Turn Your Attention to Self
Topics:
“Volta a Tua Atenção para Ti”
“A Camuflagem do Auto-Sacrifício”
“Alzheimer - A Acção de Transição”
Quinta-feira, 14 de Outubro de 1999 © (Privada/Telefone)
Tradução: Amadeu Duarte
Participantes: Mary (Michael) e Marcos (Marta).
Elias chega às 9:23 AM. (Tempo de chegada é de 18 segundos)
ELIAS: Bom dia, Marta!
MARCOS: Bom dia, Elias! É um prazer, uma vez mais, encontrar-te de modo objectivo. (Elias ri) Envio-te cumprimentos calorosos da parte da Isabel.
ELIAS: Mas podes retribuir-lhe em retorno!
MARCOS: Obrigado. Tenho algumas perguntas a colocar-te, Elias. Posso começar?
ELIAS: Podes.
MARCOS: Em primeiro lugar gostava de te perguntar sobre a condição que o pai do Paul está a experimentar. Que poderás revelar-me, e porque razão, de modo a poder transmitir-lho?
ELIAS: Em que sentido estás a questionar-me relativamente à criação disso?
MARCOS: Ela tem-me vindo a dizer que ele está a gerar uma doença que ela acredita ser Alzheimer, mas não tem a certeza, razão porque coloca a pergunta.
ELIAS: O interesse é dirigido no sentido do desejo de prestar auxílio?
MARCOS: Sim, no sentido de prestar ajuda, mas creio igualmente que seja no sentido de procurar compreender e obter alguma informação de modo que talvez torne a coisa mais fácil para ela.
ELIAS: Muito bem. A razão porque te dirijo este interrogatório deve-se ao facto de isso merecer diferentes respostas, dependendo da direcção da informação que o indivíduo pretende.
Bom; vou-te dizer que a direcção subjacente a esta linha de questionamento difere da direcção objectiva.
Nesse sentido, vou-me cingir ao que foi objectivamente perguntado, e o indivíduo poderá abordar-me para obter resposta às questões implícitas se ele(a) o preferir.
Nesse sentido, o indivíduo que está a criar essa situação que está a ser objecto da identificação de “doença”, não está efectivamente a gerar qualquer doença, por assim dizer, apesar disso ser susceptível de ser classificado nesses termos concretos.
Eu digo-te que esse indivíduo, antes de mais, está a empreender uma acção de transição, e está a empregar essa acção de transição de modo bastante propositado e objectivo. A razão porque o indivíduo escolheu empregar essa acção é a de provocar e de ultrapassar algumas crenças e temores fortemente enraizados nesse seu foco em particular.
No seu foco actual o indivíduo implicitamente comportou uma enorme indagação em relação à morte e ao desprendimento (do físico). O indivíduo dá expressão a crenças religiosas particulares com respeito ao tema da morte, mas implicitamente gerou enormes dúvidas, o que alimentou o elemento de temor.
Nesse sentido, o indivíduo questionou intimamente por tempo demasiado a inexistência efectiva duma existência, por assim dizer, subsequente à morte. Consequentemente, estimulado pelo temor e por tais dúvidas, o indivíduo escolheu empreender a acção de transição a título duma exploração e duma validação, para si próprio, do facto desse seu foco não traduzir tudo o que existe no âmbito da consciência.
Bom; nessa exploração, o indivíduo empreende de bom grado a acção e a excursão, por assim dizer, por entre várias camadas da consciência, numa dádiva a si próprio do reconhecimento de mais vida inerente à sua realidade do que anteriormente pudera perceber por intermédio das crenças religiosas. Isso na realidade revela-se bastante proveitoso para o próprio, e proporcionar-lhe-á todo uma vantagem, por assim dizer, na altura em que o indivíduo eventualmente se desprender e passar completamente para a acção de transição. Isso também deverá dissipar o temor e o dano e a negatividade subsequentes ao desprendimento (do físico). O que, permite que te diga, é bastante comum, no contexto das crenças religiosas.
As pessoas detêm aspectos conflituosos inerentes às crenças. Por um lado, alinham pelo aspecto que lhes sugere não existir qualquer existência em termos de consciência subsequente ao acto do morrer, mas também detêm um alinhamento por um aspecto da crença que lhes diz poder existir uma continuidade após a morte, só que deve ser classificada em termos da identificação que emprestam ao inferno, porque apesar da luta que geram no foco físico no enquadramento dos sistemas de crenças que abrigam, não acreditam que atinjam suficiente realização ou perfeição suficiente para passarem para uma expressão celestial. Por isso, o elemento celeste inerente à sua crença desvanece-se e deixa de se tornar mais uma realidade, e elas passam a encarar as suas escolhas em termos quer duma completa existência ou duma existência atribulada (numa condição de sofrimento).
Agora; a fim de dissipar esse vigor inerente aos aspectos dessa crença, o indivíduo optou por se imiscuir na acção de transição a fim de explorar mais a realidade ao nível da consciência e desse modo diminuir os temores. Estás a compreender até aqui?
MARCOS: Perfeitamente, e essa é uma informação estupenda.
ELIAS: Agora; com isso, o comportamento do indivíduo por vezes poderá parecer-vos irracional. Por vezes poderá parecer-vos encontrar-se num estado de exaltação emocional. Por vezes poderá parecer-vos briguento. Poderá igualmente parecer-vos demasiado infantil, segundo os termos que empregais. Isso são tudo exibições de comportamentos em resposta às experiências que estão a ser feitas no âmbito da acção de transição junto com a interacção objectiva mantida com outros indivíduos no foco físico, porque para o próprio, ambas essas duas acções geram conflito.
O indivíduo tem consciência de que as experiências por que passa são genuínas e de que comportam um conhecimento que lhe valida as experiências que está a sofrer, mas as experiências ou a insatisfação que sente em relação à realidade objectiva por vezes é invalidada duma forma objectiva pelas pessoas do seu foco físico, o que propicia o conflito para o indivíduo que atravessa a acção de transição. Por isso, gera-se uma resistência no indivíduo em relação à participação no envolvimento objectivo com outros, e isso por vezes pode assumir os traços da irritação ou da frustração ou da ausência de paciência.
Podes expressar à pessoa que coloca a pergunta que adiantar-lhe mais entendimento em relação ao acto que está a ser levado a cabo pode não necessariamente, nos vossos termos objectivos, revelar-se suficiente, por assim dizer, porque muitas vezes no foco físico, podeis proporcionar a vós próprios uma explicação e uma forma de compreensão – até determinado ponto – do que o outro esteja a gerar, e isso não sufocar a turbulência emocional nem as ideias que estejam a ser geradas no vosso íntimo em relação ao indivíduo em questão.
Por isso, sugiro que dirijas a atenção para ti, de modo que essa atenção te proporcione reconhecimento quanto ao facto dela se sentir desconfortável em relação à escolha do indivíduo, e com isso poder passar a explorar o próprio desconforto que sente sem se preocupar obrigatoriamente com a opção tomada pelo indivíduo.
MARCOS: Penso que isso ainda sirva de auxílio, e passar-lhe-ei toda essa informação e continuarei a instar com ela, tal como o fiz no passado, a falar também contigo directamente. Penso que se ela falar contigo, poderás servir-lhe de muito mais de auxílio do que transmitir a informação por terceiros, por assim dizer.
ELIAS: Se ela preferir, eu estou na disposição de lhe oferecer mais informação a ela individualmente, que a poderá auxiliar.
MARCOS: Obrigado, Elias. Muitíssimo obrigado.
ELIAS: Não tens o que agradecer.
MARCOS: Continuando, eu tenho umas quantas perguntas mais em nome pessoal acerca de sonhos. Uma tem que ver com um sonho que tive há mais ou menos um mês, Elias, em que sonhei que atravessava uma janela. Basicamente pus de parte algumas pequenas figuras de acrílico que barravam a entrada, e em seguida saltei mesmo e atravessei a janela para o outro lado. Poderias revelar-me mais, se fazes favor?
ELIAS: Isso são imagens que apresentaste a ti próprio subsequentemente ao nosso último encontro, imagens essas com que propões a ti próprio uma validação e um encorajamento do facto de deteres a capacidade de realizar tal acção. Nesta altura tentaste objectivamente estender um pé através da janela sobre a qual anteriormente falamos, apesar de não teres completamente passado através dessa janela, (a rir) por teres recolhido o pé depois de o pores de fora e estares a questionar-te se deverás ou não avançar. Ah ah ah!
MARCOS: Talvez tenha sentido que a água estava bastante fria do outro lado!
ELIAS: Ah ah ah! Eu digo-te, meu amigo, que com esse movimento estás a proceder a uma tentativa, e nesse sentido, lutas com o temor individual que sentes em relação à falta de familiaridade e quanto ao que possas criar; não o que ESTÁS a criar, mas ao que poderás passar a criar.
Esse é um elemento importante que poderás examinar, porque ser igualmente um temor bastante comum.
As pessoas voltam a sua atenção para si próprias e passam a dispor de informação e em seguida – tal como tu presentemente - podem passar a complicar a vida, e a questionar não apenas a capacidade que têm, mas a exagerar no questionamento da motivação que sentem ao ponto de começarem a distorcer a informação de que terão tirado proveito, por terem distorcido e complicado a informação a ponto de a voltarem CONTRA si mesmas ao contrário de a voltarem a seu favor.
Nesse sentido, voltas-te novamente para território familiar. Achas-te bastante familiarizado com as expressões de duplicidade. Achas-te bastante familiarizado com as expressões da duplicidade. Já com a ausência de duplicidade tu não estás tão familiarizado.
Por isso, ao começares a mover-te no sentido da aceitação de ti próprio, geras o movimento de fazeres o teu pé atravessar a janela, só que deténs-te e puxas o pé de volta e dizes para com os teus botões: “Oh, não. Preciso examinar a motivação que tenho para proceder a tal acto, por poder ser incorrecto. Por isso, vou permanecer na estimativa por mais algum tempo.”
Nessa estimativa, começarás a passar para a área familiar da duplicidade e começas a desvalorizar-te de novo, e começas a apresentar a ti próprio razões para de desvalorizares a ti próprio, mesmo no contexto dessa informação que te estendo, e com essa acção, estás a realizar uma acção de complicar a tua atenção e de distorceres a informação a fim de reforçares as expressões da duplicidade.
Nesse sentido, digo-te para continuares a voltar a atenção para ti próprio, mas para não a centrares na TUA PESSOA.
Não centres a tua atenção em ti à semelhança dum leão que te dilacera, mas mantém-na EM ti de modo a que te direccione no sentido da aceitação. Volta a atenção para ti de um modo que vós no foco físico designais por “carinhoso”.
Tu estendes e proporcionas isso aos outros. Porque não haverás de o proporcionar a ti próprio? (Pausa) Porque a expressão dos outros que abordas é mais aceitável do que a tua.
MARCOS: Sim, penso que tu... tenho a certeza de estares absolutamente certo. Continuarei a trabalhar nisso, acredita no que te digo!
ELIAS: Deixa igualmente que te diga, Marta, que como tu deténs a tua atenção na área dos outros e continuas a preocupar-te com as carências e os desejos e as criações e as escolhas dos outros, hás-de continuar a manter-te em suspenso e a deixar de passares a tua janela.
Porque não é nisso que reside a questão, isso é o que temos vindo a debater, para voltares a tua atenção para ti próprio, porque se expressares aceitação em relação a ti próprio e reconhecimento em relação ao TEU avanço, ao TEU desejo, também te permitirás avançar por essa janela.
Mas lembra-te de que cada indivíduo cria a sua realidade por meio da percepção que tem e orquestra-a por meio das suas escolhas. Não podeis criar a sua realidade na vez deles. Por mais intensamente que tenteis, não sereis bem sucedidos na criação da sua realidade na vez dele. Não foi desse modo que estabelecestes a realidade física.
Por isso, eles não te poderão criar a tua realidade. Nem ditar-te a conduta, porque isso te eliminaria a escolha, e de modo idêntico, tu não consegues impor-lhes os comportamentos, porque isso eliminaria as suas escolhas.
Podes não estar de acordo objectivamente com as escolhas dos outros – podes não te sentir concretamente à-vontade com as escolhas dos outros – mas elas não te dizem respeito, e se continuares a manter a tua atenção no sentido das escolhas dos outros, deixarás de prestar atenção às tuas.
MARCOS: Eu compreendo, e... Uma vez mais, entendo a um nível bastante conceptual. Penso que quando chega ao aspecto emocional seja quando experimento conflito.
ELIAS: Absolutamente, mas volta a tua atenção para ti em meio a esse conflito e questiona para contigo próprio o que tu – TU – desejas. Em que sentido te estarás a direccionar? Examina a TUA motivação, porque tu participas neste conflito contínuo. Que contribuição darás a esse conflito contínuo?
(De modo firme) Se examinares a tua contribuição, perceberás que a criação dessa acção será motivada pela falta da atenção para contigo próprio e por estares continuamente a voltar a atenção na direcção dos outros e a avaliar as escolhas e os comportamentos deles, e a camuflares para ti próprio o facto de não quereres que essas escolhas sejam exibidas pelos outros, e quereres que eles alterem a sua realidade e as suas escolhas.
Nesse sentido, estás a referir não estar a criar a tua realidade; o outro está-te a criar a tua realidade. Por isso, se ela alterar a escolha que promove e tu continuares a desejar isso de verdade, talvez isso se chegue a realizar. Não. Não se realizará! Porque tu podes desejar, e continuar a desejar, que ela continuará a criar a sua realidade do modo que lhe é mais benéfico e da forma que elege criá-la, a despeito da opinião que tenhas.
E nesse sentido, continuarás às voltas devido a não voltares a atenção para ti próprio e a não reconheceres que o teu comportamento não é ditado pelos outros. O teu comportamento e as tuas escolhas são ditadas por ti, a despeito das escolhas do outro tanto quanto a despeito do facto de concordares ou de te sentires confortável com as escolhas dos outros.
(Com Firmeza) Nesse contexto, lembra-te de que vós estais todos a explorar a experiência física. Por isso, não tem importância! Em cada foco, vós explorais elementos distintos da experiência física nesta realidade material.
Deixa que te diga, Marta, que isso pode tornar-se temporariamente numa ajuda para ti, ao obteres resultados durante os sonhos e a exploração que empreendes de outros focos, no sentido de proporcionares a ti próprio uma identificação e uma ligação com outro foco que tenhas nesta dimensão com que tu próprio te irrites bastante nesse teu foco. Tu dispões dum outro foco nesta dimensão particular que poderá mesmo ser considerado repulsivo aos teus olhos, presentemente, porque os comportamentos dele entram bastante em conflito com as crenças que deténs neste foco.
Com isso, ao te permitires contactar com um aspecto, um foco que tens, um foco da tua essência, que estabelece escolha dum modo bastante diferente do teu, poderás permitir-te ver que esses são elementos que todos vós sustentais no íntimo, e que apenas traduzem escolhas.
É bastante fácil, segundo a concepção das vossas crenças, criticar e deixar de criticar os outros. É bastante fácil usar e deixardes de o usar juízo crítico em relação a vós próprios. Mas se vos permitirdes perceber que todos vós, enquanto indivíduos, escolheis uma variadíssima gama de experiências no foco físico – pelo facto de constituir a exploração duma área da consciência – porque havereis de deixar de explorar cada aspecto da experiência física, cada aspecto da expressão emocional, cada aspecto das possibilidades de criação nesta dimensão física?
Esse indivíduo particular que constitui outro foco da tua essência nesta dimensão seria considerado bastante pernicioso. Esse aspecto da essência, esse outro foco, estabelece opções nesta realidade que podes perceber como formidavelmente falhas na consideração, de índole egoísta, e objectivamente prejudiciais para os demais.
Isso NÃO se reflecte em ti, nem é errado nesse foco, por consistir apenas numa expressão de escolha, e aqueles que participam junto com esse indivíduo em particular também escolhem deixar-se atrair para os cenários representados, por assim dizer. TODOS VÓS DISPONDES DE ESCOLHA.
O propósito desta discussão que te estendo é de não te depreciares e de te dizer que deténs escolha e que não estás a exercitá-las do modo que desejas, por não te estares a permitir perceber essas escolhas, e estares a preocupar a tua atenção com as escolhas dos outros.
Nesse sentido, continuas para a frente e para trás a controlar-te e a impelir-te através de expressões de energia e a referir a ti próprio de forma concreta seres capaz de criar melhor ou que outro indivíduo seja capaz de criar melhor. Tu já estás a criar na perfeição! Não se trata de criares a tua realidade duma forma “melhor”.
Mas tu referes estar a experimentar conflito e desejares interrompe-lo. Isso tampouco consiste numa situação de melhor ou pior. É apenas uma situação de passares à margem e de perceberes que dispões de escolhas diferentes. Existe uma espantosa diferença entre a identificação de melhor e de diferente.
Aquilo que estás agora a criar não é pior. O que estás agora a criar não é mau. Aquilo que estás agora a criar não é fracasso nenhum. Aquilo que já estás a criar é perfeito! O que estás actualmente a criar NÃO ESTÁ TORTO.
O que estás a implementar é o desejo de criares de modo diferente e de te abrires mais às tuas escolhas; não para criares escolhas melhores, mas para permitires uma abertura da consciência por meio da qual possas passar a perceber mais as tuas escolhas, e a reconhecer que todas as tuas escolhas constituem apenas isso - escolhas.
Tu tens vontade de te voltar em diferentes direcções, e por isso expresso-te reconhecimento em relação ao facto e dou-te a conhecer o método através do qual poderás cumprir tal acção.
E nesse sentido, poderás mesmo prosseguir nas escolhas que terás actualmente criado e permitir-te aceitá-las e o teu conflito dissipar-se. Não tem importância, mas reconheço que em termos objectivos, desejas alterar as tuas escolhas.
E nesse âmbito, se o desejo que tiveres for o de alterares as tuas escolhas, poderás permitir-te alterá-las se te permitires percebê-las, mas tal como já referi, se não te perceberes, se não prestares atenção a ti próprio, também não perceberás essas escolhas. Continuarás a perceber as escolhas dos outros, por ser aí que se centras a tua atenção. Estás a compreender?
MARCOS: Estou, sim. É que é tanta informação. Mas eu entendo e vou continuar a explorar conforme tenho explorado no meu estado de sonhos. É que se trata duma informação bela, maravilhosa, e bastante útil, e eu agradeço-te profundamente por ela, Elias.
ELIAS: Não tens de quê, meu amigo. Eu encorajo-te enormemente nessa área, porque ao ofereceres a ti próprio a tua imagética individual correspondente à janela e ao teu movimento para o exterior e para trás, também te podes confirmar o facto de ESTARES a criar avanço, e podes confirmar que não estás mais apenas a dar de caras com as vidraças. Abriste a janela, e agora, com o movimento de a atravessares, esse impulso deverá voltar a atenção para ti próprio sem precisares preocupar-te com as escolhas dos outros.
Deixa igualmente que te diga, ainda que por um instante, que estou ciente de ti, assim como dos outros, quanto a um certo tipo de exasperação, porque podeis escutar esta informação, e tenho consciência de que te possas sentir temporariamente desencorajado, e dês expressão em ti próprio à ideia da enorme dificuldade inerente à realização efectiva disto. Estou ciente de que subsequentemente aos nossos encontros objectivos, tu te voltas no sentido da ideia de questionares a informação que te tenha estendido e expresses para com os teus botões: “MAS, sinto isto nesta situação. Sim, sim, Elias. MAS, eu adoro esta pessoa, e isso provoca-me o íntimo. Sim, sim, Elias. MAS desejava dar apoio e deixar de criar conflito e aceitar relativamente esta pessoa.”
Estou ciente das batalhas que travas nessas áreas. Tenho consciência da dificuldade que experimentas numa tentativa de voltar a tua atenção para ti e de criares os teus desejos individuais independentemente dos outros, porque estou ciente do vigor dos diferentes aspectos da duplicidade e de como influenciam isso através dos avanços e criações objectivas, e do quão facilmente passa para a ideia do temor de poderes causar mágoa ao outro, do temor de poderes não aceitar o outro, do medo de poderes expressar egoísmo.
Não desvalorizo a realidade dessas expressões, por serem bastante reais. Por isso, não me interpretes mal nem reforces a desvalorização das tuas próprias capacidades ao expressares para ti próprio que eu não compreendo, porque isso apenas te reforça a tua própria desvalorização pessoal e as tuas capacidades objectivas.
É por isso que te digo que estou ciente desses elementos. Não minimizo a dificuldade objectiva que experimentas. Apenas te dispenso informação, no sentido de te habilitares a compreender o teu próprio valor e a tua capacidade, e de modo a seres de muito mais valia objectivamente para os outros – e não apenas para ti próprio – ao estares a voltar a tua atenção para ti e estares a dar expressão a uma direcção que centra a tua atenção em ti. Não prestas uma ajuda objectiva aos outros, a despeito dos ditames das tuas crenças, nem auxilias objectivamente o próximo se não focares a tua atenção em ti próprio.
Iludes-te a ti próprio com a ideia – a qual traduz a camuflagem da duplicidade – que vai no sentido de expressar que estejas a prestar auxílio ao outro enquanto continuas a situar a tua atenção na área do que possa ser “melhor” para ele, e continuas a reforçar isso pelo sentimento que abrigas de sacrifício pessoal e de nobreza pessoal. O sacrifício pessoal não consegue prover ajuda nenhuma, e não passa dum disfarce e da camuflagem da duplicidade. Aquilo que expressas aos outros através do sacrifício pessoal é uma desvalorização pessoal, e o reforço, pela comunicação que estabeleces com eles, do facto deles também precisarem desvalorizar-se.
Será essa a comunicação que desejas estender aos outros? Não. Será a comunicação que desejas proporcionar à tua filha? Vamos sentir que acertamos, quanto a isso? Não. (Pausa) Penso que não.
Por isso, estende a acção de reflectir à Isabel de modo que ela te faculta ao voltares a atenção para ti e para as escolhas que promoves, o que lhe proporcionará duma forma objectiva o reforço das suas acções e escolhas, que isso irá propagar-se ao exterior, porque ela proporciona à mãe essa mesma comunicação. AGORA começas a compreender objectivamente o que te estou a oferecer com esta informação.
MARCOS: Absolutamente. É bastante eloquente e conduz-me em várias direcções. De algum modo estou ciente de te encontrares a par desta realidade, mas ao mesmo tempo, no meu estado de sonhos e na minha realidade do estado de vigília, estou consciente da interacção que ocorre entre nós, e acredita no que te digo, isso constitui um reforço espantoso.
As tuas palavras e a tua energia e paciência estão a ter efeito em mim, e mesmo apesar de ter noção de que no fim, isso é opção minha, e é o que me compete fazer e o modo como crio a minha realidade, não consigo entender o quão valorizo a tua amizade e a interacção que tens comigo.
ELIAS: Não tens o que agradecer. Pediste por auxílio, e eu abrigo uma enorme disposição de corresponder a tal pedido.
MARCOS: Muito obrigado, e da minha parte estendo-te o mesmo da forma que puder ajudar.
ELIAS: Aceitável! (A rir)
MARCOS: Por hoje não tenho mais perguntas, Elias. Vou continuar a explorar e a avançar e a olhar o interior de modo a poder estabelecer as escolhas que quero.
ELIAS: E eu vou continuar a estender-te energia e encorajamento para a tua decisão.
MARCOS: Muito obrigado. Uma vez mais, como sempre, é um prazer.
ELIAS: Ofereço-te, neste dia, um enorme afecto, Marta, e fico na antecipação do nosso próximo encontro.
MARCOS: Au revoir.
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