Domingo, 18 de Março de 2001 (Grupo/Nova York)
Tradução: Amadeu Duarte
Participantes: Mary (Michael), Ben (Albert), Edward (Colleen), Frank (Christian), Frank (Tyne), Joanne (Gildae), John (Rrussell), Kathleen (Bonelle), Luanne (Inez), Maria-Elena (Ginerro), Marj (Grady), Mike (Mikah), Miriam (Zymian), Robert (Ben-Adi), Robin (Renea), Rodney (Zacharie), Suki (Lissethe), Ted (Cara)
ELIAS: Boa noite!
GRUPO: Boa noite! Olá, Elias!
ELIAS: Damos as boas vindas às novas essências que se acham presentes nesta noite! AH AH! Bem vindo, Christian!
FRANK: Olá, Elias. Como estás tu? (Riso)
ELIAS: Ah ah! Estás a divertir-te com as fantasias de maldade que andas a tecer? (Riso generalizado)
FRANK: Sinto-me bastante satisfeito, muito obrigado! (Elias sorri)
ELIAS: Muito bem! Numa atitude verdadeiramente ilustrativa da expressão da aceitação, as pessoas andam presentemente a investigar os focos notáveis que têm (de modo bem humorado) e a permitir-se ver o quão maus e prejudiciais foram em existências anteriores! Ah ah ah ah! Além de estarem a colher uma enorme satisfação, imagino. (A rir)
FRANK: De facto.
ELIAS: Mas SEM darem lugar à culpa nem à punição...
FRANK: Isso é coisa que não farei.
ELIAS: ...por isso não passar de escolhas, não é mesmo? (A sorrir) Mas eu posso-te dizer, Colleen, não existe carma; por isso, não tem importância! Ah ah ah! Esta noite vamos DIVERTIR-NOS! (Riso geral)
Proponho que coloquemos em debate questões respeitantes ao modo como criais a vossa realidade em relação à criação dum relacionamento convosco próprios. Ah ah ah! (Muito bem humorado) Isto não soa um tanto intrigante? (Riso geral) Não com os outros, mas um relacionamento convosco próprios, desse modo permitindo-vos criar uma abertura em relação aos outros. (A sorrir) Esta será a sessão da “Concentração em vós próprios”. (A sorrir)
Sê bem vindo, meu amigo, Zacharie!
RODNEY: (Ri) Eu tenho uma pergunta!
ELIAS: Ah, mas é claro! (Riso)
RODNEY: Da última vez falamos sobre isso, só que duma forma breve. De que modo a sexualidade desempenhará uma função na forma como criamos a nossa realidade?
ELIAS: Ah, uma pergunta bastante vaga. Não quererás...?
RODNEY: Não em relação à biologia nem ao sexo, mas perguntei-te... a função básica das emoções assenta na comunicação...
ELIAS: Exacto.
RODNEY:...e a consciência polariza-se em termos de emoção e de sexualidade.
ELIAS: Nesta dimensão.
RODNEY: Por isso perguntei-te, “Que função desempenhará a sexualidade?”, para além da óbvia, é claro.
ELIAS: Justamente.
RODNEY: E tu respondeste, se bem me recordo, “A outra função que desempenha é a da manifestação.”
ELIAS: Da realidade física.
RODNEY: Então esta noite disseste que ias falar sobre o modo como criamos a nossa realidade...
ELIAS: Em relação a vós.
RODNEY: Oh! Então o sexo fica de fora, não? Muito bem.
ELIAS: Ah! (Riso) Deixa que te diga, Zacharie, que a sexualidade não consiste meramente na expressão sexual, segundo a concepção que dela fazeis.
RODNEY: Eu sei.
ELIAS: Essa é uma expressão bastante limitada, e consiste apenas numa função que a sexualidade assume, por sinal uma função diminuta, segundo os termos que empregais. Pode dar lugar à criação duma tremenda sensação, (A sorrir) mas não passa duma função diminuta. (Riso) Ah ah ah ah!
Nesse sentido, a sexualidade é o aspecto desta dimensão, o elemento base desta dimensão que vos cria todas as manifestações físicas. A emoção estabelece a comunicação. A sexualidade cria a manifestação física de toda a vossa realidade.
Eu expressei-vos a todos desde o início deste fórum que identificais toda a vossa realidade em termos sexuais. É por tal razão que escolhemos a terminologia da sexualidade como identificação do elemento base da vossa realidade – um dos elementos básicos – porque vós procedeis à identificação de sexo em tudo o que criais, até mesmo em relação à energia. Todo e qualquer movimento é definido em relação ao género e à sexualidade nesta dimensão física.
RODNEY: Por nós?
ELIAS: Sim.
RODNEY: Ou tratar-se-á duma verdade básica, por assim dizer?
ELIAS: Ah! Isso não é uma verdade. Uma verdade, tal como referi, pode ser definida como uma expressão que prevalece em todas as dimensões e ao longo de todos os aspectos da consciência.
Muitas das expressões que criais nesta dimensão física em particular são relativas a esta dimensão e NÃO têm aplicação noutras dimensões nem noutras áreas da consciência, até mesmo as matemáticas! (A rir) Essa não é a língua universal! Ah ah ah ah ah!
Sim?
KATHLEEN: Olá Elias, sou a Kathleen.
ELIAS: Sê bem vinda!
KATHLEEN: Obrigado. Eu tenho uma pergunta a colocar-te. Nos últimos sete meses tenho vindo a encontrar-me com alguém. Durante semanas foi estupendo, mas de repente atingimos um ponto de atrito e atolámo-nos. Será verdade que quando sentimos uma atracção por alguém, quanto mais forte for essa atracção mais ele tenderá a revelar-nos a nós?
ELIAS: ESSA é uma pergunta que alinha com o assunto em discussão! (Riso)
RODNEY: Não digo mais nada!
ELIAS: AH AH AH AH! Bom; quanto à associação relativa à dúvida sobre a exactidão do “Quanto mais atracção sentirmos pelo outro, mais ele nos espelhará ou reflectirá de volta”, posso-te dizer que não, não necessariamente.
Ora bem; podeis prestar mais atenção, mas o reflexo não será necessariamente maior. Qualquer indivíduo com que vos depareis no vosso foco, seja em que altura for, é um reflexo de vós.
Atraís a vós outros indivíduos de forma intencional. Não existem acidentes nem coincidências. Cada indivíduo que penetre a vossa esfera da realidade, vós tê-lo-eis atraído a vós, a fim de servir de reflexo de algum aspecto vosso.
Bom; isto não que dizer que objectivamente presteis a tenção a todos esses reflexos, e essa é uma das razões, por assim dizer, porque tendes tão pouca familiaridade convosco próprios e NÃO criastes um relacionamento genuíno convosco, por NÃO estardes a prestar atenção a tudo o que sugeris a vós próprios em termos de informação através do acto de reflectir. Não só os indivíduos vos reflectem como também as vossas criaturas vos reflectem de volta, e toda a vossa realidade percebida vos reflecte aspectos de vós próprios.
Vós prestais atenção com maior clareza aos outros do que a outros aspectos da vossa realidade física, e prestais mais atenção àqueles com quem estabeleceis laços de intimidade. Eles não vos reflectem mais, só que vós prestais mais atenção ao que exprimem e como tal propondes a vós próprios uma oportunidade de perceber o reflexo com maior clareza.
KATHLEEN: Então, quando dizes que estou a perceber o reflexo, é... tudo bem, não terei notado esse reflexo em mais ninguém há cinco anos atrás por não estar preparada para o perceber? E estou preparada agora para perceber o que esta pessoa está a tentar revelar-me?
ELIAS: Sim, de certo modo. Muitas vezes não prestais atenção ao que é reflectido pelo outro indivíduo por não terdes vontade de olhar para vós. Isso traduz a situação de manterdes a vossa atenção fora de vós, mas mantendo-a fora de vós também bloqueais a criação dum relacionamento convosco próprios.
Bom; permiti igualmente que refira que esta declaração da “criação dum relacionamento convosco próprios” soa muitas vezes algo confusa para muitos, por usardes definições específicas na vossa terminologia. O termo “relacionamento” implica, segundo os termos que empregais, uma participação de mais do que um elemento, mais do que um indivíduo, mais do que uma entidade. Vós estabeleceis relacionamentos com outros indivíduos; criais relacionamentos com criaturas; criais relacionamentos com a vegetação; podeis mesmo estabelecer um relacionamento com o que designais por planeta, ou com os outros planetas. Mas existe uma implicação que se expressa no facto do relacionamento ser criado entre mais do que uma entidade, e vós percebeis-vos como uma entidade. Por isso, a própria declaração de “criar um relacionamento convosco próprios” gera uma certa confusão, pois, de que modo podereis estabelecer um relacionamento convosco próprios se só constituís um indivíduo? Com o que participareis? Com que passareis a interagir?
Mas posso-vos dizer que o modo por meio do qual criais a vossa realidade física nesta dimensão PASSA por vós, na sua totalidade. Não interagis directamente com mais nenhum indivíduo como expressão duma outra essência. Não interagis com mais nenhuma manifestação exterior a vós apesar de situardes a vossa atenção fora de vós com frequência e duma forma consistente; porque as crenças que abrigais dizem-vos estardes a interagir com criações que vos sejam exteriores e que não constituem um elemento vosso.
Posso-vos dizer que na actualidade cada um de vós constitui um indivíduo presente nesta acomodação de espaço. Cada um de vós constitui uma manifestação, um foco da atenção de cada uma das vossas essências, e cada um de vós cria as suas projecções e a percepção que tem de cada um dos demais presentes.
Aquilo com que interagis directamente é a recepção da energia de cada indivíduo que vos é projectada, e vós recebeis essa energia e procedeis à criação duma tradução. A tradução é proposta por intermédio da vossa percepção e a partir dos planos da energia que tereis recebido da parte de cada indivíduo presente, vós criais uma projecção de cada um desses indivíduos. Mas é com ISSO que interagis, com a percepção de cada um desses indivíduos.
Por isso, ao empreenderdes uma relação com um outro indivíduo... (Elias transfere o olhar para outro participante) Presta atenção! (Sorri) Ao empreenderdes um relacionamento com outro indivíduo, vós criais o que esperais criar. Vós criais aquilo que é influenciado pelas crenças que sustentais, por estardes a criar a percepção que tendes desse indivíduo. Vós criais o que esperais, e por intermédio da própria influência inerente às vossas crenças e à avaliação que fazeis de vós próprios, o modo como vos encarais a vós próprios, isso é o que é projectado no exterior.
O outro indivíduo expressa-vos energia, do mesmo modo que vós. Ela não vos é projectada individualmente nem vos diz respeito de modo singular. É projectada a título duma demonstração da energia a título de escolha de cada um. Todos vós criais essa função. Também criais todos interpretações e traduções de todo esse movimento da energia. Mas o que vos influencia a tradução e a interpretação que fazeis, o é projectado por intermédio da percepção que tendes numa realidade factual, é o que VÓS criastes.
Ora bem; dizei-me, vós criais uma relação com outro indivíduo e na percepção que tendes podeis experimentar um certo tempo em que sintais satisfação e não experimenteis conflito, mas depois passais por uma altura em que experimentais atrito. A questão não diz respeito ao outro indivíduo; a questão não tem que ver com o relacionamento. A questão a dar atenção diz respeito a vós, mas que estais a criar nesses instantes, e que estareis a experimentar nesses momentos? Que estareis a comunicar a vós próprios nessas alturas? A que estareis a dar expressão a vós próprios através da comunicação que estabeleceis por intermédio das emoções?
Porque eu vou declarar uma vez mais, em benefício de quantos não tiveram oportunidade de participar nas sessões e interacções recentes, que a emoção JAMAIS constitui uma reacção. A emoção SEMPRE traduz uma comunicação. Portanto, ao experimentardes emoções, estais a comunicar a vós próprios, e essa comunicação comporta uma identificação precisa do que estais a criar e das associações que estabeleceis no momento. Apenas vos parece que a emoção constitua uma reacção, porque o hábito que tendes, em relação à atenção, é o de a manter fora de vós, pelo que passais a prestar atenção antes de mais à experiência objectiva ou à acção.
O que não quer dizer que a emoção não esteja presente; apenas não prestais atenção à sua presença. Geralmente prestais atenção subsequentemente porque - e (em particular) nesta dimensão - a vossa atenção - tal como a tereis concebido há milénios – traduz-se pelo acto de a dirigirdes para fora de vós, só depois voltando-a para vós numa situação qualquer.
Vós estais a alterar literalmente toda a vossa realidade neste tempo. Estais a experimentar e a tomar parte numa mudança de consciência que vos está a alterar TODA a vossa realidade, literalmente. E nesse sentido, estais a redefinir muitos aspectos da vossa realidade, e ao redefini-los estais a expandir a consciência que tendes e estais a permitir-vos uma compreensão mais clara daquilo que criais precisamente e do modo como o criais nesta realidade física, e nesse movimento estais a começar a permitir-vos ter consciência de que TUDO aquilo que criais é o que VÓS criais – e não é criado pelos outros.
As vossas imagens objectivas são abstractas e mudam continuamente. O que detém significado é a vossa percepção, por constituir o mecanismo que vos cria a realidade física efectiva; e aquilo que vos influencia essa percepção, esse mecanismo, não muda com tanta frequência quanto as vossas imagens objectivas.
Posso-vos dizer a todos que cada indivíduo aqui presente esta noite já passou pela experiência de alturas em que terá estendido a si próprio muitos ou vários tipos de expressão, experiências, subsequentemente ao que, terá oferecido a si próprio informação no que vós nos vosso termos mundanos expressais como “Unir as pontas” e dito para consigo: “Ah ah” dei lugar a diversas experiências que me estão a tentar sugerir a mesma mensagem!” Não tereis experimentado isso? (Concordância generalizada) Isso é bastante comum nesta dimensão física.
Porque a vossas imagens objectivas... aquilo que percebeis no vosso meio ambiente, no vosso mundo, seja em que expressão for que designeis como exterior a vós, todas essas criações constituem a vossa imagética objectiva, e as imagens objectivas são abstractas; por serem passíveis de se alterar continuamente. Estão continuamente em mudança, por serdes seres altamente criativos, e sem essa expressão criativa, vós aborreceis-vos! (Riso) Por isso, dais lugar à criação de muitas expressões objectivas diferentes a fim de proporcionardes a vós próprios a mesma mensagem.
EDWARD: Espera aí...
ELIAS: AH AH AH AH AH!
EDWARD: ...mas ela estava falar do conflito.
ELIAS: Sim, Colleen.
EDWARD: Existem duas pessoas... bom, podem haver mais, mas neste caso particular estamos a falar de relações e acontece estabelecerem-se entre dois indivíduos... assim como pode tratar-se de nós próprios!
ELIAS: Precisamente.
EDWARD: Muito bem, então uma pessoa apresenta o conflito de determinado modo, talvez de modo agressivo ou... e a outra procura passivamente quer afastar-se quer lidar com ele, qualquer que seja o caso.
ELIAS: Sim.
EDWARD: Mas parece que seja como for, se tentarmos afastar-nos ou isso, ainda o estaremos a criar na mesma... como havemos de interromper o ciclo da criação disso?
ELIAS: Ah! Aí reside a questão! Estendo-te o meu reconhecimento, Colleen. Porque a questão não assenta na RAZÃO porque estais a criá-lo mas no QUE estais a criar, e no modo como podeis alterar a criação disso.
Ora bem; ao reconhecerdes que o outro vos reflecte algum aspecto de vós próprios e de que na realidade estareis a criar esse cenário, podeis deter-vos e permitir-vos prestar atenção ao que estiver a ser expressado, e podeis examinar no vosso íntimo que associação ESTABELECEIS em relação ao que estais a criar, o que estareis a expressar no vosso íntimo. Que estareis a negar nas vossas escolhas em meio a esse conflito? Qual será o medo que sentis? Que estareis a desvalorizar no vosso íntimo?
Porque eu posso-vos dizer que geralmente, com no caso de conflito vós negais a vós próprios uma escolha, e perpetuais esse conflito ao expressardes atitudes de defesa, e TODOS vós expressais atitudes automáticas de defesa.
EDWARD: Quem? (Riso)
ELIAS: Bom; no que encarais como sendo termos práticos, vamos usar este exemplo que sugeriste. Digamos que outro indivíduo vos aborde e vos expresse hostilidade. Nesse momento, qual será a resposta que isso evocará da vossa parte?
EDWARD: Pessoalmente, fecho-me.
ELIAS: Atitude automática de defesa.
EDWARD: Sim, apenas o acto de me fechar.
KATHLEEN: Tu és homem – e todos os homens se fecham! (Riso, enquanto Elias ri alto)
EDWARD: Bom; isso soa demasiado simplista! Porque a pessoa com quem vivo, o meu companheiro, também é homem, e ele não se fecha, pelo que parece demasiado...
ELIAS: Tens razão. Isso não tem que ver com a expressão sexual mas é uma expressão que MUITOS criam. É outra expressão de defesa, e nos vossos termos, existem MUITAS expressões de defesa, sendo essa apenas uma delas. Outro indivíduo poderá envolver-se mais e no entanto dar expressão igualmente a atitudes de defesa. É meramente uma diferença da camuflagem, uma diferente expressão dessa mesma atitude de defesa. É uma acção automática que todos vós assumis.
Se perceberdes que vos estão a projectar uma energia que vos ameace, se a percepção que tiverdes for a de estardes a ser ameaçados, haveis automaticamente de expressar uma atitude de defesa; mas a defesa pode assumir a expressão não apenas de agressão como pode assumir a expressão inerente à simplicidade da diferença. Porque, como empregais diferenças na percepção, percebeis o facto como ameaçador, por vos validardes por intermédio da semelhança. Vós buscais a semelhança e a uniformidade. E se os outros expressarem o contrário, isso passa a ser inadmissível, e vós exprimis para convosco próprios não compreenderdes.
Deixai que vos diga, os outros na realidade não são diferentes de vós. Eles poderão objectivamente revelar diferentes escolhas e dar expressão a diferentes formas de conduta, por acederem a diferentes qualidades da consciência e as expressarem através da realidade física objectiva, mas vós sois TODOS compostos de consciência. Todos vós detendes as MESMAS qualidades. Apenas escolheis explorar diferentes expressões dessas qualidades, mas como optais por explorar diferentes expressões, vós focais a vossa atenção nessas qualidades, e explorais a própria expressão que lhes dais em total exclusão da aceitação das outras expressões inerentes a essas qualidades por serem distintas, e estardes a prestar atenção à escolha que ESTABELECEIS em relação às qualidades.
Isso não é errado nem é prejudicial. Só que no contexto desta moldura temporal da mudança de consciência vós estais a propor a vós próprios a oportunidade de expandirdes a consciência que tendes e de passardes a aceitar todas as escolhas inerentes à expressão emitidas por parte dos outros, com um reconhecimento de também vos dizer respeito, porque não se situariam na vossa realidade se não escolhêsseis igualmente essas expressões.
EDWARD: Então isso pode explicar toda a ideia de... porque nos relacionamentos, uma das coisas que ocorre em muitas situações de conflito é começarmos a autodestruir-nos. Quererá isso dizer que teremos começado a fechar-nos pela noção de não sermos iguais... querermos igualar-nos aos outros em vez de reconhecermos as diferenças? Decidimos basicamente... é quase um modo interior de auto destruição, seja lá de que modo for.
ELIAS: Precisamente, e quanto mais vos desvalorizardes e não aceitardes, mais projectareis isso no exterior e mais perpetuareis o círculo, porque o outro indivíduo também vos reflectirá isso. Por isso, qual será o método através do qual interrompereis esse círculo, por assim dizer, por assentar numa perpétua continuidade e ser automático? Não requer nenhum processo do pensar. Vós empreendeis esse tipo de acções de forma automática.
O modo através do qual podereis praticar a interrupção desse tipo de círculo é permitindo-vos, antes de mais, tão só discernir que estais a pô-lo em marcha. Assim que detectardes estar a empregar essa expressão e resposta automáticas, também podereis permitir-vos uma paragem momentânea; e com essa paragem que imprimirdes à vossa prática inicial, expressai para convosco próprios, “O outro não existe. Eu estou a interagir comigo próprio. Estou a estabelecer conflito e a lutar comigo próprio. Com que é que estarei a combater em mim próprio?” por não dizer respeito ao campo exterior a vós.
Posso-vos dizer com toda a autenticidade que tenho consciência do desafio que o que vos estou a transmitir encerra, por se tratar dum comportamento e de formas de interacção a que estais bastante habituados; e nos momentos que tendes de familiaridade e de paixão, vós estais muito pouco acostumados a dar atenção às comunicações que estendeis a vós próprios por meio da emoção por incorporardes essas emoções a título de reforço do vosso círculo, quase a ponto de representar uma arma contra vós próprios e contra os outros – mas mais especialmente contra vós próprios. Não de modo muito diferente do que os cavaleiros medievais usavam como armas exteriores de destruição, esses modos tão extraordinários com que voltais os sinais que as vossas emoções representam numa expressão idêntica a uma arma.
RODNEY: Poderias dar-me um exemplo disso?
ELIAS: Justamente. Hipoteticamente, digamos, dois indivíduos podem estar a ter uma conversa. Um pode estar a expressar-se de um modo que seja percebida pelo segundo de um modo irritante, inicialmente. Por isso, o segundo indivíduo dá expressão à emoção da irritação. O que está a ser reconhecido e recebido é o sinal; a mensagem está a ser ignorada. O soar da campainha do telefone está a ser reconhecido, mas o atendedor ainda não foi erguido. Por isso, o sinal da emoção, que é aquilo que designais como o sentimento, prossegue e aumenta.
Ora bem; como a mensagem não é recebida, a comunicação deixa de ser reconhecida, pelo que o sinal prossegue. O indivíduo começa a responder ao sinal.
Bom; o sinal foi identificado em termos de irritação. A resposta consiste em projectardes essa energia no exterior com intensidade.
Bom; quando o indivíduo responde automaticamente ao sinal e projecta essa energia no exterior, ela passa a ser projectada na direcção do outro, do primeiro indivíduo, mas é retransmitida de novo de volta ao segundo indivíduo. O segundo indivíduo continua a NÃO receber a mensagem, a comunicação, e apenas presta atenção ao sinal.
Desse modo o sinal torna-se mais intenso, e aquele que experimenta esta mensagem não recebida, ou comunicação, e a continuidade do sinal torna esse sinal numa expressão de energia que é criada sob a forma dum tipo de arma, por assim dizer, contra si próprio, por começar a bloquear a sua própria energia. Começa a desvalorizar-se. Dá início a uma falta de aceitação pessoal e à desvalorização da experiência que faz e da sua dignidade, e começa a negar a sua escolha, mantendo-se na situação de dar meramente prosseguimento ao sinal.
RODNEY: Obrigado.
ELIAS: Não tens de quê.
Agora; o indivíduo pode igualmente interromper o sinal, eventualmente. Talvez na hipótese dum cenário desses o indivíduo possa interromper o sinal durante o que podereis designar como alguns minutos – mas a mensagem não terá sido recebida. Por isso, o sinal deverá irromper de novo. Pode ser evocado num cenário diferente, mas deverá voltar a ocorrer, porque vós comunicais a vós próprios esses sinais das emoções e a comunicação que a emoção encerra a fim de vos habituardes a vós próprios. Por isso, vós estendeis a vós próprios muitas oportunidades de vos familiarizardes convosco próprios. Apenas alterais as imagens objectivas que empregais no acompanhamento das vossas mensagens.
Sim?
ROBIN: Eu quero colocar uma questão que diz respeito ao que estás a dizer. Eu recebo muitos sinais quando estou a jardinar e quando estou a trabalhar na terra. Ainda no fim de semana passado estava a plantar sementes de dedaleiras e tinha consciência de precisar de semear mais sementes mas não sabia onde estavam, só tinha a certeza de que as tinha, em casa. E de facto encontrei mais. Mas quando estava a plantá-las senti uma perturbação do tipo que costumo ter quando lido com essa planta particular. Sinto estar a receber algum tipo de sinal, e estava aqui a pensar se não poderias dizer-me de que sinal se trata. Qual será a intenção desse sinal? Porque haveria de receber informação dessa planta particular?
ELIAS: Não é informação proveniente da planta. É a acção que estás a efectuar e a familiaridade que ela expressa.
Bom; deixa que te diga que as vossas comunicações não são todas o que designais por negativas. Na realidade, nenhuma das comunicações que efectivais é negativa ou positiva, pois trata-se simplesmente de comunicações. Elas são neutras. Mas na concepção que tendes, na avaliação que estabeleceis e pela forma como perspectivais a vossa realidade em termos positivos e negativos, muitas das comunicações que estabeleceis conferem-vos validade. Muitas dessas comunicações destinam-se a encorajar-vos e a expressar-vos validação das escolhas que estabeleceis como uma expressão natural da essência na sua busca do prazer.
Bom; a questão reside no facto de SE FAZER presente uma comunicação. Isso é o que poderei chamar de excelente exemplo da declaração de que a emoção jamais consiste numa reacção e sempre encerra uma comunicação. Não precisais passar por acontecimento nenhum para experimentardes a comunicação da emoção. Ela pode brotar, por assim dizer, sem a ocorrência de nenhum evento.
Numa altura dessas, estais a permitir-vos o que designais objectivamente por concentração da vossa energia. Apenas empregais essa acção particular a título dum ponto de focalização. Estais a concentrar a vossa energia de um modo que resulta na atenção para convosco. Não vos deixais distrair com as expressões do exterior mas focais a vossa atenção na vossa tranquilidade, e permitis-vos simplesmente experimentar a vossa energia.
E nesse sentido, estais a praticar o nosso tema desta noite de estabelecerdes um relacionamento convosco próprios e de vos habituardes à vossa energia e ao seu ritmo e à sua expressão e ao aspecto que tendes disso, ao modo como o sentis. Apenas empregais esse tipo particular de acção com uma expressão de familiaridade, com o que, não vos distraís nem mesmo em meio ao acto que estais a empregar, mas concedeis-vos uma oportunidade de PRESTAR ATENÇÃO a vós próprios.
ROBIN: Quer dizer que não existe nenhuma comunicação tipo linha telefónica que estabeleça com as flores como acesso a outro reino com que esteja a comunicar? Porque é isso que penso estar a ocorrer nesses instantes.
ELIAS: Aquilo com que estás a comunicar é contigo. Não são as plantas que te oferecem essa expressão. Apenas empregas a imagem objectiva delas como um ponto de focagem através do qual te permites prestar atenção à tua própria energia.
Bom; isto vai-nos permitir avançar lindamente para a identificação do modo como criais um relacionamento convosco, já que vos percebeis como sendo uma só entidade. Mas presta atenção à expressão que me estendeste agora mesmo: “Parece-te a ti”, por estabeleceres a associação, que estejas a “empregar uma comunicação entre ti e algum outro aspecto da consciência” – por constituirdes vastas expressões da consciência.
Mas posso-vos dizer a todos aqui presentes nesta noite, que nenhum de vós está familiarizado com todos os vossos aspectos. Nem um de vós está habituado com todas as energias que podeis expressar nem com o quão maravilhoso tem o emprego de tal aventura, perceber e apresentar a vós próprios todos esses vossos aspectos pouco habituais e todas essas expressões pouco costumeiras da vossa energia.
ROBIN: Mas porque haveríamos... também faço a experiência de coisas iridescentes semelhantes à ligação obtida entre as dedaleiras e eu própria, penso eu.
ELIAS: Estou ciente disso.
ROBIN: Então nesse caso, qual terá sido o propósito de termos todos esses aspectos diferentes?
ELIAS: Por estardes a empreender a actividade desta mudança de consciência, e a intenção desta mudança de consciência residir em romper os véus da separação e vos permitir uma expressão de aceitação e a expansão da consciência a fim de incorporardes o reconhecimento de todos esses outros aspectos vossos e o reconhecimento da vossa vastidão em meio à consciência, enquanto essência, abandonando os véus da separação e passando a usar o que a recordação, que uma vez mais não consiste em memória mas sim, nos vossos termos, num estado de ser, a recordação da essência, a recordação de vós próprios, a qual vos proporciona – coisa em que assenta a intenção - muito mais modos nesta dimensão física de criardes e explorardes de modo muito mais profundo.
Ora bem; vou-vos dizer que vamos fazer um intervalo e logo podereis prosseguir com as vossas perguntas esta noite, todos os meus amigos! AH AH AH!
INTERVALO
ELIAS: Continuemos!
RODNEY: Olá!
ELIAS: (A sorrir) Queres colocar as perguntas que tens a fazer?
JOHN: De facto tenho uma pergunta a fazer.
ELIAS: Ah!
JOHN: Aquilo de que falas, que se bem o entendi refere mesmo a criação nos termos dum relacionamento com o indivíduo, e percebendo que o que estás a dizer se estende um tanto à especialidade das linhas da orientação sexual, gostaria de saber o que terás a dizer em relação aos seguintes tipos de orientação: comum, suave e intermédia.
ELIAS: Isso envolve igualmente o envolvimento da percepção, conforme estais cientes. Porque cada uma dessas formas de orientação, tal como anteriormente ilustrei, por assim dizer, consiste numa lente duma tonalidade particular por meio da qual o indivíduo percebe a sua realidade através da percepção que tem. Por isso, em termos figurados, se perceberdes ser uma câmara e colocardes umas lentes duma determinada coloração diante dessa câmara, elas deverão influenciar a imagem que produzirdes, não será? Exactamente. Cada um desses tipos de orientação usa, falando em termos figurativos, a sua própria tonalidade, a sua própria cor, pelo que deverá influenciar-vos a percepção.
Bom; em relação ao que estivemos a debater nesta noite sobre o relacionamento convosco próprios e as interacções através desse relacionamento com os outros, patenteia-se uma acção recíproca que envolve as orientações individuais. Porque ao vos permitirdes familiarizar-vos com cada uma dessas orientações, a interacção que passareis a ter na vossa dimensão tornar-se-á diferente.
Aqueles que detêm uma orientação comum geralmente focam com naturalidade a sua atenção no exterior. Nesse sentido, compreendam que estou a declarar em termos específicos que focam a sua atenção no exterior, mas não necessariamente fora deles próprios. (*) Podeis focar a atenção no exterior e continuar a manter essa atenção em vós próprios; trata-se apenas da expressão que dais á vossa atenção e à percepção que tendes. Mas para aqueles que alinham pela orientação comum – coisa que, conforme estais cientes, muitos na vossa dimensão física alinham por essa orientação – eles passam com maior à vontade a centrar a direcção da atenção fora deles próprios, pelo que poderão experimentar um desafio com a mudança da atenção e a alteração da percepção que têm a fim de se focarem em si em cada momento presente.
Aqueles que possuem uma orientação intermédia podem dirigir a atenção para si próprios, mas periodicamente também podem centrá-la fora deles próprios. Mas pode tornar-se, na concepção que tendes, um desafio menor alguém que tenha uma orientação intermédia interessar-se por si próprio e prestar atenção ao que produz e deixar de a manter fora deles, na mesma extensão daqueles que têm uma orientação comum.
Do mesmo modo, aqueles que têm uma orientação suave permitir-se-ão um menor desafio do que aqueles que alinham pela orientação comum, em manterem a sua atenção em si mesmos. Apesar de vos poder dizer que um desafio que surge no caso dos que alinham pela orientação suave é, por assim dizer, o facto de darem naturalmente atenção a toda a vossa dimensão física. Por isso, a sua atenção desloca-se naturalmente em associação com outros indivíduos por todo o vosso planeta do mesmo modo que para com as situações e as circunstâncias que nele ocorrem. Também experimentam a identificação do inter-relacionamento com todos os demais.
Portanto, o desafio que se coloca em relação àqueles que incorporam a orientação suave reside no facto de expressarem distinção entre a sua própria energia e a dos demais o que lhes permite desse modo concentrar a sua atenção em si mesmos sem se distraírem com as expressões dos outros.
Por isso, sim, existe uma acção recíproca entre cada uma dessas orientações em relação a esta matéria. Muito simplesmente, os indivíduos que têm uma orientação intermédia sentirão um menor desafio com esse tipo de expressão, de manterem a atenção em si mesmos.
EDWARD: Poderemos mudar de orientação? Porque sinto ter mudado a minha nos últimos anos.
ELIAS: Não mudaste. (Riso)
EDWARD: Porquê este retraimento?
ELIAS: Posso-te dizer não se tratar de regra nenhuma, pelo que não traduz nenhum factor absoluto, o facto de terdes uma determinada orientação num foco particular; mas posso-te dizer que nos planos desta dimensão física vós não alterais a orientação dum foco por isso se revelar bastante desnecessário. Vós tendes muitos focos da atenção e passais pelas experiências de cada uma dessas orientações em muitos focos. Por isso não é necessário alterar a vossa orientação num dado foco.
Bom; posso-te dizer que aquilo que estás a expressar não é pouco habitual nem pouco comum em relação à orientação que tens. Muitos que alinham por essa orientação, apesar de nos vossos termos requererem interacção, também podem, nos vossos termos, dar expressão a diversos tipos de isolamento ou de retraimento.
EDWARD: Qual era a orientação, muito rapidamente?
ELIAS: Suave.
BEN: Eu podia ter-to dito! (Riso)
EDWARD: Eu não to perguntei! (Riso)
ELIAS: Nesse sentido, podeis estabelecer alturas de isolamento, o que geralmente se expressa naqueles que possuem essa orientação por se tornar numa experiência esmagadora experimentar o que podereis designar como admitir uma recepção, por estardes continuamente a usar a consciência objectiva e a subjectiva. Nenhuma delas se acha afastada de vós, por assim dizer, em termos objectivos. A subjectiva acha-se estreitamente associada à flor da pele, como quem diz, e a contínua acção recíproca existente entre essas duas formas de consciência, da forma que é expressada, por vezes pode tornar-se opressiva para o próprio se não estiver ciente do modo através do qual poderá objectivamente compreender e interpretar essa acção, pelo que tais indivíduos poderão dar lugar a alturas do que podereis designar como retraimento ou mesmo isolamento. Mas dá-se uma atracção contínua e o que podereis designar como um requisito em todos esses indivíduos para darem continuidade a algum tipo de interacção.
KATHLEEN: Elias, como havemos de saber a nossa orientação? Qual será a minha? (Pausa)
ELIAS: Neste foco tens uma orientação comum.
KATHLEEN: Que significa “comum”?
ELIAS: Aqueles que têm essa orientação comum focam-se bastante na consciência objectiva e detêm a atenção nas imagens objectivas. Por isso eles empregam o que podereis chamar de exibição duma criatividade externa, expressões exteriores, e observam e prestam atenção a tudo o que é expressado exteriormente. Interpretam, interagem e compreendem com clareza o que é expressado externamente e em termos objectivos.
Posso-vos dizer que a maioria das manifestações, seja em que época for nesta dimensão física, têm expressão sob essa orientação particular, daí a escolha do termo na identificação dessa orientação particular como “comum”, porque esse tipo particular de orientação é empregue por mais manifestações individuais do que qualquer outro tipo.
Isso dirige igualmente a principal expressão da vossa dimensão física, que por vezes estabelece confusão e certos elementos de desafio para aqueles que têm uma orientação intermédia ou suave, por procurarem encaixar-se nas expressões produzidas por aqueles da orientação comum; por isso encerrar o que podereis designar coo uma norma (regra) inerente à vossa dimensão, não apenas circunscrita a uma determinada cultura mas estendendo-se a todo o vosso planeta.
Podes aceder a uma maior informação respeitante a esses três tipos de orientação, se preferires, e podes interrogar o Michael que ele poderá orientar-te para as sessões que poderão ilustrar-te a questão por intermédio da informação que contêm respeitante a esses três tipos de orientação.
KATHLEEN: Obrigado.
ELIAS: Não tens de quê. (Sorri, ao olhar para a Suki) Ah!
SUKI: Olá!
ELIAS: Bem-vinda! O ratinho fala! (Riso)
SUKI: Chamo-me Suki e gostava de saber qual será o meu nome da essência.
ELIAS: Muito bem. Nome da essência, Lissethe.
FRANK: Ah, que nome bonito. É assim mesmo, Suki! (Riso)
SUKI: Obrigado.
ELIAS: Não tens de quê.
KATHLEEN: Elias, poderás dizer-me o meu nome da essência e qual a família a que pertenço?
ELIAS: Muito bem. Nome da essência, Bonelle; família da essência, Borledim; alinhamento, Sumari.
FRANK: Sumari. É por isso que eu sei!
ELIAS: AH AH AH AH! (Riso generalizado)
MIRIAM: Olá, chamo-me Miriam. Também gostava de conhecer o meu nome da essência e a família a que pertenço.
ELIAS: Nome da essência, Zymian; família da essência, Sumafi; alinhamento (pausa) o alinhamento por vezes flutua entre Milumet e Tumold.
MIRIAM: Poderias dizer-me que é que isso significa?
ELIAS: Também te posso dizer a ti que a seguir poderás procurar o Michael que ele oferecer-te-á informação descritiva que vos dispensei previamente, em relação a essas famílias.
MIRIAM: Obrigado.
ELIAS: Não tens de quê.
MARIA-ELENA: Chamo-me Maria Elena e gostava de saber, se fazes o favor, o meu nome da essência, a família à qual pertenço e aquela porque alinho, além da cor com que vibro mais.
ELIAS: Muito bem. Nome da essência, Ginerro...
MARIA-ELENA: Oh, que bonito.
ELIAS: ...família da essência, Milumet; alinhamento, Sumari. Agora diz-me, qual é a interpretação que fazes da qualidade vibratória da tua cor?
MARIA-ELENA: Um azul eléctrico?
ELIAS: Posso-te dizer tratar-se dum azul, mas posso dizer-te que a identificação da tonalidade desse azul pode ser designado por azul marinho.
MARIA-ELENA: Obrigado.
ELIAS: Não tens de quê.
SUKI: Poderia descobrir a minha família e o meu alinhamento?
BEN: Devias ter perguntado isso tudo à primeira!
SUKI: Bom, é que eu não sabia! (Riso)
BEN: Tens a orientação e a tua cor, já chega! (Riso)
ELIAS: AH AH AH AH AH AH! As estatísticas vitais todas!
FRANK: Isso deve-se ao facto do Albert (Ben) não te ter orientado convenientemente! (Riso)
EDWARD: O Albert não faz mais nada além de orientar! (Mais riso)
ELIAS: Muito bem. Família da essência, Zuli; alinhamento, Ilda; orientação, suave. Agora, também te posso perguntar a impressão que tens quanto ao tom da tua cor.
SUKI: Vermelho?
ELIAS: Posso-te dizer (a sorrir) que a identificação ou tradução da tua cor característica, nos vossos termos físicos, é o que poderás designar por malva (arroxeado).
SUKI: Obrigado.
ELIAS: Não tens de quê! (Sorri)
EDWARD: Bom, quanto à nossa criação... (Riso) Já toda a gente conhece o nome da essência? Quer dizer, era porreiro conhecê-lo, se alguém ainda não passou por isso.
Muito bem, quanto à nossa própria criação, e em especial em relação ao relacionamento que temos com os demais, será a parte do... toda aquela ideia de escolhermos focar-nos na forma física, destinar-se-á isso à interacção com os outros?
ELIAS: Não.
EDWARD: Não. Está bem, então, a pergunta que se impõe é a seguinte: “Com que intenção?”
ELIAS: Vós escolheis manifestar-vos nesta dimensão física a fim de explorardes.
Ora bem, já tive ocasião de responder em termos simples a esta questão anteriormente ao referir que escolheis manifestar-vos nesta dimensão física por causa da experiência.
O que esta declaração compreende é o facto de terdes escolhido manifestar-vos num modelo particular da dimensão física, numa manifestação física que incorpora uma qualidade de separação bastante vincada. Também sugeri que a razão porque concebestes esta dimensão com esse carácter marcante de separação é a de proporcionardes a pureza à vossa própria experiência.
Agora, para explicar melhor estas duas declarações – de vos manifestardes pela experiência, e de vos manifestardes na separação pela pureza que a experiência possibilita – isso consiste na identificação de que nesta manifestação de separação vós procedestes à criação elaborada dum plano de dimensão física a fim de vos descobrirdes numa expressão de carácter material para explorardes uma expressão diferente da consciência a qual envolve separação, de forma a poderdes, por assim dizer, redescobrir-vos enquanto essência e consciência.
Deixa igualmente que te diga, Colleen, como já referi muitas vezes, isso consiste num JOGO. Esta existência física que empregais consiste numa exploração, numa aventura que não tem um carácter tão sério nem complicado quanto percebeis; e nesse sentido, pode ser encarado como um jogo.
Vós projectastes um labirinto complicado nesta dimensão física, e o objectivo é penetrar esse labirinto que circula, até ao seu início. Vós não penetrais esse labirinto em um determinado ponto nem saís dele noutro. Ele termina onde justamente onde tem início mas o propósito está em manobrardes ao longo desse labirinto de experiências, deixar cair o véu da separação e redescobrir-vos como essência no contexto do padrão da vossa manifestação física; mas vós apresentais a vós próprios reflexos contínuos de vós próprios ao longo da viagem que fazeis.
EDWARD: Então porque haveria, porque razão...PORQUÊ? Quer dizer, a esta altura a coisa faz lembrar a ideia de darmos corpo ao que passa a funcionar contra nós próprios. Se já sou uma essência e já possuo existência, porque razão haveria de me reduzir ao que quase considero ser um nível diferente para me descobrir de novo?
ELIAS: Vós não vos estais a reduzir.
EDWARD: Então que é que estarei a...
ELIAS: Estais a conferir uma nova expressão à descoberta.
EDWARD: Uma nova expressão à descoberta? Mas, se já a conhecemos!
ELIAS: Não com o propósito de descobrirdes aquilo que já conheceis! Estais a proceder à criação dum aspecto novo da consciência. Estais, de certo modo, a expandir a consciência através da transformação. Estabeleceis um novo jogo a fim de descobrirdes mais sobre vós. Por isso fazer parte da natureza da consciência, o facto dela se estar continuamente a criar e a explorar-se a si mesma através da criatividade. Não importa que as crenças que abrigais vos dêem transmitam que algumas escolhas sejam prejudiciais enquanto outras sejam boas. Isso são questões que se reportam à percepção, mas vós possuís a capacidade de mudar a percepção e deixar de empregar o juízo de bom e de mau. É AÍ que ficais imobilizados!
EDWARD: É um ponto de bloqueio! (Riso) Se não... TU não escolhes permanecer neste foco, e ainda assim dizes-nos e estendes-nos uma informação estupenda, pelo que me ocorre pensar nisso do seguinte modo: porque razão, para início de conversa, me daria ai trabalho de ir do ponto A fim de me dizerem de novo que já o conhecia? Quer dizer, isso comporta uma certa (contradição)...
ELIAS: Estou a entender aquilo que estás a dizer, Colleen.
EDWARD: Isso deixa-me confuso.
ELIAS: Estou ciente disso. (Riso) Não vos estou a estender uma informação a fim de descobrirdes o que DESIGNAS por o que anteriormente eram. Isso já vós possuís.
Vós, nesta dimensão física estais a criar um modelo novo da dimensão física, modelo esse em que incluístes a inquirição da consciência a fim de vos servir de ajuda. Não para recordardes a vossa condição anterior – recordai que esses são termos que usais, que correspondem à compreensão que alcançais nesta dimensão física – mas para descobrirdes aquilo em que vos estais a tornar, de modo que isso vos proporcione uma ajuda na compreensão disso em que estais a transformar-vos. Porque não conheceis cada movimento que criais; estais continuamente a transformar-vos. Porque haveríeis de redescobrir aquilo que já era do vosso conhecimento?
Estais a admitir a inclusão da recordação e a abrir mão do véu da separação. Mas posso-te dizer, meu amigo, que não precisais estabelecer nenhum diálogo comigo a fim de estabelecerdes tal acção. Vós já possuís o conhecimento dentro de vós, o que corresponde à verdade na consciência e àquilo que já sois, e já possuis um conhecimento interior da consciência, a despeito das crenças e da influencia que exerçam.
Aquilo a que não estais a costumados é o que estais agora a criar, o movimento que estais a empregar, a direcção que estais a empreender, a qual vos é pouco familiar e constitui um factor do desconhecido, porque cada probabilidade que activais não foi anteriormente usada, e é nova. Isso perfaz a natureza da consciência e a natureza da essência.
Até mesmo o meu envolvimento junto de vós, o que percebeis que isso seja, em termos de mestre e estudantes – não. Percebereis que eu possa estar a aprender convosco? Não. Mas eu estou a proceder à criação de novas expressões da essência e a novas descobertas respeitantes à manipulação da energia.
Eu não vos estou a ensinar, meus amigos. Apenas vos estendo informação que vos possa ser útil na jornada de descoberta, e vós não sois inferiores. Não sois menos que vós próprios, nem menos que nenhuma outra expressão da consciência.
Vós estais continuamente a criar de novo, e ESTE movimento particular da novidade nesta dimensão física é compacto; não é imenso nem muito diferente do que criastes ao longo da vossa história nesta dimensão material. É por ESSA razão que empreendeis interacção com essências como a minha, a fim de vos servir de ajuda na facilitação dos vossos movimentos e na validação e no reforço das expressões de o ESTARDES, vós próprios, a criar. Porque também comportais fortes crenças relativas às vossas realidades, e passais com toda a facilidade à associação de estardes a experimentar loucura – coisa que não estais! (Ri)
Por isso, essa é a intenção subjacente à nossa interacção; não que eu precise estar a lembrar-vos daquilo que sois mas por vos poder expressar validação em relação ao a criar aquilo que suspeitais estar a criar e ao que duvidais poder estar a criar, além do facto de não estardes a experimentar loucura nenhuma. (A sorrir) Eu já vos disse que esse movimento envolve um desafio! Ah ah ah ah!
EDWARD: Também disseste que não seria fácil.
ELIAS: Pois não! (A rir) Mas referi que haveríeis de vir a sentir um choque. (Ri)
RODNEY: Elias, está a ocorrer um evento de massas com a matança de um grande número de animais no continente europeu. Quererás pronunciar-te em relação a isso?
ELIAS: Já vos estendi recentemente informação respeitante a esse assunto que vos será posto à disposição. Trata-se duma questão que não compreendeis bem no vosso íntimo, eu entendo, mas que tem uma resposta bastante simples. (1)
RODNEY: Obrigado.
ELIAS: Não tens de quê.
MIRIAM: Elias, não poderias falar sobre as enfermidades físicas, a doença e sobre o facto disso constituir uma expressão do relacionamento que mantemos connosco próprios? Eu sofro de dores nas costas mas não sei o que isso significa, pelo que me diz respeito.
ELIAS: Isso é uma comunicação.
Bom; posso-te dizer que por vezes as pessoas retêm energia que por vezes bloqueiam, o que é igualmente passível de ser exibido por meio dos efeitos físicos; mas todas as expressões que usais na consciência do vosso corpo também comportam uma comunicação que estendeis a vós próprios, que vos sugere informação referente ao que estais a criar no momento.
Podeis notar, se vos permitirdes prestar atenção, que a eclosão da afectação física é uma criação que (não) é empregue a todo o instante. Dão-se interrupções. Podeis ver ou acreditar que incorporais uma dor constante ou uma forma de desconforto ou mesmo uma enfermidade e na realidade há alturas em que não criais nada disso. Vós generalizais nas associações que estabeleceis pelo que percebeis gerar-se uma consistência ou continuidade. Mas vós dais lugar à criação de afectação física em certos momentos, mas em cada uma dessas alturas em que estais a criar essa expressão física também expressais uma comunicação dirigida a vós próprios relativa aos movimentos que efectuais nessas alturas, mesmo em relação ao que toca à escolha da enfermidade.
Alguns escolhem dar lugar à enfermidade sem incorporarem conflito e aceitam a escolha em meio a tal expressão de enfermidade sem optarem por a alterar. Muitas vezes em situações dessas, o indivíduo tem consciência do que está a criar e do modo como isso o afecta; porque todas as expressões do que criais afectam não só a vós próprios como afectam a consciência toda. Portanto, afecta de forma mais evidente aqueles com quem interagis, mas ondula ao longo da consciência que vai afectar as essências todas.
Agora; quanto à afectação física que sentes nas costas, o modo por intermédio do qual poderás identificar o que seja que estejas a comunicar a ti próprio é permitindo-te deter-te, ou um instante de atenção. Nas alturas em que sentires as dores, permite-te dar lugar à consciência de outras associações, às crenças que albergas e a quais crenças estejas a usar no momento.
Exemplo hipotético: um indivíduo sente o que poderá avaliar como dores nas costas numa altura particular, a seguir a um movimento ou uma caminhada prolongada. Isso poderá ser objectivamente explicado pelo indivíduo, “Eu andei a caminhar, o que deixou a espinha num estado de irritação, pelo que essa região da consciência do meu corpo está a irradiar tensão e a provocar dores nos músculos circundantes.” Isso é uma explicação objectiva que emprega demasiada lógica e racionalização - e que poderá não estar associada de todo ao que o indivíduo esteja de facto a criar.
Nas alturas em que sente dor, o indivíduo poderá exprimir para si próprio o desejo que sente de dar atenção a si próprio e não empregar efectivamente a acção que está a empreender. Também podeis influenciar a percepção que tendes por meio das crenças que abrigais, como a de que o acto de caminhardes sobre determinadas superfícies proporcione um tipo de impacto que não seja natural para a vossa forma física. Podeis empregar a comunicação a vós próprios meramente para prestardes atenção às acções ou interacções que estais a empregar no momento.
Muitos sentem dores ligadas a esta localidade física particular numa estreita relação com as crenças e as associações que têm respeitantes ao apoio que conseguem dar si próprios, não necessariamente apoio ou falta de apoio que recebem da parte dos outros, mas o que poderão dispensar ou deixar de dispensar a si mesmos, coisa que se pode manifestar numa altura particular.
Tal como já declarei, as vossas imagens objectivas são abstractas, mesmo a produção de sintomas físicos que gerais na consciência do vosso corpo. Se empregardes um tipo de imagens numa dada situação e isso não vos captar a atenção, podeis empregar um tipo diferente de imagens objectivas a fim de apresentardes a vós próprios a mesma mensagem.
Muitas vezes as pessoas – e tu também – procedem ao uso da repetição por meio das imagens que empregam quando se trata duma situação de criação de dor, porque a dor capta-vos a atenção. Se sentirdes dor que identifiqueis segundo determinado tipo, ou seja de que modo for, seja emocional ou intelectual, mental ou física – não importa - haveis de DISPENSAR a vós próprios atenção. Qualquer tipo de dor vos captará a atenção, por abrigardes fortes opiniões em relação à dor, e essas opiniões vos influenciarem sobremodo a percepção.
Posso-vos dizer de forma bastante literal que a percepção que tendes é o que vos cria efectivamente a afectação, porque essa mesma sensação é passível de ser percebida em termos completamente distintos sem que as associações que estabeleceis passem a identificar-vos isso como dor. Posso-vos dizer que de modo perfeitamente comum na vossa dimensão física as pessoas podem, por vezes, empregar dor a um ponto que podereis identificar como extremo e podem expressar-vos em termos objectivos que as sensações sofrem uma alteração e deixam de poder ser identificadas como dor. O que vos capta a atenção é a dor branda. Porque não desejais sentir dores muito agudas, mas apenas uma dor suficiente que vos capte a atenção. (Sorri)
Por isso, quando experimentas essas dores nas costas, a sugestão que te estendo é a de te permitires ter consciência, prestar atenção ao que estás a criar nesse instante. Que associação estarás a gerar nesse instante? Pode não se tratar necessariamente duma acção física. Pode tratar-se da interacção que estejas a ter com outro indivíduo. Pode tratar-se da negação da tua própria escolha nesse momento, um forçar da tua energia a fim de exerceres uma acção que desejes não exercer, em razão do que forçarás a tua energia a fim de criares uma escolha que não desejas estabelecer. Isso, muitas vezes, traduz o cenário efectivo daquilo que produzes individualmente.
MIRIAM: Pois, obrigado.
ELIAS: Não tens de quê. Vou dar lugar a mais uma pergunta, e vamos dar a sessão por terminada.
Sim, meu amigo?
JOHN: É mais um tipo de pergunta em duas partes, pelo que vou tentar a minha sorte! (Elias ri) A primeira parte da questão, é que me lembro de te ter perguntado, há algum tempo atrás numa sessão particular, em relação a mais informação... Lembro-me de ter lido, não me recordo há quanto tempo, pode ter sido há uns anos quando me envolvi na leitura das transcrições. É bastante interessante por existir um maior número de definições e mais coisas a surgir e o que te perguntei numa das sessões privadas que tivemos recentemente acerca da moldura que apresentas foi o facto de existirem nessa moldura determinados conceitos, o que é bastante interessante, e se não surgirão novos conceitos. Moldura, como no tipo de material pertencente às orientações que apresentaste, e assim.
A seguir sucedeu uma cena, o que deve ter ocorrido há mais de uma semana, quando surgiu uma transcrição – penso que tenha sido uma transcrição relativa ao Rodney, de facto – que lida com os planos, e eu li-a e fiquei indisposto, durante os dois dias seguintes fiquei doente. (2) Não consigo deixar de pensar que tenha algo que ver com a transcrição e com a forma como o material apresentado na transcrição me afectou, o que foi apresentado.
Por isso, a primeira parte da minha pergunta tem que ver com o material que apresentas, e o facto de o apresentares de tal modo que não afecte muito as pessoas mas as estimule, sem ser duma forma grave, não será?
ELIAS: Tens razão. Se sentires dificuldade, estarás a criá-la.
JOHN: Muito bem. A minha segunda pergunta, ou a segunda parte da minha pergunta tem que ver com a existência de definições de termos referente ao tipo de personalidade que disseste desenvolver mais, pelo que me interrogo se esta não seria uma boa oportunidade para te pronunciares sobre isso. Tinha que ver com o aspecto religioso, emocional, político e pensamento, em termos do que estamos aqui a debater.
ELIAS: Ah. Uma vez mais te direi que, em relação à identificação dessas expressões da personalidade, a informação das suas qualidades e expressões requer uma sessão, digamos assim, por se tratar duma questão complicada. Mas dir-te-ei que sim, que do mesmo modo que com as orientações, existe toda um efeito da parte de cada um desses tipos de personalidade sobre o modo como interagireis convosco próprios e com os demais.
Também te posso dizer que geralmente, aquele tipo de personalidade que é capaz de experimentar maior desafio em relação a este tema da criação dum relacionamento convosco próprios e da permissão dessa familiaridade e do conhecimento das comunicações que estabelece consigo próprio será o daqueles focados no pensamento. Porque, os indivíduos focados no pensamento prestam menor atenção ao que comunicam emocionalmente e muitas vezes procuram suprimir as comunicações emocionais por intermédio do emprego do pensamento, o qual não foi concebido para efectuar essa acção; Mas no caso dos indivíduos focados no pensamento dá-se uma menor compreensão objectiva das comunicações emocionais.
O que não quer dizer que não possam tomar consciência e chegar a habituar-se tanto a esse tipo de comunicação quanto qualquer outro dos tipos de personalidade, só que se estabelece um maior desafio no caso desses indivíduos. Os outros três tipos têm uma menor dificuldade em permitirem-se expressar comunicados emocionais.
Bom; permiti igualmente que vos diga que isto não significa que os indivíduos focados no emocional estabeleçam a maior facilidade na interpretação daquilo que transmitem a si mesmos, porque não o fazem; porque todos vós definistes a comunicação emocional como uma reacção e não como uma comunicação. Só que aqueles que incorporam um enfoque emocional estão muito mais habituados a prestar atenção ao que exprimem por intermédio das emoções.
EDWARD: Só uma coisa muito rápida, gostava de saber, de entre esses tipos de enfoque, qual deles se aplicará a mim. (Elias sorri enquanto o grupo desata a rir)
ELIAS: Posso-te dizer, Colleen, tu estás focado no emocional.
LUANNE: Também gostava de conhecer isso no meu próprio caso, Elias.
ELIAS: Também te endereço o mesmo, focada no emocional.
(Escuta-se algumas provocações e galhofas de fundo, e o Elias ri com o grupo)
Posso-vos endereçar a todos e a cada um de vós, nesta noite, um ENORME afecto e o meu enorme apreço pela interacção que mantivemos. Fico a antecipar a continuação da nossa diversão juntos e o nosso próximo encontro. Dirijo-vos a cada um, envolto num enorme carinho, um au revoir.
GROUP: Au revoir. Obrigado, Elias. E adeus.
Notas:
(1) Consulte-se a sessão #711, para um breve debate da doença das “vacas loucas”.
(2) O John diz que a sessão a que se referiu é a #649.
Notas do tradutor:
(*) - Elias alude nesta passagem à dicotomia de “eu e eles”, ou “tu e eu” que não é necessariamente o mesmo que dar atenção aos outros.
A “concentração em si mesmo”, como o meu leitor terá já percebido, encerra o sentido daquilo em relação ao que, eufemísticamente se emprega o termo “meditação”. Elias não trata a coisa pelo nome, por não estar entre orientais e saber que necessitamos avançar passo a passo no terreno da familiarização com a consciência, ou nós próprios, e com as suas metamorfoses.
Não me tenho pronunciado acerca da natureza do processo da causalidade, ou do processo de causa e efeito, mas é amplamente sabido que Elias não subscreve esse princípio na mesma base que correntemente subscrevemos. Na realidade não existe causalidade aparte da acção da escolha, que não assenta em factores estanques nem em princípios autónomos, e a sincronicidade é a abordagem que mais se aproxima da dinâmica que encerra a perfeita realização da Consciência ou Totalidade, âmago ou essência de toda a manifestação.
A dinâmica que evoco não traduz outra coisa que a “realização” inexorável do Equilíbrio para o qual contribuímos, no campo da consciência, pela exploração do tipo de personalidade que manifestamos e as disparidades que apresenta. Equilíbrio entre os factores intelectual, emocional e intuitivo que é capaz de se revelar pelas tendências mais idiossincráticas da personalidade sem contudo deixar de contribuir numa espécie de acto de complementaridade para o Todo da Personalidade através da “especialização” que a experiência de cada “foco” ou vida permite.
Que quero com isto dizer?
Bom, muito sucintamente que, apesar da nossa actual sociedade ter em grande enlevo e consideração o desenvolvimento do intelecto, ele na realidade pode patentear-se como uma desvantagem quando demasiadamente cultivado pois pode concorrer directamente para a insegurança do próprio indivíduo ou dos outros; em contrapartida, podemos assistir à experiência de certas experiências de vida mentalmente desfavorecidas que exibem um desenvolvimento emocional altamente proficiente que quase os caracteriza de retardados e que responde por uma elevada “especialização” que de outro modo não poderia ser obtida. Tais aspectos do carácter respondem pela maior ou menor efectividade da exibição da totalidade ou Equilíbrio, que se espelha igualmente por intermédio das disparidades da experiência.
Tal concepção ou modelo circunscreve o quadro ilustrativo e arcaico que a religião subscrevia com a aceitação das diferenças manifestadas pelos diversos tipos de personalidade como um acto de sacrifício em benefício do Deus que colhe, claro está, os verdadeiros dividendos da experiência, a despeito do facto de concorrer ou passar completamente à margem da realização consciente do que tal processo engloba. Mas sem dúvida que prevalece como um mistério diante de muitos que se não conseguem rever na dureza de todo um carácter marcante de que a experiência se pode revestir, ante o que considerarão como desvantagem ou mesmo infortúnio e seguramente a incompreensível natureza e tais disparidades. É demasiado fácil atribuir tais incongruências da experiência humana ao acaso ou à lei da retribuição – se formos inclinados a acreditar na lei que diz que o que aqui fazemos aqui colhemos. Não, não é á retribuição me refiro mas a um processo altamente profícuo de complementaridade e de experiência só na aparência fragmentada, que todavia concorre para o grosso da consciência.
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