Session 7
Translations: EN ES NE

Duplicity, Belief Systems, and Essence Families

Topics:

“Outros Focos”
“Fragmentação”
“A Bíblia; uma Compilação de Histórias!”



Quarta-feira, 17 de Maio de 1995 (Revista)
Tradução: Amadeu Duarte

Participantes: Mary (Michael), Vicki (Lawrence), Christie (Oliver), Debbie (Catherine), Bill (Kasha), Julie (Peter), e uma nova participante, Elizabeth (Elizabeth).

Elias chega às 6:05 da tarde. (O tempo de chegada foi de cerca de três minutos)

ELIAS: Boa noite! (Olha ao redor, para toda a gente) vamos dar as boas vindas ao Mattie. (A sorrir para a Elizabeth) Temos estado à espera! Estou satisfeito por teres procedido á escolha que fizeste. (Pausa, a olhar ao redor) O John está ausente? (Referindo-se ao Laszlo, ao que acenamos afirmativamente) Isso é admissível.

Vamos começar a focar-nos nas crenças. No nosso último encontro estávamos a falar de peso. Esse tema tem muito que ver com os vossos sistemas de crença.

As vossas crenças abrangem tudo. Neste foco, também são adquiridas. Não fazem parte da vossa essência. Vamos procurar clarificar algumas questões relativas às vossas crenças.

De certa forma, as crenças assemelham-se bastante às cores. Vós olhais para o vosso céu e percebeis a cor azul. Esse céu é duma enorme extensão. Do mesmo modo, podeis incorporar vastíssimos sistemas de crença, que podem dizer respeito às formas de governo, assim como podem dizer respeito à natureza e ao vosso planeta. Esta é uma simples comparação com a dimensão do vosso céu, tendo presente que só é azul por terdes criado essa cor e terdes escolhido torná-lo azul. Do mesmo modo, possuís crenças de menor estatura, tais como a cor da roupa que acreditais que vos fica melhor. Isso, sendo uma das crenças de menor estatura, podia ser comparado ao azul duma pequena flor do vosso planeta.

Eu estabeleço estas comparações para vos mostrar o quão importantes as vossas crenças são. Elas coloram-vos a vida toda! Tudo na vossa vida gira ao redor das crenças que tendes. NÃO CONSIGO ENFATIZAR SUFICIENTEMENTE O FACTO DE QUE CRIAIS A VOSSA REALIDADE! Esta frase deve ser sublinhada na totalidade. Hei-de-vos repetir isso a todos muitas vezes. Isso fica a dever-se ao facto de ser da maior importância que compreendais. A coisa mais importante que envolve a criação da vossa realidade são as crenças que sustentais. Tal como o sangue que circula ao longo de todo o vosso corpo e vos mantém o foco com vida, assim também as crenças que sustentais se revelam motivo para tudo na vossa vida.

Vamos deter-nos por breves instantes, para esclarecer um ponto, em relação à sua definição. Quando menciono os focos da vossa vida inteira, refiro-me ao enfoque da vossa vida inteira, que engloba esta realidade e este planeta. Quando me refiro aos desenvolvimentos ou aos períodos de desenvolvimento da vossa vida inteira, estou a referir-me ao que designais em termos de “vidas passadas”. O passado não comporta qualquer realidade, tal como pensais nele. Tudo se situa no agora. Nesse tipo de enfoque e de entendimento, abordaremos os desenvolviementos que a Elizabeth sofreu, que é em simultâneo a Mattie. (Para a Elizabeth) Isto, nos vossos termos, deveria ser levado na conta duma vida anterior. Isso está errado. É por isso que falas com ela. (Mattie) Tu falas somente com um outro foco da tua essência. Em relação à realeza... Eu não foquei devidamente este tema, mas isso deve ser suficiente, segunda a nossa estimativa,.. tu eras uma rainha da representação; uma actriz maravilhosa, originária dum local por que não sentes gosto; um local por que não nutres sentimentos muito positivos! (A rir) O foco que tinhas nessa altura era o da Madame (Sarah) Bernhardt. Por vezes é inestimável dispor duma informação acerca dos períodos de desenvolvimento da vossa vida inteira, apenas no que diz respeito ao contacto e falta de contacto com a vossa essência.

Uma vez mais, as vossas crenças governam tudo. Se o temor que sentirdes se ligar à vossa essência, haveis de criar situações que vos cinjam. Isso confere-vos um sentimento de segurança. Quanto mais vos encerrardes nesse espaço reduzido das crenças, mais pensareis estar seguros. Isso está errado! A vossa essência sempre será verdadeira para convosco, e não comporta qualquer prejuízo.

Se eu estiver a falar demasiado rápido, façam o favor de interromper. (Todos rimos á medida que tentamos energeticamente rabiscar, a tentar anotar cada palavra do que ele profere)

Não consigo enfatizar a extensão do que é abrangido pelas vossas crenças; desde aquilo que ingeris, até ao tamanho de pé que achais dever ter, (riso) passando pelo grau de desconexão do vosso corpo em relação à natureza; o que não corresponde à verdade, só que acreditais nisso (piamente); terminando no conceito que fazeis do vosso universo, e nas crenças de... não concernentes a Deus, mas à nossa Unidade Criadora Universal e ao Todo. Estas coisas, entendo-o perfeitamente, tornam-se-vos muito difíceis de entender. Tendes muitas crenças relativas a coisas não físicas. Muitas delas estão erradas, pelo que vos geram temor e desconforto. Se realmente puderdes fazer uso das crenças que tendes em harmonia com a vossa essência, haveis de eliminar muitos problemas.

Abordando agora as questões de natureza não física: vós sentis-vos desligados das outras essências quando elas escolhem desenvolver-se mais, durante o seu tempo de vida. Isso não é assim. Elas estão sempre ligadas a vós, e não se encontram separadas de vós. Vós apenas as deixais de ver mais, em termos físicos. Se compreenderdes as essências individuais e as escolhas que promovem, todas as essências procedem a escolhas; como em relação à altura em que pretendam finalizar um foco ou dar início a outro. Isso, se as crenças que tiverdes alinharem pela vossa essência, não vos deveria causar tamanho desconforto.

Não encarais bem o leão quando ele opta por aniquilar o antílope. A existência do antílope não mais se foca na sua manada, mas isso torna-se-vos aceitável; mas quando encarais outros da vossa própria espécie, isso deixa de ser aceitável, mas isso não apresenta qualquer consistência, e constitui uma interpretação errónea das crenças que sustentais em relação à natureza. Vós moveis-vos pela natureza com tanta facilidade e sintonia quanto o leão. Vamos despender muito tempo a falar das crenças a respeito disso. Interpretações deformadas e crenças erradas criam-vos todo o conflito, confusão e dor. Posso tomar... (Olha ao redor em busca do copo, que o Bill lhe estende) Obrigado. Tendes perguntas?

ELIZ: Sinto curiosidade em relação a algo.

ELIAS: (A sorrir) Sim?

ELIZ: O Michael e eu sentimos curiosidade quanto à relação que tenhamos tido em vidas passadas, se alguma tivermos tido.

ELIAS: (Pausa, a obter acesso) Isso engloba um foco que seria considerado agradável, ao contrário da aversão que sentes pela França! Tu e o Michael eram irmãs; numa grande família Irlandesa, na região sul. Eram muito chegadas, tal como sois actualmente. (Pausa)

VICKI: Eu tenho uma pergunta.

ELIAS: Sim, Lawrence.

VICKI: Porque razão parecemos manifestar-nos em grupos?

ELIAS: Isso é muito mais complicado do que consegues perceber. Vou tentar explicar. (Pausa prolongada) Cada um de vós constitui uma essência individual. Cada um de vós nem sempre pertenceu à essência actual particular, e individual. Alguns brotaram doutra essência. Isso sucede com frequência. Iremos empregar o Mattie com exemplo, de forma a melhor serdes capazes de compreender.

Elizabeth é igualmente o nome da essência da Elizabeth. A Elizabeth criou um fragmento da sua essência. Esse fragmento desenvolveu actualmente a sua própria essência. Tal como vós, no foco físico, dais à luz os vossos filhos, também a vossa essência é capaz de se fragmentar e dar à luz a outra essência. Isso não descarta a validade nem a divindade da nova essência. Trata-se, de algo que, em todos os aspectos, se assemelha ao que se passa convosco; não nos termos da personalidade, mas da qualidade. Este é um conceito difícil. Isso pode igualmente fornecer-vos alguma explicação para certas essências que acreditam ser “almas novas”. De certo modo, elas são. Vós, na vossa essência, haveis de guiar e proteger bastante essas novas essências.

CHRIS: Encontrar-se-ão aqui entre nós algumas que sejam novas?

ELIAS: O termo novo, precisais entender, é relativo. O Mattie é bastante novo. Alguns de vós sois novos, mas não tão novos. Cada um de vós já foi parte dos outros, noutras essências.

CHRIS: Será por isso que por vezes nos sentimos tão ligados a outras pessoas?

ELIAS: Isso está completamente correcto. É também a razão porque vos sentireis atraídos ou arrastados para alguns durante o vosso tempo de vida; por terdes partilhado uma essência comum.

JULIE: Terão o Peter e o Lawrence partilhado algumas vidas, anteriormente?

ELIAS: Partilharam, como Nativos Americanos. Vós estivestes ligados por laços de pai e de filho. (Pausa)

VICKI: Poderias falar mais acerca dos fragmentos?

ELIAS: Certamente. Com o que é que te sentes confundida, especificamente?

VICKI: É um conceito difícil de compreender no geral.

ELIAS: É muito difícil. Jamais existiu um número exacto de essências originais. Originalmente, as essências, por assim dizer, brotaram da Unidade Criadora Universal e do Todo. Elas não são entidades separadas dessa Unidade; constituem apenas focos dela. Esses focos, em relação aos quais nos referimos como essências, escolhem experimentar diferentes enfoques. Sinto uma enorme dificuldade em explicar estes conceitos na vossa linguagem, por o Michael não comportar um vocabulário suficientemente vasto para dar expressão de determinados conceitos. Isso deve-se apenas ao facto de não possuirdes um dicionário suficientemente vasto! (Todos desatamos a rir)

VICKI: Possuiremos um cérebro suficientemente amplo para podermos compreender? (Riso)

ELIAS: (Dá uma risada) Possuís! A expressão física que dais à essência é suficientemente ampla para entenderdes estes conceitos e aceitardes a vossa essência, e todo o conhecimento que comporta.

DEB: Existirão anjos, ou eles fazem parte dos sistemas de crença?

ELIAS: Essa é uma excelente questão! Nós utilizamos termos como “guias”. Isso presta-se unicamente ao vosso entendimento. Não existem essências distintas como essas. Eu, por mim próprio, não sou guia do Michael; apesar de, com respeito a determinado aspecto, ser. Eu foco-me no Michael por estarmos ligados. Ele constitui um fragmento da minha essência. Isso também é verdade no caso da Catherine e da Kasha. É por causa disso que é tão facilmente realizável, um com o outro. Se acreditásseis em... (Para a Debbie) Entre parêntesis, está bem?...

DEB: Exacto. (Apesar de “aspas” constituir o termo adequado)

ELIAS:...”almas gémeas”, as quais debatemos anteriormente, seria daí que o vosso conceito deveria provir. Num certo sentido, o Michael tem estado acertado ao imaginar as “dissociações”.

CHRIS: Será que alguém na minha vida constituirá um fragmento de mim? Ou alguém aqui presente?

ELIAS: Constitui. Tu e o Peter constituís igualmente fragmentos duma outra essência. A Elizabeth e o Lawrence e... o Ron(?)... (A Vicki acena afirmativamente)... pertencem à essência do Paul. Todas as essências se assemelham umas às outras na criatividade divina. Não existe nenhuma que seja mais especial do que as outras.

DEB: Bom, nesse caso isso suscita um monte de perguntas, da minha parte! E em relação ao Jesus? Terá ele feito unicamente parte dos nossos sistemas de crença? Ou, em relação ao diabo?

ELIAS: Jesus foi uma essência que se focou no físico, e não constitui uma crença: ele teve uma existência verdadeira! Um diabo não tem! (Riso)

CHRIS: Então, isso quererá dizer que nos focarmos no físico, poderemos fazer como fez Jesus, em relação aos milagres?

ELIAS: Vós já possuís essa capacidade. Não existe diferença alguma entre as essências.

JULIE: Estará a bíblia baseada na ficção ou... ?

ELIAS: Existem... Desculpa. Isso irá aborrecer muitas crenças. Acreditais estar preparados para aceitar a verdade? (Olha para cada um, à medida que cada um de nós reconhece tal facto)

BILL: Bem ... (Riso)

ELIAS: A Kasha é tola! (A rir) A bíblia consiste numa compilação de livros escritos por essências num foco físico. Em relação à sua verdade, em oposição ao facto de não ser verdade, trata-se duma história. Foi uma consumação magnífica do imaginário colectivo; Um espantoso tributo às vossas essências criadoras.

ELIZ: Nesse caso, o Michael tinha razão.

ELIAS: O Michael não tem a certeza. O Michael deseja acreditar, mas o Michael focou-se com intensidade no desenvolvimento físico. Ele tenta aceitar conceitos que têm permanecido estranhos ao seu foco em muitos desenvolvimentos da sua vida. Contudo, está a sair-se muito bem.

JULIE: Tu disseste antes que o meu pai se encontrava num período de ajustamento. Poderia isso ficar a dever-se á crença que ele tinha na Bíblia?

ELIAS: Sim. Mesmo quando acreditais ter passado a assumir um foco na compreensão espiritual que tendes que vos leva a sentir libertos, haveis de descobrir que ainda questionareis. Mesmo quando sois capazes de aceitar, ainda tereis indagações a fazer. Esse é o enfoque que o Michael exerce. Ele é capaz de aceitar princípios e conceitos, mas alturas tem em que, quando contempla as estrelas, se interroga: “Existirá um céu de verdade?” ou “Quem terá realmente razão?” Ele há-de avançar. Já está a avançar, e está a evoluir bastante, rumo a um novo enfoque.

Isso faz igualmente parte da interacção que tenho convosco todos, assim como com o Michael. Já falamos do vosso círculo estar a fechar-se. Todos vós possuís afinidade. Todos os vossos círculos estão a completar-se neste foco. Por isso, eu encontro-me aqui para ajudar nos preparativos, de modo a não experimentardes trauma durante a transição. Terá isto ficado claro? (Pausa) Lawrence?

VICKI: Sinto-me bastante excitada! (Riso)

ELIAS: (A rir) Vamos parar por um momento, para que todos possais descansar os dedos, e em seguida continuaremos com as perguntas. Será isso aceitável? (Todos dizemos que sim)

INTERVALO

ELIAS: Vamos prosseguir. O Michael é muito tolo! (Em referência ao pedido que a Mary tinha formulado para todos fecharmos os olhos enquanto estávamos à espera do Elias)

Estávamos a falar de essências, que estão a completar os seus círculos. Essa conclusão do círculo não representa uma “fusão” nem uma absorção de cada essência na Unidade Criativa Universal e no Todo. Compararíamos esse círculo ao que designais por “círculo da vida”. A única diferença assenta no facto de que o que designais por “círculo da vida” apenas abrange o foco duma vida. Eu emprego o termo “círculo da vida” em conjugação com a definição que dou à vida.

Falávamos dos focos iniciais da vossa manifestação física neste planeta. Falávamos de como deram início a essa experiência física aqui. Ao completardes o vosso círculo, retornareis a esse foco original. Falávamos do vosso foco original como sendo mais caracterizado como um estado de sonhos do que o que vós tendes. Actualmente estais a evoluir de volta à vossa essência, e a criar um foco que se assemelhará mais a isso. Tornar-se-á mais natural para a vossa essência. O que não quer dizer que vos estejais a preparar para morrer! (Riso) Não significa que o vosso desenvolvimento físico actual esteja para terminar em breve. Encontrais-vos num período de transição no vosso foco.

No nosso anterior encontro falamos de alterardes o enfoque que exerceis, e de criardes uma realidade existencial nova e mais natural. Isso está a ser realizado. Vós estais todos prontos para procederdes a essa mudança. Os únicos impedimentos que tendes nessa área residem nas crenças existentes. Iremos trabalhar essas crenças erradas e baseadas no temor, como preparativo para essa nova experiência maravilhosa! (Pausa) Por hora, isto é suficiente. Podeis colocar perguntas.

JULIE: Existirá coisa tal como “experiência fora do corpo”?

ELIAS: (A sorrir) Sim, isso corresponde a uma realidade. O Michael já consegue isso. A Elizabeth faz isso com o Mattie. A Kasha fá-lo nos sonhos que tem. Cada um de vós já passou por experiências desse enfoque. Nos vossos sonhos, projectais a vossa essência para além do vosso corpo físico. Só não tendes consciência de que já sois exímios nisso! Apenas necessitais prestar atenção, e compreender aquilo que estais a fazer. Apenas necessitais aceitar e acreditar o que já estais a consumar. Fazei-lo muito mais vezes do que aquelas que vos permitis acreditar ou notar. A Elizabeth faz isso quando sonha acordada (tem devaneios). A Kasha e o Lawrence fazem-no quando escutam música. Podeis fazer isso no estado de meditação. A Catherine e o Michael realizam tal acto por meio das fotografias. Cada um de vós realiza esse acto por diferentes modos, mas todos o realizais, do mesmo modo. (Pausa, e a seguir, para a Catherine) Terás alguma pergunta?

CHRIS: Tenho, tenho umas quantas perguntas. Quando mencionaste os fragmentos das nossas essências, disseste-me que o Peter e eu estávamos ligados por essa via. Existirá mais alguém na minha vida, que aqui não se encontre, a quem eu esteja ligada desse modo?

ELIAS: Existe. Tiveste uma filha, e uma actual irmã. Elas também pertencem à mesma essência. O teu filho não pertence à mesma essência; mas escolheu o seu nome, tal como o fez a Elizabeth. (Pausa bastante prolongada)

Estamos todos tão contemplativos, esta noite! (Riso)

CHRIS: Eu tenho mais uma pergunta. Tu disseste ao Peter que a sua natureza básica é emocional. Disseste à Catherine que a dela é artística. Poderias, por favor, dizer-me qual será a minha?

ELIAS: Por vezes, ao fragmentardes uma personalidade a partir duma essência, esse fragmento é dotado dum elemento particular da personalidade. Isso é feito de modo a que a essência possa experimentar a perspectiva concentrada duma parte particular. Nessa medida, o fragmento desenvolve a sua própria personalidade e torna-se na sua própria essência. A tua essência não se focou singularmente em nenhuma experiência particular, mas envolveu uma inspiração em termos de expansão e de dádiva, o que criou na tua essência a qualidade da dádiva e da compaixão. Também expressou júbilo, em resultado da alegre qualidade da dádiva que a essência original possuía. Tu foste dotada com capacidades artísticas do domínio do drama e da música. Tu hás-de sentir uma enorme afinidade por esses tipos de enfoque artístico.

CHRIS: Nesse caso, seria lógico que se eu me desprendesse da minha essência, não fosse uma pessoa lá muito compassiva e compreensiva, certo? (A Christie sentiu imensa dificuldade em expressar esta pergunta, mas o Elias pareceu, conforme o habitual, compreender)

ELIAS: Eu compreendo. Em parte, quando ages contra a tua essência hás-de sentir um sentimento de incoerência ou de separação. Também poderás escolher - ante a vasta quantidade de probabilidades de que dispões na vida – deixar-te atrair para uma experiência de algo contrário á tua personalidade básica. Isso dever-se-á unicamente à experiência. Pode representar o que designarias como a consciência que tens; quando ages de forma contrária à personalidade básica da tua essência. A ÚNICA CLARIFICAÇÃO QUE ACRESCENTARIA, RELATIVAMENTE À CONSCIÊNCIA, É EM RELAÇÃO À INTERPRETAÇÃO QUE FAZEIS DESSE TERMO. ATRIBUÍS-LHE UMA CONOTAÇÃO NEGATIVA, O QUE É DESNECESSÁRIO. NENHUMA CONSEQUÊNCIA VOS ADVIRÁ DO FACTO DE ESCOLHERDES EXPERIMENTAR DE FORMA CONTRÁRIA À DA VOSSA ESSÊNCIA. (Pausa)

JULIE: Existirá coisa tal, ou pessoa, como aquela a quem chamamos de clarividente?

ELIAS: Existe. Há muitos indivíduos que alteraram o seu foco a um grau tal, que abriram a consciência em relação à sua essência, e à de outros. Isso é acertado. Tu também possuis essa capacidade! Só não confias, razão porque não a praticas. (A rir)

DEB: Contaste ao Oliver coisas sobre as essências dos filhos dele. Poderias dizer-me algo sobre a essência do meu menino?

ELIAS: O teu filho não pertence á mesma essência que tu. Ele está ligado a outra, mas possui uma alma muito mais antiga do que tu, para o colocar nos termos que empregais.

VICKI: E com relação ao meu filho?

ELIAS: Ela (no original) é uma outra criação da essência, que criou um outro fragmento de si própria. Também constitui um fragmento da essência que tem um enfoque muito mais antigo. Por vezes, as essências que têm um enfoque mais velho parecem aprender, segundo os vossos termos, mais depressa do que as outras, ou ser mais dotadas. Isso fica unicamente a dever-se ao facto de terem passado por mais experiências.

JULIE: Serás capaz de me dizer algo sobre as essências das crianças não nascidas?

ELIAS: Que desejarias conhecer sobre as essências que ainda não se manifestaram?

JULIE: Elas manifestar-se-ão? Chegarei a ter filhos?

ELIAS: Isso depende da escolha que fizeres. Ainda não procedeste a tal escolha, apesar de pensares teres decidido pela escolha de teres filhos. A tua essência ainda está a proceder a acordos. Isso fica a dever-se ao facto da tua manifestação física, a qual se acha desligada da tua essência, ainda não se ter decidido terminantemente. Ainda sentes conflito em relação a essa questão. Há uma parte de ti que deseja experimentar a maternidade. Há outra parte que ainda não está certa que venhas a ser boa nessa área! Quando escolheres, hás-de ser muito boa. (A sorrir)

ELIZ: Por vezes parece que temos amigos imaginários. Eles serão reais?

ELIAS: São. Os teus amigos imaginários, à semelhança dos do Michael, não são um produto da vossa imaginação. Tu tiveste um amigo com a Kasha. Eles... Ele era real. Existiram... Desculpa. Existiu um outro amigo que tiveste junto com ela, que se te apresentava por uma questão de diversão. Ela era uma alma mais velha, segundo os termos que empregais. Essa experiência foi dotada dum propósito. O seu propósito destinou-se à recordação, de modo a permitir que o teu enfoque se ligasse mais à tua essência, por meio da crença. Tal propósito foi realizado, pelo facto de te teres ligado ao Mattie. (Pausa)

VICKI: Sinto-me confusa em relação à questão do feminino e do masculino. Tu dizes que o género não existe, mas empregas termos tais como “ele” e “ela”.

ELIAS: Isso são termos inerentes à linguagem que empregais. Se empregasse o termo (isso), não o encararíeis como pessoal, e deixaríeis de personalizar, por meio do pensamento. Por isso opto por empregar termos que vos sejam familiares, e por suscitar uma resposta que encaixe em moldes acertados e favoráveis.

BILL: Revela-me mais coisas acerca da essência Kasha, se fizeres o favor.

ELIAS: Desejas desenvolvimentos passados?

BILL: Não, sobre a essência efectiva Kasha, não experiências passadas.

ELIAS: Essa essência Kasha, aquela que mencionamos anteriormente em relação à Elizabeth, era diferente e dizia respeito a um nome inerente a este foco físico. Foi um nome local duma criança inerente à experiência da Elizabeth. (Para a Elizabeth) Certo?

BILL: (Para a Elizabeth) Tu conheces esse nome?

ELIZ: Conheço. (Ela explica ter-se tratado dum dos seus companheiros de infância, chamada Kathy, cuja tradução em Polaco é Kasha)

JULIE: Eu tomei conhecimento disso noutras sessões, em que o Oliver e a Lawrence perguntaram o significado desses nomes. Eu gostava de perguntar acerca dos meus.

ELIAS: (A hesitar) Outros, sig... ni... fi... ca... tivos? (Riso)

JULIE: Do meu companheiro. (A rir)

ELIAS: Do teu companheiro! (Dá uma risada) Isso é... Os “companheiros” por vezes geram desconforto! (Riso) O relacionamento que tens com essa pessoa; obtenho a mesma impressão quanto a essa interacção que a que obtive no caso do Oliver e do John, só que não por meio de nenhum sentido imediato. Isso depende das escolhas que formulares. Contudo, subsiste conflito; muito interesse, um enfoque bastante emocional, repleto de amor, mas em termos bastante limitados; mas também de conflito.

Eu não consigo... Não, desculpa. Não vou referir probabilidades futuras, só por constituirem probabilidades! Vós sempre dispondes de escolha. ALÉM DISSO, HÁ MUITOS EXEMPLOS EM QUE UM “VIDENTE”, CONFORME LHES CHAMAIS, OU UMA OUTRA ESSÊNCIA SE ATREVE A AVANÇAR COM SUPOSIÇÕES ACERCA DE PROBABILIDADES FUTURAS. ISSO ESTÁ ERRADO. A RAZÃO PORQUE É PREJUDICIAL É QUE POR VEZES ESTABELECE CONDIÇÕES NA VOSSA PSIQUE E CRENÇAS, QUE VOS INFLUENCIARÃO AS ESCOLHAS. Eu não desejo influenciar-vos as escolhas quanto às probabilidades. Vós haveis de escolher o vosso próprio caminho. (Pausa)

DEB: Foste mesmo a manifestação física do Oscar Wilde?

ELIAS: Fui. Essa foi uma das minhas manifestações no foco físico. Felizmente, essa foi a minha última manifestação. Não foi o foco mais agradável que tive! (A rir de modo forçado, seguido duma pausa)

CHRIS: Eu tenho uma pergunta. Se, nas crenças que comportamos e na mudança do nosso foco, começarmos a acreditar sermos capazes de alterar as nossas crenças, isso representará uma mudança da consciência?

ELIAS: Representa.

CHRIS: Então se acreditássemos de verdade que somos capazes de fazer ou de obter qualquer coisa que quiséssemos, nesse caso isso representaria uma mudança?

ELIAS: Representava; mas isso é muito mais complicado do que percebeis. Podeis pensar acreditar em algo, e na realidade, processardes a ocultação duma crença conflituosa qualquer. Para materializardes as coisas, precisais acreditar nelas sem sombra de dúvida.

CHRIS: Será isso o que Jesus fez?

ELIAS: Em certa medida. Ele foi um grande mestre. Ele não realizou todas as façanhas físicas que lhe são atribuídas, mas as crenças colectivas, das gentes daquele tempo, eram duma tal intensidade que não tinha importância o facto dele ter realizado o que quer que fosse em termos concretos ou não. Elas criaram a realidade por ele. Por outro lado, ele possuía a capacidade de criar o que quer que fosse, nos vossos termos, e fazia-o, por meio da manipulação das crenças das massas. Ao pregar a verdade, ele realizava tudo o que desejasse. Estará isso claro? (Pausa, e nós acenamos afirmativamente)

Teoricamente, se desejásseis atravessar uma parede, éreis capazes de realizar isso - se as vossas crenças não manifestassem nenhum conflito. Na realidade, a vossa parede é mais sólida que o vosso ar!

JULIE: Então, quando as pessoas falam de fantasmas... (Elias tenta alcançar o copo, que a Julie lhe estende)

ELIAS: Obrigado.

JULIE: Não tens de quê.

ELIAS: Fantasmas? (Ri na direcção da Julie, que começa a rir)

JULIE: Eu ouço contar que as pessoas realmente visualizam espíritos!

ELIAS: Existe uma diferença. Não existem ... “fantasmas”! (Riso) Tal como declarei anteriormente, tendes a possibilidade de ver essências. Podeis conseguir isso, se alterardes o enfoque que empregais.

Existem igualmente outras explicações para fenómenos desses. Já falamos a breve trecho sobre isso, em relação aos nossos temas enfadonhos da protecção e da possessão. Os fenómenos que ocorrem, em muitos casos, constituem criações das vossas próprias essências; com base no medo, e manifestam-se na forma física. Todavia, isso presta-se a um propósito construtivo, de forma que sois capazes de perceber em termos físicos a forma efectiva como conseguis criar coisas físicas a partir dos vossos pensamentos. Eles são bastante poderosos. As vossas crenças, conforme terei declarado anteriormente, são de tal forma poderosas que não só vos moldam a vida e a existência, como também conseguem materializar os pensamentos de forma concreta. As vossas crenças são igualmente poderosas a ponto de se sobreporem à vossa essência, na transição que se dá de nascimento em nascimento. Conseguem mesmo prender-vos, durante um tempo, numa materialização sua. Quando morreis, nos vossos termos, ou nasceis, nos termos que eu emprego, (A sorrir) podeis experimentar um período em que as crenças da vossa anterior existência ainda se sobreporão à vossa essência. Isso acaba por ceder terreno, mas essas crenças são de tal modo vigorosas que são capazes de vos manipular contrariamente ao vosso estado natural.

ELIZ: Será típico duma manifestação final ter um carácter desagradável?

ELIAS: Desagradável no enfoque que gera, tal como foi na minha última manifestação física? (A Elizabeth acena afirmativamente) Não, não envolve qualquer regra. Vou fazer uma ressalva na declaração que proferi de desagrado em relação à última manifestação que tive. Em muitos aspectos foi desagradável. Mas, apesar disso, envolveu uma tremenda abertura, em termos de compreensão, para com a minha essência, e envolveu o percebimento duma enorme beleza e amor, na acepção muito mais elevada da palavra. Foi uma experiência duma tremenda revelação. Durante um certo tempo também se achou envolta em crenças conflituosas. É por isso que vos falo com tanto empenho das crenças.

DEB: Coloca uma pergunta acerca dessa expressão sublime de amor, especificamente em relação ao modo como sente em relação ao companheiro.

ELIAS: Isso não envolve a interacção comum característica do enfoque humano. Trata-se duma compreensão mais elevada do termo que empregais (amor). Uma compreensão superior, por envolver uma abertura para com cada essência a fim de permitir uma união. Isso, quando o experimentardes, possibilitar-vos-á compreender que o termo “amor” é muito limitado. Numa expressão dessas, vós tocais a vossa essência.

Vamos atender só mais uma pergunta. (Pausa) O Lawrence tem estado a noite toda muito sossegado, sem muitas perguntas! (Riso)

CHRIS: Poderás fornecer-nos algo sobre que pensar até à nossa próxima sessão?

ELIAS: Dir-vos-ei, para concluir, que já vos dispensei bastante informação para pensardes esta noite! (Desatamos todos a rir) Deixo-vos com esses pensamentos. Boa noite.

Elias parte às 9:05 da noite.





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