Domingo, 28 de Abril de 1996
Tradução: Amadeu Duarte
Participantes: Mary (Michael), Vicki (Lawrence), Ron (Olivia), Jim (Yarr), e Jene (Rudy).
Elias chega às 8:37 da tarde.
ELIAS: Boa noite. (A sorrir) Vamos rapidamente prosseguir com o tema dos Eventos da Fonte. Eu declarei que os eventos das massas consistem na manifestação que brota duma interpretação dum Evento da Fonte. Os eventos individuais representam a expressão da interpretação dum evento de massas. (A sorrir) Por isso, podeis considerar o que designais por filtragem da interpretação dum Evento da Fonte. Nas vossas realidades individuais, vós manifestais interpretações de eventos de massas. Vós encontrais-vos todos ligados. (Pausa) Vamos ter alguma dificuldade nesta área, com o Lawrence! (Com riso forçado para a Vicki)
Vós não percebeis isso desse modo, porque percebeis estar individualmente focados e desligados de toda e qualquer outra forma de consciência e essência; só vós; separados. Sois únicos naquilo que sois, mas não existis em separado. Por isso, sois influenciados pela consciência das massas, e ela é filtrada para a vossa experiência individual. Vós manifestais a vossa própria interpretação das massas. (Faz uma pausa, a sorrir, e coloca a sua face exactamente na cara da Vicki) A “implicar!”
RON: Posso fazer uma pergunta? Muito bem, eu tenho algumas perguntas. Na semana passada abordamos os Eventos da Fonte no nosso jogo, ao apontarmos uma categoria. Existirão palavras para os Eventos da Fonte no nosso idioma?
ELIAS: (A sorrir) Na realidade não existe; mas eu aceitarei qualquer conceito mais aproximado que possais associar à acção do Evento da Fonte. Essa informação já foi apresentada.
RON: Então assemelha-se mais a um evento de massas, neste caso.
ELIAS: Não. Volto a repetir; essa informação já foi apresentada. Vós vedes essa categoria como uma outra categoria em relação à qual é difícil de estabelecer ligação. Na realidade, possuís mais informação sobre essa categoria do que sobre muitas outras categorias. Por isso, essa categoria deverá ser mais fácil!
RON: Mais uma pergunta. As matemáticas poderiam ser consideradas como um evento de massas?
ELIAS: (Avalia) Existem diferentes interpretações para esse termo particular. Em toda a abrangência da realidade que tem, não será considerado um evento de massas individual.
RON: Deve ser mais vasto. (Elias sorri e acena afirmativamente) Muito bem. Obrigado.
ELIAS: Vou referir também que os vossos Eventos da Fonte, constituindo uma acção criativa, também incorporam ausência de esforço, o qual, desimpedido das vossas crenças e da interacção que gerais, incorpora uma ausência de esforço por meio da filtragem que sofre. Vou sugerir um exemplo. Num Evento da Fonte, as manifestações constituem os focos físicos; as criações físicas. Vamos destacar aquilo que percebeis como manifestações dotadas de vida. Nessa medida, engloba muitas acções, todas caracterizadas por uma ausência de esforço.
Vós criais uma manifestação física. Ela passa a existir e revela-se funcional. Opera sem a menor interacção consciente da vossa parte. Vós não entrais na manifestação física para passardes a expressar a vós próprios, a cada dia da vossa existência: “Hoje vou crescer!” Não vos voltais para os vossos órgãos físicos nem para o vosso sistema circulatório dentro do vosso organismo a explicar-lhes com devem operar, ou como utilizar a acção física que exercem. Não ingeris mantimentos para passar a explicar ao vosso estômago: “Agora, começa lá a digerir!” Não explicais aos vossos olhos que eles devem operar visualmente e que precisam fazer uso da cor na visão que geram. Vós não interagis, num contexto de explicação, com a vossa manifestação. Ela faz uso da acção do movimento, do crescimento, do desenvolvimento assim como de todas as acções que empreende duma forma destituída de esforço. Se não interferis na manifestação, ela prossegue na sua manifestação duma forma isenta de esforço.
Isso não quer dizer que não possais interagir duma forma consciente com essa manifestação e alterar o seu desempenho, porque podeis. Podeis manifestar uma enfermidade. Podeis sofrer o que designais por “acidente”, o que não corresponde a acidente nenhum! (A sorrir) Podeis desmembrar essa manifestação. Podeis optar por passar a interagir com a funcionalidade que o cérebro ou o sistema respiratório desempenham. Podeis interagir frequentemente com o vosso sistema respiratório, se o desejardes. Com base na excitação ou na depressão, podeis afectar o processo natural da vossa própria respiração; por a vossa consciência no foco físico ser bastante influenciada pelos eventos das massas, os quais são influenciados pelas crenças, as quais, por sua vez, vos desviam de toda a expressão destituída de esforço. (A sorrir para a Vicki e a dar risadas; ele está a adorar!) Estou a antecipar uma inundação de perguntas! Sim, Lawrence? (Pausa prolongada)
VICKI: Nem sequer sei se posso formular a pergunta por não compreender muito bem. (Elias ri) Apesar da declaração que proferiste anteriormente, em relação à expressão individual como estando ligada ao evento das massas - poderias dar-me um exemplo disso?
ELIAS: (A sorrir) Vamos voltar à nossa questão inicial dos eventos das massas que se dão na consciência. Podes responder à tua própria pergunta tal como eu!
Tu interrogaste-me anteriormente sobre os casos dos indivíduos que geram enfermidades na área das gripes, o que constitui um evento de massas; mas cada um gera essa actividade no seu próprio foco e pelas próprias razões. Por isso, o factor inerente às massas estende-se ao foco individual físico, e passa a ser incluído. Os vossos sistemas de crenças constituem um elemento dos eventos de massas. As vossas crenças influenciam toda a vossa manifestação individual. Por isso, não tem importância o assunto em que possais escolher focar-vos. Todas as manifestações que optais por incorporar são influenciadas por eventos de massas. O que optais por usar, na área do vestuário, é influenciado por eventos de massas. O que escolheis consumir, ao nível individual, é influenciado pelos eventos de massas. Não existe expressão que empregueis que não envolva uma base em eventos de massas e sistemas de crenças. (Pausa prolongada)
Tereis mais alguma pergunta, esta noite? (Pausa) Muita tagarelice está a ter lugar em meio a este silêncio! (Pausa prolongada) Vós passastes por muitas experiências recentemente, e ainda assim deparo-me convosco “caladinhos como ratinhos”! (Outra pausa)
RON: Bem, somos tão vastos que não temos mais necessidade de colocar mais perguntas!
ELIAS: Ah. Muito bem. Vou–me pôr em debandada! (Riso)
RON: Tudo bem. Eu estava apenas a brincar! (Outra pausa prolongada)
ELIAS: Muito bem. Vou fornecer-vos um pequeno volume de informação destinada à Rudy. Estás a aproximar-te duma identificação. Procura perceber-te, e confiar também em ti própria. Dispões duma espantosa faculdade didáctica.
JENE: Poderias explicar-me o que queres dizer por “didáctica”??
ELIAS: Eu vou...
JENE: Obrigado.
ELIAS: ...dizer-te que tu irás investigar o termo, por o estar a utilizar de modo intencional de forma a não o substituir por nenhum outro que automaticamente se foque numa outra direcção (qualquer). Nesta explicação, quando obtiveres a definição que encontrares, lembra-te que não desejo que passes a adoptar automaticamente o sentido chave dessa definição; porque o teu pensar alinha por uma área associada a uma palavra e eu desejo que isso se expanda. Tu já deste início a essa jornada, conforme declarei anteriormente. Agora, encontras-te a avançar.
JENE: Óptimo!
ELIAS: Presta atenção ao concelho que recebes e à interacção que estabeleces com o Michael, a qual comporta uma enorme validade; que eu também te hei-de validar essa interacção.
JENE: Obrigado.
ELIAS: Dir-te-ei eu a ti, um obrigado! Costumo insistir com frequência junto desta essência, mas nem sempre obtenho uma resposta! Ela tem bastante noção da teimosia de que padece, tanto quanto eu. Vou manifestar reconhecimento em relação a mim próprio, por a paciência consistir igualmente numa virtude, à qual recorro com abundância junto deste indivíduo! (Riso)
VICKI: Eu tenho uma pergunta acerca da Rosa, se me for permitido mudar de assunto.
ELIAS: À vontade.
VICKI: Os gémeos serão trigémeos?
ELIAS: Ah! O Lawrence está a dar ouvidos às impressões que tem. Muito bem! Estendo-te o meu reconhecimento. (A sorrir, seguido duma pausa)
VICKI: Além disso, haverá algo que queiras dizer em relação a esta transcrição, antes de a completar? (Referindo-se a uma impressão de que o Elias tivesse sentido algo em relação à transcrição de 21/04/96)
ELIAS: ( A rir) Asseguro-te de que não sei do que falas. Esta malta é tão diligente a presumir que eu interaja com todas as facetas da sua realidade! Uma explicação pode ser tão simples quanto uma disfunção...ou talvez não!
VICKI: Ou talvez não!
ELIAS: Podes prosseguir com a tua transcrição. Pode prevalecer... por hora. Dir-te-ei que existe um elemento da minha interacção convosco que se destina expressamente a fazer-te a observar e dar atenção, por ser importante que faças uso das percepções intuitivas que tens. Estamos a passar para uma outra área. Reconheço a atenção que estás a dar. (Pausa) Desejareis colocar mais perguntas? (Outra pausa)
JENE: Elias, eu tenho uma pergunta. Relativamente aos câmbios na energia que ocorrem nas sessões, como uma dádiva, como apreço em relação à Mary, ao Michael, e ao grupo e pelo futuro do que me parece venha a ter lugar, existirá alguma forma de oposição quanto a uma troca de impressões?
ELIAS: Não.
JENE: Obrigado.
ELIAS: Devo dizer-te que já me referi anteriormente a isso. Não dei uma explicação muito extensa porque, na teimosia que caracteriza o Michael, ele não aceitaria a informação que eu estava bastante preparado para sugerir.
O Michael ainda tem dificuldades em determinadas áreas. Por isso, em relação a essas dificuldades, reservo toda e qualquer interacção; Mas também me expresso com sinceridade quando abordado. Isso já me foi dirigido previamente, ao que dei a mesma resposta. Essa não é uma expressão incorrecta, só que envolve muitas crenças. O Michael também apresenta crenças vigorosas noutras áreas, sendo uma delas a da cura, em relação à qual também manifesto respeito ao não lhe sugerir informação até que se encontre preparado. Eu tinha referido que cada um pode expressar-se na área da troca de impressões, de acordo com o que achar apropriado.
Também devo dizer que muitos de vós tiveram conhecimento, em parte, das prioridades que elegemos. Podeis não ter sintonizado essas prioridades na sua inteireza ou na actual direcção que tomam, mas muitos sintonizaram-nas, com os seus sentidos interiores, duma forma parcial; à qual haveis de recorrer. O Michael ainda não experimenta isso. Conforme tinha referido nas primeiras sessões, eu permiti que ele passasse a convidar as pessoas para as nossas sessões por uma questão de se sentir confortável. Também referi não ter dificuldades em relação a isso. A esse título ainda subsistem dificuldades, neste exacto instante, que o Michael comporta e que deverão sofrer uma alteração. Ele apenas precisa alargar os horizontes que tem, que logo passará para essas áreas. Por isso, eu reconheci isso no vosso pensar individual - no pensar de alguns de vós que podeis pensar diferentemente do Michael, - o facto de não estardes errados; mas ele também não está errado em relação a ele próprio, presentemente! (A sorrir de modo afectuoso) Isto responderá à tua pergunta?
JENE: Responde, de facto. Obrigado.
ELIAS: Não tens o que agradecer.
JIM: Às minhas também. Obrigado.
RON: Eu tenho uma outra. Numa noite destas, no encontro transfocal que tivemos... (termo empregue pelo Ron para designar regressão a uma vida passada)
ELIAS: Emprego de terminologia esse que é bastante criativo!
RON: Obrigado. Quando a Vicki se propôs como sujeito, quando o Lawrence se propôs como sujeito, e eu estava a anotar as coisas antes dele as proferir... Como foi que consegui essa proeza? (Riso)
ELIAS: (A rir) Em primeiro lugar vou-vos dizer a cada um que podeis empregar o nome do foco, que eu entendo a quem vos dirigis. Posso optar por empregar o vosso nome da essência, mas estou igualmente ciente do nome físico que empregais. (Faz uma pausa, a sorrir) Como conseguiste essa proeza? (Riso) Um momento; preciso obter acesso aos “ficheiros cósmicos”. (Desatamos todos a rir)
RON: Bom, tenho mais ou menos uma ideia de como o terei conseguido. Só queria saber qual...
ELIAS: Ah! Surgiu-me agora mesmo! (Riso) Estavas a fazer uso do teu sentido intuitivo. Não estavas a empregar sugestão nenhuma. Estavas a sintonizar o que poderás perceber como a expressão bastante “repentina” duma interacção precognitiva. Na realidade, isso nada tem de precognitivo, por suceder em simultâneo.
Vou-vos estender uma breve explicação baseada no enfoque físico da simultaneidade do tempo, a qual deverá tornar-se ligeiramente fácil de empregar em determinadas áreas. Se pesquisardes a informação que já é do vosso conhecimento na área do que percebeis como a teoria do movimento do tempo e da luz, o próprio aspecto do vosso Sr. Einstein adiantou-vos que, à medida que vos aproximardes da velocidade da luz, por assim dizer, o vosso tempo abrandará. E se excederdes a velocidade da luz, o vosso tempo começará a inverter-se. O pensamento constitui uma realidade. O pensamento é capaz de viajar mais rápido do que a luz. Por isso, num único pensamento, podeis experimentar o que percebeis como sendo o passado. Isso pode tornar-se-vos útil à medida que vos envolveis nesse novo jogo (Regressão da Memória), e passais a experimentar mais a realidade da simultaneidade do tempo inerente a essa experiência. Apenas precisais recordar que o pensamento representa uma realidade.
VICKI: Estaria a Kasha igualmente a fazer uso do sentido intuitivo?
ELIAS: Não. Naquilo que percebeis e compreendeis como sendo o vosso sentido intuitivo, isso não representa uma acção que ela tenha empregue. Isso, na realidade constituiu uma experiência de partilha. Por isso, representa uma ligação com o que designais por memória. Por isso, não precisa ser intuição ou empatia, por também representar a experiência do indivíduo. Só que passa a ser recordada.
VICKI: Interessante. (Pausa) Com respeito às trigémeas, será o nome da essência da mãe, Madeline?
ELIAS: (A rir) És muito trapaceira! Já tive ocasião de responder com respeito a esse nome da essência. (A rir) Boa tentativa!
VICKI: Obrigado!
ELIAS: Vamos avançar para o nosso jogo!?
VICKI: Eu tenho uma outra pergunta rápida.
ELIAS: Ah, inquiridora!
VICKI: Só por uma questão de curiosidade, porque terá sido “bastante adequado” que eu tenha recebido a minha gatinha das mãos do Michael?
ELIAS: Já referi que isso constituiu uma acção que se deu em resposta à iniciação. Tal como cada um de vós passa pela experiência da acção em resposta ao iniciador, no âmbito de outros elementos, isso tem seguimento.
JIM: Em relação a esse gatinho, mesmo a iniciação porque passei há dois meses atrás, no envolvimento que tive ao dizer a essa tipa onde devia levar os gatinhos e o que fazer com eles - isso terá feito parte do facto dela ter recebido o gatinho?
ELIAS: Todas essas acções fazem parte da manifestação pessoal, porque todas essas expressões se acharem interligadas. Percebeis ser de tal modo singulares que na percepção que tendes, percebeis toda a acção individual como desligada das outras e das manifestações. Isso está errado. Toda a acção que empregais, quer estejais a interagir com um outro indivíduo qualquer ou não, está ligada e afecta os outros indivíduos, assim como a totalidade da consciência.
JIM: Ena pá! Espectacular! (Pausa prolongada)
ELIAS: As percepções que tendes estão a sofrer uma influência, por vos estardes a permitir expandir-vos. Percebes o que a Rudy possa expressar-se em termos dum “optimismo extremo” como uma coisa negativa. Na realidade é capaz de representar uma expressão de percepção relativo à protecção mais destituída de esforço, por não incorporar essa ”densidade” de energia. Por isso, com a expansão e a alteração da vossa percepção, também podereis mudar a ideia que tendes do optimismo extremado, e passar e incorporar uma perspectiva disso mais amigável. Também podeis perceber muitos mais aspectos da vossa realidade com tal percepção do que podereis perceber segundo o que designais por “negatividade”. Existem sempre mais do que designais por elementos positivos em cada acção do que negativos, por isso constituir uma expressão natural da vossa essência. (Pausa) O jogo, Holmes!
...
ELIAS: Muito bem! por esta noite vou terminar. Expresso um afecto carinhoso àqueles que se acham presentes, e dentro de pouco tempo retornarei para voltar a interagir convosco. Ar revoir!
Elias parte às 9:43 da noite.
© 1996 Vicki Pendley/Mary Ennis Todos os Direitos Reservados
Copyright 1996 Mary Ennis, All Rights Reserved.