The Monster of Fear is YOU
Topics:
“O Monstro do Medo és TU”
“Impressões e Pensamentos”
Quarta-feira, 26 de Abril de 2000 (Privada/Telefone)
Participantes: Mary (Michael) e Daryl (Ashrah)
Tradução: Amadeu Duarte
...
ELIAS: Boa Tarde!
DARYL: Saudações.
ELIAS: (A rir) Ah, quanta formalidade!
DARYL: (A rir) Bom, não foi intencional, mas é isso!
ELIAS: Ah, ah, ah!
DARYL: Suspeito que provavelmente sabes aquilo em que estou interessada em debater, porque ainda ando a sentir dificuldade em respirar. Tenho vindo a interagir bastante contigo ao nível subjectivo com relação a essa área mas agora quero voltar a conversar contigo objectivamente. Eu pressinto que se for capaz de entender melhor aquilo que se está a passar, talvez aí isso me auxilie a examinar a questão.
Após a última conversa que tive contigo a dificuldade respiratória aumentou por um período dumas semanas e em seguida tive uns dois dias em que atravessou um período de decrescimento, para voltar a aumentar de novo até quase esta semana. E agora, para além de sentir dificuldade à noite, estou a senti-la diariamente e durante a maior parte do dia, pelo que se está a tornar um hábito durante quase as vinte e quatro horas.
A primeira coisa que te quero perguntar é, quando tive que lidar com o medo que sentia em relação à realidade objectiva senti ter feito um excelente retracto daquilo com que estava a lidar, em relação ao temor de poder ser morta por alguém e de esse medo brotar da duplicidade e da falta de aceitação e de confiança pessoal. Além disso, esse temor não subentendia o simples quadro da interrupção da vida física e da subsequente retoma da continuidade mas um medo de ser totalmente aniquilada e de deixar de ter qualquer consciência.
Quando falei contigo da última vez, disseste-me que eu sentia suspeição em relação aos sonhos, e isso leva-me a interrogar-me se não estarei neste caso a lidar com o mesmo tipo de temor. Não estarão basicamente aqui envolvidas as mesmas questões, à excepção de eu estar a operar numa outra área?
ELIAS: Vamos abordar este tema em conjunto.
Bom, em primeiro lugar diz-me que é que revelaste a ti própria até ao momento sob a forma de impressões no que respeita ao que estás a criar e àquilo em que estás a participar nessa situação.
DARYL: De acordo. Parte disso é mesmo o que referi acerca da duplicidade, porque eu coloquei uma maior informação ao meu dispor com relação à duplicidade e à falta de confiança que albergo.
Além disso tive igualmente um incidente, no fim de semana passado, em que fui levada a sentir a entidade como que a pressionar-me e tomei consciência de que o constrangimento que tenho vindo a colocar acerca da respiração tem sobre a minha vida o mesmo efeito do medo. Sinto-me constrangida, restrinjo os movimentos e acabo por ficar confinada a um local e por perder a liberdade.
Há uma outra questão que surgiu na semana passada que tenho consciência de me ter deixado perturbada. Não estou certa de estar a ler a informação de forma apropriada mas sinto estar a lidar com esta preocupação acerca da morte, provavelmente em torno da ideia de quando tiver completado este processo de avançar por entre o medo que sinto terei terminado de permanecer aqui e terei que partir.
É exactamente sobre isso que tenho vindo a pensar.
ELIAS: Muito bem.
Agora; Permite-te identificar e reconhecer em conjunto comigo as diferenças existentes entre as tuas impressões e a informação que passas a ti própria por meio das impressões que tens, e da informação que estendes por meio dos pensamentos que tens, já que tudo isso é influenciado pelas questões e pelas crenças.
Com isto propões-te impressões que traduzes para a tua linguagem objectiva – nos termos dos teus pensamentos – e passas a ti própria informação relativa à duplicidade e também ao temor. Mas propões igualmente a ti própria informação através dos pensamentos e confunde-la com impressões. Identificas que TODOS os pensamentos que tens traduzem impressões, coisa que não acontece.
Antes de mais, vamos identificar a diferença entre a influência das questões e das próprias impressões que assistem à criação dos pensamentos e dos sentimentos, e a comunicação que passas a ti própria sob a forma de impressões, e AQUELA informação, a forma como ela é traduzida para o pensamento, porque EXISTE uma diferença.
Nisto, as impressões proporcionam-te uma informação exacta no sentido de te fazer avançar em conjugação com o propósito inerente aos movimentos que empreendes, e oferecem-te uma transmissão que abre uma linha de confiança em ti própria, por assim dizer, e uma via para a criação de escolhas.
Ao passo que, a transmissão dos pensamentos que são influenciados pelas crenças e pela questão restringe as escolhas e agrava o medo, reforçando-o.
Agora; com isso tu identificaste estar a proporcionar a ti própria alguma informação com as impressões que colhes em relação à duplicidade, em relação às expressões dessa duplicidade, em relação à identificação da falta de confiança que sentes respeitante aos sonhos que tens, ao elemento de ausência de controlo e em relação à tradução que fazes para a consciência de vigília por meio da criação de restrição.
Agora; nisso, a razão porque estendes a ti própria as impressões relativas à duplicidade reside em poderes conceder a ti própria um maior entendimento em relação ao que estás a criar e ao que está a influenciar essas criações, nas tuas crenças. Está a oferecer-te a oportunidade de examinares a percepção que tens assim como aquilo que estás a criar.
Os pensamentos que acolhes em relação à morte acham-se directamente relacionados com a própria questão. Isso representa uma outra expressão do monstro, ou do dragão a erguer a cabeça de novo e a expelir outra labareda na tua direcção ao expressar-te: “Ah! Com que então pretendes derrotar-me com a espada, mas eu vou cercar-te e rodear-te de fogo e vou usar uma nova expressão do elemento de surpresa que impedirá os esforços que empreendes.”
Porque tu estás a aplicar imensa energia na direcção da dissipação desse temor e da conclusão dum movimento de passar além dele, deslocando-te rumo ao que visualizas como sendo o outro lado desse temor.
E agora o dragão chega-se para o lado e diz: “Ah! Bom, vou-te apresentar uma surpresa no outro lado pelo que, assim tiveres conquistado isso, morrerás, pois deixarás de sentir qualquer razão para continuares nesta dimensão, devido a que tenhas cumprido o objectivo de toda a tua vida.” (A rir) Bastante astuciosa, a criatura!
DARYL: Ele trabalha muito bem! (A rir)
ELIAS: Ah, ah, ah!
DARYL: E isso aconteceu imediatamente após ter começado a pensar: “Sou capaz de fazer isto”. Aquilo acalmou e eu comecei a sentir uma maior confiança, e aí BANG, as coisas estavam de novo a acontecer.
ELIAS: Agora; vamos também recordar aquilo que tenho vindo a referir, de estar a eclodir uma grande dose de energia colectiva. Está a ocorrer um imenso surto de energia colectiva em relação a esta Mudança que a Consciência está a sofrer e à sua inserção na vossa realidade objectiva.
Tem consciência de que não se trata duma mera acção que esteja a ter lugar fora de ti através de eventos colectivos, das expressões das massas ou das criações colectivas. Isso está a afectar TODA a gente e está a afectar aquilo com que cada indivíduo se ocupa a nível pessoal.
Por isso, TU estás a enfrentar este monstro do medo e a travar uma luta com essa expressão particular. Nessa luta tu estás a ganhar terreno, por assim dizer, porém ele encoleriza-se em relação a ti, e não em relação a qualquer elemento externo.
Por isso reconhece que nas situações de aumento de energia que estão a ter lugar na expressão colectiva, tu constituis um elemento dessa colectividade e não te achas dissociada dela. Desse modo permites que essa energia se aplique às tuas expressões, o que te intensifica as próprias criações e o teu próprio movimento.
E essa batalha que travas, é contigo própria – porque a criatura consiste noutro aspecto de ti. Apesar de deteres um grande poder nos teus movimentos objectivos, esse monstro do medo é igualmente outro elemento de TI. Por isso, ele também assume uma expressão de poder, porque a intensidade que exprimes também a exprimes com a mesma intensidade de volta contra ti.
Isso é a transmissão que sugeriste a ti própria por meio da impressão relativa à duplicidade. Estás a propor a ti própria a informação de que TODO este movimento te refere a ti.
Não se trata de nenhum elemento fora de ti com que estejas a lutar. Por isso, a força que deténs é todo o teu ser. Aquilo que exprimes em termos de força numa determinada direcção também se exprime em termos de força e na mesma medida, na direcção contrária, e NISTO reside a importância da aceitação.
Até aqui tu e eu temos vindo a debater a luta que travas, e isso é bastante intencional porque inicialmente tornou-se necessário para a tua validação pessoal e para o reforço duma confiança objectiva em ti própria, a fim de te empenhares nessa batalha e a travares contra o inimigo.
Agora; tu concedeste a ti própria o campo de batalha. Concedeste a ti própria as vitórias. Permitiste-te obter um vislumbre das tuas capacidades. Permitiste-te reforçar da tua confiança. Permitiste-te alcançar uma perspectiva do poder que deténs.
AGORA és capaz de avançar com essa força rumo a uma expressão de aceitação por intermédio duma deposição das armas e do reconhecimento de que a mesma intensidade que aplicares sobre um lado, falando em termos figurados, também aplicas na luta intensa que travas com o lado oposto, e que a batalha continuará a fazer furor até escolheres interrompê-la.
A batalha assola por meio da expressão da duplicidade e da perspectiva de te encarares como entidades distintas – tu e o medo como entidades separadas. E na realidade são uma só coisa. És tudo isso. Não passa tudo duma e expressão de ti própria e duma criação tua, emaranhada dum modo inseparável.
Por isso, o que há-de eliminar a expressão do medo há-de ser a aceitação de ti própria, e de que isso consiste unicamente na escolha da criação duma experiência que elegeste. Não comporta nenhum outro poder além daquele que lhe forneces e tu dispões da capacidade e do poder de eleger escolhas na direcção que desejares.
Por isso, aquilo que eliminará a expressão do medo é a aceitação de ti própria, e de que isso consiste unicamente na escolha da criação duma experiência que tu geraste. Ela não detém outro poder além daquele que lhe atribuíres, mas tu deténs a capacidade e o poder de eleger escolhas seja em que direcção for que desejes.
Com isso, concedes a ti própria a validação de TODO o teu ser.
A esta altura aquilo que me estás a perguntar é acerca do modo como há-des dar atenção à criação da restrição que centras na tua respiração por te estar a imobilizar fisicamente e te estar a criar uma situação de desconforto na realidade do teu estado de vigília. Não estás a apreciar essa criação em particular e desejas interrompê-la. Não tens vontade de continuar a sentir medo nem de continuares a traduzir nenhum elemento do medo por outros tipos de criação, seja físico ou não, não é mesmo?
DARYL: Pois...
ELIAS: Desejas proporcionar a ti própria uma solução para interromperes aquilo que estás a criar, de acordo?
DARYL: Pois. Eu gostava de pensar que o aceito mas sei que não. Estou a lutar com ele...
ELIAS: E luta não é sinónimo de aceitação.
DARYL: Pois.
ELIAS: Lutar não é aceitar.
DARYL: Não, não é.
ELIAS: Agora; não me interpretes mal. Tal como declarei, a luta foi intencional e benéfica, porque te proporcionou um reforço e uma via que te permitiu perceber – e de te conscientizares em termos objectivos – da tua própria capacidade de aceitação. Por isso, foi bastante intencional e benéfica.
Agora, por palavras vossas, tu és capaz de te permitir ir além dessa expressão.
Já te disse anteriormente para relaxares. Lembras-te?
DARYL: Lembro-me, sim. Eu tenho vindo a praticar o exercício dos centros de energia, tendo iniciado a semana passada, e já comecei a sentir actividade primeiro no centro da energia verde e em seguida no cor-de-rosa, e actualmente o amarelo, em certas alturas. Parece estar algo a mudar nesses centros e continuo a proceder ao exercício sempre que me sinto constrangida.
ELIAS: Lembra-te também de incorporares um relaxamento efectivo – tanto relaxamento do físico como relaxamento da tensão da energia, relaxar os teus pensamentos e a expressão do teu corpo físico.
Não poderás incorporar ao mesmo tempo a luta e o relaxamento. Ambas essas expressões são inconsistentes em relação à contrária, em razão do que não poderás incorporar ambas ao mesmo tempo.
Nesse sentido, se te permitires relaxar também dissiparás o padrão de luta e essa luta exibe-se a si própria através da constrição que sentes na respiração.
Podes igualmente de tempos a tempos adoptar, se assim preferires, um outro exercício que poderás encarar com diversão!
Nisso poderás permitir-te fundir momentânea com um objecto tal como uma cadeira, um sofá ou uma cama; qualquer desses tipos de mobiliário. Permite-te sentar ou estender e deixa-te fundir, dissolver-te fisicamente, por assim dizer, no objecto físico. Tal acto requer relaxamento.
Com tal acto, permites-te romper a continuidade da constrição e da luta, pois para realizares esse exercício, deves exigir de ti própria um relaxamento a um ponto em que dissipes o teu processo de pensamento e dissipes a concentração que estabeleces no corpo físico.
E nesse sentido, podes conceder a ti própria uma expressão de diversão, diversão essa com que poderás perceber a capacidade que deténs de desviar a tua atenção do corpo físico e do seu funcionamento , ou da constrição em que se ache envolvido.
A cadeira, a cama, o sofá, esses objectos não respiram do modo que tu respiras. Por isso não é preciso respirar! (A rir) Apesar de o poderes continuar a fazer no modo automático, não te estarás a concentrar no acto de respirar.
Deixa que te diga, de modo enfático, que te ESTÁS a concentrar na respiração, razão porque ela continua constrita, a despeito dos pensamentos que tens.
Os pensamentos não significam necessariamente concentração. Por isso, quer estejas ou não a pensar na tua respiração, a tua concentração está a centrar-se com intensidade no teu acto de respirar e no teu centro de energia azul.
DARYL: Pois, tive o pressentimento de que estaria a passar-se isso, de me estar a concentrar nele ainda mais do que antes.
ELIAS: (A rir) Agora; também te estás a concentrar mais nele porque sugeriste a ti própria processos de pensamento relacionados com o medo e a influência que o medo exerce, sempre que permites que ele te rodeie e te sugira a expressão de que assim que o tiveres conquistado, qual guerreiro, por assim dizer, deixarás de continuar a ter razão para permaneceres nesta dimensão física, facto esse que evoca um outro temor!
DARYL: Evoca, sim.
ELIAS: (A rir) Por isso, estás a propor a ti própria um imenso número de exemplos, e com isso, esses exemplos estão a expressar-te as capacidades e escolhas.
Estás a permitir-te criar expressões que te concedam a oportunidade de diferenciares as tuas impressões do processos de pensamento que estabeleces, e de diferenciares a confiança do medo que sentes, e de diferenciares o relaxamento genuíno da continuidade da concentração no padrão de luta.
Se te recordares, eu disse-te – quando referi a sugestão para te relaxares; não me referia meramente ao relaxamento físico mas também ao relaxamento da tua energia, o que incorpora os teus pensamentos, os teus sentimentos e as tuas emoções. (Pausa)
DARYL: Se eu procuro executar uma certa actividade e sinto dificuldade com a constrição, coisa que tem acontecido ultimamente, será mais eficaz tentar forçar a actividade ou deter-me por instantes? Muitas vezes torna-se difícil relaxar fisicamente enquanto procedo a uma actividade física, tal como aspirar.
ELIAS: Precisamente. Agora; eu sugiro-te que te permitas parar. Porque haverás de continuar a forçar a tua energia e a ti própria se isso apenas irá exacerbar ainda mais aquilo que estiveres a criar?
DARYL: Não tenho a certeza do que queres dizer com parar. Quererá isso dizer parar completamente com a actividade, ou parar momentaneamente, ou...?
ELIAS: Para por uns instantes com a actividade que estiveres a empreender. Toma consciência da constrição que sentes. Permite-te desviar a atenção e relaxar.
Acompanha-me neste instante no exame disso. Vejamos esta actividade que ocasionaste. Tu estás a criar esta tarefa; estás a aspirar. Estás em casa e estás a experimentar essa constrição na respiração e continuas a aspirar e essa constrição prossegue e pode mesmo aumentar.
Mas que mais estás a criar com esse acto nesses momentos?
Estás a criar frustração, e o sentimento duma maior tensão e a experimentar uma emoção de desespero.
Também estás a criar uma condenação de ti própria e a depreciar a ti e às tuas habilidades, porque te achas a estabelecer em ti própria a frustração de não teres a capacidade de alterar essa expressão de imediato e de a banir da tua existência física.
DARYL: E aí sinto-me como que a perder.
ELIAS: Correcto, e isso traduz a expressão da duplicidade que ofereceste a ti própria pela impressão que tiveste, de direccionares a tua atenção para a interacção que a expressão da duplicidade assume.
Por isso te digo que pares com o acto físico que estiveres a exercer. Pára de aspirar.
Permite-te desviar a atenção, contrariamente a continuares com a acção enquanto dás lugar à expressão da duplicidade, com a continuidade da restrição da respiração física, com a intensificação da tensão da tua energia, e com a emoção da frustração e da irritação.
Dá uma volta à tua atenção e permite-te parar e relaxar. Desvia a tua atenção. Permite-te fundir-te com a cadeira! Ah, ah, ah, ah!
A tua tarefa será eventualmente executada, porque virás a ter oportunidade de a executar. Não importa. Será ela essencial para a tua existência? Estarás...
DARYL: Eu disponho duma data de regras em relação às coisas, sabes? (A rir)
ELIAS: Ah! Mas não estarás a gerar aquilo que poderás designar como dano a ti própria através da rigidez imposta pelas regras que impões? Observa a expressão da rigidez, que não se compara ao relaxamento! (A rir)
Essa é a sugestão que te faço, que te permitas tornar flexível e maleável, em vez de rígida. Permite-te tornar-te móvel, e com essa mobilidade objectiva concede a ti própria permissão para desviares por um momento a tua atenção.
Tal como referi, eventualmente haverás de executar a tua tarefa, porque isso TRADUZ a expressão da família a que pertences (Sumafi), não é? (A rir) (*)
DARYL: Isso é verdade! (A rir)
ELIAS: Por isso, irás continuar com esses tipos de expressão. Irás continuar com certos tipos de expressão de rigidez, porque isso condiz com a expressão do propósito da tua família em determinadas áreas.
Mas essa expressão não precisa tornar-se danosa para a tua pessoa. Também não precisa ser o que poderás designar como contra produtiva para o movimento presente, relacionado com a questão a que consideras. (Pausa)
DARYL: De acordo. (A suspirar) Parece-me que num grande sentido isso servirá de metáfora para a aceitação e para a luta em relação comigo própria.
ELIAS: Tens razão.
DARYL: Por isso, de certa forma, estou a aprender o modo como haverei de aceitar em vez de lutar.
ELIAS: Correcto.
DARYL: Pensamos que fosse mais fácil! (A rir)
ELIAS: Ah, ah, ah, ah, ah! Dir-te-ei que aqueles elementos da vossa realidade que incorporam a maior simplicidade são os mais difíceis de realizardes. (Pausa, enquanto a Daryl suspira)
Vós criastes de forma excelente uma realidade em que adoptastes tal separação assim como essas expressões de duplicidade, mas duplicidade é contrária à aceitação.
DARYL: Quando no outro dia tomei consciência da duplicidade, tornou-se de tal modo claro que me condenei a mim própria por não ser determinado fulano, quando se tornava ainda mais claro na minha mente que eu não desejava ser essa pessoa. Acontece que isso é somente aquilo que a sociedade pensa. Era inerente às crenças ou correntes de opinião das massas e parece, não sei bem... Toda esta energia no sentido de me desvalorizar por não ser algo que à partida nem desejo tornar-me.
ELIAS: Isso também acompanha muito o sentido da tua orientação, mas eu não quero estar aqui a sobrecarregar-te com imensas expressões e sentidos distintos, e por isso continuaremos numa direcção que é aquela que te afecta mais na tua presente realidade.
Contudo, também te digo que a expressão da tua orientação no presente foco influencia e equipara-se a TODAS essas expressões a que te diriges no presente: o medo, a duplicidade, a inadequação, a falta de confiança, a falta de aceitação e a falta de consciência das tuas capacidades e escolhas. Todas elas são reforçadas pela tua falta de aceitação de ti própria NA tua orientação individual, por não se encaixar na expressão das massas, a qual é comum.
DARYL: Então será mais uma razão porque sinto isso de forma tão intensa esse impulso que conduz ao desejo de ser algo que não quero, essencialmente, ser.
ELIAS: É.
DARYL: Está bem. Também me sinto como que curiosa em relação à razão porque escolhi a imagem da respiração nisto, porque em relação em especial ao medo objectivo que sinto da morte, ele acha-se fortemente atado à ideia de ser electrocutada. Será essa a razão porque estarei a experimentar os problemas com a respiração no presente, devido a se tratar de imagens que me afectam profundamente?
ELIAS: Sim, em parte. Em parte também escolhes influenciar esta expressão física particular, devido a que isso se ache relacionado com o que identificas como ar, que te rodeia.
DARYL: De acordo...
ELIAS: Que abrange tudo, em termos físicos. Segundo as palavras que utilizais, fisicamente o vosso ar encontra-se em todo o lado. É inevitável.
DARYL: É, sim senhor! (A rir, junto com o Elias) Talvez à semelhança do medo que abrigo.
ELIAS: (A rir) Muito bem!
DARYL: Uma outra coisa que tem surgido nos sonhos que tenho tido é eu sonhar com um envolvimento com alguém. Também criei a presença de alguém que ainda não conheci mas com quem estou em comunicação. Estarei também a lidar com os temores relacionados com o abrir mão do modo como tenho vindo a proceder há tanto tempo e a abrir-me de facto à hipótese dum relacionamento?
ELIAS: Em parte, e isso move-se em relação à onda e à corrente de opiniões que envolve a sexualidade.
DARYL: Está bem, então é toda um conjunto de coisas. Em conjugação com isso, também tenho tido imenso daquilo que poderias designar como dores de cabeça e dores nos meus olhos, o que se situa tudo na mesma área da minha energia bloqueada. Estará isso igualmente associado à questão?
ELIAS: Deixa que te diga que essa expressão particular das dores que incorporas – pelo que identificas como dores de cabeça que também te estão a afectar os olhos – só se acha relacionado em parte, por assim dizer, a tudo aquilo que temos vindo a debater.
Também consta duma acção que estás a incorporar em relação a estas ondas de tensão que ocorrem na Consciência e a que estás a reagir de um modo esmagador.
Agora; isso intensifica-se em parte e de igual modo por acção da orientação que assumes neste foco. Aquilo que te estou a dizer é que tu interages, segundo a concepção ou plano dessa orientação suave (soft) em particular e na acção de movimento de energia subjectiva e objectiva - interior e exterior – tu interages com essas erupções de energia sobre a Consciência de modo diferente daquele que um indivíduo pode usar, na situação duma outra orientação.
E nesse sentido, apesar de a forma como adoptais essa forma de relacionamento com qualquer expressão de energia brotar da escolha de cada indivíduo, posso-te dizer que esse tipo de expressão em particular e que adopta a forma de dores de cabeça e até mesmo a incorporação da afectação da tua visão e dos olhos acha-se amplamente relacionada e em conjugação com os surtos de energia que operam nos indivíduos desta orientação em particular.
Isso não quer dizer que não possas criar uma outra expressão se assim o escolheres, mas como isso consta da ampla expressão duma criação desta orientação em particular, cede igualmente um maior conforto e à-vontade na incorporação que opera em qualquer indivíduo.
DARYL: De acordo. Agora; quando isso ocorre, equivalerá a um sinal dum aumento de tensão momentâneo? Haverá algum processo através do qual possa utilizar isso a fim de obter informação em relação às ocasiões em que tais vagas de energia ocorrem ou começam a dissipar-se?
ELIAS: Serve de indicador para o facto de estares a aceder mais a essa energia em termos objectivos do que aquilo que te possas permitir noutros momentos. É igualmente um indicador objectivo para poderes identificar a existência dum elemento ou movimento mais forte nesse aumento de energia, em tais alturas.
Podes estar a experimentar essa afectação sob a forma de dores de cabeça num tipo de expressão prolongada, apesar de poder igualmente não ser continuada nem consistente e ininterrupta. Pode prolongar-se no modo de se repetir muitas vezes durante um breve período de tempo.
De certa forma podeis criar muitas dores de cabeça – ou incorpora muitas dores de cabeça – por vários dias, por assim dizer, ou por palavras vossas, por um período mais prolongado, por assim dizer. E com isso estais a permitir-vos reagir em termos objectivos a tais vagas.
Quanto à vossa capacidade de aceder a um tipo qualquer de informação, reconhecei apenas que se TRATA dum aumento súbito de energia, e que com isso estais a reagir a esse aumento e por isso podeis permitir-vos reconhecer que nessa altura podeis tirar proveito duma maior intensidade de energia a fim de realizardes actos em meio ao que estiverdes a considerar, numa altura dessas.
DARYL: Certo. Então, eu podia tentar objectivamente direccionar essa energia para uma maior aceitação ou uma maior conquista na área da aceitação.
ELIAS: Podes, porque nessa altura, que sucede imenso actualmente, podes utilizar essa energia na observação e numa conscientização objectiva e redireccionar essa energia e manipulá-la de forma a tornar-se benéfica para ti própria em tudo o que estiveres a criar – na consciência que tiveres da aceitação, da confiança, da dissipação do medo, e até mesmo no campo da experiência do teu relaxamento.
DARYL: Muito bem, porque isso tem sucedido bastante comigo. Não tenho a certeza quanto ao tempo mas sei que na semana passada ou por aí. Com efeito tenho notado imenso isso.
Tenho uma outra coisa a perguntar e gostava de saber se estará relacionado. Uma das minhas aves tem vindo a arrancar as penas recém-criadas, não de forma muito significativa mas o suficiente para me fazer notar, e eu interrogo-me quanto a isso representar um reflexo - de algum modo - do que se esteja a passar comigo. (Pausa)
ELIAS: Isso consta duma resposta à tua energia e ao que te achas a projectar assim como também à energia que se acha depositada no presente espaço que ocupas. Trata-se dum acto de reacção idêntico à frustração.
DARYL: Certo, pensei que isso estivesse a acontecer, pois tem vindo a ter lugar precisamente no mesmo período de tempo.
Bom acabou-se-nos o tempo. Quero agradecer-te por teres estado aí subjectivamente ao meu dispor, porque foste-me muito útil.
ELIAS: Não tens de quê, e irei continuar desse modo contigo e a expressar-te energia e a encorajar-te, tal como sempre.
DARYL: Está bem, vou tentar parar de batalhar!
ELIAS: Ah, ah, ah, ah, ah! Também te encorajarei nesse sentido! Também te oferecerei, por palavras vossas, pequenas cotoveladas em termos de energia a fim de te lembrar para te fundires em vez de batalhares! Ah, ah, ah, ah!
DARYL: (A rir) Está bem!
ELIAS: E talvez nos fundamos num só! (A rir)
DARYL: Está bem!
ELIAS: Muito bem. Estendo-te um formidável afecto e continuarei a expressar-te energia. Por antecipação dum continuado encontro, eu ofereço-te um carinhoso au revoir.
DARYL: Au revoir.
...
Notas do Tradutor:
(*) Elias refere uma peculiaridade que caracteriza sobremodo aqueles que pertencem à “família” Sumafi, que é a da teimosia
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