Quarta-feira, 21 de Junho de 1995, 7:50 da tarde
Tradução: Amadeu Duarte
Participantes: Mary (Michael), Vicki (Lawrence), Ron (Olivia), e a Carol (Dimin).
ELIAS: Boa noite. (Para a Carol) Uma vez mais, sê bem-vinda. (Pausa) Entendo que te sintas bastante confusa por causa da última sessão que tivemos. Eu já esperava uma reacção dessas. Nesse caso, vamos abordar o tema do elemento religioso da fragmentação. Conforme expliquei, este conceito torna-se bastante difícil para vós, pelo que passaremos a defrontar um enorme número de perguntas acerca disso. Desse modo, vamos iniciar com a vossa essência, e como ela se fragmenta. Vamos utilizar, uma vez mais, o exemplo dum foco físico, na esperança de, com toda a probabilidade, (enfatizado com humor) podermos tornar a coisa mais inteligível!
Vamos empregar o exemplo duma pessoa. Essa pessoa nasce. No decurso do seu desenvolvimento, ela vai crescendo a aprendendo. Digamos que lá pela idade dos dez anos, essa pessoa chega a uma intersecção no seu pequeno percurso de vida, em que tenha que proceder a uma escolha mais avultada. Digamos que a criança escolhe mudar de escola. Um aspecto do foco dessa criança opta por uma outra escola, e continua a crescer e a desenvolver-se. Ao estabelecer tal escolha, a criança opta igualmente pela outra escola numa outra probabilidade dimensional. À medida que a nossa primeira criança continua a crescer e a desenvolver-se, alcança a idade adulta e escolhe casar-se. Ao estabelecer essa escolha, num outro foco dimensional uma outra parte desse indivíduo escolhe não se casar. Esta pessoa original já se terá - nessa sua vida relativamente curta - fragmentado duas vezes. À medida que continua, depara-se com situações relativas ao emprego. Escolhe uma carreira. Numa outra dimensão, a escolha que tenha sido feita materializa-se, o que passa a constituir uma terceira fragmentação. À medida que essa pessoa prossegue, contrai uma enfermidade física e morre, mas numa outra probabilidade continua, e vive uma vida saudável normal e produtiva.
Cada encruzilhada e decisão que se prenda com o vosso foco de desenvolvimento constitui uma escolha. Cada escolha dessas não ocorre no singular. Todas as coisas ocorrem em simultâneo. A acrescentar a essa simultaneidade de acções, todas as probabilidades, de um ou de outro modo, são actualizadas em diferentes dimensões. Esta é uma explicação muito simplificada. A razão porque estendo esta explicação simplificada deve-se ao facto de terdes a tendência, especialmente se estiverdes a eleger a opção de não vos voltardes a manifestar mais, de perder interesse por este foco físico. Ao perderdes interesse, vós também esqueceis a imensidão de ligações, e de fragmentação, e de afectação que o vosso enfoque exerce sobre todos os outros focos. Vós, no vosso foco de desenvolvimento, afectais miríades de outros focos dimensionais com cada decisão e escolha que estabeleceis, porque cada escolha que deixais de manifestar na vossa própria dimensão física, manifestar-se-á em termos físicos noutra. Além disso, vós próprios podeis ser a manifestação física duma probabilidade não escolhida por um outro foco. É nessa medida que, em última análise, vos achais interligados. Quando vos falo em termos da laranja, e da analogia a que se presta, ao não existir secções nem separação na energia, não o refiro em termos conceptuais. Estou a referir-me á realidade, tal como já expliquei várias vezes. A vossa mesa não é mais sólida do que vós. Vós apenas a percebeis desse modo. Essa constitui a parte da vossa essência que deseja experimentar este foco físico. Nessa interligação, também vos explicarei que esta mudança da consciência não se acha apenas limitada a vós. Com poderá isso acontecer, se a vossa essência se acha ligada a focos dimensionais? Por isso, a vossa mudança global, tal como escolheis pensar nela, é muito mais vasta do que o que percebeis, e compreende uma interligação entre todos os focos.
Vós colocais perguntas relativas a outros “seres”. Esses outros “seres”, tal como já referi... alguns são expressões das vossas próprias essências fragmentadas noutras realidades dimensionais. Outros não são. Alguns pertencem à sua própria essência, que não se manifesta nesta dimensão. Eu colocar-vos-ia uma pergunta: não acharão estranho que esses “seres” que os vossos companheiros humanos “encontram” sempre apresentem uma falta de cor? A apresentarem um elemento qualquer, fazem-no de forma muito suave sob a forma dum castanho, o qual assume quase um cinzento. Não achareis - com os vossos cérebros criativos - que isso seja interessante? Não achareis, na percepção que tendes, que a forma e as características que apresentam sejam sempre as mesmas? Isso que “trespassa” dum enfoque dimensional são fragmentos e focos de desenvolvimento das vossas próprias essências. Vós escolheis não lhes atribuir cor, por constituírem uma sombra de vós. E as sombras não possuem cor. Direi, em resposta à interpretação que o Lawrence fez desse encontro, que ele está parcialmente correcto, ou como diríamos, está no “caminho certo”. Esse é um dos modos que a vossa essência tem de explicar certos elementos pertencentes ao mesmo princípio de que vos falo.
Há, no vosso foco físico humano, outras experiências inerentes a esses encontros que constituem uma interpretação. Isso não vos deveria surpreender, porquanto sendo seres sexuais como sois neste foco, que tenhais encontros sexuais e interpretações dessa natureza. Este é um conceito muito simples. Achamos bastante divertido que forceis tanto os vossos cérebros a tentar descobrir isso, quando sois vós próprios quem cria tal coisa! (A rir) Falais a vós próprios no vosso próprio idioma, o qual entendeis, e em seguida trocais-lhes as voltas de modo a deixardes de o compreender, e acabais numa confusão! A razão porque esses “trespasses” ocorrem, todavia, deve-se ao facto da vossa própria essência se achar muito mais em contacto convosco do que podeis perceber, seja em que nível for da vossa experiência ou existência.
Quanto ao conceito que tendes da fragmentação, no vosso foco físico e compreensão, a que associais noções de causa e de efeito, precisais entender que, para cada causa que escolheis, também escolheis, não um efeito, mas uma outra causa. Vós não vos fragmentais unicamente nos focos de desenvolvimento. Também não vos fragmentais somente neste foco de desenvolvimento. Todos os outros focos passíveis de ser considerados não humanos também se fragmentam. Vós assemelhais-vos à imagem duma flor de lótus, cujas folhas estão continuamente a brotar, e em que todos os seus fragmentos também se fragmentam. Alguns desses fragmentos são representados pelas vossas crianças, sendo essa a razão porque não se terão focado no físico antes de nascerdes. Por altura da sua concepção, podereis ter escolhido um elemento de vós, que não se tivesse expressado, a fim de criar uma nova essência. As possibilidades da fragmentação são infinitas.
Conforme declarei, podeis fragmentar-vos tanto no passado como no futuro. Podeis escolher fragmentar-vos neste instante, num outro universo, ou numa outra galáxia, ou num outro planeta, em simultâneo com o instante. É por isso que existem partes de vós que não sois capazes de explicar e porque sentis afinidade no vosso íntimo, e em relação ao que parecerá não sobejar qualquer explicação lógica. A explicação que damos para isso é a de que o vosso universo tampouco é lógico! (A rir) Se fosse, os vossos cientistas não se sentiriam tão confusos! Se olhardes para os elementos mais diminutos disponíveis à observação no vosso foco físico e compreensão actuais, e eles apresentarem comportamentos em vários universos, e eclodirem e se apagarem, e aceitardes que isso seja o que designais por “tijolos” da vossa existência física, então porque razão havereis vós de ser diferentes? VÓS SOIS COMPOSTOS POR ELEMENTOS DESSES - EXACTAMENTE OS MESMOS.
A vossa expressão física não passa duma colecção incontável de átomos. Os átomos são probabilidades inconsistentes e ilógicas. Assim também vós sois inconsistentes, ilógicos, e expressões físicas que eclodem e se apagam, e à medida que eclodis e vos apagais, encontrais-vos no vosso estado afastado numa outra dimensão. Só que a vossa eclosão ocorre de modo tão rápido que não chega a ser percebida por vós, mas conforme declaramos em sessões anteriores, manifestais-vos numa vibração de tal modo lenta que de qualquer modo não se tornaria muito difícil possuirdes vibrações mais rápidas ao vosso redor, através de expressões de vós próprios.
Estou ciente de incompreensão. Ser-vos-á duma maior ajuda, pelo menos tentardes não pensar na vossa essência como uma laranja. Trabalhar com os sonhos que tendes pode tornar-se duma maior valia nessa área. (Para a Vicki) Fiquei bastante agradado com a tentativa e os esforços, percepção e interpretação que envidaste em relação aos encontros que tiveste no estado de sonhos. Também preciso explicar que, como é habitual brincar convosco, Venus de Milo foi apenas um outro aspecto que foi acrescentado, apesar de achar interessante que o Michael opte por o interpretar em termos tão sérios! (A rir) Isso é interessante, por não ter envolvido qualquer encontro de carácter mais grave. Isso serve para ilustrar a tracção que sentis para descobrir significado oculto em meio a tudo! Vós mantendes-vos bastante entretidas neste foco, e sois bastante criativas!
Voltando ao nosso assunto da prática relacionada com os sonhos, haveis de descobrir que estes conceitos da fragmentação se tornarão muito mais fáceis de aceitar, mesmo que os não compreendais. A interacção com os vossos sonhos permite-vos perspectivar outras dimensões, outras línguas que a vossa essência utiliza na comunicação convosco, com outros eus. Ao vos familiarizardes mais com a vossa essência, e a capacidade e criatividade que possuís no estado de sonhos, haveis de poder ligar-vos mais positivamente ao vosso estado de vigília. Podereis questionar-vos sobre qualquer coisa, e responder a vós próprios. O conceito ou realidade da fragmentação também não se acha limitado aos focos físicos. Eu posso - e faço-o - fragmentar continuamente a minha essência no enfoque que assumo. Cada foco, independentemente do que seja, faz isso. Isso não deveria provocar-vos nenhum conflito, porque se a Unidade Criadora Universal e o Todo é criadora, e se vós da mesma forma possuís tudo o que existe, e sois igualmente criadores de tudo, porque razão então não haveis de criar? É o que fazeis! (Pausa) Vou passar a admitir as vossas perguntas, pois isso dar-vos-á muito o que “absorver”!
CAROL: Terei entendido que parte da fragmentação abrange os nossos filhos?
Pode abranger. O que não quer dizer que o faça sempre. Só quer dizer que pode abranger. Tornar-se-á bastante reconhecível para vós por meio da perspectiva dum aspecto, o qual se apresente como muito dominante numa criança, que representa um desejo e uma capacidade latente em vós próprios. Um desejo não expressado é frequentemente manifestado nos vossos filhos, através da criação e da fragmentação. O que não consiste em regra nenhuma. Trata-se somente duma possibilidade. Isso, também não quer dizer que essa essência se tenha necessariamente fragmentado neste foco particular de desenvolvimento. Pode ter sido criada como vosso filho num outro foco de desenvolvimento. Pode não ter sequer ocorrido nesse reconhecimento de sistemas planetários. Frequentemente, contudo, resulta uma estranheza, desse reconhecimento, sem compreenderdes sempre esse reconhecimento, mas reconhecimento que opera entre pai e filho. O pai reconhecerá partes de si próprio na criança. O filho reconhecerá que o pai apresentará partes por desenvolver e que não ele terá escolhido manifestar. Isso pode implicar confusão em determinados aspectos de ambos, mas em grande parte, nenhum deles permanecerá por muito tempo nela. Apenas o facto de começar a trazer isso à atenção o fará começar a questionar, e focar-se e compreender. (Pausa) Uma noite destas, numa sessão futura que tenhamos iremos pedir aos presentes para trazerem um retracto favorito de família ou de alguém. Com isso, vou aceitar um breve comentário da parte do indivíduo, ao que responderei com uma interpretação da fragmentação e do foco que cada um de vós tiver tido.
CAROL: Haverá algo que, esta noite, me possas dizer de específico em relação aos meus dois filhos? Tenho muitas perguntas a respeito do relacionamento que tenho com eles, e em relação a eles.
ELIAS: Perguntas destinadas a eles?
CAROL: Acerca do relacionamento que tenho com eles e em relação a eles, e como chegamos a ficar juntos.
Isso resultou da atracção, por parte de ambas as essências, na medida dum enorme desejo. Vou-te dar um pequeno exemplo do desejo que as essências podem apresentar de se juntarem num foco físico, usando o Michael como exemplo. Isso poderá falar-te das essências dos teus filhos por uma relação mais profunda. O Michael e a filha dele, a Elizabeth, escolheram separar-se durante um tempo. Neste foco físico, não entenderam o acordo que tinham estabelecido. Todavia, isso envolveu um acordo. Fez-se necessário um período de separação entre ambos a fim de se unirem na compreensão um do outro. Foi uma separação que se estendeu por vários anos, e a sua reunião, por causa de circunstâncias físicas, tornou-se difícil. Existiam demasiados obstáculos a impedir-lhes a reunião física. Contudo, cada um dos desejos deles era de tal modo intenso, mesmo ao não alcançar expressão entre si nem para com os outros, que a sua energia os acabou por reunir de novo. Desse mesmo modo, os teus filhos, conhecendo previamente a tua essência, nos vossos termos, deixaram-se atrair para ti de novo. Não são necessários nenhuns convencionalismos num foco físico para passar a existir ligação. Eles estiveram ligados a ti durante muito tempo. Hás-de ficar surpreendida se souberes que a tua filha, na realidade, constitui um fragmento da tua própria essência. Esse é um laço bastante estranho. O teu filho tem estado ligado a ti na sua essência ao longo de muitos focos físicos, e para além deles. Podes experimentar frustração ou conflito neste foco, por não compreenderes a expressão do foco físico dele. O que não quer dizer que não se ache excepcionalmente ligado. Podes não concordar com aquilo porque o teu filho alinha, assim como podes não concordar com as crenças que a tua filha abriga. Isso não tem importância.
VICKI: Eu tenho uma pergunta. Quando começaste a falar sobre a fragmentação, disseste que toda a decisão... (A esta altura o Elias toma uma bebida) A pergunta é se terás referido isso em termos literais, quando mencionaste que cada decisão que tomamos se torna numa realidade numa outra dimensão?
ELIAS: Sim. Não vos estava a falar em termos conceptuais nem no sentido figurado. Já vos dei conta disso. Estava a falar-vos em termos literais. Tal como fingis na dimensão física, quando dizeis que deveis ter algures no vosso mundo um duplo, e na realidade, algures no vosso universo, possuís milhares de imagens espelhadas!
VICKI: Isso é assustador!
ELIAS: Isso não quer dizer que todas se assemelhem a vós. Algumas poderão assemelhar-se a... (a seres acinzentados e esquálidos”! (A sorrir)
VICKI: Por falar nisso, penso ter uma compreensão parcial daquilo que estás a referir. A pergunta que colocaria é a seguinte: porque é que ao longo de tantos anos me tenho sentido tão fascinada com este tema dos extraterrestres?
ELIAS: Por a tua essência sempre ter procedido a uma identificação da verdade e da realidade que isso envolve. Ao criardes uma manifestação física final, a vossa essência acha-se mais em contacto convosco, ou passais mais a tornar-vos uma parte dela do que aquilo que percebeis. Possuís um maior entendimento e ligação com a verdade. A interpretação que fizerdes poderá firmar-se num enfoque físico, mas a consciências da verdade que possuís acha-se presente. A esse respeito cada um escolhe o seu enfoque e ligação. Isso, em termos individuais - e no caso do Lawrence - correspondeu ao enfoque, por se tratar dum enfoque dimensional com que te envolveste bastante, e com que te identificas de perto. Tu escolheste manifestar-te e focar-te nessa dimensão. Tal como no caso da Dimin, que escolheu focos fora deste planeta, e se identifica com eles, o que a conduziu à sua última manifestação, subsiste uma grande consciência e identificação com esse foco.
VICKI: Uma outra pergunta. Os meus planos e os do Michael para sonhos em conjunto.
ELIAS: Sim? (A sorrir)
VICKI: Isso representará alguma possibilidade? (A rir)
ELIAS: O que é que pode constituir uma possibilidade? (Também a rir)
VICKI: Os nossos planos para nos juntarmos. Os nossos encontros. Os encontros que temos nos sonhos.
ELIAS: (A sorrir) Já destes início a tal empenho! Eu pergunto-te porque razão me questionas se o consegues fazer? Vós ambas, à semelhança de todas as essências que se acham envolvidas comigo, ou todas as essências em toda a parte, já possuís a habilidade de criar seja o que for que desejardes ou escolherdes, seja em que tipo de enfoque escolhais criá-lo. O vosso estado de sonhos constitui somente um outro enfoque. É igualmente tão real quanto esta realidade do estado de vigília!
CAROL: Poderás prestar-me alguma assistência em relação ao meu estado do sonhar, por não conseguir recordar. Cheguei apenas ao ponto de ter consciência de ter estado a sonhar a noite toda, mas não recordo nada. Ou isso faz parte do plano?
ELIAS: De facto, faz parte dum plano. Esse estado do sonhar comporta estágios. Esses são os mais fáceis de vos focardes, tal como numa outra cultura, quando ensinais os vossos garotos a meditar, não esperam que com um garoto de três anos se produzam os mesmos resultados que são obtidos com o vosso Dalai Lama! (Riso) No vosso estado do sonhar isso torna-se num enfoque natural para vós. Contudo, nesta cultura, foi-vos ensinado que os sonhos não passam de imaginação, e que não são “reais”. Por isso, tu praticaste durante muitos anos com respeito a essa disposição. Agora eu surjo e digo-vos para prestardes atenção! Não podeis dar a volta a isso como se dá ao manípulo duma torneira, automaticamente, pelo que precisais praticar. Levou-te muito tempo a deixar de prestar atenção. Agora vai levar-te algum tempo, mas não muito, a prestar atenção.
O facto de perceberes que estás a sonhar, já é bom. A seguir, trabalha a consciência e a união que obténs a fim de recordares. Mesmo que só recordes uma impressão, e não chegues efectivamente a visualizar, isso deverá servir de reforço para a tua consciência física, a qual por sua vez te possibilitará uma maior liberdade. Quanto mais praticares, mais dextra te tornarás. Quanto mais realizada te tornares nesse estado, mais te unirás à tua essência, além de passares a dispor dum maior prazer! Isso não é por uma questão de vos divertirdes, somente, apesar disso ser admissível, mas é que passais a experimentar uma existência mais alegre no vosso estado de vigília. Um estado afecta o outro. Eles interagem continuamente. Mas, se uma parte qualquer da vossa expressão for bloqueada isso passa a resultar num tipo de detrimento, seja de que tipo for. Toda a energia - coisa que já tive ocasião de referir – deve ser expressada. Ela acabará por se expressar, dê por onde der. O vosso estado de sono, ao contrário do que vos foi ensinado pela cultura em que vos achais inseridos, deveria ser considerado como algo bastante especial e digno de ser apreciado, por constituir uma expressão mais realista e abrangente da vossa essência. Também haveis de descobrir que obtendes uma maior liberdade e capacidade de criar o que quer que desejeis criar, nesse estado.
VICKI: Mal posso esperar ir para a cama! (A rir)
CAROL: Vou passar a adoptar todo um ponto de vista novo, em relação a isso. (Pausa) Poderemos colocar algumas perguntas pela vez do Donovan?
ELIAS: Podeis.
CAROL: Especificamente relacionadas com exemplos respeitantes à vida dele, e à da Roselyn Bruier, e do que o Donovan parece pensar poder ter sido possessão. (A este ponto o Elias expressa um total desespero, coisa que anteriormente só terá sucedido uma vez, acompanhado de muitas expressões faciais. Nós rimos todos)
ELIAS: Vou referir, uma vez mais, esse assunto. (O Elias suspira, e nós voltamos todos a rir) Já expliquei esse assunto pessoalmente ao Donovan, mas ele não presta atenção, só que já estou habituado a isso com o Michael, e suponho constituir um enfoque habitual neste desenvolvimento. No caso relacionado com a experiência que ele teve com a mulher que ele terá percebido como “possessa”, antes de mais, permitam que passemos a explicar ter existido um acordo entre essa mulher e a mulher dele. Tratou-se dum acordo que dizia respeito a uma troca de energias. Essa troca de energias constituiu uma expressão de partilha de descontentamento e de manifestação de ira, e na expressão de infelicidade neste foco actual. Diante dum sentimento de falta da capacidade para expressar esses enfoques emocionais de um modo e intensidade apropriados, foi decidido manifestar essa energia sob a forma de divisões. Essas divisões são constituídas por energia da personalidade. Isso não deve ser confundido com a divisão ou rompimento psicológico da personalidade no físico. Alguns, ao criarem bloqueios e produzirem o efeito de retenção (géiser), escolhem uma expressão em termos dessa energia por intermédio duma interpretação mística dessas. Podem exprimir-vos “pavor” em relação a essa natureza sem vos magoar. Podem dar expressão a comportamentos violentos sem que isso tenha qualquer repercussão em si mesmo por meio dum enfoque físico, por não reclamarem qualquer responsabilidade física por aquilo que estiverem a criar. Ao darem expressão a uma coisa dessas, manifestam a energia da sua expressão emocional numa outra “forma fantasma”. (Dito duma forma bem humorada, seguido de riso)
Quanto à situação da experiência da visita à prisão, esse indivíduo possui uma compreensão parcial das ligações que se operam entre as essências. Parcial – subentenda-se! Isso é comum no foco físico. Perguntaremos ao nosso bom amigo Donovan, se ele não terá consciência de algo de estranho que se estivesse a passar com esse indivíduo, quando ela optou por fazer uma reunião com o fito da compensação monetária em troca duma expressão espiritual? Isso não quer dizer que o indivíduo não se ache ligada, por que está. Mas ela também se encontra equivocada no foco físico que estabelece e tem permitido que um elemento demasiado focado no físico lhe provoque desgaste na direcção que estabelece. Direi ao Donovan que conseguir uma audiência com esse indivíduo, que ele acredita ter descoberto, lhe custaria agora muito dinheiro. A expressão desse indivíduo não resultou duma visualização efectiva de entidades ou essências “maldosas”, que, como já sabemos, não existe nenhuma, de qualquer modo. Tratou-se apenas duma expressão de desconforto em que esse indivíduo se colocou neste fórum (foco?) físico. O nosso amigo tem muita confiante nele, mas pode ser enganado. Sentes que esta resposta seja suficiente?
CAROL: Sinto, certamente que o é. Muito obrigado.
ELIAS: Não tens de quê.
CAROL: Pode representar mais do que o Donovan podia esperar!
ELIAS: Tereis mais alguma pergunta para esta noite??
VICKI: Já tenho bastante em que pensar!
ELIAS: Muito bem.
RON: Poderei colocar uma pergunta?
ELIAS: Podes. (A sorrir)
RON: Eu gostava de saber de que essência se trata que se reúne a ti nestas sessões, e que se senta ao teu lado. O homem maior.
ELIAS: Isso não corresponde a uma essência que se “junta a mim”. Trata-se duma manifestação minha que tu visualizas. Reconheço que tens uma percepção excelente da minha essência, mas posso-te colocar uma pergunta? (O Ron acena afirmativamente. De notar que esta foi a primeira vez que o Elias coloca uma pergunta deste tipo a um membro do grupo) E então, que pensas de mim??
RON: Estou altamente impressionado!
ELIAS: Obrigado. Eu procuro (impressionar)! (A rir)
RON: Mas consegue-lo bem!
ELIAS: (Dito com muito humor) Eu diria que sou bastante artístico e criativo, não concordarás? (Riso generalizado) E modesto, também!
VICKI: E maravilhoso!
ELIAS: Sem dúvida! (De novo, muito riso) Fico a ansiar pelo nosso próximo encontro e por expressões de diversão que resultem a partir de agora e até então, à nossa próxima sessão, e fico a aguardar por uma expressão de bom-humor da vossa parte, nessa altura. Podeis permitir-vos brincar. É salutar, além de ser “bom para vós”! E talvez, também venha a visitar-vos, ou talvez vos venha
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