Session 1695
Translations: EN DE ES

Tsunamis in Their Many Forms

Topics:

“Tsunamis nas Suas Múltiplas Formas”
“Dando Atenção à Preferência, à Oposição, à Diferença e ao Equilíbrio”



Sábado, 15 de Janeiro de 2005 (Castaic/Grupo)
Tradução: Amadeu Duarte

Participantes: Mary (Michael), Ben (Albert), Bobbi (Jale), Brad (Quinian), Carol (Theona), Cathy C (Shynla), Cathy S (Panniete), Christine (Kara), Daryl (Ashrah), Debi (Oona), Don (Allard), Douglas (Dona), Drew (Matthew), Ester (Ashule), Fran (Sandel), Frank (X-tian), George (Lanya), Gerald (Nethian), Greg, Gregoria (Angelina), Guin (Sofia), Howard (Bosht), Jo (Tyl), Jody (Katie), John (Salaan), Julie (Fontine), Karen (Ziva), Letty (Castille), Liam (Benny), Marcia (Sheenan), Marcos (Marta), Margot (Giselle), Nicolette, Pamela (Pviette), Pat (Fryolla), Patrick (Zelix), Paul H (Caroll), Paul T (Xutrah), Paula (Gloria), Ron (Olivia), Sabrina (Stencette), Sandy (Allesander), Sangshin (Fylo), Sharon (Camden), Sheri (Milde), Stella (Cindel), Stephen (Ahlalh), Victoria, Wendy (Myiisha), Will (Aldenn), Xanthia (Melissa)

ELIAS: Boa tarde!

GROUP: Olá e boa tarde, Elias!

ELIAS: Sejam bem vindos! Esta tarde vamos debater os tsunamis nas muitas formas que podem assumir, e vamos participar juntos neste debate – não sermão - a respeito do tema do modo como o percebeis e do que criais nos vossos próprios focos em meio aos vosso próprios tsunamis individuais que contribuem igualmente para os eventos de massas.

Portanto, em que consistirão as vossas realidades em associação com os modos como processais a vossa própria energia, e que notareis ter vindo a gerar que tenha criado uma participação no evento das massas?

DEBI: Condenação, espírito crítico – montes e montes de crítica, querendo afirmar-me como certa e ficar chateada por os outros não concordarem comigo.

DARYL: E ter vontade de corrigir os outros.

ELIAS: Ah, porque é claro que eles estão errados e é claro que estão avariados (da cabeça).

Vós tendes consciência de que criais a vossa realidade – quer em teoria quer em conceito. Já tivestes oportunidade de privar com muita da informação que já vos transmiti. Intelectualmente entendeis os conceitos, mas estareis efectivamente conscientes do tipo de energia que estais de facto a projectar? Tereis consciência efectiva de que o vosso eu individual gera uma contribuição para com o todo da consciência em meio a toda a acção que executais e com cada expressão de energia que assumis?

Vós não sois únicos nem exclusivos. Pensais ser tal coisa, só que não o sois. Vós gerais a manifestação duma forma corporal, mas não estais desligados do vosso universo todo nem da consciência toda, e participais em conjunto uns com os outros. Gera-se uma troca de energias que se opera entre vós a todo o instante. Quer tenhais ou não uma consciência objectiva dessa permuta de energia, a realidade é que ela ocorre continuamente.

Quer estejais fisicamente a participar num local em que se dê um evento de massas ou não, isso não quer dizer que não participeis, e o facto de terdes consciência da ocorrência desse evento não quer dizer que não estejais a participar.

A vossa energia é projectada continuamente. A razão porque referi tantas vezes durante o ano passado - em associação com a onda da consciência que presentemente se endereça às verdades - ser significativo ter consciência do tipo de energia que estais a projectar, consiste no facto dessa energia ondular para o exterior por intermédio da consciência e ao longo do vosso mundo todo.

Permiti que vos recorde, uma vez mais, que não se pode gerar um evento de massas sem os indivíduos que as compõem. O indivíduo representa o elemento mais significativo da massa, e aquilo que cria um evento de massas é o facto de muitos indivíduos projectarem energias semelhantes que se movem em direcções semelhantes. Por isso, que é que percebereis nas vossas realidades que tenhais vindo a criar nas vossas ondas – nas vossas ondas mais alargadas?

Este evento de massas não constituiu nenhum acidente. O modo como se apresentou foi bastante preciso e intencional. Ele foi gerado nos termos dum poder formidável de energia que irrompeu de modo a gerar uma enorme onda – ou várias. A escolha quanto ao tipo de onda foi bastante preciso, por corresponder ao que estais a experimentar, esta onda que trata das verdades. Apesar de serdes intelectualmente capazes de expressar que compreendeis o poder da intensidade dessa onda particular, olhai agora para a vossa onda física e percebei a eficácia e o poder que comporta. Essa onda é tornada insignificante em comparação com esta onda com que vos ocupais e em que tendes vindo a tomar parte há já algum tempo – e ainda está a crescer. (riso de falta de à-vontade seguido dum murmúrio)

STELLA: Há por aí algum sítio onde me possa esconder? (riso)

ELIAS: Ah! Bom, isso gerou uma certa atenção, não foi?!

Essa onda não se está a dissipar; pelo contrário, está a sofrer um incremento. Aquelas ondas formadas por água que pudestes presenciar parecer-vos-ão uma pequenina ondulação em comparação com esta onda que vos está a afectar o mundo todo, e vós estais TODOS a tomar parte nela. Agora, no modo como participais é que reside a questão. De que modo estareis a gerar energia e que tipo de energia estareis a gerar? Estareis a gerar uma energia que esteja a contribuir para esse tipo de experiência, ou estareis a conseguir equilibrar-vos?

Posso-vos dizer que a maioria de vós não está a alcançar um equilíbrio. A maioria de vós não está necessariamente a experimentar conflito, porque muitos de vós não estais a experimentar conflito, mas sim confusão e esforço e resistência.

PAMELA: Opressão.

ELIAS: E dificuldades.

Nesse sentido, estais a apresentar a vós próprios as experiências que fazeis das vossas verdades. De que modo estareis a dar-lhes atenção e de que forma estareis a reagir-lhes? E nesse sentido, que tipo de energia estareis vós a expressar? O que teve lugar no vosso evento físico de massas não foi apenas gerado pela energia dos indivíduos que se achavam fisicamente envolvidos.

CAROL: Senti ter representado um reflexo da energia do Iraque, como que numa situação de não mais poder ser contida, pelo que terá ido além…

ELIAS: Não. Vou-vos dizer que esta onda se revelou bastante significativa. TODOS aqueles que tomaram parte nesse evento físico na altura em que se desprenderam tinham consciência daquilo que estavam a escolher. TODAS as pessoas que se separaram nesse evento de massas tinham igualmente consciência da intenção da sua criação e do que seria concebível que ele estivesse a manifestar. O que não é vulgar.

Ocorrem eventos de massas e muitos participam, e na altura do seu desprendimento ou morte, eles tomam consciência da escolha que efectuam no sentido de se desprenderem, só que podem não ter consciência objectiva daquilo em que estejam a participar. Esses indivíduos tiveram consciência (e continuam a tê-la) do que terão escolhido e da razão porque o terão escolhido, e daquilo em que estavam a tomar parte.

Eu tenho vindo a referir faz tempo a existência duma espantosa energia de polarização que está a ter lugar e que tem vindo a sofrer um acúmulo e tem vindo a expandir-se e a intensificar-se. E a somar à polarização, tem vindo a gerar-se uma espantosa expressão e energia de oposição que se tem vindo a gerar ao longo do vosso mundo todo.

Nesse sentido, esses indivíduos escolheram expressar juntos e no colectivo uma energia a fim de criarem um impacto no meio físico que gerou essas imagens do tipo de ondas, e escolheram participar na acção que escolheram de se desprenderem a fim de enviarem uma mensagem ao resto de vós e de recordar o apreço e a cooperação, e de estabelecerem uma razão para a criação dessa acção ou co a intenção de instigarem essa acção da cooperação ao invés daquela da oposição, a acção da gratidão ao invés daquela da polarização, a fim de vos recordar do que valeis.

Tenho consciência, tal como vós tendes consciência, de que valorizais expressões bastante diferenciadas, mas um elemento na vossa realidade física que tendes em elevada estima é aquilo que defenis como vida. Sejam quais forem as diferenças que vos caracterizem, os conflitos que experimenteis ou as filosofias que abrigueis, todos vós partilhais a afinidade do apreço que sentis pela vida. E o facto do afastamento de tão elevada expressão de vida da vossa realidade causado por uma onda gerou um impacto considerável. Vós estais a prestar atenção assim como o vosso mundo está a prestar atenção, não só os indivíduos que mantêm diálogo comigo e se reúnem neste fórum e privam com esta informação. (Com humor) A qual, obviamente traduz uma informação da mais elevada ordem (riso), porque é claro que eu constituo a entidade mais elevada. Estais à vontade para me adorar! Porque é claro que eu sou Deus! (riso)

Mas nesse sentido, todos vós, na qualidade das entidades mais elevadas que sois, valorizais as vossas manifestações e valorizais-vos uns aos outros. Mesmo que não gosteis uns dos outros, valorizais-vos uns aos outros, por valorizardes aquilo que tem significado, e o significado é o da vossa vida.

STEPHEN: Elias, quando este evento sucedeu, senti imenso conflito por ter consciência de que o mundo iria prestar muita atenção ao mesmo e iria ceder muito dinheiro, só que não presta tanta atenção a ocorrências com a de 800 000 pessoas a morrer no Rwanda ou em alguma outra parte do mundo. Senti que fosse injusto que prestassem atenção a isto que sucedeu e não prestassem atenção a mais nada.

ELIAS: Deixa que te diga, meu amigo, que isso envolve uma comparação, antes de mais. E a comparação constitui um descrédito e uma crítica automática. Além disso, pode representar uma das verdades que estais a experimentar, a da justiça – o que seja justo e o que não seja.

Essa é a intenção desse evento de massas, o de enfatizar o facto de estardes a tomar parte nesta onda que se direcciona no sentido das verdades, o que constitui apenas as verdades que estabelecestes como absolutos; mas que para vós constituem verdades, apesar de não representarem necessariamente uma verdade para outro indivíduo.

Isso não quer dizer que a vossa verdade seja certa ou errada ou que a verdade do outro seja correcta ou incorrecta; ela é correcta para vós. Mas não é errado que o outro indivíduo ou que muitos indivíduos expressem diferença, e aí é que reside a questão.

O que terá gerado uma polarização tão medonha em conjunção com a presente onda que se endereça às verdades? A diferença. É isso que estabelece a polarização.

A razão porque estais a gerar tal polarização associada às diferenças poderá parecer-vos inicialmente contraditória. Estais a tomar parte nesta onda que se endereça às verdades, pelo que deveríeis reconhecer que as vossas verdades não constituem uma verdade e não devíeis expressar condenação. Mas que terá sido que vos referi desde o início desta onda particular? Não é uma onda que venha a receber uma atenção intelectual mas por intermédio do campo empírico (da experiência). Se for atendida de forma empírica, estareis a experimentar as vossas verdades.

Tu estás a vivenciar a tua irritação ou frustração em relação ao que percebes como sendo uma falta de justiça, por isso representar a TUA verdade. Mas, qual será a reacção automática que haveis de apresentar às vossas verdades se vos deparardes com a diferença? A da oposição.

STEPHEN: Condenação.

ELIAS: E isso é o que está a gerar esta polarização, por constituir uma reacção automática, opor-se a qualquer diferença que vos ameace a vossa verdade ou que se oponha à vossa verdade. A reacção automática será a de compatibilizardes energia, e isso traduz a intenção do que foi expressado por todos aqueles que tomaram parte nesse evento de massas - o de prestardes atenção.

PAT: Elias, terá a área geográfica do mundo onde isso se deu algum significado, e porque razão se terá dado lá e não aqui?

ELIAS: Tem. O significado é o de que desse modo envolva mais o vosso mundo. Representa uma localidade física que é rica pelos laços comerciais que estabelece com muitos, muito, muitos países. Além disso também é uma área para onde viajais muito e onde se verifica um grande influxo de indivíduos provenientes de muitas outras áreas do vosso mundo. Por isso deveria causar um profundo impacto não apenas num país mas em muitos, pelo que se faria notar bastante.

GEORGE: Oh meu deus… (riso)

ELIAS: Sim? (risada)

GEORGE: O que é interessante é que quase nenhum animal pereceu em meio a esse evento.

ELIAS: Precisamente! O que é bastante significativo, mas não invulgar, por ser natural. A que pensas que isso se deva?

GEORGE: Ao facto de termos perdido um sentido que eles ainda preservam?

ELIAS: Não, vós não perdestes esses sentidos. Apenas não lhes prestais atenção e não prestais atenção ao que estais a criar por intermédio da energia, e gerastes uma tal separação entre vós e tudo aquilo que criais, que perfaz a vossa realidade toda, o vosso universo todo, o vosso planeta, o vosso meio ambiente, a vossa atmosfera. Tudo o que se situa na vossa realidade – TUDO o que se situa na vossa realidade – é criado por cada um de vós, individualmente, só que estabeleceis essa crença na separação, a qual procede à instauração duma separação real entre vós e o vosso meio ambiente. O vosso ambiente é meramente uma extensão de vós.

As vossas criaturas têm conhecimento disso e experimentam-no, e as vossas criaturas reconhecem a turbulência na sua atmosfera e escolhem deixar de participar em tal acção, e têm conhecimento disso estar a ser criado pela vossa energia. Por isso, eles partem e saem ilesos. Por não ser a sua energia que está a gerar esse evento de massas, mas a VOSSA, que o está a criar. Não é necessário que as vossas criaturas tomem parte. Elas já se encontram a cooperar; elas já estão a revelar apreço.

GEORGE: Ainda assim, elas possuirão conhecimento?

ELIAS: Não.

PAT: Com isso em mente, Elias, com as torrentes de lama massivas que tivemos recentemente na Califórnia, muitos animais foram afectados e acabaram sepultados na lama, alguns deles descobertos junto às suas famílias, quase como que a protege-las. Porque razão essas criaturas terão escolhido…?

ELIAS: Esse foi um evento diferente.

PAT: Não existe relacionamento entre os dois?

ELIAS: Não. Isso deve-se à vossa localização. Já falei sobre esta localidade física e outras anteriormente. As pessoas habitam e escolhem habitar em localidades físicas que os leva a repercutir a sua energia. Vós repercutis uns com os outros. Gerais uma parecença, uma similitude na energia, que é o que vos cria o ambiente.

Neste local físico vós gerais extremos, e aqueles que habitam nesta localidade física geram uma energia de extremos. Poderá não vos parecer estardes a gerar extremos, por ser natural e ser o que designais como normal. Por isso não o percebeis como extremos, mas as vossas energias em conjunto geram uma intensidade e o vosso ambiente reflecte isso. Trata-se dum ambiente de drama.

PAT: De volta às criaturas – como terão chegado a não decidir partir?

ELIAS: Porque as criaturas habitam igualmente neste meio e acham-se ligados a vós e estão a participar junto convosco.

Esse evento foi designado a fim de expressar uma mensagem. As criaturas que se acham nessa área já entendem a mensagem. Elas já estão a experimentar a mensagem. Por isso, não existe necessidade delas participarem no evento de massas.

As criaturas que habitam nessa área, nessa localidade que habitais, fazem parte do vosso meio ambiente; elas são parte de vós. Vós não estais continuamente a fazer passar uma mensagem a vós próprios. Apenas estais a gerar o vosso fluxo natural de energia, o qual o vosso meio reflecte por meio dos extremos e do drama. O que não significa que seja mau; vós desfrutais mais da excitação do que outros indivíduos noutros locais. Por isso, isso é o que criais e é reflectido igualmente no vosso ambiente. Outras localidades podem não usufruir desse tipo de excitação, na decorrência do que deixam de criar tal coisa.

Mas o ambiente, os movimentos ou aquilo que chamais de desastres ou mesmo padrões atmosféricos, tudo isso é criado por vós no colectivo. É orquestrado colectivamente pelas massas dos indivíduos que habitam nessas áreas em particular.

Por isso, pergunto-vos uma vez mais: de que modo ESTAREIS a participar no tsunami? Que estareis a criar na vossa realidade que esteja a criar polaridade ou oposição?

NICOLETTE: Para ser sincera, penso que teria que responder que a minha participação consiste numa chamada de despertar, e o juízo crítico que estabeleço é o de que precisamos despertar e talvez alguma coisa assim pudesse causar um despertar.

ELIAS: Muito bem. Estou ciente de que alguns de vós possam não estar necessariamente a gerar extremos no contexto desta época, e possam não estar necessariamente a gerar muita oposição. Podeis estar a dar os vossos passos no sentido do equilíbrio e podeis estar a apresentar a vós próprios algumas das vossas verdades e estar a compreendê-las.

Nisso reside a questão, no facto de que, quer estejais ou não a gerar uma energia de oposição, o que importa é que vos permitais mover rumo a um reconhecimento daquilo em que consistirão as vossas verdades e do modo como as expressais. Porque, apesar de termos falado sobre essas verdades muitas vezes elas revelam-se mais evasivas ou inapreensíveis do que pensais, por ser terem tornado de tal modo em absolutos inquestionáveis que não as percebeis. É por isso que esta onda se está a expressar através da experiência, além de ser a razão porque é significativo prestar atenção às vossas experiências e ao que estais efectivamente a fazer.

STELLA: Elias, penso que seja isso que está a acontecer comigo. É nesse sentido que me direcciono, não é? Preciso que me valides isso! (ri, junto com o Elias) Penso que é nesse sentido que me encaminho.

ELIAS: Para onde é que te encaminhas?

STELLA: No sentido de chegar a pôr um termo na oposição e de expressar uma maior cooperação e de me tornar no anjo que sempre quis ser! Essa é a experiência porque passo de momento. Estou a passar por um bocado difícil, a sério que estou. Mas penso que com os maus momentos porque estou a passar me esteja a aproximar da área do sentido de reconhecimento, não pensas?

ELIAS: Se reconheceres as tuas próprias verdades e se reconheceres as tuas expressões naturais de energia, e te permitires passar a equilibrar mais com isso.

STELLA: Desculpa, Elias, mas ontem disseste-me que não tinha que me equilibrar. Devo ser a única! (riso) Não tenho que alcançar o equilíbrio.

ELIAS: Ah, mas o equilíbrio a que procedes é feito por intermédio dos extremos!

LETTY: Mas isso é formidável!

STELLA: Mas… espera aí! (riso) É por isso que não preciso de me esforçar por alcançar o equilíbrio.

ELIAS: Porque o equilíbrio que obtendes é conseguido por intermédio dos extremos.

STELLA: Pois, porque estava preocupada e a pretender efectivamente fazer por me equilibrar. Agora não preciso fazer isso – eu só queria esclarecer isso. Todos o poderão fazer, excepto eu! (riso)

ELIAS: Muito bem, Cindel. Não te ocupes do equilíbrio e ocupa-te (em vez disso) com os teus extremos, e logo veremos. E talvez cheguemos a voltar a conversar um com o outro mais cedo do que pensas! (Ri de forma estrondosa)

CAROL: Eu dou por mim a interessar-me de verdade pelas resoluções do conflito e pela meditação, e a perceber estar a ser capaz de fazer isso. Eu estive com os meus parentes conservadores que estão cheios de dinheiro e de valores conservadores e tomei consciência de que eles vivem em mim. Acabei por perceber uma outra parte de mim. Toda essa gente e todos esses pontos de vista soam como se tivessem assento em mim, pareço ser o republicano e todas essas… Por isso passei a interessar-me pela resolução do conflito. A nossa comunidade acha-se bastante polarizada, só que me parece que consigo perceber isso, o facto de ser todos eles.

ELIAS: Justamente.

CAROL: Não precisei ir a um nem ao outro, eu fui somente capaz de meditar.

ELIAS: Sem a expectativa de mudar os outros, exacto. Muito bem.

JOHN: Elias, eu tenho vindo a gerar o meu propósito de atingir um equilíbrio nos meus objectivos, e dou por mim a criar sem manifestar a minha verdadeira realidade, na qual desejaria centrar-me.

ELIAS: Que diz respeito ao quê?

JOHN: Que passa pelo cumprimento da missão que tenho em mente.

ELIAS: Mas em que consiste essa tua missão?

JOHN: A minha missão consiste em curar.

ELIAS: Ah. Curar o quê?

JOHN: Curar os outros, a fim de exercitar os dons que me foram concedidos. Só que não se têm manifestado e não sei porque razão. Tenho vindo a operar em todas as áreas, creio.

ELIAS: Mas a razão porque geras obstáculos deve-se ao facto de gerares igualmente expectativas.

Tu podes tomar o rumo da cura e estabelecer muito sucesso com isso, só que o modo como alcançarás o sucesso será através do reconhecimento de não curares outro indivíduo nem nenhuma expressão da consciência mas estares a cooperar junto com outro e esteres a estender-lhe a tua energia de apoio, sem gerares uma expectativa de que a energia que lhe estendes venha a ser recebida e configurada do modo que pretendes mas sim recebida e reconfigurada do modo que ele deseje, o que poderá não estar necessariamente em conjugação com o que tu desejas. Ao te permitires gerar uma cooperação genuína com outra pessoa sem abrigares expectativas tu passas a projectar um tipo de energia bastante diferente, um que passa a ser recebido por ela e que pode passar a encorajá-la a gerar a sua própria cura.

O outro aspecto disso é que, ao tentares transmitir instruções e ao tentares corresponde e ao gerares expectativas tu atrais a ti diferentes tipos de indivíduos, e não necessariamente aqueles que desejarão genuinamente cooperar e curar-se duma forma autêntica. Atrais a ti indivíduos que se movem dum modo reflectivo em relação a ti e com base na expectativa, indivíduos que não desejarão necessariamente curar, pelo que configurarão a energia de um modo diferente, e a configuram de um modo que reflectirá as tuas expectativas, de forma a poderes perceber o teu próprio anseio e desse modo possores efectivamente reconhecer o que estás a operar.

Agora; se te passares a expressar de outro modo e te permitires criar uma cooperação genuína com outro indivíduo e apenas partilhares – partilhares a tua energia e a tua energia em liberdade junto com ele, sem alimentares qualquer expectativa, mas permitires que ele receba essa energia do modo que ele escolher – hás-de incorporar muito mais sucesso e hás-de atrair muito mais de volta a ti.

GEORGE: Elias, se me dás licença, parece-me que a aceitação equilibra bastante esses extremos, pelo menos no meu caso. Assim que a aceitação se instala, a condenação esvai-se. Enquanto permanecermos abertos e apenas deixamos acontecer de algum modo, isso passa a apresentar-nos muito menos conflito no caminho.

ELIAS: Sim.

GEORGE: Não há energia alguma a combater.

ELIAS: Sim, a aceitação constitui uma chave, só que por vezes a aceitação pode constituir um desafio, se colocardes diferenças significativas diante de vós que vos despolete as vossas próprias verdades e gere uma ameaça. As diferenças geram uma ameaça automática e se a diferença for o que designais como sendo de suficiente monta, o emprego da expressão da aceitação pode tornar-se num desafio.

Essa é a razão porque é importante perceber aquilo em que as vossas verdades consistem e por isso também incorporar a capacidade de identificar essas diferenças e a razão porque vos desencadeiam isso no íntimo, com o que podeis gerar uma consciência no vosso íntimo, uma chamada de atenção em relação ao facto das vossas verdades constituirem uma verdade para vós e constituirem os vossos princípios. Por isso, para vós são acertadas e correctas.

A duplicidade não está a ser mais eliminada do que qualquer outra suposição ou crença. É expressada de modo diferente, está a ser usada de modo diferente, só que não está a ser eliminada. Vós continuais a incorporar as vossas opiniões e as vossas preferências. Eu referi isso desde o começo deste fórum. Mesmo depois da mudança de consciência e quando fordes polivalentes na aceitação haveis de continuar a incorporar as vossas opiniões e as vossas preferências e os vossos princípios, porque isso é um elemento da singularidade, da exclusividade de cada um de vós.

Mas a expressão do bom e do mau e do certo e do errado sofrerá uma diferença, porque haveis de aplicar isso a vós próprios e não necessáriamente aos outros. Podeis deparar-vos com acções ou com escolhas promovidas pelos outros e podeis expressar para convosco não concordar ou que não gostais delas, não as preferirdes, e reconhecerdes que a vossa escolha é a de continuardes com os vossos princípios. Por isso, VÓS não vos expressareis desse modo por não constituir uma preferência vossa, só que não incorporareis o juízo critico em relação ao outro no caso dele optar por expressar-se de um modo particular. Esse é o significado de ter consciência das vossas próprias verdades e de reconhecerdes que elas só são verdadeiras para vós.

DREW: Posso colocar uma pergunta acerca da criação da nossa realidade?

ELIAS: Podes!

DREW: É bom estar a interagir objectivamente contigo, uma vez mais.

ELIAS: Assim como contigo.

DREW: Recentemente explicaram-me isso de um modo que ainda não tinha entendido, mas antes de o aceitar como a versão menos distorcida, queria que fosses tu a dizer-mo.

ELIAS: Muito bem.

DREW: Em termos de interacção com alguém por acordo, foi-me explicado que o acordo do outro indivíduo consiste num acordo de cedência de energia a nós e que essa energia ou aquilo que encararia objectivamente como a pessoa, as palavras que profere, as acções que executa, tudo o que a pessoa faz é criado por mim.

ELIAS: Exacto.

DREW: Tudo o que ela diz, tudo aquilo que ela faz, as palavras que lhe saem da boca…

ELIAS: Correcto.

DREW: … constituirá, na minha realidade, as minhas palavras?

ELIAS: Sim, mas tu estás a interagir directamente com a energia.

DREW: Mas eu sou o realizador da fita.

ELIAS: Sim.

DREW: E o guionista.

ELIAS: Sim.

GEORGE: E o actor.

ELIAS: Sim.

PAT: Nesse caso, quem serás tu?

ELIAS: Tu estás directamente a interagir com a energia do outro, ou no caso presente, com a minha energia. A minha energia está a ser directamente projectada para ti através desta interacção. Tu recebes essa energia e configura-la de forma semelhante à que eu estou a projectar para ti, em grande medida. Porque, tal como já tive ocasião de expressar muitas vezes, e falando em termos gerais, vós não reconfigurais automaticamente a energia, só que por vezes fazeis isso.

Por isso, expressemo-nos de uma forma geral. Eu projecto-te a minha energia. Tu recebes essa energia, configura-la, geras a manifestação física actual do Michael e de mim próprio a falar-te por intermédio da forma do Michael. Tu emprestas realidade às palavras, concedes realidade à coisa, e crias toda a configuração da coisa tal como estás a conceber a realidade de cada indivíduo neste compartimento.

DREW: E tudo aquilo que me dizem constitui as palavras cuja realidade lhe concedo.

ELIAS: Não as palavras que lhes concedes – tu não lhes concedes cada palavra que proferem; tu estabeleces todas essas palavras em associação com a imagem a partir da qual as palavras são projectadas.

DREW: Mas o guião é da minha autoria.

ELIAS: Sim, mas o espantoso da precisão e da perfeição do guião dessa peça que encenas e de todas essas palavras que apresentas a ti própria é que tu escolheste especificamente esse indivíduo com quem interages em vez de biliões de outros nesse momento a fim de te expressar essas palavras, porque tu escolheste esse indivíduo em particular, por teres atraido a energia dele a ti ao invés de qualquer outro no teu mundo – esse.

DREW: É o casting (distribuição de papeis numa peça)

ELIAS: Sim.

DREW: Obrigado.

ELIAS: Não tens de quê, minha amiga.

Vamos fazer um intervalo e em seguida já prosseguiremos.

INTERVALO


ELIAS: Muito bem. (pausa) O modo através do qual podeis descobrir o vosso propósito é através do exame de todas as vossas experiências ao longo do vosso foco, deste o início, não apenas agora mas durante o vosso foco completo. Nesse sentido, ao examinardes as direcções que tomastes e as opções que elegestes ao longo do vosso foco, podeis descobrir o tema que ele expressa.

O tema não constitui necessariamente uma direcção distinta, mas é aquilo que motiva todas as vossas direcções mais específicas. Por isso, todas as direcções que tereis empregue durante o vosso foco todo de algum modo deve estar relacionado com esse tema geral.

É significativo que as pessoas descubram o seu propósito por si próprias, por isso ser uma acção que vos oferece uma informação significativa respeitante a vós próprios e vos ajudar a familiarizar-vos mais convosco próprios e com as motivações que vos impelem e com aquilo em que reside o vosso desejo neste foco em particular, o que a vossa exploração traduz neste foco, o que também explica muitas das motivações que tendes em meio às mais diversas situações e aquilo que atraís a vós e a razão porque o atraís a vós, por estar associado ao vosso propósito.



PAUL H: Elias, gostava de te perguntar, a partir da perspectiva que tens, se essa essência do Kris que é canalizada pelo Serge Grandbois, a que (família espiritual) pertence... Ou de que modo categorizarias o propósito dessa essência do Kris? (pausa)

ELIAS: O grupo ao qual de algum modo pode achar-se associado ou ao qual pertence pode não estar associado a estas famílias da essência, pelo que não seria relevante para esta dimensão física em particular, por não fazer parte dum grupo de participação directa com esta realidade física. Isso não diminui a escolha que ele elege em participar na comunicação com os indivíduos desta realidade física.

Posso-te dizer que podes interrogar essa essência acerca do seu propósito em asssociação com a interacção que exerce convosco no foco físico. Essa essência é suficientemente capaz de se fazer explicar por si própria e de sugerir informação relativa à direcção que toma e à sua participação.

PAUL H: Já coloquei essa pergunta e isso está registado nos anais das Crónicas do Kris. Assim, e dando continuidade, tu falaste anteriormente sobre bancos de consciência. Categorizarias, nesse caso, o foco inato que o propósito do Kris toma como – ao que pertence talvez seja relevante para a pergunta que coloco – mas pertencendo a um banco de consciência que seja diferente daquele em que se focam as nove famílias da essência?

ELIAS: Sim. Estou consciente da escolha de o definir como um grupo, o que consiste apenas numa diferença de termos, o que não tem importância. Só não se acha associado a estas nove famílias particulares, as quais efectivamente nem sequer constituem famílias, como já terei explicado. Mas essa é a opção quanto ao termo que empreguei.

PAUL H: Então quando ele emprega a troca de energias com o Serge, a tradução dessa energia assume uma característica dessas nove famílias. Ele disse isso, mas não recordo a exacta afiliação que ele terá empregue.

ELIAS: Estou a compreender.

PAUL H: …Mas então isso mantém-se válido, quando essa troca de energias ocorre nesta dimensão através do Serge, passa a assumir uma característica de algum tipo inerente a essas nove famílias?

ELIAS: Estou a compreender. O que é admissível, porque toda a essência que escolha empreender uma troca de energias com um indivíduo que participe neste foco físico escolhe o modo de configuração da energia e de filtragem dessa energia por intermédio de camadas que a tornem compatível convosco e com aquilo que conheceis, e passará a gerar qualidades de energia que sejam reconhecíveis e compreendidas por vós. Porque se não o fizessem não prestaríeis atenção ou então não sentiríeis qualquer motivação para vos relacionardes. Por isso, constitui um método que visa facilitar a configuração de energia de modos que sejam tragáveis pela vossa realidade física e isso incorpora igualmente algumas qualidades que empregais e que compreendeis.

Tal como expressei no meu caso, na consciência e nas áreas não físicas da consciência a emoção revela-se desnecessária pelo que não é expressada. A emoção associa-se à vossa realidade física como um dos planos básicos desta realidade. Trata-se duma qualidade que todos vós expressais e também se acha associada à utilização duma percepção objectiva.

Nas áreas não físicas da consciência não existe qualquer percepção objectiva, mas existe na vossa realidade física e existe uma utillização da emoção. Tal como haveis de ter consciência, eu usei duma interacção prévia com um pequeno grupo de indivíduos no qual apresentei um aspecto de mim próprio destituído dessa expressão.

(Elias está provavelmente a referir-se à sessão 155, de 24/02/97. Esse aspecto destituído de emoções foi aprofundadamente debatido na sessão 156, de 02/03/97)

STELLA: Eu não gostei.

ELIAS: Não gostaste mesmo.

STELLA: Oh não, era horrível. (riso)

ELIAS: E nenhum daqueles que tomaram parte nessa interacção particular compreenderam a informação ou sequer se recordam de alguma informação e não se satisfizeram com a interacção.

STELLA: Não, era piegas! (riso)

ELIAS: Isso foi oferecido a título de exemplo, para quantos participaram, de que nas áreas não físicas da consciência a emoção não constitui uma expressão que seja empregue e de que isto constitui uma filtragem. O emprego que falo da emoção ou do humor, junto de vós, e o modo como me apresento a vós é propositado, por ser um modo que podeis compreender. Tem sido um pedido da vossa parte que eu participe convosco, e por isso a escolha é a de incorporar o modo mais eficietne de responder a esse pedido, de modo a poderdes entender e com o qual possais estabelecer um relacionamento.

DREW: Mas não brotará tudo do amor? (pausa)

ELIAS: “Brotar do amor”. Essa é uma terminologia interessante, a qual deve implicar que o amor seja uma coisa a partir da qual todas as demais sejam criadas. (pausa)

Sim e não. Porque o amor não é uma coisa, é antes uma expressão. Trata-se duma qualidade, uma forma de conhecimento, e uma acção de apreço. O conhecimento e o apreço, isso é amor e isso é igaulmente uma qualidade da consciência. É uma qualidade inata inerente à consciência.

Mas a consciência tampouco é uma coisa. É uma acção. Mas sim, tudo é criado enquanto consciência, não a partir da consciência mas enquanto consciência, por variados modos – o que inclui igualmente a forma. Por isso, enquanto qualidade e acção da acção da consciência, sim, é uma qualidade inata implícita a tudo que é expressado enquanto consciência, mas não, não brota tudo do amor.

DREW: Mas é A sua qualidade inata, não é?

ELIAS: É uma das qualidades inatas.

PAUL H: Tu disseste que o amor é uma verdade, no sentido “Absoluto e universal”.

ELIAS: Sim, mas a realidade é outra.

STELLA: Elias, estávamos a falar do amor. Serás capaz de brincar junto comigo por um bocado? (riso) Vamos só brincar juntos, está bem? Tomei parte numa boda e encontrei aquela pessoa… A razão porque estou para aqui a dizer isto é que ela não to vai perguntar, pelo que assumo a responsabilidade de te perguntar só que não assumo a responsabilidade que lhe cabe…

LETTY: Não sou eu! (riso)

STELLA: …Aquilo que estou a fazer deve-se ao facto de ser curiosa, pelo que é por uma questão de curiosidade – simplesmente! Então encontrei aquela mulher, que permenecerá anónima e também vi aquele indivíduo e eles estavam a dançar, e na verdade percebi faíscas quando eles se apoiavam um no outro ao dançar. Eu não estava embriegada (riso) e pensei no quanto isso era interessante. Após tudo ter terminado ela foi embora e ele ficou e eu disse: “Tu vais ter que dar continuidade a isso porque eu percebi chispas entre vós, pelo que definitivamente tendes alguma ligação.” Ele pressentiu que alguma coisa se teria passado ali, pelo que trocaram números de telefone e assim. Mas agora deu-se tudo ao contrário e eles já não gostam um do outro. Por isso, aquilo que quero perguntar é: Que terá acontecido às chispas?

LETTY: Que terão representado?

STELLA: Tudo é composto de propósito e de razão. Poderás dar-me isso a conhecer? Ainda existirão chispas?

ELIAS: Talvez, mas isso depende dos indivíduos. Aquilo que percebeste foi uma expressão duma ligação existente entre os dois, uma forte ligação e um reconhecimento vigoroso um do outro. Mas lembrem-se que cada um gera as suas próprias escolhas e os seus próprios rumos.

Podeis deparar-vos com uma alma gêmea num foco e sentir-vos repelidos por ela. Depende das vossas escolhas e da direcção desse foco particular. Apenas o facto dum indivíduo possuir uma ligação com outro indivíduo, a despeito do vigor dessa ligação, não serve necessariamente de indicador de que o indivíduo deva prosseguir com algum tipo de envolvimento com o outro nem sequer que possam desejar tal coisa.

STELLA: Mas que é que tu pensas neste caso? Pensas que deviam ou não?

ELIAS: Não é uma questão de dever ou não. A sugestão que daria seria no sentido de ambos reconhecerem apenas o facto de possuirem uma ligação, mas de prestarem atenção a si próprios e genuinamente se permitirem mover no sentido da sua vontade.

WILL: Elias, tenho uma pergunta que vem de certo modo na continuidade disso mas também está relacionada com a pergunta que colocaste. Eu estava a reflectir no modo como gero oposição na minha vida, o que foi a pergunta que ouvi colocares-nos anteriormente. Aquilo em que estou a pensar é que, quando parece que não consigo compreender inteiramente ou não consigo adoptar a minha preferência, passo a gerar oposição. Por isso, na resposta que desta à Stella relacionada com aquilo que eles desejarão, se não tiver a certeza em relação àquilo que quero, nesse caso crio oposição. Essa é uma das fontes da oposição.

Um dos exemplos de que disponho em particular é o do emprego, o da organização e de como isso corre. Eu estava a trabalhar num novo cargo só que a organização não procedeu desse modo. E nos últimos quatro ou cinco meses tenho vindo a sentir-me frustrado com a organização e a culpá-la por não proceder à criação desse cargo. Esse seria um posto que eu potencilamente poderia assumir, só que tomo consciência de abrigar uma ambivalência em relação ao facto de querer tal cargo ou mesmo quanto ao facto de o cargo dever passar a existir. Eu estou em oposição e isso torna-se numa fonte de frustração. De qualquer modo, estou a experimentar isso na medida em que o estou a criar.

ELIAS: Sim, esse é um excelente exemplo. É um modo das tuas vontades assim como de teres consciência de ti próprio e do que estás a gerar e do rumo que estás a escolher. Nesse sentido, não é uma questão de dever ou de deixar de dever. É uma questão de definir aquilo que queres com clareza e de te permitires a liberdade de estabeleceres isso e de o criares atavés da cooperação ao invés da oposição, a qual gera uma densidade e estabelece uma maior dificuldade para qualquer um de vós na criação do que quereis.

Só que muitas vezes o desafio reside no próprio querer e na criação de clareza em relação ao que quereis. Muito procuram chegar a uma definição do que querem através da eliminação daquilo que não querem, dum processo de eliminação, na esperança de que isso lhes revele aquilo que querem. Muitas vezes são mal sucedidos nesse processo. Apenas são bem sucedidos na definição precisa do que não querem.

A avaliação daquilo que tendes e do que percebeis que vos falta que preciseis adquirir pode tornar-se de algum modo numa ajuda na descoberta daquilo que realmente quereis. Nesse sentido, ao começardes a avaliar aquilo que realmente possuís e o que já estais a fazer ou a gerar também podereis expressar uma maior clareza em relação ao que realmente quereis. Porque aquelas expressões que pensais querer, se vos interrogarem em relação ao que já tendes e ao que estais já a fazer, podeis descobrir que aquilo que pensais querer já possuís ou já o estais a gerar e nesse sentido vós propondes a vós próprios uma maior clareza.

Também vos pode proporcionar uma maior clareza a avaliação do que quereis mas não em termos necessariamente de coisas. Na maior parte dos casos as pessoas não desejam necessáriamente coisas. Apenas desejam certas coisas por perceberem que se as possuirem isso lhes transferirá a capacidade de criar o que realmente querem.

Uma das coisas mais comuns que as pessoas pensam querer é dinheiro, porque o dinheiro consiste na resposta para tudo que vós desejais. Porque, se dispuserdes de dinheiro, também podereis ter poder, podereis dispor de tempo, podereis expressar liberdade e podereis permitir-vos avançar tal como desejais, e podereis começar a tornar-vos autónomos, podereis usar o conhecimento e a posição e o apreço dos demais assim como gozar da vossa própria estima.

É interessante o modo como essas moedas e pedaços de papel são tão poderosos e geram uma tal acção mágica a ponto de poderem proporcionar-vos todas essas expressões apenas com a sua existência! Posso assegurar-vos a todos que podeis possuír pilhas desses pedaços de papel e de moedas e não expressar necessariamente nenhuma dessas vontades – ou podeis expressar as riquezas inerentes a esses desejos sem qualquer dessas moedas ou pedaços de papel.



WENDY: Elias, tenho uma pergunta acerca da mudança de consciência. Quando falas sobre as áreas não físicas da realidade onde tu próprio e o Kris têm a vossa experiência, isso leva-me a interrogar-me se esta mudança que estamos a atravessar e todos esses giros extravasam sob a forma de ondulação para essas áreas.
ELIAS: Sim. Na consciência não existe separação; isso é uma crença e está relacionada com a vossa realidade física. Também está associado a outras realidades físicas – não a todas mas a muitas.

WENDY: Não sei exactamente como perguntar isto, mas já que me sinto separada, sinto curiosidade em relação ao que está a decorrer nas áreas não físicas em relação à mudança de consciência.

ELIAS: Isso seria um tanto difícil de pôr em palavras, porque a resposta mais exacta que te posso dar é uma acção de apoio. Não acções específicas necessariamente, mas...

WENDY: Energia.

ELIAS: Sim, uma energia de apoio.

WENDY: Irá suceder algum resultado benéfico?

ELIAS: É tudo benéfico. A natureza da consciência traduz-se por uma constante exploração, uma contínua expansão, um contínuo acrescentar e uma constante exploração. Vós, na vossa dimensão física estais a gerar uma expansão da exporação que fazeis nessa realidade física. Por isso constitui uma benefício para a consciência por isso representar a acção da consciência - estar continuamente a explorar e a descobrir novos modos de exploração e por isso mesmo a expandir-se.

WENDY: Obrigado.

ELIAS: Não tens de quê.

CATHY S: Elias, eu experimentei uma mudança da consciência objectiva na minha realidade pessoal há vários anos atrás em que experimentei liberdade, uma sensação real de liberdade em relação a muitas das inibições que tinha e à minha timidez. Isso durou uns três dias em que me senti completamente livre, e em seguida terminou. Experimentei-a durante três dias, completamente livre e sem ter consciência de mim, em que expressei e senti as minhas emoções. Foi verdadeiramente espantoso o que me aconteceu, ou o significado que isso encerrava.

ELIAS: Deixa que te diga que esse não é um tipo incomum de experiência. Muitos estabelecem restrições, obstáculos e temores no seu íntimo e um elemento desse temor ou dos seus problemas acha-se associado ao factor desconhecido inerente à mudança. Por isso, muitos indivíduos proporcionam a si prórios uma experiência temporária do tipo de mudança que desejam expressar só que se impediram de expressar os temores que abrigam, igualmente associados como estão às suposições que abrigam. Mas isso é uma dádiva que estendes a ti própria, o facto de teres apresentado uma prova a ti própria duma experiência actual que és capaz de experimentar de um modo diferente.

Bom; a razão porque as pessoas geram essas experiências temporárias associadas a um problema ou a um temor e às restrições que sente, deve-se ao facto de muitas vezes serem capazes de entender intelectualmente que comportam opções, só que não sabem em que consistirão essas opções e não têm um conhecimento objectivo quanto ao modo de implementar tais escolhas. Além disso são capazes de conceber o conceito correcto da expressão segundo uma determinada forma, mas sem terem efectivamente experimentado esse conceito, e desconhecem objectivamente aquilo que tal conceito traduza.

Uma pessoa pode avançar ao longo do seu foco e pensar ter experimentado a realidade do amor. Aquilo que terá realmente experimentado, porém, é afecto. Rotulam tal afecto de amor, só que não chegam a fazer a experiência do amor; por isso, desconhecem o significado real do amor. E talvez num momento se surpreendam e se permitam efectivamente fazer a experiência da expressão do amor e dessa forma passem a conhecer a diferença em relação àquilo que anteriormente pensavam que fosse, e reconheçam que isso se tratava de afecto e que o amor é algo distinto.

Muitas vezes torna-se num desafio para uma pessoa passar a fazer a experiência em relação à qual dispõe dum conceito mas que não terá experimentado de modo efectivo. Essa é a razão porque já expressei muitas, muitas vezes previamente que vós podeis incorporar muitos conceitos que, ainda assim, se não lhes experimentardes o teor eles deverão permanecer como conceitos e não se tornam numa realidade. A realidade é criada na vossa realidade física por meio da experiência. E nesse sentido, podeis estar repetidamente a pensar sem parar que não criais necessariamente a realidade efectiva duma experiência particular qualquer, se não lhe experimentardes o teor.

Esses tipos de experiência relâmpago que constituem vislumbres temporários são uma dádiva oferecida por vós a vós próprios a fim de vislumbrardes o conceito que abrigais e a fim de saberdes que o conceito é passível de se tornar numa realidade por intermédio da experiência efectiva. É um meio por intermédio do qual escolheis atribuír a vós próprios um encorajamento e uma motivação para avançardes na direcção do vosso desejo.

CATHY S: Obrigado.

ELIAS: Não tens de quê.

PAUL H: Elias, no caso dela, ela estaria a usar o sentido conceptual a fim de despoletar essa experiência temporária?

ELIAS: Estava.

PAUL H: Obrigado.

ELIAS: Não tens de quê.

CATHY C: Eu queria saber como havemos de perceber em que consistirão as nossas preferências. Bem sei que parece fácil...

PAUL H: Após todo este tempo? (riso)

ELIAS: Eu estou ciente disso. Nesse sentido, possui uma aparência de simplicidade mas também se trata dum sentido com que vos achais pouco familiarizados. Vós não estais familiarizados com o facto de passardes a identificar as vossas preferências nem a reconhecer aquilo em que consistem.

Ora bem; se vos permitirdes ter consciência das suposições ou crenças que abrigais, mais especificamente das vossas verdades, (haveis de ver que) em meio a essas suposições se acha algum elemento da vossa preferência. Pela avaliação das vossas verdades, podereis reconhecer as vossas preferências e o que não constitua uma preferência vossa.

As vossas preferências também estão associadas às vossas opiniões. Aquilo que expressais por meio das vossas opiniões passa a ser estabelecido em associação com as vossas preferências. As preferências não passam de suposições porque sentis preferência. Nesse sentido, algumas das vossas opiniões são mais vigorosas que outras, e essas deverão representar preferências mais vigorosas do que outras preferências. Recordem que as preferências também mudam, o que se reflecte igualmente nas vossas opiniões, porque as vossas opiniões mudam do mesmo modo que as vossas preferências.

Isso constitui um forte factor chave na descoberta do que traduz as vossas preferências reais mas também da atenção que tendes pelo que fazeis. As vossas directrizes automáticas, o vosso fluxo natural e automático da energia também representa um reflexo das vossas preferências.

Deixai que vos diga que um dos motivos ou razões porque as pessoas criam tal grau de desafio e de dificuldade na descoberta das suas preferências se deve ao facto de estarem à espera de grandes expressões. Mas muitas das vossas preferências expressam-se a cada dia por intermédio de acções simples que empregais. Estais a tentar descobrir alguma preferência significativa e importante, só que na realidade as preferências expressam-se por meio das actividades mundanas que empregais no vosso dia-a-dia, as quais em determinadas situações e em algumas circunstâncias poderão assomar o aspecto duma expressão descomunal, só que é influenciada por essas preferências diminutas que expressais no vosso viver diário.

Por exemplo: podeis passar a usar do hábito de arrumar a vossa casa todos os dias e de vos assegurardes de terdes limpo cada canto dela. Com tal acção, vós não pensais nas preferências, mas esse é um acto que vos satisfaz, por vos gerar satisfação íntima. De algum modo proporciona-vos conforto, mas não vos confundais porque por vezes as preferências também podem envolver ausência de conforto. Mas com essa acção, vós expressais automaticamente uma preferência.

Ora bem; isso pode estar associado a uma crença que possa estar a ser vigorosamente expressada só que não o notais, por ser um pequeno acto que executais de forma automática e o qual não envolve muita reflexão. Mas se um outro indivíduo entrar na vossa casa e derramar um balde de porcaria sobre a mesa, haveis de reagir e de modo significativo.

Enquanto que a preferência parecia ser insignificante no caso da limpeza, aqui já adopta uma aparência bastante avultada, no caso do indivíduo a derramar a sujeira sobre a mesa. Além disso haveis de expressar com todo o vigor que isso NÃO é uma preferência, e podeis mesmo chegar a empregar oposição e conflito, por poderdes responder-lhe de forma automatica, com oposição e num tom elevado de voz: “NÃO DESPEJES PORCARIA SOBRE A MINHA MESA! Não é provável que venhais a dizer-lhe: “Não tem cabimento na minha preferência despejares lixo sobre a minha mesa.” Haveis de gerar automaticamente uma reacção e haveis de vos opor.

A oposição constitui igualmente um indicador das vossas preferências, por intermédio daquilo que não se coaduna com elas. Se estiverdes a opor-vos numa particular situação, alguma acção deverá ter ocorrido que se tenha tornado numa oposição ou ameaça para com as vossas preferências, em razão do que, a reacção automática que haveis de gerar é no sentido de vos opordes ou de vos defenderdes.

A defesa constitui outro modo no qual podereis descobrir algumas das vossas preferências, porque a defesa constitui um escudo. Também representa uma depreciação, uma diminuição de vós próprios. Mas nesse caso vós tereis gerado um tipo qualquer de expressão que não condiz com a vossa preferência mas muitas vezes ao identificardes aquilo que não constitui uma preferência vós passais a ser capazes de descobrir o que seja uma preferência, porque no geral ambos os aspectos constituem diferentes lados duma mesma moeda.

CATHY C: Será que o equilíbrio desempenha algum papel nisso, também? Ou seja, se não poderemos descobrir um ponto de equilíbrio em tudo isso?

ELIAS: Absolutamente, mas o equilíbrio residirá na aceitação da diferença e no reconhecimento das vossas próprias verdades e na aceitação dessas verdades, sem sequer vos opordes às vossas verdades, mas no proporcionar a vós próprios a liberdade para expressardes as vossas verdades, só que com o reconhecimento também das diferentes influências que essas crenças exercem, que constituem as vossas verdades, e por meio da escolha das influências que correspondam mais ao preferido, e que sejam menos passíveis de causar conflito para vós individualmente, todavia sem gerar a expectativa de que aqueles que se expressam diferentemente de vós estejam errados, e sem vos opordes nem lhes responderdes à letra, em termos de energia, por ser desnecessário.

O facto das pessoas se expressarem de modo diferente não quer dizer que estejam erradas, nem tampouco que possais abrigar preferência quanto ao modo delas se expressarem, e desse modo vós dispondes de escolha quanto a interagirdes com eles ou não, ou quanto ao modo como haveis de interagir com eles.

PAT: A esta altura tenho uma pergunta a colocar. Sinto curiosidade em virtude das últimas semanas e de algumas experiências que tive com um indivíduo. A preferência que sinto vai no sentido de não interagir com ele devido ao facto dele me atormentar demais. Quando me apoquenta, eu tenho a opção de o ignorar ou de lhe responder no mesmo modo. Mas se escolher deixar de lhe responder mas ainda assim me sentir atormentada o meu gato passará a vomitar mais? (riso) Toda a gente está a par da história do meu gato!

ELIAS: É bastante possível, sim.

PAT: Será melhor responder-lhe na mesma moeda e deitar isso cá para fora, dizer aquilo que tiver a dizer e em seguida sentir-me aliviada, ou apenas dizer que não quero responder, e por isso não dizer nada e o meu gato começar a vomitar por toda a casa? De que modo poderá uma pessoa agir em relação a isso da melhor forma ou da forma mais aceitável ou de modo a isso corresponder à preferência?

ELIAS: Estou a entender.

PAT: A Cleo vomita toda a vez que me sinto transtornada.

PAUL T: Arranja um outro gato! (riso)

ELIAS: Antes de mais, é importante que avalies o que te provoca o tormento.

PAT: O depreciar os outros e a mim própria em frente a toda a gente, deixa-me profundamente irritada, por constituir um comportamente rude na minha óptica. Eu abrigo todos esses aspectos de certo e errado e todas essas crenças, pelo que, o que estou a perguntar é…
ELIAS: Eu entendo aquilo que estás a perguntar, mas estou-te a referir que o que é significativo é que reconheças o que te gera o tormento, porque quando reconheceres aquilo que te causa o tormento, se ele for um tormento significativo o mais provável é que ele traduza uma das tuas verdades - o que representará o processo de estares a abordar a tua verdade e a reconhecer isso como o TEU princípio ou linha mestra mas que isso não se aplica necessariamente aos demais.

Ao responderes na mesma moeda, que será que estás a fazer? Que estarás a conseguir? Ao responderes no mesmo modo, aquilo que fazes e aquilo que consegues é dar voz a uma crítica em relação ao outro no sentido dele estar errado e de tu estares certa e de que a tua verdade seja melhor. Com isso, para além do mais, tu não só desacreditas o indivíduo mas desacreditas-te igualmente a ti, devido ao facto de que, o que estás a expressar seja um acto de defesa em relação à tua verdade como sendo uma verdade superior.

PAT: Então se eu escolher não defender a minha verdade, com a consciência de ser apenas uma verdade que abrigo…

ELIAS: Não é “apenas” uma verdade.

PAT: …Mas ainda assim o sentir no íntimo como um tormento?!

ELIAS: Justamente!

PAT: E ainda lhe sentir a pontada?!

ELIAS: Não é “apenas” uma verdade. As verdades são BASTANTE vigorosas e podem afectar sobremodo. É real, por a teres gerado como uma realidade tua. Por isso, ela é real.

Só que o modo como a difundirás é através do reconhecimento de constituir um princípio TEU. Por isso não expurás os outros em público nem num ambiente de grupo, por isso corresponder ao princícpio que prezas e defendes. Tu não acreditas que isso seja vantajoso nem benéfico. Para ti, isso é avaliado como prejudicial; por isso, isso não usarás de tal acção. Outro o poderá fazer.

PAT: Ignoro-o, e isso contina dentro de mim como uma perturbação e o meu gato continua a vomitar?

ELIAS: Mas como poderás tu ignorar um indivíduo? Ignorareis genuinamente uma pessoa?

PAT: Digamos que não lhe respondo.

ELIAS: Não lhe respondes, só que isso não representa o ignorar.

PAT: Então de que forma hei-de responder devidamente a alguém que me perturba tanto?

ELIAS: Avaliando-te a TI. Elimina o outro indivíduo. Na situação em que percebes que ele esteja a usar dalguma acção que constitua uma ofensa para ti, elimina o outro. Finge que por momentos ele desapareceu. Então deixa de existir oposição. Não existe indivíduo algum que te esteja a gerar isso. Tu estás a gerá-lo. Que estarás a gerar? Que estarás TU a fazer?

Ora bem; além disso, a razão porque é importante gerar tal avaliação é para que não passes a justificar-te a ti própria. Não te estou a dizer que não devas expressar-te nem que não devas expressar as preferências que abrigas, porque podes expressá-las. Podes expressar as tuas preferências e podes escolher deixar de continuar a interagir com ele. Não te estou a dizer para concordares nem para te comprometeres, só que existem outros modos por intermédio dos quais poderás chegar lá.

Podes reconhecer a tua verdade e o quanto ela te está fortemente a afectar, e o quanto tem de inegável e de absoluto na tua realidade – e com isso ela não está a ser eliminada. Vós não estais a eliminar as vossas verdades do mesmo modo que não estais a eliminar uma qualquer suposição ou crença. Mas aceita-la; tu reconhece-la: “Esta é a minha verdade. Como tal também deve estar associada a algum elemento das minhas preferências, o que é completamente aceitável.” E podes responder, mas também podes responder sem ser na mesma moeda, e podes dar lugar a um tipo qualquer de apreciação e de cooperação.

PAT: É mais fácil dize-lo do que faze-lo.

ELIAS: Bem sei que sim. Só que não prometi a nenhum de vós que isso seria fácil!

PAT: Bem o sei. Muito obrigado.

STELLA: Elias, eu tenho um exemplo perfeito, por ter passado pela mesma coisa com a minha mãe. A minha mãe foi a minha maior mestra. Elas pergunta-me muita coisa em relação à Letty, como ela tem passado, “Ela está bem”. Como tem passado a Rosario? “Ela está bem”. Mas ela exige mais, e como eu não quero continuar a satisfaze-la ela insiste. A energia que lhe projecto quando ela me coloco essas perguntas é do tipo “deixa-me em paz; não me coloques perguntas dessas.” Em seguida digo para mim própria, “porque não me interpreta a energia? A minha energia é mais forte do que as minhas palavras. Só que ela continua e continua, e isso deixa-me doida.

O mais interessante é que dou por mim própria a colocar perguntas ao meu marido sobre este e aquele, e ele responde-me num tom simpático, “Desculpa não te ter dito”, e eu penso: “Oh meu deus, penso que não devia ter perguntado.” E percebo que aquilo que ela faz comigo eu faço com ele…

ELIAS: Um reflexo.

STELLA: Completamente! E depois á noite digo, “A minha mãe? Eu amo-a, eu adoro-a”, mas assim que acordo sinto vontade de lhe dizer, “Mãe, eu amo-te de verdade, quer to mostre ou não.” Mas aí levanto-me e tomamos café e ela diz:”Que vais fazer hoje?” E eu passo-me dos carretos por sentir, “Que te importa a ti”, ou “Para que queres saber? Não tenho que te dizer tudo o que faço! Tu metes-te na tua vida que eu meto-me na minha!” E começamos tudo de novo. Assim é uma constante, esse reflectir. Mas eu sinto-me cansada, Elias; não quero estar mais a analizar tudo. Só quero que me forneças uma palavra mágica!

ELIAS: Pára! (riso)

JO: Eu gostava de pronunciar aqui a minha preferência mas se já tiveres feito algum comentário a uma ou outra questão, permite que dê a vez àqueles que não tiveram a chance de te colocar nenhuma. Não que os outros não tenham feito excelentes comentários e colocado perguntas à altura, mas é que encontram-se aqui indivíduos que vieram de longe, e eu teria gosto que eles tivessem uma oportunidade de o fazerem.

PAUL T: Elias, é óptimo estar na tua presença objectiva de novo e sim, eu percebi aquilo que ocasionalmente faço. Eu já escrevi algumas coisas tipo auto-análise, já canalizei a minha própria essência, e uma vez obtive a impressão inequívoca de estar a conversar contigo, ao contrário da minha essência. Queres confirmar isso?

ELIAS: Uma combinação.


PAUL T: Uma combinação – essa ia ser a minha pergunta seguinte. Ainda estás decidido a não vires a adoptar um intercâmbio de energia com mais nenhum indivíduo focado no físico?

ELIAS: Estou.

PAUL T: Então qualquer tipo de interacção…

ELIAS: Eu estou continuamente a interagir com todos vós. Eu interajo com as vossas energias e muitos de vós têm bastante noção disso e alguns chegam mesmo a ouvir a minha voz. Muitos interagem com a minha energia visualmente. Alguns interagem com a minha energia e traduzem-no por meio de diversas formas de informação, o que é tudo válido. Isso são tudo traduções que fazeis, mas a minha energia acha-se a interagir directamente convosco.

Eu não escolho empreender um intercâmbio de energias deste tipo com mais ninguém, mas estou continuamente a interagir com todos vós.

PAUL T: Obrigado!

ELIAS: Não tens de quê.



ESTER: Eu tenho uma pergunta que tem que ver com a disciplina, por me sentir bastante confusa em relação a isso. Na maior parte da minha vida eu pensei que precisávamos disciplinar-nos se quisermos fazer alguma coisa. Mas subitamente isso… Nem sei bem o que estou a perguntar. De que modo hei-de considerar esse aspecto da disciplina?

ELIAS: A disciplina referente ao ensino ou às normas? Em relação a que forma de disciplina estás a estabelecer confusão?

ESTER: Pessoal.

ELIAS: De que modo?

ESTER: Quase todos, excepto o exercício ou a alimentação ou um acto qualquer. Nós acreditamos – ou melhor, eu acreditei – toda a minha vida que a prática…

(A cassete de vídeo termina e perde-se um minuto ou mais de conversação antes de darmos por ela)

RON: (Após ter trocado de cassete: Podeis continuar!) (riso)

ELIAS: Muito bem! É significativo que não se ignore essa mensagem, porque se forçardes a vossa energia isso eventualmente torna-se progressivamente causa de desconforto e o próprio acto de que vos tereis anteriormente convencido gostar, eventualmente podeis deixar de gostar. Porque tu geraste essa densidade e essa oposição dentro de ti e com vigor, e por vezes o gozo que o acto confere pode mesmo representar um disfarce associado às noções de dever que expressas para ti própria, as expectativas que expressas em relação a ti própria em meio a certas acções ou situações.

Essa é a razão, uma vez mais, porque se torna significativo avaliar aquilo que de facto expressais a vós próprios, o que realmente quereis, em que consistem as vossas preferências efectivas e no que consistirão as vossas direcções porque através duma avaliação dessas podeis gerar uma maior clareza para além talvez de vos permitir uma maior abertura e liberdade para criardes diferentes vias a fim de realizardes resultados dessa mesma ordem.



GUIN: Eu falei-te, no passado, acerca dum dos meus cachorros, o Chopper, o qual abati no ano passado. Tive um acidente com um irmão dele e tive que o mandar abater um mês depois. Poderás fornecer-me mais alguma informação intuitiva respeitante à razão disso?

ELIAS: Mas e que impressão colhes? Que terás avançado a ti própria?

GUIN: Não tenho bem a certeza; eu avancei várias hipóteses. Nós falamos muito sobre o Chopper por causa da condição em que se encontrava e por aquilo que ele expressava no meu lar. Mas o facto do Toad partir tão rapidamente como partiu, no mês seguinte, deixa-me confusa. A ligação que eu pensei vir a ter com essa criatura, jamais chegou a ocorrer. Pensei que as ligações que existiam fossem doutra natureza. Sinto-me um pouco desorientada quanto às ligações que havia entre eles e quanto ao que seja suposto experimentar.

ELIAS: Antes de mais, vou-te estender um encorajamento, porque, sim, tal como estás consciente, existiu uma ligação entre essas duas criaturas, assim como contigo. Mas a escolha de se desprenderem foi de certa forma uma dádiva. A associação com a outra criatura foi muito forte, e a ligação que se estabeleceu entre essas duas e tu própria gerou uma associação semelhante e forte com o segundo. Por isso essa criatura escolheu falecer e reconfigurar-se em cooperação contigo.

Não te vou dar uma resposta tipo bola de cristal, por já estar a ser processado e tu já o estares a criar. Mas em cooperação com essa energia, ela está a ser reconfigurada a fim de interagir contigo e de se manifestar por intermédio duma forma diferente que não gere tal vigor na associação contigo e não despolete tal responsabilidade pessoal nem culpa nem expectativa em relação a ti própria a propósito dessa criatura, e te permita uma maior expressão de liberdade na interacção com ela e te possibilite uma expressão mais livre de apreço e de brincadeira. Por isso, minha amiga, tem ânimo, porque estás a estender a ti própria um presente com isso.

GUIN: Obrigado.

ELIAS: Não tens de quê.

LIAM: Eu ia colocar-te uma pergunta sobre símbolos que obtive. Esses dois autocolantes que arrangei, um tem o nome que possuo neste foco e o outro tem o meu nome da essência. Este (indicando o autocolante com o nome da essência desprendeu-se e já não cola mais. E eu estava a interrogar-me acerca do simbolismo que o facto dele não se colar em lado nenhum transmita. Quer dizer, ele acaba por cair. Isso deve querer dizer algo, não? Terei mudado de nome da essência?

ELIAS: Não.

LIAM: Ou terá que ver com o padrão do autocolante? (riso)

ELIAS: Não. A intenção reside no que estás a adoptar como uma acção. (Elias aponta para o centro dele)

LIAM: Aquele que sou? Que significado terá isso?

ELIAS: O de prestares atenção a isso – o de prestares atenção ao Liam!

LIAM: Oh, essa é boa! (Elias ri estrondosamente, e o grupo acompanha-o)



DREW: Arriscando-me a colocar uma segunda pergunta… (riso e o Elias ri)

JO: Também estou quase!

ELIAS: Ah, então o perigo está a ameaçar!

DREW: Por falar de morte, como estávamos a falar há um instante atrás, será verdadeiro declarar que nos encontramos todos mortos?

ELIAS: De certa forma – isso é tão verdade quanto expressardes que estais todos vivos.

DREW: Então do ponto de vista que a minha percepção me permite, a consciência dessa morte na minha própria realidade só significará uma expansão da consciência. Não será verdade? Não existe nenhuma realidade diferente na…

ELIAS: Não necessariamente. A consciência da escolha de morrer por altura da morte constitui a consciência do desprendimento. É por isso que emprego esse termo – desprendimento, libertação, separação em relação à participação na realidade física.

Bom; a consciência de tal escolha pode e pode não se estender para além do momento em que é formulada. Por isso podeis inicialmente não incorporar uma expansão da consciência. Porque muitos tomam consciência da escolha de morrer na altura, e têm consciência de se estarem a separar desta realidade física e de estarem a escolher continuar de um modo diferente. A seguir a essa escolha eles esquecem e deixam de incorporar a consciência de terem encetado tal escolha e continuam a gerar imagens objectivas e a perceber que continuam no foco físico. E parece-lhes tal como era dantes, com algumas ligeiras alterações, durante a altura em que estariam de facto a tomar parte no foco físico.

DREW: Então qual será a diferença?

ELIAS: Ah! A diferença é que, quando o indivíduo se separa e continua a gerar uma consciência objectiva e a gerar temporariamente imagens objectivas, ele não está a interagir directamente com as energias dos outros tal como estava efectivamente no foco físico. Eles gera as imagens do mesmo modo, só que não se apresenta uma projecção real da energia dos outros naquilo com que ele se está a deparar.

Eventualmente ele reconhece que tudo aquilo que está a criar se torna bastante previsível, e eventualmente passa a reconhecer a inexistência duma participação directa das energias de todos os outros indivíduos com quem está a interagir. Pode percebe-los como sólidos e de forma tão realista quanto vós vos percebeis uns aos outros, só que não existe nenhuma projecção real de energia que ele esteja a receber.

Ora bem; por vezes, especialmente agora nesta altura em que estais a avançar para uma expressão objectiva desta mudança, os véus da separação estão a adelgaçar-se de forma significativa e com isso, por vezes, vós no foco físico podeis projectar energia por meio desses véus de separação no sentido dum indivíduo que se tenha desprendido, o que permitirá que ele passe a receber alguma – não toda – mas alguma da energia e da atenção que lhe tiverdes projectado de forma directa, em associação com o que estiver a criar na projecção que estabelece de vós.

O que, em muitas situações em que isso está a ter lugar contribui de algum modo para a percepção do indivíduo de estar a continuar no foco físico; só que não prolonga necessariamente o tempo para ele começar a reconhecer que não está.

DREW: É sobre isso que sinto curiosidade. Tu deste uma explicação técnica do que sucede, mas eu interrogo-me em relação ao que será que acontece do ponto de vista da experiência. Será possível que tenha elegido a vontade de me separar e não tenha consciência disso?

ELIAS: Não.

DREW: Não, não é possível ou…?

ELIAS: Não o fizeste. (riso)

Sim, estou a perceber a pergunta hipotética que me colocas. Seria possível que criasses uma realidade objectiva tal como esta, e estivesses a intereagir comigo e com todos os outros, o que te pareceria bastante normal.

DREW: Então, a essa altura, e talvez seja diferente com cada um, mas eu vou adiantar que digas que sim, só que falando em termos gerais, que de que pistas disporemos? Quando será que essa consciência começa a ganhar forma ou a afirmar-se e, será isso apenas consciência de poder fazer coisas que não conseguia antes?

ELIAS: Em parte.

DREW: Poderias explicar dum modo empírico o que isso…?

ELIAS: Em parte podeis, na vossa concepção, estar acidentalmente a criar diferenças nessa vossa realidade que tereis desejado criar na vossa realidade física mas não tereis reconhecido a capacidade de o criar.

Por exemplo, o indivíduo pode estar a gerar uma realidade física tal como esta, ou a imagem dela, e estar a participar na interacção deste grupo e a distrair-se e a certa altura deixar-se apanhar, por assim dizer, a projectar a sua atenção numa direcção diferente e rumo a um local diferente. E de súbito dá por si lá ao invés de estar onde estava antes, o que há-de constituir uma discrepância e o que vos incitará a detectar a ocorrência de diferenças.

Uma pista que é expressada de forma bastante comum e que é facilmente reconhecível é o facto de que as associações estabelecidas com os outros não deixarem margem para surpresa. O que quer que gereis na imagética objectiva que criais relativa aos outros, vós não criais surpresa. Tudo aquilo que eles expressam por meio dessas imagens e interacção é inteiramente previsível.

No foco físico podeis esperimentar ver se estais aqui usando outro indivíduo e pedindo-lhe para criar periódicamente algum tipo de acção que vos surpreenda e com que não estejais a contar, que isso servir-vos-á de indicador do facto de estardes a interagir directamente com as energias dos outros.

Na realidade, já tive ocasião de debater isto com um indivíduo que acreditava ter-se desprendido e não tinha! – ah ah ah. E continua a não estar! (riso)

DREW: E desse modo, à medida que a noção disso se expande e que essa tomada de consciência se expande, a encenação física artificial desaparecerá, essencialmente?

ELIAS: Pode desaparecer e pode não desaparecer. Começa por ser uma escolha, uma escolha objectiva, e tendes conhecimento disso mas podeis continuar. Porque alguns prosseguem por encararem isso como engraçado e divertido, manipular a consciência não física a fim de criar imagens físicas, pelo que prosseguem durante um certo tempo.

DREW: Inicialmente será que essa continuidade representará um amortecedor para o trauma?

ELIAS: Não necessariamente, não, porque muitos empreendem essa acção, só que não por via de regra. Alguns passam directamente para a transição. Depende do indivíduo.

MARCIA: Elias, quando conheci o meu presente marido, fui transportada para um outro local com ele. Eu ia a percorrer uma calçada com ele na qualidade de criança. Não sei se seríamos irmão e irmã, mas eu conhecía-o.

ELIAS: Isso é a visualização dum outro foco, a experiência dum outro foco.

MARCIA: Então conheci-o numa outra vida?

ELIAS: Conheceste. Uma última pergunta.

SANGSHIN: Gostava de validar o facto de estar a visualizar a minha energia na qualidade dum pássaro gaio azulado há uns quantos anos atrás quando estava a viver em Washington. Certa vez em que pedi para me encontrar contigo, eu vi uma gaio azulado, dum azul maravilhoso. Eras tu?

ELIAS: Sim, é uma expressão da minha energia que configuraste através do pássaro azul.

SANGSHIN: Quando me mudei para o Alaska, devido ao meu modo limitado de pensar de que lá faria muito frio para esse gaio azulão, passei a ter dificuldade em voltar a vê-lo.

ELIAS: Talvez manifestes um peixe azul! (riso)

DOUGLAS: Elias, qual será a cor da minha essência?

ELIAS: E que impressão tens?

DOUGLAS: Verde.

ELIAS: E de que matiz?

DOUGLAS: Jade, duma tonalidade escura – não como o jade chinês mas da cor da lista da parede.

ELIAS: Acertaste. Ah ah ah!

Muito bem, meus amigos! Fico a antecipar o nosso próximo encontro, e estendo-vos o meu encorajamento para que presteis atenção ao tipo de energia que estiverdes a projectar, que presteis atenção às vossas verdades e que presteis atenção à oposição, e que expresseis cooperação e gratidão. A gratidão, o apreço, constitui uma expressão poderosa pelo que se pode tornar num instrumento poderoso, além de ser bem recebido! (riso abafado)

A todos vós com enorme afecto e um carinho genuíno, eu expresso a minha amizade e a minha dedicação. Au revoir.

GRUPO: Adeus, Elias; au revoir.






Copyright 2005 Mary Ennis, All Rights Reserved.