excitação que sentes pelo teu contacto com esses focos, eles são completamente tu, e por isso és capaz de avançar no teu próprio ritmo e de evitar o temor nessa área do mesmo modo sem reforçares as crenças que sustentas neste foco e nesta dimensão particulares.

Pois tal como referi previamente acerca desta mudança da consciência: Ao mesmo tempo que vos abris pela consciência e pelo vosso conhecimento em conjugação com a acção desta mudança também atraís a vós o reforço duma consciência que comporta muito mais crenças, porque uma das fundações básicas desta mudança da consciência consiste em aceitardes as crenças que sustentais tanto individualmente como através da consciência das massas. Por isso haveis de prestar atenção de forma contínua e crescente bem como notar todos os aspectos das crenças que sustentais e com tal reconhecimento deslocar-vos-eis de modo automático para certas direcções em que deixareis de reforçar intencionalmente tais crenças. Também vos “posicionareis um passo adiante” de forma automática e observareis cada crença que vos possa esteja a bloquear os movimentos em frente, por assim dizer.

É por isso que não te permites, tal como disse, voltar-te completamente no sentido da exploração desses outros focos dimensionais, por não desejares igualmente reforçar as crenças de depreciação DESTE foco e DESTA dimensão. Lembra-te que apesar de eles te poderem parecer estranhos, tu também podes parecer estranha a eles! Mas sois todos uma mesma coisa, porque todos vós és TU!

NANCY: Está bem, obrigado.

ELIAS: Não tens de quê.

NANCY: Eu estudei com um mestre chamado Ramtha mas parece que tu vais mais além do que ele, coisa que me agrada. Tu referes-te mais acerca do nosso propósito aqui como consistindo unicamente em experimentarmos e não em nos dirigirmos para parte alguma; em existirmos e em experimentarmos unicamente. Só me pergunto se não poderás dizer-me algo acerca do Ramtha. Será sensato segui-lo? Não me refiro segui-lo no sentido de… Eu não sigo nada! Mas será bom que nos associemos a ele e tentemos seguir o que diz? Gostava realmente que me desses um parecer pessoal em relação à minha ligação com isso.

ELIAS: Deixa que te diga o mesmo que já disse antes a outros indivíduos, que existe uma grande quantidade de informação disponível e que existe um imenso número de essências que estão a oferecer informação, assim como muitos indivíduos no foco físico. Estou familiarizado com essa essência. Mas essa essência pertence a uma família da essência distinta da minha. Por isso a sua expressão apresenta diferenças.

Permite-me igualmente que te diga que em meio às diferentes famílias da essência, as essências podem preferir escolher oferecer informação através duma troca de energias (Mediunidade) e TODA essa informação deverá ser válida para o vosso foco físico, porque vós deixais-vos atrair para a informação que melhor se vos adequa e que sois capazes de implementar no vosso percurso e na vossa auto-descoberta, por meio da vossa experiência nesta dimensão particular. Por isso não te direi que o contacto com a informação que essa essência expressa seja errado ou incorrecto, porque não é, mas oferece-te informação e auxílio que te permitam alargar os horizontes de um modo que seja mais eficiente para ti.

Por isso encorajo-te a continuares a aceder à informação que essa essência oferece, mas também te direi que te lembres que, noutras famílias da essência, a troca de energias incorpora uma acção de tolerância em relação às crenças. Isso é implementado intencionalmente devido a que a informação seja oferecida em certas direcções de modo conjugado com as vossas crenças, de forma a poderdes compreender e assimilar isso em termos objectivos e ela vos desperte a atenção.

Comigo, pertencendo como pertenço à família Sumafi, escolho alinhar com a energia do propósito de criar uma troca de energias que vos proporcione uma informação destituída da maior quantidade de distorção possível, o que dá lugar à situação de não me alinhar pelas crenças sustentadas no foco físico. Por isso, e na expressão que dou ao meu propósito, não vos oferecerei informação que vos reforce as vossas crenças. Considero-as e exponho-as diante de vós, com isso oferecendo-vos uma oportunidade de as perceberdes.

Na consciência não existem segredos. Por isso é que tudo é exposto de qualquer modo, e não é ser intruso da minha parte por te expor aquilo que te expus - que és tu; apesar de por vezes poder NÃO ser tão expressivo contigo ou com outros e permitir – APENAS durante algum tempo – que continueis afectos às vossas crenças mais incrustadas, e não o desafie, porque isso sim poderia ser intrusivo, oferecer-vos informação para que não vos achásseis preparados em termos objectivos, por assim dizer, devido a que não vos acheis alinhados no tempo exacto. Mas no geral, com relação a cada um e a ti também, serei directo e exporei as vossas crenças e considerá-las-ei em conjunto convosco, porque isso vos permitirá a oportunidade de as perceberdes e de as considerardes em vós próprios.

E se não tiverdes uma consciência objectiva dessas crenças não podereis considerá-las nem avançar por entre elas!

ESTE é o meu propósito, o de não perpetuar as crenças existentes que sustentais, mas de facilitar uma informação de tal forma que indivíduos como tu possam perceber as suas próprias crenças, o que PERPETUARÁ esta mudança na consciência, porque não actualizareis essa mudança se vos mantiverdes presos às vossas crenças, pois o acto desta mudança consiste em aceitarem as vossas crenças. (Como crenças tão só)

Uma vez mais te direi que isso não quer dizer que passeis a eliminá-las, mas podeis neutralizá-las. Continuareis a deter crenças e a manter as vossas opiniões no que respeita a tais crenças, porém, elas deixarão de vos afectar porque não trarão nenhuma condenação associadas a elas. Por isso, serão neutralizadas. E presentemente detendes um IMENSO número de crenças imbuídas de juízo de valor.

À medida que avançais na exploração da aceitação das crenças também podeis proporcionar a vós próprios a oportunidade de perceberdes o quanto existe em termos de aspectos associados a cada crença. E eles são muito mais complicados do que as pessoas percebem!

Mas cada um desses pequenos “pássaros” que conseguis libertar da “gaiola” das crenças torna-se-vos bastante benéfico a fim de vos deslocardes com maior liberdade rumo à aceitação, o que vos permitirá um novo e espantoso sentido de liberdade, uma libertação dos (hábitos) das velhas criações que já deixaram de vos servir adequadamente, e rumo a uma liberdade de exploração da vossa própria criatividade sem o encadeamento das crenças que se acham presas a vós e vos limitam a liberdade e criatividade.

NANCY: Eu estou bastante consciente de que tudo consiste numa crença...

ELIAS: Exactamente!

NANCY: ... Neste nível físico. Há momentos em que tenho uma percepção clara e consigo entender isso, tanto quanto me é possível, e por um momento consigo soltar isso, mas é claro, volto a cair no mesmo.

ELIAS: Porque te é mais familiar. Mas lembra-te igualmente que uma das razões porque vacilas se deve a que cries uma crença em relação aos conjuntos de crenças! (A sorrir) Tu dás continuidade à crença da duplicidade ao dirigires a tua atenção para (determinados aspectos) das crenças, porque inclinas-te no sentido de considerar as crenças como más e como negativas, e elas não o são. Elas não são boas nem más. Apenas existem (são o que são). Elas consistem em expressões de influências pelo modo como criais a vossa realidade, mas não são boas nem más, mas ao lhes atribuirdes sentido de valor também perpetuais essas crenças porque vos distanciais da sua aceitação e dais continuidade à condenação.

A aceitação consiste na AUSÊNCIA de condenação e no reconhecimento de que a realidade É tal como é. A coisa consiste simplesmente naquilo que é mas não é boa nem é má. Apenas É. Essa é a área da aceitação e com essa aceitação vós permitis-vos uma grande liberdade, porque então deixa de existir afectação que essa crença possa causar.

NANCY: Certo. Vou tentar ser específica a ver se me podes auxiliar nisto. Recentemente vendi a minha casa. Bem sei que foi com base num pensamento de temor por achar que devia ir para qualquer outro lado. Isso faz parte da estratégia que o Ramtha propõe de que irão dar-se terríveis mudanças terrenas por aqui e tudo o mais, por isso eu e o meu marido fomos em frente a vendemos a casa. Ansiávamos por ir para ocidente mas eu já só me sinto deslocada em função desse desejo. Sei que crio a minha própria realidade, mas com as probabilidades que se nos deparam, talvez possas ajudar aqui a pequena Nancy e dispensar-me algumas das tuas pérolas de sabedoria.

ELIAS: Estás-te a invalidar! Tu não és a “pequena Nancy!” escuta a tua voz interior e lembra-te de que a informação a que acedeste conforme oferecida por essa essência incorpora crenças. Por isso recorre SEMPRE a ti própria. Na avaliação que fazes podes adoptar informação proveniente de outras essências, mas não deprecies a tua pequenina voz interior dentro de ti, porque ela consiste na comunicação que usas para contigo, na tua linguagem proveniente da essência, a qual te direcciona.

As pessoas no foco físico referem isso como sendo o seu Eu Maior ou a sua intuição, o seu guia, e associam muitas e variadas identificações a essa voz suave e murmurante, mas na realidade ela sois VÓS. Trata-se da vossa essência a falar-vos e ela não vos oferecerá informação incorrecta, nem vos oferecerá informação que confine (com os limites) das crenças. INTERPRETAREIS essa informação POR MEIO das vossas crenças, porém, essa informação por si só não vos é apresentada de forma restrita às crenças.

Por isso, quando sentes um ímpeto de te moveres fisicamente, tenta ter consciência de ti em meio ao ímpeto e reconhece estares propositadamente a criar uma linha de probabilidades. A influência do teu ímpeto de te desprenderes da tua habitação deslocou-se para a área do temor, por meio dum alinhamento com a informação que recebeste e da aceitação dessa informação através de aspectos de temor.

Deixa que te diga que vos foram oferecidas imensas profecias em conjugação com esta mudança de consciência. Ao longo da vossa história foram expressadas imensas profecias e presentemente percebeis que podeis estar à beira do seu culminar, coisa que por um lado encerra um aspecto de verdade, porque ESTAIS a chegar ao fim do período das dores nesta mudança na consciência bem como da sua realização, todavia todas essas predições consistem em probabilidades e não estão talhadas na rocha, e vós detendes a capacidade de fazer deflectir essas profecias.

(Com decisão) Isso constitui mais uma razão porque me dirijo a vós no foco físico, para vos recordar que detendes a capacidade de alterar as probabilidades. Cabe-vos a vós escolher quais probabilidades deveis inserir na vossa realidade estabelecida.

Nesse sentido, proporciono uma informação que as massas podem deixar-se atrair e desse modo dirigir a sua energia colectiva, bem como tu inclusive, para a área da criação duma menor possibilidade de trauma e do desvio das probabilidades de destruição e de dano para o que imensa energia foi cedida ao longo da vossa história.

Por isso, tais predições detêm e continuam a deter imensa energia, e podem materializar-se na vossa realidade estabelecida SE continuarem a gozar dum acréscimo de energia cedida. Mas vós detendes igualmente a probabilidade de deflectir essas profecias, essas probabilidades, e de criar diferentes actos.

É desnecessário procederem à criação de destruição, de morte e de trauma porque é mais eficiente dar lugar à calma e à facilidade, e o modo por que criareis essa tranquilidade é escutando a vós próprios e não pela aceitação tudo aquilo que é oferecido pelo que percebeis como exterior a vós.

Do mesmo modo, também deixo claro a todos que não sigam esta essência. Eu não pretendo fazer discípulos nem solicito quaisquer seguidores. Eu encorajo cada um a seguir a si próprio e a admitir-se e a reconhecer-se a si próprio e a tomarem consciência de que é desnecessário continuar a dar prosseguimento às vossas crenças sobre a autoridade e a outorgar o vosso poder para que outros vos dirijam.

VÓS possuís a capacidade de VOS dirigirdes a vós próprios! Não precisais que mais ninguém nem nenhuma essência vos dirijam os passos. Vós sois capazes de vos direccionardes e de criar experiências espantosas dentro do vosso próprio rumo.

Nesse sentido digo-te, em face da tua aspiração de avançar, para reconheceres o que referi como um processo que se desdobra em dois.

Um aspecto teu reconhece esse facto e tradu-lo por meio dum movimento físico objectivo que se reflecte em localizações geográficas, o que é completamente aceitável no que toca ao quadro particular de probabilidades que actualmente estás a criar, porque se achar em alinhamento com ele.

O outro aspecto desta situação é o de estares igualmente a reconhecer uma grande alteração em ti própria, naqueles que percebes como próximos de ti fisicamente assim como na acção desta mudança. SENTES esse movimento. Não traduziste esse aspecto do teu conhecimento; apenas traduziste o outro aspecto numa imagem objectiva reflectida no movimento da localização física.

Deixa igualmente que te diga que as aventuras que te esperam, dentro de algum tempo, podem estar a aguardar por ti em novas localizações, mas eu continuarei a actuar em conjunto contigo a despeito disso.

NANCY: Obrigado.

ELIAS: Não tens de quê.

NANCY: Estás a ver, toda a dissertação que usaste comigo, nada disso é estranho para mim. Eu não gosto da ideia de seguir nem sequer de me ligar seja ao que for que seja considerado a si próprio ou aparente ser em si mesmo ou por si só o todo. Não acredito nisso. (Suspira)

ELIAS: Desconfia das expressões que se movem nessa direcção, porque isso consta da continuação das crenças religiosas, e na presente alteração da consciência vós estais a distanciar-vos dessas crenças religiosas. Acautela-te continuamente de TODA a expressão de QUEM QUER que seja ou de qualquer que seja a essência que se expresse em termos absolutos e que se auto cognomine pessoalmente como “O Caminho”. Não existe nenhum caminho exclusivo. TU és o TEU caminho!

NANCY: Por vezes sinto-me tão próximo do conhecimento e do estado de plenitude. Já ouvi outros a falar disso como sendo a sua última encarnação. Só deus sabe como eles obtêm o conhecimento disso! Só me interrogo se não me poderias fornecer uma perspectiva com relação... Não é que eu pretenda que me confirmes como um espírito avançado sabes, porque eu já sei que o sou! Já o consigo sentir e sinto-me próxima a isso; apenas não pareço capaz de deixar cair o que subsiste defronte, esses véus. Por isso, se puderes dizer-me alguma coisa com relação até que ponto isso se processa, ou melhor, se esta é a minha última encarnação. Apesar de ter andado contornar a questão posso colocar-ta directamente!

ELIAS: Tu podes ser designada como um foco final. Deixa que te explique isso.

Todos os focos existem em simultâneo, e tal como já expliquei a outros, com a criação de focos numa dimensão qualquer, um é designado como o foco inicial e outro é designado como o foco final. Isso é uma designação para as acções a que esses focos particulares dão início. Não é uma designação que se possa empregar no tempo linear nem uma designação referente ao movimento dum foco para outro foco e assim sucessivamente. Essa é a percepção que tendes no enquadramento temporal, mas na realidade, a consciência não comporta qualquer linearidade de tempo porque tudo acontece em simultâneo. Por isso, os vossos focos em todas as épocas existem agora. Eles estão todos presentemente a decorrer em dimensões inseridas nesta dimensão – dimensões de tempo inseridas nesta dimensão física particular – mas todos eles estão a decorrer agora.

Nesse sentido, um foco é designado como sendo o foco inicial, porque esse será o foco que inicia. Pensa num átomo, um átomo singular que no seu movimento é capaz de explodir de forma espontânea em múltiplas partículas. O foco iniciante é o foco que dá início à acção de divisão de todos os focos em simultâneo. É o foco do estímulo e o indivíduo que ocupa esse foco particular deve comportar um conhecimento íntimo – a despeito da identificação objectiva que fará dele – de constituir uma assombrosa nova exploração da criação, e nas crenças que comporta sentirá no seu íntimo não se ter manifestado antes, porque essa consiste na designação do início dessa explosão num foco físico particular por parte desse foco, e do seu apego às crenças que alinham pela crença da reencarnação. Mas não existe reencarnação porque todos os focos sucedem em simultâneo.

Mas tu és designada como um foco final. Nesse sentido, a acção que é designada como a de foco final é aquela em que, na altura em que escolhes desprender-te deste foco particular – por altura do que designais como morte, o desenlace (da carne) – todos os demais focos existentes nesta dimensão que pertencem à tua essência também se desprendem, ou dão lugar a uma oportunidade de se fragmentarem e de continuarem na qualidade de essência fragmentada. Mas todos os focos que se acham ligados à tua essência e desejarem continuarem a pertencer à tua essência, deverão passar pelo desenlace igualmente no momento em que escolheres o desenlace. Isso descreve a acção que é designada como foco final.

A razão porque as pessoas pressentem constituir um foco final prende-se com um conhecimento que pressentem no seu íntimo de terem concluído, e em certas situações podem até experimentar no foco final uma sensação de cansaço ou um elemento de aborrecimento. Tudo isso representa uma tradução desse conhecimento íntimo de serem designadas com focos finais. Experimentam uma certa impaciência nesse foco, e por vezes uma sensação de urgência, e de quererem desprender-se e avançar em frente. Isso são tudo diferentes aspectos, ou sensações, que podem ser experimentadas num foco final.

Muitos indivíduos que se deixarão atrair para esta informação em particular e para mim mesmo, constituem focos finais, porque se acham a deslocar-se dentro da acção desta mudança nos seus ímpetos finais e encontram-se a explorar a expansão da consciência e a acção de transição durante o foco físico e se encontram a preparar-se para se moverem com maior rapidez durante a transição, e descartarem essas crenças e passarem para outras áreas da consciência a fim de empreenderem novas explorações. Nem todos aqueles que vêem a mim ou em busca desta informação serão designados como focos finais, mas uma enorme quantidade deles é, e tu achas-te incluída.

NANCY: Excelente explicação! Bravo.

O último aspecto que se prende com a minha vida - por mais que, na minha humanidade, seja capaz de amar o meu marido e os meus dois filhos - parece resumir a minha capacidade de amar, e parte das crenças que comporto dizem-me que não necessito permanecer junto deles a fim de continuar a amá-los ou isso. Quer dizer, sinto-me suficientemente capaz de encarar a coisa com suficiente objectividade desse modo. Só gostava de saber se me poderás dizer, uma vez mais só isso, se o meu marido se ajusta a mim. Que alcance poderá ele ter na minha vida mais vasta, assim como os meus dois filhos? Porque os escolhi ou porque razão me escolheram a mim? Esse tipo de coisa.

ELIAS: Em primeiro lugar, estão duas situações distintas em cena.

Em relação ao teu companheiro, cada um de vós escolheu o outro para actuar consigo. Isso não quer dizer que se trate do destino ou que te aches presa à continuação duma parceria com QUEM quer que seja. Isso faz inteira parte da escolha e a tua escolha prosseguirá pelo espaço de tempo que ela te proporcionar benefício.

Agora; tem consciência de que podes colher benefício de situações que nem sempre serão o que designas como confortáveis. Muitas pessoas escolhem criar situações de grande desconforto mas colhem benefício dessas situações, razão porque permanecem nessas situações de desconforto. Mas em qualquer altura em que prefirais optar por alterar a vossa escolha, isso servirá de indicador objectivo para vós de não estardes a colher benefício da situação que criastes e de que estais a oferecer a vós próprios a oportunidade de avançar e de vos voltardes para novas explorações; de que tereis experimentado isso e vos tereis permitido uma experiência em pleno em relação a isso, e de que actualmente podeis escolher uma nova experiência.

Com relação aos teus filhos, vós não escolheis os vossos filhos. Apenas procedeis a um acordo a fim de facilitardes o seu acesso ao foco físico. Nisso consiste a vossa participação. TODAS as outras acções são influenciadas pelas vossas crenças. O foco que entra, a criança, é quem escolhe. E escolhe tudo: toda a sua linhagem, aquilo que pretende herdar, a sua forma física e o alinhamento com as experiências em relação aos pais. Escolhem todos os aspectos que se acham em acordo com a sua entrada no foco físico. A vossa participação diz respeito unicamente à permissão que lhes proporcionais de nascer, porque vós moveis-vos igualmente na direcção das crenças que vos expressam responsabilidade e zelo por eles, tanto física como emocional, espiritual e intelectualmente, e por os perceberdes durante algum certo espaço de tempo como “inferiores”, que não detêm a menor possibilidade de criarem a sua própria realidade! Porque as crenças sugerem-vos que VÓS, enquanto pais, criais a sua realidade na vez deles, até uma altura em que se tornam capazes de a criar por si próprios. Mas isso está muito, muito incorrecto!

Eles criam a sua própria realidade desde o momento em que a sua essência penetra a forma física, e a partir daí eles procedem à criação de cada momento dessa sua realidade, porque mais ninguém é capaz de criar a vossa realidade excepto vós, seja em que situação for. Mas vós desenvolveis igualmente imensas crenças nessas áreas que vos expressam que DEVEIS ser responsáveis.

Também te direi que, enquanto mãe, comportas ainda MAIS crenças associadas a essas relações particulares entre mãe e filho. As mães no seu papel aceitam ainda mais responsabilidade e estabelecem mais crenças – e as vossas sociedades estabelecem mais crenças ligadas a esse papel em particular – do que o farias sob a designação de pai.

A tua experiência em relação à emoção do amor é perpetuada pelas crenças, mas consistem igualmente numa criação intencional. Vós dais lugar à criação da emoção do amor para com as crianças em alinhamento com as crenças das massas. Seria bastante errado da vossa parte deixar de amar os vossos filhos, não? Isso deixaria de ser aceite porque as crenças sustentadas pelas massas sugerem-vos que: “Isso consiste na nossa realidade estabelecida e estas são as regras! Vós enquanto pais deveis ser responsáveis e deveis igualmente amar os vossos filhos, e nós não queremos que passeis a comportar-vos de modo anormal e não experimenteis tal coisa!” (A sorrir)

Não estou a depreciar a tua própria expressão pois reconheço que te comportas de forma voluntariosa em alinhamento com essa crença e de que isso não te trás conflito. Por isso a coisa não tem importância. Tu amas os teus filhos e isso é aceitável. E também te proporciona, seja EM QUE área for que expresses essa emoção do amor, uma oportunidade de te expressares a partir da essência, porque essa área da emoção do amor no foco físico consiste na interpretação mais aproximada da essência que podes criar no foco físico.

NANCY: Isso até eu sabia.

ELIAS: Tudo o que posso dizer a um indivíduo qualquer, e a ti inclusive, já o SABEIS! Apenas vos lembro aquilo que já conheceis. A minha intenção, por assim dizer, nesta participação que exerço, consiste em vos facilitar a recordação porque vós já possuís toda esta informação e apenas estais a precisar dum “pequeno empurrão” para poderdes recordar tudo aquilo que já conheceis.

NANCY: Muito obrigado, Elias.

ELIAS: Não tens de quê. Desejas mais alguma informação neste dia?

NANCY: Aquilo que na minha lista ficou por perguntar é de menor importância. Tudo o mais colocaste numa perspectiva correcta e por isso vou dar-te descanso! Que tal? (Elias ri) Agradeço-te imenso por teres vindo a mim.

ELIAS: Não tens de quê, e vou estender-te o convite para me acederes em qualquer momento que o escolheres, e se desejares colocar-me questões podes pedir uma entrevista que eu acederei. Estendo-te neste dia uma imensa afeição e uma energia a envolver-te a fim de te encorajar nas tuas escolhas no escutar da tua pequena voz interior e na criação das tuas próprias probabilidades. Por isso estendo-te a minha energia de modo que possas sentir-te envolta nela e dou-te um carinhoso adieu.

NANCY: Obrigado. Adeus.






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