Sábado, 20 de Outubro de 2007 (Groupo/Brattleboro, Vermont)
Tradução de Amadeu Duarte
Participantes: Mary (Michael), Amy, Ben (Albert), Bill (Zit), Curtis (Uceff), Daniel (Zyn), Ella (Bella), Fran (Sandel), Gail (William), Hernan (Hernan), Inna (Beatrix), Jene (Rudim), Jim (Marion), John (Rrussell), Jon (Harlen), Josha (Lyth), Judy (Enya), Kathy, Linda (Robert), Lynda (Ruther), Magdalena (Michella), Nancy (Arabitha), Natasha (Nicole), Rodney (Zacharie), Sandra (Atafah), Veronica (Amadis).
(O tempo de chegada de Elias é desconhecido)
ELIAS: Bom dia a todos os meus queridos amigos; sejam bem vindos. Hoje colocar-lhes-ei duas perguntas a cada um. A primeira, qual é a vossa maior preocupação ou temor? A outra, em que consiste o vosso maior conforto? Considerai ambas as questões por um instante e então começaremos. (Pausa de 15 segundos) Comecemos.
BILL: Sou o Bill e penso que a minha maior preocupação tem que ver com a possibilidade de um desenlace desta vida e deixar a minha família financeiramente insegura. Não me ocorre mais nada que me preocupe mais do que isso. Quanto ao meu maior conforto, não estou certo. Sinto-me muito bem a maior parte do tempo, exceptuando essa preocupação. O conforto parece estar relacionado com essa preocupação. Sinto-me mais confortável quando não estou a pensar nessa preocupação. No que me diz respeito, é isso.
ELIAS: Muito bem, e tu?
FRAN: A minha maior preocupação é que me viesses a perguntar isso! (Riso) Chamo-me Fran. Penso que provavelmente a minha preocupação se prende com a segurança, com relação a ser ou não capaz de me sustentar. O maior conforto que sinto relaciona-se provavelmente com a comida.
ELIAS: Muito bem.
AMY: Penso que a minha maior preocupação está em chegar ao fim da minha vida sem me ter permitido fluir... (inaudível) contendo-me. Penso que o meu maior conforto se prende com o facto de eu ser uma parte do Todo.... (Inaudível)
JUDY: Olá Elias. Chamo-me Judy. Aquilo que me veio à memória quando perguntaste isso tem que ver com relacionamentos com outras pessoas aqui na terra. A minha maior preocupação consiste em procurar que me deixem ser aquilo que sou e o meu maior conforto reside no apoio que me dão.
ELIAS: E tu?
JON: Chamo-me Jon. A minha maior preocupação prende-se com a continuidade da minha situação de vida da forma em que acha e o meu maior conforto tem que ver com o modo muito bom como as coisas funcionaram nos últimos poucos anos, de forma que isso equilibra a minha preocupação.
ELIAS: Sim?
KATHY: Olá, sou a Kathy. Do mesmo modo que com a Amy, a minha maior preocupação está em que me contenha e o meu maior conforto é... (Inaudível)
ELIAS: Muito bem.
NANCY: A minha maior preocupação prende-se com o bem-estar dos meus filhos, e o maior conforto que encontro é na natureza.
JENE: O meu maior receio, neste momento, tem que ver com a concretização da minha aposentadoria, e continuar de um modo confortável, e o meu Maio conforto neste momento consiste num gelado de chocolate.
ELIAS: E?
MAGDALENA: ...(Inaudível)
LYNDA: Essa é uma boa questão. Por vezes a minha maior preocupação ou ameaça é que tenha que abrir mão dos meus gatos por alguma razão bizarra. Por me direccionar no sentido da exploração, e se de repente tenho que me deslocar ou de criar alguma situação em que tenha que ir para outro lugar? Os gatos dão-me a volta à cabeça. Uma das minhas maiores paixões consiste em ficar em casa com eles e permitir-me permanecer em casa com eles. È isso!
ELIAS: E?
HERNAN: A minha maior preocupação tem que ver com o que vou fazer quando a morte chegar. Não quero constituir uma carga de trabalhos para ninguém, lá em casa. O meu maior conforto reside na forma como trabalho actualmente, o modo como ganho dinheiro. É tão fácil. É tudo.
ELIAS: E tu?
JIM: Boa pergunta. A minha maior preocupação... (Inaudível) O meu maior conforto está em passar o tempo com ela.
ELIAS: E tu?
LINDA: O meu maior receio, justamente neste instante, prende-se com o envelhecimento da minha mãe, e o meu conforto... (Inaudível)
ELIAS: E tu?
RODNEY: O meu maior receio, aquilo que me preocupa de forma predominante, tem que ver com o término da minha vida, a minha relação com isso, e sentir que devia estar a criar algo que não estou. Penso que o meu maior temor é que no final possa dizer que tenha deitado tudo a perder; que tenha sido uma perda. Isso está presente na maior parte do meu pensamento – dar tratos a essa ideia. O meu maior conforto, penso eu, consiste na aceitação que sinto brotar dos outros, na amizade que recebo por parte deles. Isso surpreende-me sempre porque não me sinto suficientemente bom quanto eles parecem revelar-me. É quase como, caramba, que coisa que fazem de mim! É um conforto.
ELIAS: E tu?
GAIL: Penso que o meu receio – e não sei se será o meu maior receio - tem que ver... (Inaudível) o conhecimento que tenho de... (Inaudível) O meu maior conforto consiste em permanecer só na natureza e sentir-me em harmonia com ela... (Inaudível)
ELIAS: Muito bem, e tu?
SANDRA: Chamo-me Sandra… (Inaudível)
ELIAS: E tu?
JOSHA: ... (Inaudível)
VERÓNICA: Olá Elias, chamo-me Verónica. O meu maior temor reside em não me permitir manifestar todas as criações... (Inaudível) em não permitir que os sucos da criatividade e da energia fluam através de mim; que não consiga tornar-me a pessoa maravilhosa que desejo ser e manifestar beleza e coisas úteis. Os meus maiores confortos são as minhas emoções e a exploração da minha sexualidade.
ELIAS: E tu?
ELLA: Sou a Ella. Penso que a minha maior preocupação se centre na falta de aceitação pessoal por parte dos outros... (Inaudível)
BEN: Sou o Ben. Preocupo-me por poder estar a criar melhor e sinto conforto na companhia dos amigos.
CURTIS: Olá, chamo-me Curt. A minha maior preocupação prende-se com a continuidade da criação da minha saúde, e o meu maior conforto reside na minha própria aceitação.
ELIAS: E tu?
JOHN: Quando penso em termos do meu maior receio… (Inaudível)
ELIAS: Pode ser um qualquer.
JOHN: Então penso que o meu maior receio se prende com o desenlace e poder encontrar-me... (Inaudível) O meu maior conforto será... (Inaudível)
ELIAS: E tu?
NATASHA: A minha maior preocupação, tenho tantas que nem sei qual delas deva introduzir! (Riso) ...(Inaudível) O meu conforto é... (Inaudível)
ELIAS: E tu?
INNA: Chamo-me Inna. A minha preocupação mais acentuada é a de não ser amada nem aceite, de me sentir só. O conforto para mim é quando me sinto amada.
DANIEL: Sou o Daniel. A minha maior preocupação tem que ver com a perda das oportunidades que a vida proporciona e o conforto está naquilo que acontece, e eu... (Inaudível)
ELIAS: Bom, algum de vós notou ou reconheceu o tema subjacente a todas as formas de preocupação ou temores e o tema subjacente a todas as modalidades de conforto?
FRAN: ...(Inaudível)
ELIAS: Nem por isso. Porquanto falar disso não teria cabimento neste cenário. (Riso)
RODNEY: Vejo que o tema que percebi em tudo o que foi referido consiste numa falta de confiança no que estamos a criar no futuro, uma falta de confiança naquilo que estamos a fazer bem como o receio de não sermos capazes de o fazer. Apesar dos testemunhos variarem esse foi um elemento presente em todos.
HERNAN: As preocupações relacionavam-se com o futuro, ao passo que o conforto estava relacionado com algo que se encontra aqui presente, no instante.
ELIAS: O vosso conforto situa-se no momento – agora. O conforto reside no que fazeis, naquilo que vos permitis fazer. As vossas preocupações ou anseios envolvem a antecipação de acções futuras, quer receeis o que possa ser ou fazer, ou o que quer que deixeis de realizar, o onde vos podereis encontrar. Tudo isso traduz formas de preocupação que deixam de estar associadas com o momento, e não passam de especulações. Além de não serem reais interrompem o vosso instante. As vossas preocupações por vezes subtraem-vos o conforto porque vós substituís o conforto pela preocupação, e essa preocupação ocupa-vos o tempo e distrai-vos da realização precisa daquilo que essa preocupação comporta.
Há muitos anos que venho a expressar que a acção mais importante que todos podeis empreender consiste no sentido de presença. No entanto constitui o maior desafio devido a ser tão pouco familiar e difícil de empreender para a maioria. Todavia, uma vez presentes as vossas preocupações desaparecem devido a que o presente não contenha qualquer preocupação. Não estais mortos nem a morrer mas a realizar, e também não sois indigentes, e ainda que fosseis necessitados, podíeis encontrar conforto nisso permanecendo presentes.
Estar presente não constitui unicamente uma questão de permanecer no agora. Podeis ter consciência do instante e ainda assim não vos encontrardes presentes. Podeis ter conhecimento do que está a ocorrer agora, do que vos rodeia bem como do ambiente em que vos envolveis. Podeis até ter consciência do que estais a empreender agora e não estardes presentes. Não estais presentes convosco próprios, reconhecendo a própria existência. Porém, ESTAIS presentes quando vos sentis confortáveis.
Já tive ocasião de expressar anteriormente, que um dos momentos mais auspiciosos em que vos achais presentes em vós próprios é quando experimentais dor. Porque, se experimentardes a dor, focais-vos de modo acentuado no desconforto e criareis um sentido de presença bastante acentuado. Tornais-vos altamente cientes da vossa existência devido à dor. Mas quando expressais um sentimento de conforto genuíno também gerais essa presença de espírito. É tudo uma questão de permitirdes a vós próprios reconhecerdes o vosso conforto e de vos estribardes nesse presente, sem permitirdes que antecipações futuras os interrompam, de modo a se permitirem apreciar cada momento a despeito do que estiverdes a empreender. Quer estejam a escovar os dentes ou a conduzir o vosso veículo ou ainda vos encontreis sentados numa cadeira – não importa. Trata-se duma questão de deslocardes a vossa percepção para aquilo que realmente “é”.
A vossa percepção é grandemente influenciada pelas associações que gerais. Muitas dessas associações não se acham ligadas ao momento. Pode tratar-se de associações passadas ou associações futuras, porém, muitas delas não se acham ligadas ao momento. Nem sempre pensais nessas associações e por isso elas não se tornam proeminentes. Muito embora as expressais de forma proeminente, podem não ser reconhecidas como tal. Todavia, elas influenciam sobremodo a vossa percepção, e isso é o que gera a vossa realidade.
Com isto, se vos permitirdes estar presentes convosco próprios podeis começar a notar as vossas associações em meio a qualquer situação, porque elas também vos incitam as respostas, os vossos actos bem como o modo como interagis ou deixais de interagir com ambos. Muitas vezes expressar-vos-eis de determinados modos com os quais estabeleceis fortes associações, porém, podereis não ter consciência do porquê. Essas associações que gerais podem na verdade não ser válidas, mas automáticas tão só. Podem não ter uma ligação real convosco nem com aquilo que estais ou não a fazer, contudo influenciam-vos no modo como perspectivais os demais.
Permiti que vos diga, vós adoptais todos aquilo que designais por valores. Esses valores fazem parte dos vossos princípios, influenciam-vos os comportamentos, influenciam-vos a forma como interagis com os outros, influenciam o modo como encarais o mundo e influenciam a percepção que tendes dos outros e a forma recíproca como agis com eles. Muitos desses valores não passam de associações.
Uma pessoa pode exprimir conforto na escolha de criar um relacionamento com outra do sexo oposto, ou seja um homem e uma mulher. Essa pessoa pode não gerar qualquer processo de pensamento a respeito de qualquer outro tipo de relação íntima ou romântica, e adoptar a associação de que todo e qualquer outro tipo de relação íntima seja errada. Se se confrontarem com um indivíduo – homem ou mulher - que crie uma relação romântica com um adolescente, alguém que não considerareis um adulto, o indivíduo pode gerar uma associação automática de que tal tipo de relacionamento seja errado. É desconfortável e portanto a sua associação automática estabelece o facto como errado.
Um indivíduo pode comungar com a natureza enquanto outro pode andar a destruir as florestas. Isso haveria de dar lugar à associação automática de se tratar de algo errado. A razão porque será errado é que ameaça o vosso conforto e o suprimais em resultado. Opondes-vos a tudo o que ameace o vosso conforto. É por tal razão que é tão importante estar presente porque o sentido de presença permite-vos identificar as vossas associações assim como a sua validade.
No exemplo que referi do indivíduo que opta por dar lugar a uma relação romântica com o que designaríeis como uma criança, - e diria que a maioria dos que aqui se acham reunidos estaria de acordo em encarar tal coisa como inadequada ou errada – vós não empreendeis tal acção. Como tal, não é coisa que ameace o vosso conforto pois não a estais a empreender. Não vos deixais envolver no acto, ainda que tenhais consciência dele. Todavia, a fim de justificardes o vosso conforto julgais os actos dos outros, e essas constituem as expressões que vos interrompem o conforto e vos bloqueiam a aceitação.
Todos vós despendeis imenso tempo e esforço a procurar aceitar ou a ser aceites. Mas interrompeis essa aceitação de cada vez que justificais o vosso conforto e procedeis ao juízo crítico com relação às opções ou acções dos outros. Já tive ocasião de referir muitas vezes não ser necessário estar em acordo com ninguém para haver aceitação. Cada um de vós continua a ter as suas próprias preferências e opiniões, e os vossos próprios princípios, que validais como bons ou certos para vós. Todavia, ao expressardes juízo de valor com relação aos outros e às suas opções, bloqueais a vossa própria aceitação, e eu era capaz de afirmar que cada um dos que se encontram aqui presentes deseja aceitação.
Sim?
RODNEY: Estás a fazer uso do termo “aceitação” a fim de referires a aceitação do outro, certo?
ELIAS: Na verdade é em ambos os casos.
RODNEY: Percebo duas vertentes aqui, a da aceitação pessoal e a da aceitação dos demais.
ELIAS: Sim. Porque, quando aceitais o próprio conforto e não permitis que ele seja ameaçado mas vos mantendes presentes com ele, estais a aceitar-vos a vós próprios e podeis verdadeiramente estar a aceitar os outros, naquilo em que se diferenciam.
LYNDA: Posso usar dum exemplo para o que penso que estás a referir? Quando comecei a dialogar contigo senti-me ameaçada pela preferência sexual de Mary. Mas, à medida que a nossa amizade floresceu e me apercebi a deslocar-me no sentido de estar a empreender uma relação de trabalho com ela – sei que isto pode parecer uma doidice e olhando mais ou menos em retrospectiva até é – mas eu costumava perguntar-te se isso significaria que me devia tornar gay e tu de forma simpática lá me foste dizendo que não, que não significava nada disso. Mas eu sentia-me ameaçada porque admirava a Mary, assim como admiro toda a informação que ela dispensa em teu nome, e na minha ideia maluca pensei que para ser aceite neste grupo eu teria que me tornar gay. Bem sei que provavelmente isso soará ridículo, porém, foi bastante real para mim, à altura. Com o passar dos anos fui-me apercebendo que podia ter a minha própria inclinação sexual. A personalidade da Mary e as opções que tomava tornaram-se uma delícia devido a que me tenha deixado de sentir ameaçada, por elas. Desse modo, a nossa relação sofreu uma mudança e provavelmente temos uma maior intimidade do que talvez tivéssemos se ela fosse heterossexual. Possuímos uma amizade que não possui fronteiras nem exigências e pessoalmente não sinto a menor ameaça. Mas senti-me ameaçada.
ELIAS: Por certo. Isso é um excelente exemplo porquanto constitui uma ilustração da forma como vos subtraís ao vosso conforto. Gerais um juízo de valor com relação a outro indivíduo e vendes-vos ameaçados no vosso conforto. Ao invés de o reconhecerdes e zelardes por ele, subtraís-vos a ele. Afastais o conforto de vós.
LYNDA: Negamos o próprio conforto.
ELIAS: Sim, porque a preocupação excede a expressão do conforto.
Sim?
VOZ DE MULHER: Eu ouvi o que ela disse acerca da questão gay mas com isso não tenho problemas; não tenho problema nenhum com relação a isso. Na verdade quem me dera ter sido gay! (Elias ri) mas o exemplo que usaste com a criança, com relação a isso tenho um problema porque sinto o lado protector do garoto. Ainda que esteja para além dos meus limites, penso que seja errado porque se trata duma criança inocente. Penso que tenho a obrigação de julgar e de procurar proteger o garoto, pelo que sinto dificuldade em aceitar o exemplo que deste.
ELIAS: Mas esse constitui outro excelente exemplo porque é capaz de invocar esse tipo de pensamento e de sentimentos na maior parte de vós, e nisso é que reside a questão. Constitui uma ilustração da forma como reagis e respondeis. Não é responsabilidade vossa proteger esse garoto. Não é responsabilidade vossa remediar a situação. Não sois esse garoto. Não sois vós quem experimenta aquilo que ele experimenta. Não criais as escolhas que ele está a criar.
Não citei o exemplo – embora o pudesse ter feito – da criança molestada, o que reconheço que poderia invocar uma contestação ainda mais veemente da parte de todos vós. O que citei foi o caso dum indivíduo que explora uma relação romântica com o que designaríeis como um garoto ou garota.
Os garotos também exprimem escolhas. Vós, adultos, não sois os únicos da vossa realidade que criam opções. Cada um, na sua realidade, desde o momento em que nasce, cria escolhas. Dir-vos-ia que se algum de vós se cruzar com os mais pequenos, havereis de notar a forma veemente com que eles exprimem as suas escolhas e o modo directo como as estabeleceis.
Com isto, expressei o exemplo propositadamente, porquanto este é um exemplo em que podereis notar a resposta automática e as associações que estabeleceis. Isso foi propositado porque cada um de vós enceta esse processo sob muitas e distintas formas de expressão. Estabeleceis associações automáticas e justificai-las. Da mesma forma como podeis valorizar a paz a harmonia e a tranquilidade, se fordes confrontados com a situação de fazerdes face a um terrorista, gerareis automaticamente a associação de ele estar errado, e isso invocará em vós ímpetos ou vontade de proteger.
Quando conseguis genuinamente estar presentes convosco próprios, isso não é ser indiferente; não se trata da questão de não quererem saber. Trata-se de reconhecerdes a vossa realidade e aquilo que faz parte da realidade do outro. Se eles criarem tipos de opção diferentes de vós, isso não quererá dizer que estejam errados. Na sua realidade eles estão tão certos quanto vós na vossa, e podem apresentar outros tantos indivíduos que se acharão de acordo com as suas escolhas, do mesmo modo que vós. Nisso, quem estará certo? Que coisa será acertada?
BILL: Estou para aqui a pensar que, enquanto seres humanos, parecemos fechar-nos nos nossos pensamentos – digamos um surto de terrorismo. Que diferença fará um indivíduo que deixou de condenar o terrorismo mas que ainda assim procura vê-lo erradicado do mundo? Que tipo de acção ou falta dela empreende um indivíduo, e a que se assemelhará isso em comparação com aquele que condena o terrorismo?
ELIAS: Será semelhante a vós. Vós não concordais com o terrorismo, porém, também não empunhais nenhuma arma em oposição a ele.
Isso é o que eu expliquei. Não é necessário estar em acordo a fim de se aceitar. Assim, podeis ter a vossa opinião, e incorporar na vossa preferência – na vossa opinião - tratar-se duma atitude errada. Todavia, e a despeito do facto de expressardes na vossa opinião ser ou não errado, não tomais qualquer parte em nenhum tipo de acção de oposição.
ELLA: Elias, desde que me envolvi com o teu material e comecei a progredir… (Inaudível) tanto mais sinto permanecer no meu pequeno mundo… (Inaudível) Não concordo com tudo, porém, também não invisto energia nisso. Estou consciente de que acontece... (Inaudível) Mas é que eu simplesmente acho-me num mundo aparte, um mundo onde quero permanecer... (Inaudível) Será isso... (Inaudível)?
ELIAS: É.
ELLA: (Inaudível) Fará isso de mim uma pessoa insensível? Mas aí digo de mim para comigo mesma... (Inaudível)
ELIAS: Sim, está correcto. Isso não significa que sejas insensível. Mesmo com relação ao exemplo que foi citado na imagem do garoto, podeis não estar de acordo, e não tereis empreendido tal acção; nesse caso não estais a participar nisso. Podeis dar lugar ao juízo de que na vossa realidade e na vossa opinião isso seja errado, porém, vós também não vos envolveis nisso.
ELLA: Então isso para mim seria incorrecto, mas não preciso preocupar-me com o que o outro... (Inaudível)
ELIAS: Certo, precisamente. Mesmo com relação à questão do terrorismo, os indivíduos que actuam nessa base acreditam tão veementemente que estão certos quanto vós. Tão intensamente quanto vós acreditais que estão errados, eles acreditam estar certos, razão porque se comprometem com esse tipo de acção.
A duplicidade não está a ser eliminada, mas ao tornar-vos presentes, vós podeis abrandá-la com o reconhecimento de que estais a criar toda a VOSSA realidade. Com isso gerais escolhas a fim de expressardes o vosso conforto e a não admitir que outras escolhas o ameacem, o que cria este efeito de dominó no qual, quando o vosso conforto é ameaçado gerais associações automáticas. Justificais, condenais e ignorais a aceitação, pois nesse momento a aceitação deixa de ser uma opção.
DANIEL: (Inaudível) Digamos que me encontro numa situação em que sucede algo. Digamos, por exemplo, que alguém se está a afogar. Encontram-se presentes três pessoas – uma é Hindu, outra Budista e a outra pertence ao círculo Elias. O Hindu refere ficar o acto a dever-se ao Karma, o Budista diz tratar-se duma ilusão e no entanto está alguém a afogar -se. Desse modo, o indivíduo do círculo Elias, como eu próprio, refere ser escolha sua afogar-se justamente naquele momento, pelo que aceito como escolha sua. Todos os três chegam à conclusão de que podemos deixá-lo afogar-se. Mas não subsistirá um aspecto nisso através do qual eu me encontre lá por uma razão? Eu criei essa situação por uma razão. Pode ser preferência minha procurar auxiliar, e ser tolo da minha parte se deixasse de o tentar. Se decidir deixar de auxiliar devido a um conceito teórico qualquer, posso arrepender-me disso para o resto da vida.
ELIAS: Justamente, e eu estou de acordo. Mas, estás certo, tu colocaste-te nessa situação. Por isso criaste isso na tua realidade. Portanto, o mais provável é que automaticamente respondesses e tentasses ajudar. Mas não é isso que estou a expressar. A questão não está aí porque tu ENCONTRAS-TE nessa situação, nesse cenário e nesse exemplo. Nesse exemplo que dei nenhum de vós se acha em tal situação, e não criastes esse tipo de cenário na vossa experiência.
DANIEL: Então não é tão claro e escuro mas antes um processo gradual, não é? Por exemplo, eu não me encontrava no World Trade Center na altura dos acontecimentos. Não estive no centro dessa situação, porém, encontrei-me bastante envolvido com ela. Muitas vezes achamo-nos em situações menos significativas em que o sucedido pode ocorrer bastante perto de nós e pode tornar-se preferência nossa fazer algo pelo sucedido.
ELIAS: Certo.
DANIEL: Penso ser melhor fazer algo com espírito de aceitação do que com base na oposição. Todavia, alguns enveredam tão decididamente na direcção da aceitação artificial que, a despeito disso, acabam por não fazer nada.
ELIAS: E isso é precisamente acertado: aceitação ARTIFICIAL. Aceitar de modo genuíno consiste em reconhecer aquilo que estais na verdade a fazer, aquilo que estais a atrair para vós próprios, o que estais a fazer.
Tens razão, neste tipo de cenário vós colocastes-vos em tal posição; consequentemente respondereis. Expressar que “Os outros criam a sua realidade e por isso não preciso de me preocupar com o que quer que façam”, consiste numa postura de falsa aceitação. Isso não passa duma desculpa e não é aceitação genuína. Se outro indivíduo vos procura em busca de auxílio, dir-lhe-eis que não, “Não posso ajudar-te porque tu crias a tua própria realidade e como tal não preciso de te ajudar”? Vós atraístes esse indivíduo a vós. Não estou a dizer que se atraíssem um cenário para vós próprios em que vos situásseis numa situação na qual uma criança fosse violada na vossa presença – ou talvez nem sequer uma criança mas outra pessoa, na vossa presença - vós vos tenhais colocado em tal posição por alguma razão, estás certo.
Porém, isto não é a questão que aqui estou, hoje, a expressar; aquilo que vos estou a apresentar hoje são associações, e a forma como os vossos princípios vos influenciam através de eventos que não têm ocorrência. A despeito de realmente apresentardes a vós próprios ou não tal situação, muitas associações interrompem-vos e ao vosso conforto e elas não estão a ter ocorrência mas são assumidas como tal.
RODNEY: Estarão essas associações a que te referes presentes no nosso estado de consciência, ou não temos consciência delas? A Lynda falou sobre o receio que tinha de lhe ser exigido um relacionamento gay e a mim deu-me a impressão de que se ela, lá no fundo da sua mente, não tivesse completa consciência de tais associações, elas não a influenciariam quanto ao seu conforto ou desconforto. Se eu tiver consciência de tais associações, então poderei perceber de que forma isso interferirá com o meu conforto.
ELIAS: Sim, tu...
LYNDA: Peço-te que me desculpes por introduzir o seguinte. As associações que experimentei, de que tenho consciência, sobrevieram com um impacto emocional forte.
RODNEY: Mas tu tiveste consciência delas.
LYNDA: Sim creio que essa seria a definição, na minha perspectiva. Perceber as associações, elas são muito velozes e fazem-se acompanhar duma bastante sensação emotiva que tenho dificuldades em distingui-las. Eu distingo-as, porém, elas sobrevêm de tal forma associadas à emoção que, de algum modo, as torna aceitáveis. Torna-as mais reais, devido a que se apresentem de forma emotiva.
RODNEY: Entendo. A minha pergunta é sobre que peso terá o estado de consciência na interferência.
ELIAS: Estou a compreender.
RODNEY: Isso não fez sentido.
ELIAS: Estou a compreender o que estás a expressar. Tendes consciência de algumas das associações que estabeleceis, enquanto que de outras, já não tendes completa consciência. Podeis estar inteirados delas mas elas podem achar-se encobertas; podem estar camufladas e desse modo não de tornarão tão óbvias. No entanto serão despoletadas por alguma expressão exterior, geralmente quando algum indivíduo cria algum tipo de acção que despoleta algumas dessas associações camufladas. Essas são as associações que são capazes de vos interromper o conforto e tornar-se perigosas por não constituírem associações que gerais continuamente. Do mesmo modo que as crenças, elas acham-se sempre presentes, porém, podeis não as expressar constantemente.
É por essa razão que escolhi o exemplo que apresentei, pois seria improvável que algum de vós se propusesse esse tipo de cenário de forma continuada. Portanto, sem a exposição disso através das opções do outro indivíduo podeis necessariamente não ter consciência contínua de que gerais uma associação forte com tal acção ou com essas opções, por não estardes a expô-las a vós próprios na vossa realidade. Todavia podeis expô-la a vós próprios através dum exemplo com outro indivíduo, e nessa situação podeis gerar um tipo de resposta ou reacção sem terdes conhecimento da sua mecânica. Criareis a mera avaliação de certo ou errado contudo não tereis consciência do que o motivará nem em que tipo de motivação assenta, qual será o mecanismo dessa acção, dessa reacção. Isso torna-se sobremodo numa questão de claro e escuro. Assume a aparência de certo ou errado e com isso deixa de sobrar qualquer espaço para a aceitação.
Vamos fazer um intervalo, e depois podeis continuar com as vossas perguntas.
(Elias parte após 1 hora e 3 minutos.)
INTERVALO
ELIAS: Continuemos. Podem colocar as vossas questões.
Sim?
BILL: Elias, na verdade tenho duas perguntas a fazer. Uma em meu nome e a outra por parte de outra pessoa. Ultimamente tenho vindo a dar tratos a esta crença da causa e efeito. Ocorre-me que virtualmente tudo – relações, ciência; há algo que me leva a sentir isso – tudo consiste em causa e efeito. Então tu mencionas as influências e parece que lá mesmo no fundo das influências esteja presente a causa e efeito. E finalmente ocorre-me que eu constituo a causa. Ao trabalhar com isso estou a começar a notar tantas coisas diferentes de que as minhas crenças me dão conta – que determinados problemas que tenho nas pernas são causados por isso – mas no final eu sou a causa. Questiono-me se não poderias falar um pouco sobre o quão dominante, ou o que essa causa e efeito... É quase como não se tratasse dum pássaro somente, na gaiola. Podes referir-te a isso?
ELIAS: Não se tratará duma crença mas eu entendo aquilo que exprimiste. Com isso concordaria em referir que estás certo, aquilo que geras ou projectas para o exterior, no teu “casulo” ou “bolha”, tu atrais ou recebes, a despeito de poder constituir uma dor, uma interacção ou uma situação. Tu constituis a fonte disso. Por isso, seja qual for a energia que expresses, isso é tudo o que atrai uma determinada situação ou experiência de volta a ti. Também é por essa razão que é importante permanecer presente porque desse modo podeis ter mais consciência do tipo de energia que projectais, prestando atenção ao que operais tanto íntima como exteriormente.
Já tive ocasião de referir anteriormente que vós sois a origem, vós criais – hipoteticamente – um tipo de “casulo” que vos rodeia em qualquer direcção possível. Esse casulo é composto da vossa energia e é altamente magnético e procura atrair o que quer que se iguale a ele. Portanto, o que quer que estejais a fazer, ao gerardes tipos de energia específicos, também atrairão para vós. Assim isso pode ser entendido como causa e efeito, o que corresponderia de forma mais exacta àquilo que geralmente interpretais como causa e efeito, pois muitas vezes podeis estar a gerar actos que parecerão poder criar efeitos bastante específicos e não ser o caso, por depender da energia (consciência) que expressais.
Como já referi antes, um indivíduo pode atravessar uma rua e ser colhido por um veículo. Agora; com tal acto geralmente esperaríeis que a causa formada pelo veículo a colher o indivíduo criasse o efeito de lhe provocar danos físicos. Todavia, ele pode sair desse embate ileso. Ou um indivíduo pode ser alvejado numa área do corpo que designaríeis como absolutamente fatal e sobreviver. Nisto podeis perceber a causa e o efeito como efectivos, só que em relação com a energia e não necessariamente com as acções.
DANIEL: Na Rússia, onde fizemos bastante investigação por amadorismo sobre o estado de intoxicação, estados de embriaguez, referimos os ébrios como possuidores duma certa sorte. Houve casos em que uma pessoa que se achava ébria caiu do sexto andar e se levantou sem ter sofrido qualquer dano. O que é que acontece em situações desse tipo? Quando me acho tão ébrio que não me recordo da ocorrência do que quer que seja, parece que o princípio de causa e efeito de algum modo deixa de vigorar. Que comentários podes fazer com relação a isso?
ELIAS: Mais uma vez, isso está associado à energia (consciência). Se um indivíduo incorporar a crença, coisas que muitos fazem, de que o consumo do álcool os afectará duma forma que designais como intoxicante, a sua energia muda. Eles respondem desse modo pelo facto de acreditarem que a substância dá lugar a um determinado estado de consciência. Em tal estado de consciência o indivíduo pode parecer ser mais imprudente do que pareceria num estado que designaríeis como sóbrio. È menos cuidadoso, menos temeroso e, portanto, adopta menos cuidado, por não estar a antecipar qualquer dano.
A exemplo disto, um indivíduo pode gerar a mesma experiência com um veículo ao colidir com uma parede. O veículo pode ficar completamente destroçado ao passo que o próprio indivíduo pode sair ileso, devido a que a sua energia não se centrasse na preocupação com a protecção. Eles geram um estado mais relaxado de energia e desse modo não antecipam qualquer dano; não se estão a proteger a si próprios e como tal a sua energia é projectada da mesma forma, pelo que não atraem a si qualquer dano.
Não se trata de estar a coberto disso pois alguns continuam a gerar um tipo de consciência e crenças relacionadas com o dano e eles são capazes de atrair a si próprios esse dano. Mas existem muitas situações que, associadas à causa e ao efeito, parecerão desafiar essa ideia ou crença. Porque, aquilo que é esperado como efeito não ocorre necessariamente, e isso prende-se com a energia do indivíduo. SEMPRE se acha associado à vossa energia.
O que quer que ocorra na vossa experiência, vós tê-lo-eis iniciado. Trata-se dum conceito difícil para muitos, especialmente quando se envolvem com outros e desse envolvimento surge algum conflito ou aquilo que percebem como mágoa. A exemplo disso, a expressão comum que empregam é: “Eu não queria que aquilo acontecesse. Porque terei atraído isso?”
A questão não está em desejardes ou deixardes de desejar uma determinada experiência mas reside no tipo de energia que gerais, que atrai a experiência porque passais. Mais uma vez, é por tal razão que é importante estar presente e ter, dessa forma, consciência do tipo de energia que projectais, gerando com isso a capacidade de manipular intencionalmente aquilo que estiverdes a fazer, do mesmo modo que a vossa energia, de modo a criardes o que quereis ao invés daquilo que não desejais.
BILL: Tenho mais uma questão a colocar. Este tipo chamado Daryl, do Blue Flash está a começar a canalizar alguém a quem chama “X”. Ele gostava de conhecer o seu nome da essência e saber se está a canalizar a própria essência ou alguma outra.
ELIAS: Ele faz o pedido do nome da sua própria essência?
BILL: Sim, o nome da essência do Daryl e se está a canalizar a própria essência.
ELIAS: Nome da essência, Sharee. Sim, ele está canalizar a própria essência.
Sim?
NANCY: Adorava saber quem é, ou quem são, os meus anjos da guarda. Eles são muito fortes... (Inaudível)
ELIAS: Estás a pedir que mencione nomes?
NANCY: Estou. (Pausa)
ELIAS: São as essências Kaleem e John. Não tens de quê.
JENE: Elias, poderíamos conhecer as famílias da consciência da Nancy?
ELIAS: Deste indivíduo ou das essências…
JENE: Deste indivíduo.
ELIAS: E que impressão tens?
JENE: Deus do céu, eu não tenho impressão nenhuma! Gelado de chocolate! (Elias ri)
ELIAS: Família da essência, Sumari. Alinhamento, Vold. Nome da essência, Arabitha.
Sim?
JIM: Elias, teremos, tanto a Linda como eu… (Inaudível) outros focos nesta dimensão temporal?
ELIAS: Têm.
JIM: És capaz de nos revelar quantos temos e onde se situam?
ELIAS: Tu tens quatro e tu cinco.
JIM: Dispersos pelo mundo?
ELIAS: Sim, podes investigar.
JOSHA: É a primeira vez que venho aqui e não estou muito familiarizado com isso de nomes da essência.
ELIAS: Um nome de essência consiste no tom parcial associado à vossa essência. Não traduz o tom completo da vossa essência mas o elemento desse tom que pode ser traduzido por uma palavra que, por sua vez se traduz num nome. (Pausa) Nome da essência Lyth.
GAIL: Estava a ler a transcrição duma sessão... (Inaudível) e na manhã seguinte acordei com a consciência de experiências que tive ao longo da minha vida, observando-as a partir da minha perspectiva, o que significaram para mim, assim como na perspectiva de outra pessoa, como que de volta às nossas experiências. Estaria eu a penetrar numa acção de conceptualização?
ELIAS: Diria que estavas mais a fazer uso do teu sentido de empatia, e que isso te permite experimentar não apenas a ti própria com também fazer a experiência de outra pessoa. Trata-se duma acção diferente daquela da conceptualização. Sugiro que te permitas contactar esse indivíduo situado atrás de ti, que gerou a considerável acção de dedicar-se a esse sentido interior da conceptualização.
JENE: Uma pergunta, Elias. Nós temos um amigo que é novo para mim mas que é muito amigo do seu amigo e acredito que ele se encontra num estado de transição. Ele chama-se John e ainda se acha fisicamente presente, porém, vacila entre a sua realidade particular e a interpretação do movimento de passagem para a fase de transição. Essa é a impressão que tenho. Ele acha-se fora do corpo a maioria do tempo, pelo que se torna bastante difícil para ele manter... (Inaudível) Ocasionalmente ele volta atrás mas a maior parte do tempo ele acha-se em movimento. Será esta é uma boa descrição?
ELIAS: É.
JENE: Obrigado.
ELIAS: Não tens de quê.
ELLA: Elias, estou em busca dum método que me permita aplicar... (Inaudível) Tenho estado a pensar no... (Inaudível) Serias capaz de... (Inaudível)
ELIAS: Sim, estaria de acordo.
Sim?
JOHN: Voltando à discussão da primeira parte, nessa aceitação... (Inaudível) Se nos encontrarmos a trabalhar para uma organização conforme eu faço no dia-a-dia... (Inaudível) Porém, trata-se duma organização grande, com a qual concordo em parte... (Inaudível) Já não concordo tanto com... (Inaudível) Assim, apesar do meu trabalho não me envolver com coisas que se tornem desconfortáveis, como haverei de reconciliar o trabalho para uma organização onde talvez aquilo que faço contribua para coisas que não me deixam confortável, como... (Inaudível)?
ELIAS: Questão interessante essa. Aquilo para que contribuis também se acha associado com a tua energia. A tua energia ondula (repercute-se) para o exterior. Portanto, a energia que expressas no teu conforto, em meio àquilo que fazes, não tem que estar em acordo com um objectivo mais elevado por parte da companhia. Ao deixares de estar de acordo com essa direcção podes continuar a responder às tuas tarefas expressando essa energia de calma bem como aquilo com que te achas de acordo, sem teres que te envolver com aquilo com que te sentes em desacordo. Desse modo não estarás a contribuir para aquilo com que estás em desacordo.
Isto é similar àqueles que questionam a sua contribuição para o seu mundo, por assim dizer. Podeis compreender que a vossa contribuição está na vossa energia, através da avaliação do que fazeis, das vossas experiências. Um indivíduo pode expressar não estar de acordo com a violência ou com a guerra ou com o princípio da protecção, quando em meio às suas experiências diárias pode gerar um tremendo conflito com os outros ao seu redor; podem gerar um considerável conflito consigo próprios, podem ser desconfiados e usar de extensivos métodos para a sua própria protecção. Desse modo podem mostrar-se em desacordo com toda a acção violenta ou a guerra ou a ideia de protegerem a sua nação mas na verdade, expressam o mesmo tipo de energia (consciência) nas suas próprias experiências. Por isso, eles contribuem para o reforço disso.
Enquanto que, um outro pode expressar de forma similar, estar em desacordo com essas ideias e não expressar, para além disso, a menor necessidade de protecção. Pode não adoptar alarmes, nem fechar a porta à chave mas gerar, ao contrário, uma energia de maior facilidade e cooperação nas suas experiências. Esse não estará a provocar ondas de energia que reforcem aquilo com que não se acha em acordo. E na tua situação tratar-se-ia do mesmo.
JOHN: A associação com uma organização pode acontecer nos termos duma companhia ou duma nação, e essa associação consiste numa crença. Não se trata necessariamente... (Inaudível)
ELIAS: Sim, e por vezes tal associação pode na verdade nem sequer ser válida para o indivíduo.
JOHN: Obrigado.
ELIAS: Não tens de quê.
VERÓNICA: Elias, mencionaste o facto da energia se propagar para o exterior sob a forma duma ondulação…
ELIAS: Sim.
VERÓNICA: Suponhamos que se trata dum indivíduo que protesta mas que é pacífico. Será que isso se enquadraria na energia direccional do imperialismo… (Inaudível)?
ELIAS: Depende do indivíduo. Se ele for… (Inaudível) a sua direcção e opinião mas não gera muito juízo de valor da situação alheia, não, não contribui nem reforça aquilo com que está em desacordo. Mas, geralmente isso não ocorre. Indivíduos que participam em protestos… (Inaudível) geram uma forma acentuada de juízo de valor, em oposição a qualquer expressão. Não que isso seja mau necessariamente, mas existem métodos de mudança mais efectivos.
VERÓNICA: Tais como?
ELIAS: Tal como não participar. (Riso) Tenho consciência de que têm a ideia de que certos tipos de protesto podem gerar ou render resultados efectivos, mas posso igualmente expressar que podeis também genuinamente… (Inaudível) o vosso mundo. Conquanto exista uma parte do vosso mundo que se encontre comprometido com a guerra e a violência, isso não passa duma expressão diminuta. Existem muitos, muitos mais indivíduos no vosso mundo que deixam de participar, e vós fazeis parte deles. Vocês não se opõem à guerra. Estão aqui. Existe uma infinidade de indivíduos que não participam, e é devido a isso que a vossa guerra possui uma dimensão tão reduzida.
RODNEY: Elias, isso tem tudo a ver com o casulo de energia, penso eu. Existe um determinado grupo de cientistas que, durante certo tempo avançou com a ideia de que vivemos no que chamam de universo eléctrico. Na verdade faz título duma obra, a qual já tive ocasião de ler. É incrivelmente diferente da perspectiva científica corrente, por exemplo, no que toca à cosmologia. Nesse universo eléctrico não existe qualquer começo ou término. Contém muitas ideias que parecem fazer sentido. A energia da Terra e de algumas plantas na verdade nutre o sol, em vez de se dar ao contrário. É uma coisa bastante holística e unitária…
ELIAS: Cooperativa.
RODNEY: …Ambiente de cooperação. A minha pergunta consiste em saber, primeiro, se reconheces o trabalho a que me refiro.
ELIAS: Conheço.
RODNEY: Esqueci os nomes dos autores. Tratar-se-á duma abordagem válida? Será bastante mais exacto…
ELIAS: É.
RODNEY: …Do que o presente paradigma?
ELIAS: Sim, mas dir-te-ia que recentemente mantive diálogos com um determinado número de cientistas que vêm tentando gerar novas descobertas e novas ideias associadas com as teorias e crenças científicas estabelecidas e tive ocasião de expressar que tudo aquilo que conheceis nas vossas ciências é muito mais flexível do que as vossas ciências acreditam, além de ser muito mais elástico. Eles descobrirão novas revelações genuínas quando incluírem nas suas equações o factor percepção, porquanto esse é o factor mais importante de todas as equações, que eles não incluem.
RODNEY: Será mesmo possível que isso possa ser formulado através duma equação?
ELIAS: É.
RODNEY: Penso que isso deverá… (Inaudível)
ELIAS: Sim, e há indivíduos que actualmente entretêm essa ideia.
RODNEY: Alguém que eu conheça?
ELIAS: Vários, dentro deste fórum.
RODNEY: Eu peço àqueles de entre eles que leiam isto que me contactem! (Riso geral) O casulo de energia de que falas, porque tu empregas esse termo vezes sem conta, é magnético.
ELIAS: É.
RODNEY: Mas tu referes isso como uma metáfora ou como um facto real como nos moldes em que percebemos um campo magnético?
ELIAS: Como uma metáfora porquanto essa é uma outra expressão que discutimos em associação com a ciência. Fora (Out) significa eléctrico; Dentro, (In) significa magnético. Portanto, o interno é magnético enquanto que a saída é eléctrica e isto aplica-se a TODO o vosso universo.
RODNEY: Ou seja, situa-se na área da consciência… Haverá outro modo de o referir, subjectivo em oposição a objectivo, por exemplo?
ELIAS: Podes referi-lo nesses termos, porém, não é necessário porque o “Interior” magnético pode igualmente ser objectivo. É a expressão interior que é dotada de propriedades magnéticas e isso gera a expressão externa. Portanto, tu enquanto fonte serias a vertente magnética. A bolha será a eléctrica.
RODNEY: E isso já não é uma metáfora mas é actual…
ELIAS: É.
RODNEY: …aquilo que perceberíamos como neutrões, electrões…
ELIAS: Sim. Diria que, quando referi que a propriedade da bolha é magnética, me estava a referir à sua qualidade de atracção, ao facto dela atrair do mesmo modo que um magneto, aquilo que se lhe iguala.
RODNEY: (Inaudível)
ELIAS: Sim.
RODNEY: E a criação exterior que alcançamos é fundamentalmente eléctrica.
ELIAS: É.
SANDRA: Elias, não poderias conduzir isso um pouco mais… (Inaudível) a natureza eléctrico-magnética do… (Inaudível)
ELIAS: Tu podes.
SANDRA:) Poderão as áreas regionais da consciência na nossa realidade perceptiva… (Inaudível) ser finalmente descritas como vibracionais?
ELIAS: Podem.
SANDRA: Isso é um tremendo… (Inaudível)
RODNEY: Actualmente encontra-se à venda no mercado magnetos poderosos a preços bastante reduzidos e há mesmo quem tenha construído câmaras com esses magnetos, com o propósito de provocar estados alterados de consciência. Uma das perguntas que te queria fazer é se isso será perigoso. Até que ponto serão tais experiências perigosas? (Inaudível)
ELIAS: Não, não é perigoso.
RODNEY: E será eficaz?
ELIAS: Pode ser, mas isso depende da vossa vontade e da abertura de que usardes para o facilitar. Lembrem-se de que vos achais na realidade física e os modelos-padrão dessa realidade incluem a crença. Portanto, tudo aquilo que empreendeis é filtrado por essas crenças e isso cria uma determinada influência sobre a percepção. È a percepção que cria a vossa realidade e as vossas experiências. Portanto, depende da percepção que obtiverdes. Se gerardes uma abertura e uma permissão, sim, pode tornar-se bastante efectivo. Se não o fizerdes pode nem sequer exercer qualquer efeito.
RODNEY: Os magnetos terão de ser muito fortes?
ELIAS: Dir-te-ia que quanto mais fortes forem os magnetos mais forte será a atracção que exercerão na vossa energia magnética, de modo que se tornarão mais efectivos por meio da permissão de um estado alterado, sim.
Sim?
BILL: Elias, recentemente estivemos a debater, no Blue Flash, o conceito de confiar e de conhecimento nos termos da criação daquilo que queremos. A título de exemplo, eu pego nesta caixa e não preciso pensar nisso, eu simplesmente sei. Aquilo que tenho vindo a debater nesse fórum é que se o conhecimento se faz presente então não necessito verdadeiramente pensar em como actuar. Actuo. A confiança assemelha-se quase a um caminho desenvolvido rumo ao conhecimento (saber). Como quando atinjo a minha mão com o martelo e disponho apenas de dois por cento de confiança de que não me irá magoar e magoa mesmo. Aquilo que sugeri no Blue Flash é que praticássemos esta coisa da confiança nas pequenas coisas, antes de mais, para que a coisa possa crescer. Então, eventualmente não teremos... (Inaudível) a fim de a empreendermos.
ELIAS: Certo.
BILL: Será essa a relação que existe entre a confiança e o conhecimento? O conhecimento não é sabermos que podemos fazer mas fazê-lo simplesmente, sem pensarmos.
ELIAS: Sem a menor dúvida.
BILL: Chegamos a esse ponto pela edificação da confiança, através dum processo qualquer?
ELIAS: Chegam.
Sim?
AMY: Então ao fortalecer confiança para mudar as minhas crenças isso mudará o meu mundo exterior...
ELIAS: Não. Vós não estais a alterar as crenças nem a eliminá-las; não estais a alterar as crenças mas a tomar mais consciência delas. As vossas crenças não são o vosso inimigo!
AMY: Por exemplo, eu tinha a convicção de que comer bolo de chocolate me faria engordar. Se eu for capaz de mudar essa convicção para uma em que, não importa o quanto coma... (Inaudível)
ELIAS: Não, não estás a mudar a crença. Tu mudas a influência que desejas expressar. Podes continuar a sustentar essa convicção de que bolo de chocolate pode acarretar o potencial de gerar gordura, mas tu escolhes uma influência diferente, não a convicção do bolo de chocolate mas do que consomes. Nisso consiste a crença – de que aquilo que consomes afecta o teu peso ou o teu aspecto. Escolhes alterar qual a influência dessa crença que desejas expressar e isso oferece-te uma maior liberdade para o desfrutares.
È isso que refiro quando vos digo que as vossas crenças não constituem o inimigo; sim, adoptais a crença de que aquilo que consumis vos afecta o peso e a aparência. Mas no âmbito dessa crença podeis escolher uma panóplia de produtos consumíveis compatíveis com cada um de vós. Podeis eleger o que consumir e o modo como isso vos afecta.
AMY: Nesse caso, penso que não se trate de mudança, mas se continuar a repetir… Desejo implementar esta mudança na minha vida de forma tornar-me mais criativa no trabalho, nas minhas actividades diárias, com mais daquilo que sou, mas ainda assim sinto que continuo a criar o mesmo a cada dia. Chego perto daquilo que quero mas logo sinto que volto outra vez atrás. Não consigo lá chegar. Portanto, se não se trata de alterar a crença que tenho com respeito a mim mesma, então que é que necessito fazer para poder ultrapassar isso?
ELIAS: Isso não é pouco usual. O que estás é a perder de vista o processo. Estás a concentrar-te no resultado. Quando te centras no resultado deixas de prestar atenção ao processo e deixas de permitir que ele se desdobre. Com isso geras certo movimento mas não te permites alcançar aquilo que queres, porquanto não estás a prestar atenção ao que estás a fazer. Estás a concentrar-te no resultado.
O resultado constitui uma intenção. Uma vez estabelecida a intenção não é necessário permanecer nesse resultado, porque quanto mais o fizeres, mais deixas de prestar atenção ao que estás a fazer em meio ao teu processo, e mais deixas de prestar atenção ao modo natural como ele pode desdobrar-se de formas surpreendentes.
Adoptei recentemente uma analogia que passarei a oferecer-vos. Se segurassem uma flor delicada na mão e quisessem vê-la desabrochar não lhe puxavam as pétalas de modo a forçá-la a abrir-se. Adoptaríeis paciência, que consiste numa concessão, e deixaríeis que se abrisse espontaneamente de modo que trouxesse a surpresa do que o desabrochar oferece. Aquilo que parece externamente ser um botão pode assumir um aspecto bastante diverso quando desabrocha. Isso pode surpreender-vos. Pode parecer externamente cor-de-rosa enquanto que por dentro pode ser cor de laranja e amarelado, coisa com que podíeis não contar.
Passa-se o mesmo nas vossas experiências. Vós estabeleceis uma intenção e não mais vos preocupais com ela. Prestai atenção ao desenrolar do vosso processo e criai uma abertura (clareza) para com surpresas inesperadas. A isso se resume a questão de prestardes atenção ao tipo de energia que projectais. Tal como referiste, se confiardes em vós próprios não se trata tanto duma questão de resultado. É a permissão de vós próprios de se moverem rumo aos resultados por meio dessa edificação da confiança e da prática desse saber, prática dessa ausência de dúvida.
Havereis de notar, qualquer um de vós, que quando alcançais o modo mais bem sucedido é quando estais determinados, e o factor comum dessa determinação consiste em não duvidardes. SABEIS que alcançareis. Estais determinados a fazê-lo. Com isso tornais-vos imparáveis. E todos vós já haveis passado por essas experiências.
Lembrai-vos da vossa determinação. Permiti-vos recordar-vos de como isso ocorre quando vos sentis determinados - não permitis que nenhuma expressão vos interrompa; não vos deixais dissuadir nem tampouco distrair mas permaneceis centrados e alcançais resultados facilmente, de forma surpreendente e com assombro. Porque, tão logo alcançais a realização do que almejais vós geralmente expressais: “Não consigo acreditar em como isso era tão fácil; os factores encontraram cabimento no respectivo lugar; ocorreram elementos inesperados porém encaixaram.” Claro que encaixaram porque não duvidastes e adoptastes essa determinação. Quando vos sentis frustrados, lembrai-vos da vossa determinação e daquilo que ela vos leva a sentir.
BILL: Dirias que a confiança se acha geralmente mais envolvida com o processo?
ELIAS: Sim.
BILL: Então, a confiança consiste no processo.
ELIAS: Sim, com certeza. E consiste na ausência de dúvida.
Sim?
NANCY: Posso perguntar-te quem é o Kaleem, em que país vive ou de que forma posso pesquisar sobre ele?
ELIAS: Dir-te-ei que és capaz de gerar um maior sucesso se praticares visualizações, meditações e sonhos.
NANCY: Só mais uma pergunta sobre o John; chamar-se-á ele John Marshal?
ELIAS: Não.
JIM: Uma pergunta rápida sobre religião Elias. Após ter lido... (Inaudível)e assistido ao crescendo do fundamentalismo no Islão e no Cristianismo como o último despontar disso, andei a escutar um evangelista na televisão chamado Joel Osteen, que é, talvez, o evangelista mais popular da TV da actualidade, neste país. A sua mensagem, na sua inteireza, assemelha-se mais a algo tipo Nova Era e a esse tipo de material de “criarmos a nossa própria realidade”. Ele faz uso de Deus e de Jesus e da Bíblia para tal fim mas todo o seu método parece virtualmente aquele em que acreditamos hoje, aqui, e ele está a tornar-se cada vez mais popular. Representará a atracção que exerce sobre as massas um começo dum tempo de aceitação, em que as pessoas começam a reconhecer-se e se sentem atraídas para isso?
ELIAS: Sim, eu diria que esta mudança não consiste em nenhuma acção destinada a minar as religiões. Não quer dizer que elas se venham a extinguir. Elas mudarão, já estão a mudar, mas não se trata delas se extinguirem. Elas simplesmente mudarão, coisa que já está a ocorrer.
Nisto muitos sentem-se muito mais confortáveis por oferecerem a si próprios informação concernente à mudança de consciência segundo modos e expressões familiares. Desse modo isso pode parecer um apelo mais dotado de sentido para muitos. Não invalida a informação. Quer expressais a crença num Deus externo ou acrediteis ser Deus, podeis admitir esses conceitos do mesmo modo. Podeis fortalecer-vos da mesma maneira e mudar a consciência.
JIM: Parece-me a mim que ele fala em termos dum Deus existente no exterior, mas na maioria é acerca de nos fortalecermos a nós próprios, e de sermos nós quem deve mudar... (Inaudível) A mensagem, o tema que endereça aos cristão seus seguidores é filtrada por entre o “Nós criamos a nossa própria realidade” e ainda que fale dum Deus externo, ele também se refere a nós como Deus que somos.
ELIAS: Sim.
JIM: A razão porque ele colhe tanta atracção prende-se com o facto dele pregar sobre a nossa mudança de consciência...
ELIAS: Por certo.
JIM: …Só que utiliza a religião Cristã de modo a apontar as massas e a torná-las responsáveis.
ELIAS: Sim. Por todo o lado as pessoas mudarão; ESTÃO a mudar. Elas oferecerão a si próprias informação de formas diversificadas, porém, elas estão a mudar, a despeito do modo como apresentam a informação a si próprias.
JIM: ...(Inaudível) Nove manifestações da Rosa. Que idade têm actualmente e será que estão a começar a afectar alguma coisa?
ELIAS: Elas afectam em termos de energia (consciência). Já expressei inúmeras vezes que estas crianças podem não alcançar notoriedade nem fazer-se conhecidas no vosso mundo. Mas essa não é a questão. Estas crianças afectam em energia e não necessariamente através de feitos notáveis.
Sim?
JOSHA: O meu sobrinho sofre de autismo, e dado o facto disso estar a acentuar-se cada vez mais... (Inaudível) A minha irmã... (Inaudível)
ELIAS: Isso será uma expressão difícil de assumir para a maioria, porque esses indivíduos escolhem experimentar a sua realidade de um modo bastante diverso. Com isso eles passam a distinguir-se como os aqueles que mais dirigem o seu próprio rumo, em extremo. Aquilo que gera uma dificuldade considerável é os outros tentarem dirigi-los porque isso gera uma energia de oposição – o que dá lugar à criação de luta.
A sugestão que darei àqueles que lidam com este tipo de indivíduos seria a de darem bastante apoio e o modo de darem verdadeiro apoio consistem em aceitarem ao invés de instruírem ou de se oporem, porque estes indivíduos rejeitam automaticamente essas acções. Não as encaram como sendo uma forma de auxílio nem apoio mas percebem-nas como uma forma de depreciação. Porque no final eles direccionam-se a si próprios e se perceberem que não lhes é permitido que dirijam o seu próprio rumo isso gera neles uma considerável frustração. Tal frustração pode expressar-se de inúmeras formas, que geralmente não são confortáveis.
JOSHA: Ele encontra-se num ambiente de grupo bastante estruturado. Ela tem-no... (Inaudível)
ELIAS: Eu diria que isso consiste numa perfeita receita explosiva.
JOSHA: Mais alguma informação que eu possa transmitir-lhe da tua parte, de forma... (Inaudível) Ela escolheu... (Inaudível)
ELIAS: Podes oferecer-lhe as minhas condolências pois ela está a optar por uma situação explosiva. Esses indivíduos não respondem pelo uso da força. Eles respondem no mesmo tom, e são excepcionais adeptos a igualar a energia aplicada.
FRAN: ...(Inaudível)
ELIAS: Talvez, ou talvez não. Porque, se não os instruirdes, se partilhardes duma percepção simplesmente diferente destituída de qualquer expectativa, isso pode auxiliar – mas sem a expectativa, porque no final é opção dela escolher aquilo que quiser adoptar. Mas por vezes os indivíduos podem gerar situações de que não gostam mas desconhecem o que fazer para as alterar, por se moverem em terreno que lhes é familiar. Se permitirem que lhes apresentem outras ideias, tal como todos vós encontrais em diferentes situações, isso pode proporcionar a sugestão duma via diferente que pode ser encetada e de que o outro podia não ter consciência, e adoptar a percepção de existir unicamente um modo de tratar e atender à situação. E jamais existe unicamente um modo. (Ri para dentro)
Sim?
VERÓNICA: Eu trabalho como professora… (Inaudível) Fui de férias e... (Inaudível) Fui instruída para proceder de determinado modo pelo corpo docente... (Inaudível) Todos os dias regressava a casa esgotada por ver que os alunos não estavam a responder. Se eles não utilizavam os próprios instrumentos como poderia eu esperar que usassem um comunicado do corpo docente como uma forma artificial de comunicação... (Inaudível)? Foi um arranjo financeiro entre a empresa de computadores e os estudantes. Eu dei o fora! Já não era capaz de suportar mais. Eventualmente acabei por retornar, só que não para aquela povoação.
ELIAS: (Ri para dentro) Sim?
CURTIS: Olá, chamo-me Curtis. Gostava de conhecer o meu nome da essência, família e alinhamento, se fazes o favor.
ELIAS: Nome da essência, Uceff. E que impressão tens quanto à família e ao alinhamento?
CURTIS: Sumari/Sumafi?
ELIAS: Correcto! Vou permitir mais uma questão.
JOHN: Será mesmo verdade que o autismo esteja a aumentar ou será que nós notamos mais isso... (Inaudível)?
ELIAS: Não, eu diria que nesta situação é correcto o facto dele estar a progredir. Existem diversos tipos de manifestação ou comportamentos que se acham presentemente em crescendo, na vossa realidade, facto esse que está igualmente associado com esta mudança de consciência.
Muito bem! Dirijo-vos uma tremenda apreciação a todos e estendo a minha energia a cada um individualmente, a encorajá-los nas vossas estadias e descobertas. A todos, meus caros amigos...
RODNEY: E obrigado, Elias.
GROUP: Sim, obrigado.
ELIAS: ...Au revoir.
GROUP: Au revoir.
(Elias parte após 1 hora e 6 minutos.)
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