Session 475
Translations: EN DE ES

Beliefs: Sexuality and Duplicity

Topics:

“Crenças: Sexualidade e Duplicidade”
“Crenças: Morte e Reincarnação”
“Crenças: A Vossa Realidade Cria-vos a Vós”



Quarta-feira, 22 de Setembro de 1999 (Grupo/Florida)
Tradução: Amadeu Duarte

Participantes: Mary (Michael), Carole (Aileen), Elisabeth (Sebastia), Gerhard (Doro), Jan (Meude), Jim (Marthowh), Monica (Bridget), Tom (Thomas), Vicki (Lawrence), Vivien (Miriam), e 9 novos participantes: Anne, Bert, Dale, Diane, Greta, Julie (Laya), Marguerite, Susan, e Susan (Gilbert).

ELIAS: Boa noite! (A rir)

GRUPO: Boa noite!

ELIAS: Damos, nesta noite, as boas vindas às novas essências... assim como àqueles de entre vós com quem não contactei recentemente de forma objectiva, na vossa linearidade de tempo! (A rir)

Esta noite vou apresentar-vos uma breve introdução, como quem diz, sobre as acções que estão a decorrer nesta presente onda que a consciência atravessa, e subsequentemente vou permitir que coloqueis as vossas perguntas.

Desejo fornecer-vos informação respeitante à onda da consciência que tem vindo a decorrer ao longo deste ano final do vosso século e do vosso milénio.

Nesse sentido, a onda diz respeito ao sistema de crenças que abrangem a sexualidade e dirige-se às crenças específicas que engloba.

Bom; também passarei a explicar-vos que essas ondas que a consciência atravessa ocorrem como uma acção no âmbito desta mudança que a consciência está a atravessar. Um dos elementos desta mudança da consciência – em relação a cujos movimentos todos estais conscientes, assim como tendes consciência de estar a decorrer – consiste em aceitardes as crenças.

Nesse sentido, ao vos permitirdes tanto individual como colectivamente, aceitar o sistema de crenças que comportais nesta dimensão física, habilitais-vos a novas liberdades e habilitais-vos a interromper as limitações que estendeis a vós próprios, em conjugação com os sistemas de crença que abrigais.

Como este é um elemento básico desta mudança da consciência - a aceitação das crenças que sustentais - também criastes um método, como quem diz, por serdes todos bastante aficionados por métodos, nesta dimensão física! (A rir)

Esse método destinado a dar atenção às crenças que escolhestes consiste em criar colectivamente ondas ao longo da consciência que se focam de forma singular em sistemas de crença individuais, e como a nível individual vos focais num sistema de crenças individual, também concedeis a vós próprios um período para observardes e perceberdes e processardes diferentes aspectos desse sistema de crenças particular.

Conforme já expliquei inúmeras vezes anteriormente, cada um desses sistemas de crenças que carregais pode ser encarado como uma “gaiola de pássaros”, em que cada gaiola dessas comporta um número incalculável de pássaros. Cada um desses sistemas de crença comporta um sem número de aspectos.

Por isso, escolheis participar nessas ondas da consciência que criais colectivamente e abonar uma oportunidade de atender a diferentes aspectos inerentes à crença.

Agora; vós forneceis a vós próprios essa informação por intermédio daquilo que criais. Proporcionais a vós próprios imagens objectivas. Essas imagens objectivas podem ser exibidas por meio daqueles elementos da vossa realidade que noteis. Podem ser exibidas por comportamentos pessoais, ou de comportamentos de outros indivíduos, ou por qualquer elemento existente na vossa dimensão física.

Isso não se acha apenas limitado aos indivíduos. Vós recebeis imagens objectivas e informação por intermédio das criaturas, por intermédio da vegetação, por meio da vossa atmosfera, por meio dos movimentos inerentes ao vosso tempo, aos vossos planetas... qualquer elemento da vossa dimensão física pode servir para vos proporcionar imagens objectivas e informação.

Também ofereceis a vós próprios informação objectiva por meio dos vossos processos do pensamento e por meio das vossas expressões emocionais.

Nesse sentido, ao perceberdes todas essas diferentes áreas por meio das quais podeis receber informação, através de imagens objectivas, também vos permitis ver o número de aspectos inerentes a cada sistema de crença que comportais, por reagirdes a esses mesmos aspectos, e nisso reside a intenção desta mudança da consciência.

Ao aceitardes tais crenças e aos seus aspectos, não haveis obrigatoriamente de lhes reagir. Haveis de vos permitir estabelecer uma escolha objectiva em relação a quais aspectos passareis a reagir e sobre o modo como lhes haveis de lhes responder.

Tende cuidado – eu não vos estou a referir, nem vos tenho referido, nem vos referirei, seja em que sentido for, nada que tenha que ver com a eliminação das vossas crenças, porque essa não é a intenção. Não é isso o que estais a realizar no contexto desta mudança na consciência, e eu continuo a repeti-lo até ao ponto em que todos quantos estiverem a interagir com esta informação entendam. (A rir)

Nesse sentido, a intenção consiste em continuardes com os vossos sistemas de crenças só que pela vertente da aceitação, e por essa aceitação neutralizais-lhes o poder e facultais a vós próprios a capacidade objectiva da escolha, e ao propiciardes essa possibilidade de escolha, também abris a vossa realidade a uma liberdade espantosa e a uma menor limitação.

Agora; presentemente, todos vós estais colectivamente a criar uma onda na consciência. Esta presente onda na consciência dirige-se ao sistema de crenças da sexualidade.

O sistema de crenças da sexualidade não tem que ver com o sexo! (Ri) Isso constitui apenas um aspecto, um “pássaro” nessa vastíssima “gaiola”.

Portanto, com isso forneceis a vós próprios oportunidades para perceberdes e notardes todos os aspectos contidos nesse sistema de crenças particular, e com a participação que tendes nesta onda particular que a consciência atravessa, estais todos a experimentar vários elementos diferentes nas vossas realidades que geram confusão ou conflito e falta de compreensão.

Esse sistema particular de crenças envolve muitos aspectos que vos direccionam a atenção para vós e para a vossa dignidade individual, valor e capacidades.

Estendi-vos previamente informação a título duma introdução desse sistema de crenças, quando me dirigi e procedi à identificação das orientações. Proporcionei-vos essa informação relativa às orientações, de modo que cada um de vós possa habilitar-se a uma compreensão mais clara de vós próprios e dos rumos que tomais, e da razão porque reagis a certos elementos da vossa realidade física, e da razão porque podeis não reagir a determinados elementos na vossa realidade.

A orientação porque alinhais constitui um ingrediente da vossa percepção. A vossa percepção constitui aquele utensílio, digamos, que vós criastes nesta dimensão física a fim de proceder à criação da vossa realidade. Por isso, aquilo que comportardes na vossa percepção REPRESENTARÁ a vossa realidade. Pode não ser a realidade do outro, só que traduzirá a vossa realidade e será bem real, por a vossa percepção ser bem real.

Ora bem; à medida que esta onda vai continuamente aumentando, também capta uma tremenda atenção por parte de cada percepção que tendes. A vossa percepção torna-se num elemento que começastes a notar, e começastes a notar as diferenças inerentes à percepção dos outros.

Nesse sentido, estais a exibir um imenso caos por todo o vosso globo, uma enorme confusão, e expressões extremadas, por estardes a mover-vos na direcção de vos agarrardes duma forma intensa ao que cada um de vós individualmente percebe em termos familiares, e estais a opor-vos fortemente a todo o elemento da vossa realidade que não vos pareça familiar.

Também permitis que muitas expressões desse sistema particular de crenças passem a vir, conforme dizemos, à superfície.

Muitos dos aspectos inerentes aos sistemas de crenças (maneiras de pensar) não se acham afastados de vós, só que vós escolheis não os ver. Escolheis cegar-vos de forma objectiva em relação a muitos aspectos de cada um desses sistemas de crenças.

Um dos métodos de vos cegardes em relação a certos aspectos desses sistemas de crenças consiste em expressardes que não constituem um elemento dum sistema de crenças; que não são em absoluto uma crença mas apenas elementos da vossa realidade, que constituem marcos absolutos!

“Um sim quer dizer sim, e um não significa não. O que não constitui crença nenhuma, nem qualquer aspecto inerente à crença, mas tão só um elemento da nossa realidade que é absoluto.” (A rir) Eu afirmo-vos categoricamente que não existe nenhum elemento na vossa realidade que seja absoluto!

Cada aspecto da vossa realidade constitui uma criação movida por meio da percepção que tendes, mas como a percepção dos outros não se conjuga com a percepção individual que tendes, vós dais lugar à confusão e ao conflito, por dizerdes para convosco próprios: “Isso constitui um absoluto. Como será que outro indivíduo pode não compreender a expressão que emprego? Ela traduz um absoluto, uma realidade.”

Presentemente, estais colectivamente a permitir que estes aspectos ecludam à superfície, de modo a dirigirem-se à vossa percepção e às diferenças que apresentais na vossa percepção, assim como ao facto de, apesar de estardes a criar uma realidade colectiva, ela ser criada extremamente de modo individual.

Já usei anteriormente, neste fórum, a analogia da taça, e de muitos indivíduos a observar uma mesma taça, em que cada um percebe uma taça diferente. PENSAIS todos ver a mesma taça, e dizeis convosco: “Mas isto TRADUZ um factor absoluto, porque podemos usar o nosso equipamento e criar uma imagem, uma fotografia da taça.” E cada um verá uma vez mais a mesma fotografia de modo individual, do mesmo modo que percebeis a taça.

Nesse sentido, o que vos estou a dizer é que presentemente todos percebeis dificuldades na vossa realidade. Alguns experimentam mais dificuldades individualmente; ao nível pessoal, por assim dizer. Alguns de vós percebeis dificuldades no vosso mundo, mas sentis falta de compreensão quanto à razão desses elementos da vossa realidade estarem agora a ocorrer.

Eu digo-vos que estais a oferecer a vós próprios uma oportunidade de ver a forma como as percepções que tendes são tão individualizadas. Estais a habilitar-vos a ver-vos por intermédio da percepção que tendes, e a estender a vós próprios a oportunidade de observar os comportamentos individuais que assumis.

Tudo o que percebeis de conflituoso e confuso e inadmissível na vossa realidade é criado por meio das formas de conduta individuais que gerais, e apesar de cada um de vós aqui presente nesta sala, no fórum desta noite, poder dizer para consigo próprio ou aos outros que sois indivíduos “bons” e “generosos”, cada um de vós toma igualmente parte nos comportamentos que se prestam a contribuir com energia para os próprios elementos da vossa realidade que encarais como inadmissíveis.

Cada um de vós gera percepções de vós próprios que não se pautam pelo “suficientemente bom”, ou pelo que possa ser “melhor”, ou pelo que deva ser “melhorado”, e cada uma dessas expressões constitui uma perspectiva individual e uma desvalorização pessoal, e cada um desses actos de desvalorização e de invalidação pessoal afectam não somente a vós próprios como aos outros.

Por isso, podeis dizer para convosco próprios assim como aos outros e a mim, “Elias, eu não ando de pistola em punho aos tiros a atirar às pessoas! Não estou a participar no caos que está a ser gerado no nosso mundo.”

E eu dir-vos-ei que, de cada vez que passais a invalidar-vos e a desvalorizar-vos, estais a criar comportamentos que vos irão afectar a vós e aos outros duma forma objectiva, e que irão originar a criação de ondas que, à semelhança dum seixo que é atirado à água e gera ondas de propagação, também a vossa energia passa a mover-se para além de vós e a afectar TODA a vossa realidade.

Mas ao voltardes a atenção para vós próprios e concederdes as oportunidades que fornecestes a vós próprios ao empregardes estas ondas da consciência, sem vos preocupardes com os comportamentos e as crenças dos outros, mas somente com as vossas, e fornecerdes a vós próprios a possibilidade de dardes passos no sentido da aceitação pessoal, também passareis a irradiar energia que irá afectar o movimento com base no qual desejais objectivamente criar, movimento de harmonia e de paz e todos esses elementos adoráveis inerentes às vossas suposições e crenças que levais na conta de positivos... os quais também constituem aspectos das crenças! (A rir) Mas tal como já declarei, não estamos a eliminar as crenças. Apenas estamos a fornecer-vos a oportunidade de passardes a aceitar as crenças.

Bom; antes de concluirmos, também vos vou estender um elemento em relação ao qual vos podereis permitir ter uma ideia, a qual propus recentemente a uns quantos elementos neste fórum.

No que respeita à área da aceitação e das crenças, eu digo-vos para voltardes a atenção, antes de mais, para vós e para vos aceitardes em primeiro lugar, porque se não estenderdes a atenção primeiro a vós, haveis de passar por uma enorme dificuldade ao tentar aceitar de um modo objectivo as crenças, porque elas se acha bastante entrelaçadas.

Nesse sentido, lembrai-vos de que podeis aceitar os outros - cada um de vós individualmente - sem vos eliminardes a vós próprios! Por isso, também podeis passar a aceitar as crenças sem as eliminardes.

Vamos fazer um intervalo, e de seguida podereis dar seguimento à sessão, e vou passar a admitir as questões que tendes para esta noite.

INTERVALO

ELIAS: Continuemos! (A sorrir) Podeis dar início aos vossos questionários, se assim o preferirdes.

VIVIEN: Porque não começas com as tuas perguntas, Julie?

JULIE: Caramba, esqueci do que se tratava!

VIVIEN: Aquilo que sentiste em termos de energia. Vá lá!

JULIE: Enquanto estavas a falar, há bocado, senti algo... já o senti anteriormente na minha vida, só que durante umas quantas vezes, e sempre dura somente uns vinte segundos ou isso. Assemelha-se a uma densidade na energia; é a única forma porque o consigo descrever. Apenas se parece com uma intensificação de algum tipo, e depois passa.

ELIAS: Deixa que te diga, do mesmo modo que a muitos, muitos outros, que escolheram abordar objectivamente este fórum e passar a interagir objectivamente comigo, que isso não constitui acidente nenhum.

As energias já estiveram antes a interagir. As energias já foram oferecidas previamente a título de apresentação, por assim dizer.

Por isso, aquilo que te estou a dizer é que eu interajo com muitos, muitos indivíduos no vosso foco físico... e não só na medida em que se envolvem duma forma objectiva comigo! (A rir)

Só que muitas vezes, nos termos lineares que utilizais, previamente ou antes do nosso encontro objectivo, eu terei concedido uma expressão de energia a esses indivíduos, a título dum género de introdução.

Quando eles me abordam por meio duma interacção objectiva como esta, isso permite-lhes um elemento de familiaridade e de conforto, e permite-lhes identificar, do modo que referiste: “Reconheço esta energia; esta energia não me é desconhecida.”

Nesse sentido, serve para eliminar muito medo que possa passar a ser incluído na interacção objectiva se o indivíduo não retiver uma identificação qualquer em termos de familiaridade.

Consequentemente, o que te foi dado experimentar anteriormente ou no passado constituiu um influxo de energia da parte desta essência (Elias) a comunicar por breves instantes contigo, no enquadramento do conhecimento das probabilidades e da simultaneidade do tempo para além da vossa dimensão física, que te tinhas inclinado na direcção da criação duma probabilidade de te encontrares objectivamente comigo. Por isso, permitiste-te prover-te duma referência em termos de familiaridade.

JULIE: Obrigado.

ELIAS: Não tens de que agradecer, e eu sinto-me satisfeito por te conhecer objectivamente! (Ri, e o grupo desata a rir)

JIM: Elias, qual será o nome da essência dela?

ELIAS: Nome da essência, Laya.

VIVIEN: Eu tenho mais uma pergunta respeitante à Laya. Sinto que ela tenha uma ligação com a Jan/Meude. Serão contrapartes? (Pausa)

ELIAS: Não, isso não é uma acção de contraparte que estejas a sugerir à tua capacidade de identificação, mas uma permissão para notares de forma objectiva a energia que flui dos outros focos em termos de familiaridade. (Pausa)

JIM: Elias, eu tenho uma pergunta. Há uns dias atrás, após um dia bem atarefado, eu devia estar a sentir-me exausto, no entanto não estava. Sentia-me cheio de energia. A reacção que tive foi a de escolher entre tomar uns copos duma bebida forte ou dar uma corrida de cinco quilómetros! Optei pela corrida, e em seguida senti-me completamente brando. A energia já não parecia como se estivesse centrada do físico, mas no emocional. Fará isso parte desta onda?

ELIAS: Faz sim, é verdade.

Bom; isso é também um elemento que pode ser objectivamente notado na manifestação das imagens que se conjugam com a onda da consciência que está presentemente a apresentar-se. As pessoas poderão experimentar diversas expressões de influxo de energia física e emocional, por assim dizer.

Agora; isso também sucede em conjunção com aquilo de que estivemos esta noite a falar relativamente à percepção, porque tais influxos de energia a que permitis expor-vos em certas alturas, facultam-vos uma oportunidade para reconhecerdes as diferenças inerentes à energia.

Permite-vos identificar diferenças na vossa energia que são criadas por vós e expressadas através de vós e permite-vos igualmente a oportunidade de identificardes e distinguirdes, por assim dizer, outras energias que poderão não estar a ser criadas por vós.

Nesse sentido, aquilo que estendeste a ti próprio nessa experiência foi a capacitação duma outra energia, que não se trata duma energia que estejas a manipular nem a gerar no teu foco particular, mas do influxo temporário duma outra energia que estás a admitir.

Não tem importância quem esteja a projectar essa energia ou que grupo colectivo de indivíduos esteja a projectá-la.

A questão está em te permitires abrir-te e receber essa energia, e a intenção inerente à recepção dessa energia consiste em concederes a ti próprio a oportunidade de teres consciência e de avaliares a diferença entre a expressão individual da tua energia – e o modo como manipulas a tua energia individual – e a da energia dos outros.

Na realidade isso é bastante propositado, porque à medida que voltas a tua atenção para ti e para a percepção que tens, também poderás, por meio do reconhecimento de que os outros apresentam diferenças na percepção que têm, deixar-te confundir com a energia que é comutada pelas pessoas, e podes começar – se olhares para ti próprio – a questionar-te e a ficar confuso quanto ao que estiveres a criar e a deixar de criar.

Permite que to diga com simplicidade.

Nesse sentido, podeis abordar um outro indivíduo e gerar uma situação de conflito em conjunção com ele. Mas como estais a propor a vós próprios esta informação que vos estou a ofertar, começareis a voltar a vossa percepção numa nova direcção, em razão do que passareis a questionar-vos. Começareis a voltar a atenção para vós, porque já vos referi muitas, muitas vezes, para voltardes a atenção para vós, e agora começais a voltá-la para vós.

Mas por vezes também vos confundis e toldais a vossa visão por terdes voltado a atenção para vós ao ponto de não incorporardes a interacção do outro indivíduo e o que ele esteja a criar, pelo que deixais de identificar ou distinguir as diferenças na energia. Não vos familiarizais com a vossa própria energia nem com a sua expressão objectiva – e com o modo como é sentida, para o referir nos vossos termos concretos – pelo que também não estais familiarizados com as expressões de energia dos outros.

Mesmo nas situações em que percebeis que um outro indivíduo vos esteja a projectar energia - e possais socorrer-vos do exercício que expressamos do amortecimento – mesmo nesse tipo de situações em que identificais que outro indivíduo vos esteja a expressar energia, vós confundis-vos, por voltardes a vossa atenção para vós e começais a questionar-vos, não apenas em relação a: “De que forma estarei a participar?” mas também: “Que será que estou a criar?” e:”De que modo estarei a dar azo a uma situação destas?” ou ainda: “De que modo terei criado a realidade do outro?”

(De modo bem humorado) E como todos estamos bem cientes de que vós não criais a vossa realidade individualmente, mas CRIAIS continuamente todos a realidade uns dos outros, vós automaticamente direccionais a informação que partilhei convosco, e uma vez mais, numa expressão de duplicidade, voltais-vos para vós numa atitude de ataque pessoal.

Bom; ao vos habilitardes objectivamente a distinguir as diferenças da energia e o modo como é projectada, também ofereceis a vós próprios uma oportunidade de identificardes a vossa energia individual e aquelas expressões de energia que não são criadas por vós próprios.

Nesse sentido, permitis-vos com uma maior eficiência perceber a responsabilidade que tendes para convosco próprios e o vosso comportamento e o modo como manipular a energia. Isso também vos faculta uma maior eficácia no uso do vosso exercício de amortecimento...

JIM: E no deflectir da energia.

ELIAS: Precisamente, mas de que modo haveis de vos escudar (empregar o exercício de amortecimento) se não identificardes a energia em questão?

JIM: Exactamente. Então numa situação dessas, tal como referes, a procedência da energia não fez a menor diferença, mas sim o reconhecimento de não proceder de mim.

ELIAS: Justamente. É apenas um exemplo que podeis passar a notar, e permitir-vos ir além da simples detecção, e passar a identificar tratar-se duma energia que podereis moldar da forma que escolheres, e que podereis empregar de qualquer modo à vossa escolha...

JIM: Coisa que de facto fiz!

ELIAS: Precisamente!

JIM: Corri cinco quilómetros quanto deveria sentir-me exausto antes de iniciar! E foi uma corrida extremamente fácil.

ELIAS: Mas a intenção disso reside no facto de reconheceres que a energia te pode ser projectada, e quando te digo para voltares a atenção para ti, isso não abriga a intenção de te passares a atacar nem de questionares a capacidade que tens mas para reconheceres que TU TENS ESCOLHA em cada situação e TODA a energia pode ser-te expressada sob qualquer forma, que ainda assim te assistirão escolhas quanto ao modo de a receberes e de a empregares e quanto à forma como podes manipular a tua energia em reacção, ou sem ser em reacção, a essa energia, passando desse modo a criar o comportamento que desejas. E tu facultaste a ti próprio o reconhecimento de teres escolha.

JIM: Lembro-me de pensar especificamente: “Ou vou tomar uma bebida ou correr.” (Riso) E optei por ir correr!

ELIAS: Mas não importa a escolha que promovas, mas que te habilites a percepção de teres escolhas, e que nenhuma outra expressão de energia te dita as escolhas que devas tomar.

VIVIEN: Da próxima vez poderás ir tomar os teus copos e obter o efeito da corrida de cinco quilómetros!

JIM: Não, a corrida foi melhor. (Elias ri)

JAN: Elias, que acontece quando não tomamos uma dessas escolhas, quando dispomos das escolhas por termos reconhecido algo – como por exemplo termos aceite a crença, ou termos reconhecido algo como o Jim fez – e não tomamos uma dessas vias, por assim dizer, ou uma dessas escolhas? Será por isso que nos tornamos fatigados e deprimidos por a essa altura estarmos a deixar de actualizar? O único exemplo de que disponho é o de, na minha vida, experimentar enormes volumes de energia, mas depois também passar pela experiência de grandes períodos de fadiga, tudo ao mesmo tempo, o que parece coincidir com as alturas em que deixo de expressar uma escolha.

JIM: Quando sentes a fadiga?

JAN: Sim.

ELIAS: Isso representa igualmente uma expressão de alinhamento com aspectos das crenças, por perceberes que essa produtividade e expressão exterior e o movimento que podes encarar duma forma objectiva sejam coisas boas, e por encarares que uma ausência de movimento e de produtividade não seja boa. Por isso, também espelhas a ti própria as crenças que abrigas nessa área, por exibires aquilo que identificas como energia ou excitação e motivação à medida que crias o que identificas como produtividade – realização (obtenção de resultados).

JAN: Pois.

ELIAS: O termo que empregais, “realização”, pode varias bastante do termo que eu emprego! (A rir)

JAN: (A rir) Sem dúvida!

JIM: Absolutamente!

ELIAS: E nesse sentido, ao abrandardes o movimento – o que por vezes pode ser bastante propositado, só que reagis à expressão objectiva do abrandamento do vosso movimento e da vossa produtividade – e nesse sentido, também criais uma expressão objectiva que aparenta ser falta de energia ou depressão da energia.

Bom; eu afirmo-vos que o nível da energia, por assim dizer, nos vossos termos físicos, permanece o mesmo em qualquer dos estados. O movimento que a energia sofre difere, por a manipulardes de forma diferente.

Por vezes, estais subjectivamente a expressar mensagens a vós próprios, se o posso colocar nestes termos, à vossa consciência objectiva, de modo a poderdes proporcionar a vós próprios uma oportunidade objectiva de notardes certos elementos da vossa conduta e das vossas criações no caso de estardes a abrandar os movimentos. Por isso, neste caso, trata-se duma acção propositada.

Só que a vossa crença também se imiscui na criação disso e sobrepõe-se ao que estais a “expressar” a vós próprios, pelo que deixais de vos capacitar a detectar aquilo que seria suposto notardes, por assim dizer, por vos achardes muito atarefados a observar o quão ineficazes vos estais a tornar! (A rir)

JAN: (A rir) Com certeza!

ELIAS: E achais-vos bastante ocupados a notar a duplicidade – pelo facto de não estardes a produzir - e continuais BASTANTE ocupados com a criação de juízos pessoais, o que vos distrai de observar a razão porque tereis criado o abrandamento em si mesmo!

JAN: Isso é bastante interessante. Agora consigo-o perceber com toda a clareza! (A rir)

ELIAS: Ora bem; eu digo-vos que, se no futuro criardes segundo esse método – como haveis de criar, por terdes criado tal método a fim de vos captar a atenção – e se voltardes novamente a criar esse abrandamento, podereis habilitar-vos a notar aquilo que estais a criar na vossa realidade, nesse instante, e o modo como estareis a projectar a vossa energia e que comportamentos estais a exibir nesse momento, PARA ALÉM desse julgamento.

JAN: Está bem. Obrigado.

ELIAS: Não tens o que agradecer.

CAROLE: Elias, em relação aos três tipos de orientação, eu naturalmente procurei descobrir qual será o meu, mas com toda a franqueza, parece-me que tenho todos os três. Na verdade não parece fácil descobrirmos aquele a que pertencemos, mas aí comecei a pensar que o Elias tenha dito que o Michael é Soft e a Lawrence é Comum, e depois recordei-me de que nas primeiras sessões em que o Elias tinha dito que havia indivíduos focados no pensamento e no emocional, e eu fiquei na dúvida quanto ao modo como isso interagirá com a coisa, por parecer que uma pessoa com uma orientação Soft seria uma pessoa mais focada no emocional, ou terá isso sido somente os estágios iniciais no nosso entendimento das orientações? Estarei a expressar-me com clareza?

ELIAS: Eu estou a entender a tua pergunta! (A rir)

CAROLE: Oh, óptimo! (Riso)

ELIAS: E dir-te-ei que não, isso não representou somente uma introdução à informação respeitante às orientações. Na vossa realidade, vós criais indivíduos focados no elemento do pensamento e indivíduos focados no elemento emocional e indivíduos focados no elemento religioso e indivíduos focados no elemento político – só que nos focámos fortemente no pensamento e na emoção – e quanto a isso, essas constituem escolhas distintas.

Agora; de forma idêntica à da vossa escolha da orientação, isso são escolhas que estabeleceis antes de vos manifestardes no físico. São escolhas subjectivas, não são escolhas objectivas.

Posso-vos dizer que as pessoas podem estabelecer a escolha da orientação Soft e criarem igualmente um enfoque com base no elemento do pensamento.

Nesse caso, isso depende da bolsa de probabilidades que o indivíduo tenha elegido e da direcção que tenha escolhido no âmbito do seu propósito, ao manifestar-se nesta realidade física.

Deixa que te diga que o Michael, do mesmo modo que no exemplo que ofereceste, escolheu a orientação Soft e escolheu o enfoque do elemento pensamento. Emparelhar ambos esses dois elementos da realidade num foco em particular permite um maior à-vontade e uma capacidade objectiva de envolver este fenómeno. Por isso, foi bastante propositado.

Digo-vos mais, o Mylo escolheu ter uma orientação Soft e focar-se no elemento emocional. O Mylo, posso-vos dizer, experimentaria muito mais conflito se se envolvesse com este tipo de troca de energias (mediunidade) do que o Michael, só que o Mylo não se envolve nesse tipo de actividade, e como tal, no enquadramento do seu propósito, ele cria de forma eficiente e na perfeição.

CAROLE: Então essa será uma combinação pouco habitual, a de nos focarmos no elemento pensamento e termos uma orientação Soft?

ELIAS: Não.

CAROLE: Não?

ELIAS: Muitos escolhem assumir um enfoque no elemento pensamento e ter ao mesmo tempo uma orientação Soft. Isso permite-lhes, por assim dizer, um maior equilíbrio objectivo.

Agora; muitos também geram um foco emocional e uma orientação Soft a fim de experimentarem uma intensificação daquilo que criam ao nível emocional.

CAROLE: Oh, deus do céu! Isso são provavelmente as características que eu reúno! (A rir)

ELIAS: (Ri) Muitos num foco físico particular podem sentir um fascínio pela criação de expressões emocionais, e com isso, escolher não só experimentar individualmente as suas expressões emocionais, como também alinhar por toda a sua realidade por meio das expressões emocionais! (A rir)

CAROLE: Isso explica tudo. Estou-te a ouvir!

ELIAS: E dão lugar à criação de extremos – imenso riso e a imenso gemido!

CAROLE: Obrigado.

ELIAS: (Ri de modo abafado) Não tens o que agradecer.

VICKI: Poderemos fazer um intervalo para mudarmos a cassete?

ELIAS: Podeis, se o preferirdes.

INTERVALO

ELIAS: Continuemos. (Pausa de 12 segundos)

VIVIEN: (Para a Susan) Não querias colocar uma pergunta?

SUSAN: Oh! Desculpa. O meu filho cometeu suicídio em Maio de 98 aos vinte e três anos de idade, e com esta informação – e estou certa de terem existido alturas em que pude pressentir o teu auxílio – fui capaz de assimilar a coisa intelectualmente e compreender a realidade por que ele tenha passado, mas tudo bem. Isso não altera os meus sentimentos em relação a ter sido uma má mãe e de ter existido algo que tenha podido fazer em relação à situação. Poderás auxiliar-me nisso?

ELIAS: Dir-te-ei que isso é bastante comum na tua realidade física e em muitas das sociedades que estabelecestes por todo o vosso globo - porque vós comportais crenças muito fortes em relação aos relacionamentos, e um dos aspectos dessa crença é esse relativo à função da mãe - e em certas sociedades a expressão desse aspecto da crença é extremada e intensa devido a alinhardes com muito vigor por esse aspecto.

Posso-te dizer, antes de mais, que o vosso papel de mãe ou de pai será aquilo que quiseres que ele seja, com base nas vossas crenças, mas que para além dessas crenças, não detendes responsabilidade nenhuma.

SUSAN: Isso para mim é fácil de entender intelectualmente. Só que não ajuda nada aqui. (Aponta o coração)

ELIAS: Tens razão, e com isso, ao alinhares de modo tão intenso com os aspectos de tais crenças, também crias reacções emotivas.

Deixa que te diga que todos esses elementos se acham bastante entrelaçados. Vós não criais uma crença da qual resulta uma emoção.

Não criais uma emoção para em seguida criardes uma crença em resultado dessa emoção. As próprias crenças acham-se entrelaçadas e os elementos da emoção e da sexualidade, que constam como elementos básicos desta realidade física particular, acham-se igualmente bastante entrelaçados com as vossas crenças.

Agora; o conjunto de crenças mais vasto que comportais nesta dimensão física, é o da duplicidade (1). A duplicidade agrega a maioria dos “pássaros”, “pássaros” esses que se agrupam a todos os outros “pássaros” inerentes e todas as demais crenças. Eles não estão separados.

Esta gaiola é uma gaiola que não é distinta de nenhuma outra. Cada uma das outras crenças, cada um dos outros grupos de crenças possui a sua gaiola individual, o seu agrupamento individual, por assim dizer, que comporta aspectos, e apesar de se poderem transpor umas às outras, e por vezes até se moverem em conjugação umas com as outras, consistem em crenças individuais, direccionadas em sentidos específicos.

Essa crença da duplicidade não tem sentido próprio, mas move-se em conjugação com os outros conjuntos todos de crenças, e influencia e tinge cada aspecto inerente a cada crença particular.

Agora; nesse sentido, podes estar, tal como declaraste, a assimilar intelectualmente ou a referir para ti própria que compreendes duma forma objectiva e racional, ou por meio do pensamento, e com isso estares a confundir-te, por não entenderes porque razão pareces evidenciar uma incapacidade de traduzir aquilo que conheces na tua ideia naquilo que sentes.

SUSAN: Exactamente.

ELIAS: Tu não estás a dar atenção pelo teu pensamento àquilo a que estás a dar atenção através da tua emoção. (A sorrir) No teu pensamento, tu estabeleces uma atenção racional e encaras crenças específicas dum modo intelectual – aspectos específicos das crenças – e em parte, percebes também a interacção da crença da duplicidade, só que de forma bastante vaga e generalizada. Estás a ver a “gaiola”, mas não os “pássaros”.

Na tua expressão emocional, estás a incorporar os pássaros, e eles traduzem-se por aqueles aspectos que te referem o valor próprio, a tua dignidade e a tua capacidade, e esses “pássaros” apontam-te o melhor e o pior, e apontam-te que se criares pelo melhor, criarás aquilo que queres.

Isso conduz-nos, de novo, para a área em que podeis referir repetidas vezes estar a criar a vossa realidade, enquanto na crença que comportais, acreditais que é a vossa realidade que vos cria a vós, além do facto de criardes a realidade dos outros.

SUSAN: Para mim, isso tudo traduz um reflexo da minha falta de dignidade, não é?

ELIAS: É.

SUSAN: Está bem. Sou eu a dizer: “Oh, já não sou mãe, pelo que não devo ser coisa nenhuma, tal como era antes de ser mãe!

ELIAS: E que não estás a desempenhar bem o teu papel. Por isso, como o jovem escolheu o desenlace, isso não traduz somente a sua escolha, mas a medida do teu mérito e a medida da tua capacidade, porque VÓS olhais todos para as expressões dos outros e medis o vosso valor e a vossa dignidade e as vossas capacidades pelas expresses que eles apresentam.

E, conforme estivemos a debater esta noite, isso também traduz aquilo que te estou a transmitir – de que tu deténs a capacidade de escolha e de que o comportamento e as manipulações que adoptas em relação à energia ou em relação às escolhas não te ditam as escolhas nem a forma como hás-de receber a energia.

Nesse sentido, escolhas consistem tão só em escolhas e não traduzem nenhum reflexo do teu mérito nem da tua dignidade. Nem sequer a percepção que tens de ti própria constitui qualquer medida do teu valor nem da tua dignidade, por se tratar da percepção que tens e por ser influenciada pelas tuas crenças. Por estar tingida.

SUSAN: Isso entendi eu! Realmente aproveitei algo de tudo isto. Pois, penso ser capaz de conduzir isto a algum lado. Obrigado.

ELIAS: Não tens o que agradecer, e digo-te, com toda a honestidade, que o teu mérito é muito mais significativo do que o que podes conceber.

SUSAN: Eu encontro-me aqui, não?! (A rir) Obrigado.

ELIAS: Não tens de quê.

O indivíduo optou pela escolha de não desejar participar física e objectivamente nesta mudança da consciência.

SUSAN: Definitivamente, sou capaz de entender isso.

ELIAS: Muitos – no que percebeis como o passado recente, o presente e o futuro – escolhem esse mesmo sentido, o de não desejarem participar em termos objectivos e físicos na acção desta mudança, por INCORPORAR um grande potencial traumático.

SUSAN: Pois.

ELIAS: Nesse sentido, existem muitos que escolhem não participar fisicamente mas uma participação indirecta ao invés, por meio da consciência, e que têm manifestações futuras, numa época em que esta mudança da consciência se acha completamente instaurada, e apenas deixam de sentir qualquer desejo de participar nesse trauma.

SUSAN: Isso faz sentido.

ELIAS: Não se trata de nenhum reflexo de ti.

SUSAN: Estou a entender.

ELIAS: Tampouco constitui uma medida da tua dignidade ou capacidade pessoal.

SUSAN: Nem uma medida da capacidade dele ou dele próprio.

ELIAS: Não.

SUSAN: Pois, estou a entender. Ah! É incrível! Sinto vontade de chorar. Percorri um imenso caminho nestes últimos minutos! Obrigado.

ELIAS: Não tens de quê, e podes manifestar a tua expressão emocional do modo que entenderes, porque isso consiste numa escolha e não possui a menor importância! (Ri de modo abafado)

VIVIEN: Oh, vá lá, chora à vontade!

SUSAN: Lembro-me de ter lido algo sobre teres andado a distribuir lenços de papel por toda a sala. Isso dava-me imenso jeito, neste momento! (Riso)

ELIAS: Ah! Posso-te dizer que, conforme costumais dizer, tenho o meu stock de verdades esgotado neste momento! (Toda a gente desta na gargalhada)

CAROLE: Elias, os jovens que escolhem interromper a vida devido ao potencial traumático que a mudança comporta, isso terá alguma possibilidade de se achar relacionado com os assassínios que estão a ocorrer em grandes agrupamentos? Talvez isso seja o método ou a exibição externa do modo objectivo em que ocorre, ou aqueles que perpetram tais actos também terão a intenção de pôr termo à vida?

ELIAS: Têm, em parte; apesar de vos poder dizer que não é numa antecipação do trauma decorrente, mas no reconhecimento do trauma que já está a ter lugar. Não se relaciona com o futuro, mas com o MOMENTO.

VIVIEN: Então é o mesmo efeito que aquele dos tremores de terra que aconteceram recentemente e das guerras que estão a decorrer – é o mesmo tipo de coisa?

ELIAS: Sim, em parte.

Existem mais elementos que criastes em conjugação com a vossa expressão das crenças e em conjugação com a presente onda que a consciência atravessa, coisa que já tive ocasião de referir. Mas EXISTEM elementos nessas acções que estão a acontecer de forma colectiva, através do quais muitos escolhem não participar no trauma inerente a esta mudança, por saberem que se trata unicamente duma opção.

Vós não estais CONDENADOS a dar continuidade ao foco físico. Podeis escolher interromper a vida em qualquer altura porque isso consiste unicamente numa escolha que não comporta implicações.

CAROLE: E não será igualmente verdade que toda a morte – sempre que alguém morre, para o enquadrar no modo correcto da semântica – constituirá uma forma de suicídio? Porque todos escolhemos faze-lo. Só que não dessa forma objectiva, nesse momento.

ELIAS: Vós optais todos. Apenas estabeleceis uma distinção na descrição que fazeis.

SUSAN: Do suicídio como um método condenável.

ELIAS: Exacto.

Todos vós escolheis a altura do vosso desenlace assim como o modo como virá a ser levado a cabo na vossa realidade física. Algumas opções inerentes à vossa realidade convencional são aceites enquanto outras não.

Achais aceitável desprender-vos calmamente através do sono.

Achais aceitável desprender-vos através do que DESIGNAIS por acidente… que é algo que não existe! (Ri de forma abafada) Achais aceitável ser comido por um urso! (Riso) Não aceitais o assassínio, nem aceitais o suicídio, na estimativa que fazeis. Não aceitais que vos possais separar do corpo por intermédio da doença, porque haveis de vos esforçar sem parar para alterar a escolha dos que optam por isso!

GRETA: E se somos nós quem escolhe o desenlace, também seremos quem escolhe vir aqui? Por outras palavras, também escolheremos nascer?

ELIAS: Escolheis. Escolheis manifestar-vos ou obter experiência nas dimensões físicas e escolheis interromper essa manifestação, e cada um desses actos representa apenas um emergir para outras áreas distintas da consciência – algumas físicas e outras não físicas, mas áreas da consciência que escolheis explorar.

GRETA: Eu tenho uma neta que foi adoptada, que nasceu no exacto dia e na exacta altura em que a minha mãe passou desta vida. Actualmente ela está com treze anos e parece-se, em quase todos os seus atributos físicos e hábitos do dia-a-dia, com a minha mãe!

ELIAS: Bom; vou-te dizer, que esse tipo de situação ocorre na realidade física, o que empresta energia à crença que abrigais do que designais como reencarnação.

Eu digo-vos que um indivíduo pode desligar-se do foco físico e projectar, por opção, um aspecto desse seu foco – ou de si mesmo – que escolherá manifestar-se em termos físicos. E pode, figurativamente falando, exibir essa nova manifestação, porque todas as manifestações se dão em simultâneo…

GRETA: Peço desculpa, não escutei o que disseste. Todas as manifestações são...?

ELIAS: Todas existem em simultâneo.

…Mas nesse tipo de acção, o aspecto do indivíduo que escolhe manifestar-se pode comportar muitas das qualidades da personalidade que o outro aspecto comportava na realidade física.

Trata-se dum aspecto diferente, e como tal não se trata duma repetição, por assim dizer, nem reencarnação do outro indivíduo, mas doutra manifestação desse foco, um outro aspecto desse mesmo foco, pelo que objectivamente vos dais conta de muitas similitudes existentes na expressão exterior, emocional, intelectual, criativa e até mesmo nos maneirismos. (A sorrir)

GRETA: Hmm. Por vezes, quando damos por isso a coisa torna-se assustadora! (A rir)

ELIAS: Estes indivíduos também podem permitir-se muitas vezes, recobrar, através da memória, elementos do outro foco, o que também concede energia à crença da reencarnação, porque esses indivíduos podem passar a transmitir informação em conjugação com o outro foco com o que vos espantará a todos e levar a dizer: “Como terá este indivíduo conhecimento disso referente ao outro foco? Mas é claro que se trata do mesmo indivíduo!” NÃO é o mesmo indivíduo, mas detém muitas das mesmas qualidades, por ser um elemento desse foco.

SUSAN: Então, quando morremos motivados por uma doença ou um acidente, trata-se duma desculpa para procedermos a uma investigação.

ELIAS: Não se trata de desculpa nenhuma, mas duma escolha. (A rir)

SUSAN: Não, não quero dizer isso! (Riso) Quero dizer, é como, em vez de dizermos apenas, “Está bem, estou a investigar, deixa-me em paz”, trata-se duma ferramenta.

ELIAS: É uma ferramenta e um método. É uma opção e as pessoas escolhem propositadamente a forma como se dará o seu desenlace.

Muitas vezes, ao escolherem actos como os do suicídio ou da doença ou o que VÓS designais como acidente, elas terão escolhido esse método não apenas em conjugação com a exploração que fazem da sua experiência mas também com CONHECIMENTO da interacção que ocorre entre eles e todos os demais que tenham estado objectivamente ligados a eles.

GRETA: A minha mãe encontrava-se doente e numa cama de hospital enquanto eu permanecia à sua cabeceira, e uma certa manhã ela disse-me ter recebido uma visita do meu falecido irmão, que tinha vindo ao seu encontro e que ela lhe tinha dito que não estava preparada para partir. E acabou vivendo até aos noventa e dois anos. Mas ela referiu isso tal e qual – que o tinha visto e que ele tinha vindo ao seu encontro.

ELIAS: Isso também...

GRETA: E ela é aquela que a minha neta... Neta adoptada. Eu estou a colocar isso assim duma forma tão sucinta por ser algo que me impressiona tanto!

ELIAS: Isso também não é uma expressão assim tão invulgar no foco físico.

Posso-te dizer que alguns indivíduos escolhem criar aquilo que podereis designar no foco físico como experiência de quase-morte, e ao referirem para si próprios, e para vós, estar de “regresso” – coisa que eles de facto não fazem – mas ao regressarem da quase-morte, dirão ter-se deparado com algum outro indivíduo que lhes terá designado uma missão, e não se acharem ainda prontos ou continuarem a sentir a existência dum propósito no foco físico.

Um encontro com o que designam como sendo outro indivíduo não é invulgar. Na realidade nem sempre traduz a expressão dum encontro com outra essência em algum local etéreo, (ri de modo abafado) mas da escolha do indivíduo de se aproximar, por assim dizer, do desenlace, sem no entanto desejar completamente levar isso a cabo.

Por isso, por momentos situa-se numa paragem em que estabelece uma opção, e em cujo sentido também procede à criação de imagens que o influenciará no sentido da orientação para que deseja passar a mover-se.

É por essa razão que não ouvis dizer nem vedes casos de pessoas que tenham escolhido desprender-se do corpo a vos digam não estarem a morrer, por terem escolhido tal acto! (Ri de modo abafado) Aqueles que revelam movimentos no sentido dum “regresso ao foco físico”, nos vosso termos, não terão escolhido terminar. Terão escolhido “testar as águas” e acham-se curiosos, e em razão disso permitem-se um vislumbre momentâneo, mas na realidade não estão a escolher o desenlace. Por isso não partem, e dizem-vos terem sido iluminados e recebido uma missão, razão porque deverão prosseguir no foco físico, ou então declaram-vos, “Não desejei partir.”

GRETA: Foi o que ela me disse! Que ainda não se encontrava preparada.

(Elias ri de modo abafado)

JULIE: Elias, adorava saber sobre ti, sobre a forma como és... Se terás vivido aqui, ou...?

ELIAS: Eu ocupei esta dimensão física muitas vezes.

JULIE: Muitas vezes....

ELIAS: Eu sou aquilo que vós sois. A mesma coisa que vós. Sou uma essência da energia da personalidade, do mesmo modo que vós. Vós sois igualmente essências da energia da personalidade, só que escolheis focar a vossa atenção na exploração das dimensões físicas. Presentemente, eu não escolho tal coisa. Eu detenho uma recordação enquanto vós esquecestes, e essa é toda a diferença, porque para além disso, aquilo que sou é a mesma coisa que o que vós sois. (A sorrir)

JULIE: Hmm hmm. E canalizas... sempre através da Mary, ou por vezes usas o corpo de outros indivíduos para te expressares?

ELIAS: Opto por me envolver na troca de energias com este foco particular da essência do Michael, e nesse sentido, não opto por empregar qualquer troca de energias com mais ninguém presentemente.

JULIE: Michael?

VIVIEN: A Mary.

FEMALE: Quem é o Michael?

VIVIEN: Michael é a essência total da Mary.

FEMALE: Será que cada um de nós tem um propósito mais elevado para além desta coisa a que chamamos realidade física? Sempre tive a impressão de que tinha, só que ainda não descortinei qual seja. E no caso de termos, poderás dar alguma sugestão quanto à forma como poderemos esclarecer-nos quanto à contribuição que seja suposto estarmos a...

ELIAS: Deixa que vos diga que, quanto à pergunta que colocas – se terás um propósito mais elevado – não, não tendes. Mas dir-te-ei que a razão porque sentes ter um propósito mais elevado constitui o reconhecimento e o teu conhecimento de POSSUIRES um propósito individual.

Cada indivíduo na sua manifestação no foco físico acha-se imbuído dum propósito, e isso constitui o sentido em conjugação com o que o indivíduo terá escolhido criar a sua realidade. Representa a expressão da sua criatividade individual, o que constitui a motivação e a força motivadora de cada um no foco físico.

Isso é traduzido na identificação e no propósito, mas eu digo-te que existe uma diferença.

Propósito é o que vós realizais a cada instante com cada movimento que estabeleceis na vossa exploração. Vós criais a vossa exploração de forma propositada. O vosso propósito é a direcção que tomais.

E nisso, o que poderá constituir um auxílio para vós, na identificação que fazeis do vosso propósito é o vosso desejo, a vossa criatividade, e aquilo que identificais ou definis fisicamente como a vossa “contribuição”. A vossa contribuição na realidade não passa da expressão que dais a vós próprios na plenitude da vossa criatividade individual, e isso é a expressão do cumprimento de valor.

Por isso, quando procurais o vosso propósito, buscai apenas a expressão pessoal genuína através do que vos gera alegria e felicidade, que isso traduzirá a direcção do vosso desejo. Se vos deslocardes nesse sentido, estareis a implementar o vosso propósito.

FEMALE: Obrigado.

ELIAS: Vamos dar a noite por terminada, por não desejar afectar o Michael esta noite.

Com isso, endereço-vos a cada um enorme afecto e encorajamento para a vossa jornada e na vossa estadia nesta realidade, por isso representar o que sois – viajantes. Nem mais nem menos. (A sorrir)

Para cada um de vós, nesta noite, com um imenso carinho, um au revoir.

GROUP: Au revoir.

(1) - Nota do tradutor: O significado do termo “duplicidade”alude ao carácter duplo dum tipo de atitude que compreende dois postulados de forma contraditória e que por vezes estará relacionada com a hipocrisia e a má-fé, mas basicamente assentam na contradição e representam um paradoxo)







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