Session 473
Translations: EN DE

Parental Respons

Topics:

“Responsabilidades Paternais”
“Complicando o Conceito de Orientação”





Segunda-feira, 20 de Setembro de 1999 © 2000 (Privada) Participantes: Mary (Michael), Elisabeth (Sebastia), Gerhard (Doro), and also present, James (Kashel), Vicki (Lawrence), Vivien (Miriam). Elias chega às 12:11 da tarde (Tempo de chegada: 26 segundos)

ELIAS: Bom dia!

ELISABETH: Olá Elias.

ELIAS: (A rir) Encontramo-nos de novo; podes prosseguir com as tuas perguntas.

ELISABETH: Antes de mais desejamos conhecer a nossa orientação. (Pausa)

ELIAS: Ambos detêm uma orientação comum.

ELISABETH: Bem, eu estou com bastantes dificuldades com o meu filho, pelo que tenho questões a pôr-te sobre isso. Já sou capaz de avaliar a incapacidade que ele tem em se manter à própria custa pois está a apresentar alguns, não sei bem, problemas de psicose. Ele habita o nosso andar e eu queria saber o que devo fazer, como poderei auxiliá-lo… não sei. Ele está a criar-me muitos problemas mas tive sempre uma esperança de que se livraria deste problema.

ELIAS: Com relação a esta questão vou dirigir-me a ambos.

Comecemos por referir a questão da responsabilidade pessoal e dos aspectos do conjunto de crenças das relações.

Este conjunto de crenças contém aspectos que vos influenciam e vos servem de catalizador, por assim dizer, através do reforço da questão da responsabilidade pessoal com relação a este indivíduo, porquanto vós alinhais a vossa energia pelo aspecto deste conjunto de crenças, no que respeita à vossa função de pais.

Nesse sentido, esse aspecto sugere-vos que detendes responsabilidade sobre esse indivíduo e que em parte, vós co-criais a realidade com ele e para ele. Assim, como isso afecta seriamente, de modo subjacente, também se torna sobremodo factor de influência sobre grande parte da vossa interacção com este indivíduo.

Do mesmo modo, este indivíduo - o teu filho - alinha pelo mesmo aspecto desse conjunto de crenças só que pelo inverso, pois também percebe que tu te sentes responsável por ele. Por isso ambos estais a criar uma realidade com o mesmo aspecto subjacente à crença.

Nesse sentido vós avançais em harmonia um com o outro, porém, isso está a dar lugar à criação objectiva de conflito porque nas crenças colectivas pelos quais te alinhas - assim como tu também (Para o Gerhard) - a determinada altura do que percebeis como o processo de crescimento da criança, é esperado que se dê uma ruptura; por intermédio da vossa percepção, PERMITIS que a criança se torne independente - termos estes que são bastante significativos - e ao permitirem que o jovem se torne independente também permitis, segundo a percepção que têm, que a partir dessa altura ele passe a criar a sua realidade.

Todavia, a confiança que depositais na capacidade dele criar a própria realidade - porque é óbvio que estão a começar a aventurar-se nessa expressão de criar a própria realidade a partir desse rompimento - a vossa confiança nessa sua capacidade sofre oscilações e leva-vos a sentirem dúvidas quanto a ser capaz de a criar de modo eficiente ou adequado sem precisar da vossa ajuda e orientação porque vós alinhastes pela função e responsabilidade de co-criarem e orientarem uma realidade com este jovem durante muitos anos, razão porque se tornou tão familiar na vossa experiência.

Agora; aquilo que vos digo é que na realidade esta criança tem vindo a criar a sua realidade de forma bastante eficiente e independente desde o momento da sua primeira manifestação nesta dimensão física. A despeito daquilo em que acrediteis cada um de vós cria cada elemento da vossa realidade desde que escolhestes participar no plano material. Não existe nenhum momento de ruptura a partir do qual comeceis individualmente a criar a vossa realidade e de forma independente dos vossos pais.

Agora; considerando estes aspectos da crença peço-vos que tenham em mente a conversa que tivemos antes de ontem.

Durante essa conversa participei-vos que, pela percepção que tendes das coisas, vós percebeis que a realidade não constitui um elemento da vossa criação e sim um elemento que vos cria a vós. De modo idêntico voltais a vossa atenção e criais uma reviravolta nessa percepção, e conquanto não acrediteis estar a criar a vossa realidade, ACREDITAIS estar a criar a realidade dos outros.

Por conseguinte, quando olhais para os vossos filhos acreditais ser responsáveis por eles e estardes a criar a sua realidade por eles, e quando eles se expressam da forma que escolhem isso pode entrar em conflito com o que desejais e o que avaliais como aquilo que eles DEVIAM estar a criar, pois vós possuís uma orientação, na percepção que tendes, além de estardes a criar a sua realidade. Portanto, devia estar a processar-se do modo que estais a criar e não no modo em que eles estão a criar… porque eles não estão a criar a sua realidade. (Com um sorriso divertido)

Além disso o teu filho também percebe, como já referi, que deténs responsabilidade com relação a ele - e deseja expressar a sua liberdade individual através da criação da sua realidade - mas também abriga uma expectativa com relação a ti, de que tu o pegues pela mão, nessa tua criação da realidade dele, e o conduzas.

O que está a suceder nesta situação é que isto lhe dá permissão, lá no seu íntimo, para não assumir responsabilidade pelas suas criações, porquanto tu assumirás responsabilidade por essas suas criações. Por isso torna-se bastante desequilibrado por não assumir qualquer responsabilidade, ao passo que tu assumes a responsabilidade toda, segundo a percepção que ambos detendes.

Por conseguinte, tu debates-te no teu íntimo e preocupas-te, interessas-te e geras ansiedade nas tuas expressões devido a que não consigas perceber como poderás conseguir criar a realidade dele com mais eficiência, em vez dele, ao passo que o que te estou aqui a expressar é que tu não podes criar a realidade dele de todo. Não consegues nem mesmo influenciar de modo objectivo a sua realidade sem a sua participação, sem o seu acordo. Ele detém a escolha de não receber o teu auxílio objectivo, e isto conduz-nos à questão de voltares a tua atenção para ti própria.

Nesta situação vós participais num círculo. Tu projectas energia na direcção do teu filho. O teu filho projecta energia na tua direcção, assim como na tua (Voltando-se para o Gerhard) Tu projectas energia em relação à tua companheira e ao filho dela e tu (Voltando-se para a Lisbeth) Tu projectas energia para com o teu companheiro e todos os três participais neste movimento de quereres e expectativas e concentrais a vossa atenção uns nos outros, desviando-a desse modo de vós próprios mas concentrando-a, ao invés, a vossa atenção de modo objectivo para as expectativas que alimentais uns dos outros.

Mas isto também se torna confuso porque nessa projecção de expectativas com relação ao outro, também começais a criar expectativas com relação a vós próprios, pois á medida que esbarrais com o “muro” dos campos de energia de cada um dos outros e obtendes a noção de que talvez não estejais necessariamente a afectar, e que as expectativas que tendes dos outros podem necessariamente não se realizar - porquanto se trata da escolha de cada um pelo que está a criar - também voltais a atenção e as expectativas para vós próprios e expressais para convosco não estardes a criar de forma eficiente ou que não estais a dar os passos adequados, e que podeis expressar-vos melhor, em termos objectivos. Porém, não se trata duma situação de melhor.

Porém digo-vos que possibilitareis a vós próprios um passo na direcção duma muito mais atenuada expressão do conflito e de participação na perpetuação do conflito - que circula entre vós os três - se cada um voltar a sua atenção, não para os outros mas para si próprio individualmente, e fordes capazes de reconhecer que cada um de vós participa neste círculo de projecção de energia e de expressão de expectativas.

Isso influencia-vos sobremodo o comportamento e o vosso comportamento é bastante influenciado pelo que projectais e por aquilo a que vos tornais receptivos, em termos de energia, porque o vosso comportamento é bastante deliberado. Quando projectais energia sob a forma de determinados comportamentos objectivos fazei-lo de forma bastante propositada a fim de receberdes determinadas recompensas. Não criais formas de conduta nenhumas se não abrigardes uma esperança de retribuição.

Agora; nesse sentido, como continuais a permanecer em meio ao conflito, a recompensa torna-se na continuação da interacção. O temor que subjaze a esse comportamento consiste na expressão do medo de que tal interacção possa sofrer uma cessação. Por isso, a interacção em meio ao conflito torna-se preferível à descontinuidade da interacção.

Pelo idealismo do vosso processo de pensar vós continuais a “esbarrar no muro” pois continuais a projectar a esperança de que, na medida em que permanecerdes nessa interacção, o outro venha a MUDAR a sua interacção convosco, assim como a sua conduta. Isso continua a criar em vós uma motivação para continuardes na vossa conduta, e na perpetuação deste círculo a vossa frustração continua igualmente a motivar-vos, por meio da obtenção da retribuição, ainda que meramente sob a forma da interacção.

Já tive ocasião de referir muitas vezes, noutras alturas, que na manifestação física as pessoas se empenham no conflito muitas vezes de modo deliberado e intencional, embora expresseis objectivamente para vós próprios sustentardes confusão e desejardes não estar a criar conflito, além de vos interrogardes a vós próprios acerca do: “Porquê, porque continuo com esta expressão da criação deste conflito?” Também já tive oportunidade de referir diversas vezes: percebam aquilo que vos motiva. Voltem a atenção para vós próprios e interrogai-vos, no vosso íntimo, em que consistirá a vossa recompensa.

(Para a Elisabeth) Tu ESTÁS a colher uma retribuição com esta situação.

(Para o Gerhard) Tu também colhes uma retribuição pois isso possibilita-te a capacidade objectiva de expressares o que identificas no enquadramento das tuas crenças do relacionamento - apoio e adestramento da tua companheira - além disso projectas igualmente expectativas na direcção do filho, de que ele devia ser responsável por ele próprio e conseguir expressar isso em termos objectivos. Isto também te proporciona a expressão - bastante justificada - de te tornares protector da tua companheira.

Isso consiste numa expressão dum aspecto das crenças relativas à sexualidade. Tu identificas-te com o teu sexo e com o facto disso sustentar determinados tipos de expressão que lhe são próprios, por conseguinte desempenhas esse papel na vossa realidade convencional. Digo-vos a ambos que isso consiste em aspectos dessas crenças. A vossa função consiste naquilo que escolheis que ela seja. Não se trata de nenhum absoluto; o facto de terdes criado uma forma física nos moldes de um sexo específico não quer dizer que dite, de modo absoluto, que devam criar certos comportamentos em alinhamento com esse género.

O vosso sexo consiste meramente na forma e na função dum corpo físico. Consiste na escolha duma manifestação física, porém, vós rodeais esse aspecto da definição do sexo com a identificação de variadas funções, e isso constitui aspectos do conjunto de crenças que vós criastes.

Agora; não quero com isto dizer que isso são seja bastante real porque na vossa realidade eles são oficialmente aceites e SÃO bastante reais. Isso É a vossa realidade. Eu apenas vos dispenso informação que pode dar-vos conta de que podem fazer outras escolhas e de que nada disso constitui um factor absoluto. Vós TENDES a faculdade da escolha.

Não te encontras presa na tua função, segundo o que identificas como mãe, unicamente pela razão de teres dado, por assim dizer, esse indivíduo á luz. Como já referi anteriormente, o acordo que tens nessa acção consiste unicamente em garantir uma via de acesso físico á realidade material a uma outra manifestação da essência. Isso é tudo. Tudo o que projectas além desse acordo e dessa acção consiste em aspectos das vossas crenças, através das quais vos outorgais determinadas funções e ditais a vós próprios determinadas condutas.

Reconhecei que não estou a depreciar a realidade dessas crenças nem o quanto elas conseguem afectar-vos, nem tampouco albergo a menor esperança de, meramente por eu vos referir isto aqui, vós sairdes daqui e vos dirigirdes imediatamente para o teu filho e lhe expressardes imediatamente, sem o menor traço de conflito com relação a ele, a ti ou ao teu companheiro: “Eu não detenho qualquer responsabilidade sobre ti nem as tuas escolhas. Tu estás a criar a tua realidade e estás a fazê-lo de forma eficiente e perfeita e essa situação não provoca o menor conflito em mim.” Isso seria ridículo. Mas são crenças bastante arraigadas e eu estou bem ciente da noção do vigor e da realidade dessas crenças. Eu unicamente ofereço a informação de forma que vós possibiliteis a percepção de que tendes mais escolhas do que vos permitis objectivamente perceber.

Muitas vezes quando vos permitis perceber aquilo que vos motiva a perpetuação do conflito - assim como o que ESTAIS a criar - sem se preocuparem com o que cada um está a criar mas sim com aquilo que VÓS estais a criar e com o modo como participais num dado cenário e em que consistirá a vossa retribuição nesse cenário, vós criais a possibilidade de vos deterdes momentaneamente, de forma idêntica à nossa discussão de ontem - e podeis admitir a oportunidade de perceber a expressão das vossas condutas e interacções com estes indivíduos, recordando-se que não precisam se preocupar com o modo como os outros criam a sua realidade, voltando unicamente a vossa atenção para o que ESTAIS a criar.

Também tenho consciência da dificuldade inerente a este tipo de situação, pois à medida que prosseguis na interacção com outro indivíduo, ele continuará a expressar-se. E dará continuidade ao seu comportamento.

Isso pode tornar difícil distrair-vos na vossa atenção e essa dificuldade torna-se aparente em meio aos vossos movimentos ao não vos permitirdes uma distracção. (Dito de modo enfático)

Cada um de vós comporta além disso uma consciência subjectiva e, em parte, uma consciência objectiva com relação aos campos de energia bem como ao vigor da energia que cada um comporta.

Nesse sentido, muitas vezes os indivíduos reconhecem se não estais a prestar atenção para com as expressões que assumem, e vós podeis notar os movimentos que empreendem de aproximação física, ao aproximarem-se de forma progressiva de vós. Na interacção de que fazem uso convosco movem o corpo para mais perto de vós enquanto aumentam o tom de voz. Isso é bastante propositado pois consiste numa intensificação da projecção de energia através dos vossos campos energéticos e com isso se tornam mais assertivos e violentos, na expectativa de que isso surta efeito e penetre o campo de energia do outro de forma mais eficiente, o que muitas vezes acaba por ocorrer. (1)

Porque muitas vezes quando um indivíduo projecta em termos objectivos a sua energia, de forma bastante directa e intensa na vossa direcção a vossa resposta automática, conjugada com a vossa crença da responsabilidade que vos cabe, deverá ser de vos recolherdes na vossa energia e aí vos resguardardes, encolhendo-a junto a vós, e, como já referi, quando criais esse tipo de acção passais a possibilitar a penetração.

Mas vós percebeis isso ao contrário. Percebeis que como estais a reter a vossa energia nenhuma outra poderá penetrar-vos e desse modo criais uma expressão de protecção e percebeis a necessidade de vos escudardes. Mas a vossa atenção é desviada e assim vós PERMITIS essa penetração.

Mas se relaxardes a vossa energia e permitirdes que a atenção se direccione para vós (para a percepção do que estais a admitir); se NÃO ocupardes a vossa atenção com as expressões do outro mas a direccionardes para vós e para as VOSSAS expressões, permitireis que o vosso campo de energia relaxe e automaticamente isso dará lugar à protecção que buscais, o que automaticamente também vos facultará a capacidade de a impelir a energia projectada para que se afaste.

Aquilo que vos estou a querer dizer com isto de “reterdes a vossa energia” no acto de vos protegerdes… quando vos digo que a vossa atenção é desviada é devido a que se volte na direcção do outro deixando, desse modo, de perceber a participação que têm. Deixais de reter a vossa atenção de forma objectiva em vós próprios e para com a participação que estais a ter e estais a concentrá-la e a focá-la na expressão do outro. Portanto digo-vos a cada um que volteis a atenção para vós. Reconhecei as vossas expectativas individuais e o modo como isso influencia cada um dos vossos comportamentos.

(Para a Elisabeth) Tu nutres expectativas com relação ao teu filho.

(Para o Gerhard) Tu abrigas expectativas com relação a ele. Também tens expectativas com relação à tua companheira e quanto ao modo como ela deverá criar a interacção com o filho.

Atendei à linguagem que estamos a empregar - “o teu filho”. escutai esta expressão na linguagem que criastes de acordo com a vossa realidade oficial convencionada, por que todos concordais em expressar-vos.

Também a emprego para vos ajudar a identificar aquilo que vos digo, porém, este indivíduo não constitui uma propriedade vossa mas detém a sua própria integridade e a sua própria escolha relativa à manifestação e não vos pertence.

Tu não o criaste, porém, a função de mãe indicia-vos um outro aspecto com relação a estas crenças, que consiste em que tu CRIASTE este indivíduo. Ele não se criou a si próprio mas foste tu que o deste à luz e como tal criaste-o.

É por essa razão também que direccionais com tal facilidade a vossa percepção no sentido de perceber que ele não está a criar a realidade dele porque ele não passa duma criação tua, do mesmo modo que uma pintura ou uma canção. Ele não está a criar a realidade dele porque fostes tu quem o criou. Mesmo no caso da pintura ou da canção, cada coisa dessas detém a sua própria realidade. Podeis participar na sua manifestação de uma forma física e facilitar aspectos da sua manifestação sólida na vossa realidade física, todavia eles também detêm consciência e criam a sua própria realidade.


Com isto podeis perceber o vigor dessas crenças porquanto as vedes como factores absolutos. Se desenhardes um círculo num papel obtereis a crença absoluta de o terdes criado, porém, uma vez expresso, ele não deixa de criar igualmente a sua própria manifestação.

Com relação aos indivíduos, podeis perceber a manifestação física e a expressão da essência manifesta na realidade física. Vós não estais a criá-la. Estais a criar a vossa própria manifestação individual e eles criam a sua de forma idêntica a vós.

NÃO é responsabilidade vossa criar a realidade de nenhum outro indivíduo. É vossa responsabilidade criardes a VOSSA.

Estais a compreender?

ELISABETH: Estou… mas não muito! (A rir)

GERHARD: Penso que a aceitação de nós próprios, e num passo subsequente, ser capaz de aceitar os outros seja muito importante, além de, de algum modo, pensar que isso possa caber nos meus projectos. Quero tornar-me capaz de viver na aceitação de mim próprio bem como dos demais, porém, não estou lá muito ciente sobre em que ponto me encontro ou seja, o quanto me aceito a mim mesmo, o que obviamente consiste num importante passo a melhorar.

ELIAS: Antes de mais, não se trata duma expressão de melhoramento.


De cada vez que expressas isso para contigo próprio ou com relação aos outros, na realidade estás a invalidar-te e a depreciar-te porque se referes existir um elemento que necessites melhorar ou aperfeiçoar na tua realidade, estarás igualmente a expressar a existência dum elemento da tua realidade que ainda não é adequado.

Agora; de um modo objectivo, vós estais continuamente a proporcionais a vós próprios informação, imagens e expressões - a cada instante do vosso dia, a cada momento que usais a vossa manifestação nesta dimensão física por meio de cada uma das vossas expressões - sobre “o ponto em que vos situais”, por assim dizer. (A sorrir)

Ofereceis continuamente a vós próprios expressões e identificações objectivas dos vossos movimentos e da medida, para o referir em termos que vos sejam familiares, relativa à vossa aceitação e falta de aceitação pessoal.

De cada vez que projectais uma expectativa, quer em relação a vós próprios quer a qualquer outro indivíduo, também possibilitais a vós próprios a oportunidade de perceber uma área de carência na aceitação de vós próprios, porque as expectativas são projectadas como um espelho daquilo que percebeis faltar-vos.

Isso pode assumir contornos variados e muitos disfarces diferentes, muitos elementos distintos de camuflagem, porquanto podeis muito objectivamente convencer-vos de não terdes quaisquer expectativas e exprimirdes para convosco próprios, de modo bastante eficiente, que vos aceitais plenamente e que apenas não aceitais outro indivíduo qualquer.

De cada vez que não aceitais uma expressão qualquer por parte de qualquer indivíduo ou circunstância, podeis assegurar-vos de estender a vós próprios uma oportunidade objectiva para perceberem uma outra área em que não demonstrais aceitação pessoal. Isso constitui numa projecção objectiva de energia para o exterior, projecção essa que vos reflectirá essas áreas que escapam à aceitação de vós próprios, expressões essas que camuflais com um acto de nobreza, de auxílio, de compaixão e de compreensão, assim como muitas outras expressões.

Agora; não estou a dizer-vos que não existam expressões de genuína compaixão, porém, elas diferenciam-se bastante daquilo que criais de forma automática. Podeis sentir compaixão por uma dada situação ou pelos outros ou então por qualquer elemento que se ache inserido na vossa realidade, mas também podeis exprimir aceitação… DESTITUÍDA DE EXPECTATIVAS.

Por conseguinte, na inquirição e avaliação pessoais que usais, assim como na exploração pessoal ao longo da vossa jornada pela aceitação de vós próprios, podeis ter em mente que estendeis a vós próprios continuamente e a cada instante, expressões das vossas convicções, e as vossas crenças por sua vez constituem expressões da vossa medida de aceitação e falta de aceitação de vós próprios. Como vos referi ainda ontem, de certo modo a aceitação de vós próprios constitui quase como um pré-requisito para a aceitação de todo e qualquer elemento da vossa realidade.

Tive já ocasião de declarar muitas e muitas vezes junto de outros o que vou repetir uma vez mais: ao voltardes a atenção para a aceitação de vós próprios, criais subprodutos automáticos na aceitação dos outros, pela aceitação de aspectos das crenças. Eles constituem subprodutos automáticos e podem ser alcançados totalmente sem esforço, pela ausência do processo do pensar e da concentração objectiva ou da meditação ou do ritual. (A rir)

Se vos permitirdes aceitar a VÓS próprios automaticamente possibilitareis uma expressão de aceitação com relação aos aspectos das crenças e dos outros.

Todos vós vos espelhais uns nos outros. Por isso, reflectis para os demais aquelas áreas em que detendes falta de aceitação pessoal. Estais continuamente a oferecer a vós próprios esse tipo de interacção que tendes com todos os indivíduos com quem vos relacionais objectivamente. Isso é um processo contínuo na vossa realidade física. Estais continuamente a proporcionar a vós mesmos imagética e informação objectivas através de atitudes reflectidas naquilo que criais com as vossas expressões individuais, por aquilo a que dais lugar com o vosso comportamento, pelos vossos processos do pensar, bem como pela forma como acedem e definam as expressões emocionais que têm.

Tudo isso constitui manifestações objectivas que vos oferecem continuamente informação, bem como a oportunidade de perceberem todas as expressões de carência associadas à falta de aceitação de vós próprios, e, de modo idêntico, também vos oferecem a oportunidade de auscultarem as áreas pelas quais vos ACEITAIS a vós próprios, além de, conforme referi numa discussão que tive com a Lawrence ontem, isso poder tornar-se bastante eficiente por vezes, neste segundo passo do processo da identificação daquilo em que ambos participais no momento, em meio a esta mesma situação, deste círculo de que me estais a dar conta.

Isso proporciona-vos uma oportunidade de se firmarem no vosso íntimo e se deterem por momentos. Voltem a vossa atenção para uma área em que tenham proporcionado a vós próprios aceitação pessoal. Permitam-se reconhecer aquelas áreas de vós próprios em que não existe expectativa nem juízo de valor nem justificação mas que são genuinamente aceites, e permitam-se um reforço dessa aceitação, o qual também terá serventia no auxílio pessoal, com esse reforço, de molde a que vos motive para novas áreas de aceitação. (Pausa)

GERHARD: Obrigado.

ELIAS: Não tens de quê. (Pausa de 30 segundos)

ELISABETH: Podes dar-me a conhecer porque família e orientação se alinha o meu filho, e o seu nome da essência? (Pausa)

ELIAS: Nome da essência: Marjoum; M-A-R-J-O-U-M. (mar-jor’-um) família da essência: Vold; alinhamento, Sumari. Este indivíduo detém a orientação comum nesta manifestação.

Permiti igualmente que vos ofereça, por poucas palavras, a explicação de que nestas discussões que recentemente iniciamos no que respeita à orientação e à interacção que os indivíduos têm em conjugação com a orientação, muitos voltaram a sua atenção para estes aspectos das crenças e movem-se actualmente num círculo de confusão, para o referir no sentido figurado, numa tremenda expressão de confusão objectiva com relação a este tema, e actualmente muitos experimentam uma enorme expressão de circunvolução.

Nesse sentido, já declarei que cada orientação sustenta a sua própria linguagem individual e de que podem resultar dificuldades objectivas de tradução e de compreensão entre as diferentes expressões de orientação. Muitos complicaram este conceito, pois presentemente ele permanece como um conceito para cada um de vós e não necessariamente uma realidade.

Muitos, com base na própria percepção, criaram um processo de pensamento através do qual identificam que, se lidarem com outros que pertençam à mesma orientação que eles, toda essa interacção decorrerá com suavidade e isenção de conflito, e que se deslocarão por toda a sua experiência de vida criando relações de intimidade entre si, sem criarem confusão nem conflito, devido a que ambos se expressem na mesma linguagem.

Mas, quanto horror só de pensar poderdes ter que vos relacionar com outro indivíduo que pertença a uma orientação diferente, porque não falareis a mesma linguagem e desse modo haveis de criar bastante conflito e confusão e estareis absolutamente condenados, especialmente no que toca à manifestação de relações íntimas seja do tipo que for!

Agora; o que vos a dizer aqui é que todos os três que participais neste círculo actual têm a mesma orientação e todos falais a mesma linguagem, por assim dizer. Nenhum de vós detém uma orientação diferente mas participam de crenças bastante vigorosas e que afectam bastante, tanto nas vossas criações objectivas como na própria realidade.

Por conseguinte não importa que faleis a mesma linguagem e que vos alinheis pela mesma orientação. O facto de não vos envolverdes no conflito por pertencerdes meramente da mesma orientação não é chave aqui.

De modo idêntico, a ligação entre diferentes orientações pode induzir dificuldades - virá mesmo a introduzir dificuldades - porque foi nesses moldes que vós criastes a vossa realidade nesta dimensão. Falareis diferentes linguagens e criareis traduções com as comunicações e interacções que tiverdes, porém, isso não quer dizer que não estabeleçais relações nem as realizeis de modo eficiente no que encarais como um modo bastante positivo.

Isto pode servir de exemplo para outros que presentemente preenchem os seus processos de pensamento com bastante confusão na área das orientações e do que essas diferentes orientações ditarão ou deixarão de ditar na vossa realidade e nas vossas interacções uns com os outros.

ELISABETH: Eu albergo esta crença de ser mãe e ter que ajudar o meu filho mas não aceito a situação por que passo no presente, e no entanto não poso simplesmente dizer: “Sai do meu apartamento” porque isso seria demais para mim e eu sinto-me incapaz de o fazer. Contudo, nem sequer consigo empreender isto. Por isso… não sei. (Expressando imensa frustração)

ELIAS: E aqui reside a questão. É isso que te estou a dizer e te estou a apontar neste dia. A expressão de comunicares com o teu filho no sentido de lhe proporcionar escolhas na vez dele NÃO é onde reside a questão. Aquilo que te estou a expressar é que voltes a tua atenção. Não te preocupes com aquilo que ele cria nem com o seu comportamento, com o que ele possa ou não fazer, por assim dizer, mas volta a tua atenção para ti própria e para o modo como TU escolherás ou não participar, bem como para o que te proporcione uma avaliação daquilo que TE faculte ausência de conflito - e não o que lhe possibilita ausência de conflito a ele; o que te possibilita a TI uma ausência de conflito.

Podeis continuar a permanecer numa proximidade física e a ocupar o mesmo apartamento e a participação que tiveres pode tornar-se numa interacção de tal forma que poderás criar a tua realidade de modo bastante diferente. Através da aceitação pessoal e da direcção da tua atenção para ti própria - sem manteres essa atenção na realidade dele nem no que ele estiver a criar mas, ao invés, no que TU estiveres a criar, bem como naquilo em que TU estiveres a participar, poderás alterar a tua realidade de modo bastante dramático, mesmo em meio à partilha do mesmo espaço físico, do mesmo apartamento.

Aquilo que escolheres constituirá uma escolha tua. As escolhas que ele eleger dirão respeito a ele. Não precisais criar um “acordo consensual” para o referir nos vossos termos, porquanto isso é desnecessário. Também não é preciso que estabeleçais uma “base de entendimento”. Pode ser que nem concordes necessariamente com a criação duma base de entendimento, e aqui isso não tem qualquer importância. Podes continuar a criar a tua realidade no teu cenário de menor conflito e a dirigires-te a ti própria enquanto ele pode continuar a criar aquilo que está a criar. Não se trata duma situação do que devias ou deixavas de dever fazer com relação a ele.

Lembra-te da nossa analogia do amortecedor.

Nessa analogia, como já referi anteriormente, a expressão do outro não assume qualquer importância nem tampouco a projecção da sua energia. Lembrai-vos da interacção que mantive neste fórum, da qual podeis inteirar-vos através das transcrições destas sessões.

Anteriormente numa participação que mantive com outro grupo em que lhes ofereci a analogia do amortecedor com isso pretendendo passar a expressão da acção de participação na projecção e da incorporação desse amortecedor. (referência #302, de 26/07/98)

Agora; dir-vos-ei que, na projecção que fiz da minha energia nessa altura, aqueles que participavam no fórum nesse momento ficaram OFEGANTES. Cada um deles, sem que antecipasse o ímpeto que a minha energia ganhou no momento, retraiu-se e recolheu a sua energia de forma automática, e digo-vos que o campo de energia deles minguou bastante ao redor do seu corpo, a vibrar (A fazer vibrar a voz e a rir para dentro) e isso foi oportuno para a criação deste exemplo bastante eficiente.

(Com firmeza) Não importa o que seja projectado. Eu posso projectar energia com bastante vigor na vossa direcção e vós perceberdes isso como uma grande ofensa. É aí que reside a questão. A questão reside em voltardes a vossa atenção para vós, pois a vossa percepção é o que cria a vossa realidade. Se a percepção que tiverdes da minha projecção for ofensiva; se a definição enquadrada na percepção do que projecto - ou da projecção de energia de quem quer que seja - for ofensiva ou gravosa, vós automaticamente encolhereis a vossa energia, resguardando-vos, mas aquilo que estou aqui a afirmar é que a questão está na vossa percepção.

Não importa nada o que o outro escolha manifestar na sua realidade, ou o que quer que projecte, em termos de energia, na vossa direcção. Aquilo que contará, em termos que vos sejam familiares, é o modo como escolheis perceber isso e tornar-vos receptivos a essa energia, assim como o reconhecimento de que tendes a faculdade de escolher; não importa a energia que alguém possa projectar porque isso não vos ditará o modo como deveis recebê-lo ou percebê-lo. Vós possuís a faculdade de escolha.(2)

Por conseguinte, não te preocupes com questões como a de saberes se deverás exigir que o teu filho abandone o teu apartamento ou continue a residir lá. Volta a tua atenção para ti própria e para a percepção que tens e para aquilo que admites em relação á energia projectada e ISSO deverá proporcionar a criação de diferenças na tua realidade objectiva, pois criarás diferenças na tua percepção e isso revelar-se-á preponderante no modo e afectará a tua criação de conflito.

ELISABETH: Obrigado.

ELIAS: Não tens de quê.
Digo-vos que, por hoje, podeis assimilar a informação que vos proporcionei até ao momento, pois não faço intenção de vos sobrecarregar em momento algum.

Desse modo, permitam-se assimilar aquilo que estivemos a discutir que pela parte que me toca anteciparei uma continuidade objectiva para esta nossa conversa para o vosso feriado! (A rir para dentro)

Para ambos aqui presentes, au revoir.

ELISABETH: Au revoir.

Elias parte ás 13:30 da tarde.

NOTAS DE RODAPÉ:

(1) Esta declaração - “Nesse sentido, muitas vezes reconheceis se não estais a prestar atenção ás expressões que assumem e notareis os movimentos que adoptam de aproximação física, a chegar-se cada vez mais para vós” - foi originalmente proferida nos seguintes termos: “Nesse sentido vós reconhecereis muitas vezes que, se não estiverem a prestar atenção às expressões que assumem, havereis de notar os movimentos de aproximação física, cada vez para mais perto de vós.”

(2) Numa sessão anterior (referência #319) a Elizabeth antecipara o mesmo pedido de orientação quanto à melhor forma de ajudar o filho através dum relacionamento efectivo por meio do qual o pudesse ajudar ao que Elias respondeu: “ Isso constitui uma outra crença concernente às crenças das relações que se mostram tão prevalecentes e comuns à experiência física, especialmente na área relativa às mães e aos filhos. Existe uma grande afectação nesta área deste aspecto da crença das relações porque são levados a sentir responsabilidade e um desejo tremendo, e bastante genuíno, da parte dos pais, de oferecer auxílio á descendência, por assim dizer. Por isso tenho bastante noção quanto ao que me interrogas. Mas permite igualmente que te diga que nesse sentido, a mais fidedigna expressão de suporte e auxílio que podeis oferecer aos vossos filhos, por assim dizer, será mostrada através da vossa expressão de exemplo (Alusão à história do pequeno rebento, anteriormente referida) porquanto o exemplo poderá ser muito melhor assimilado e aceite do que qualquer outra expressão que sejais capazes de comunicar ao teu filho porquanto tratarás mais de dar o exemplo e em projectar a energia, assim como transmitir a IMPRESSÃO da energia do que em assumir qualquer outra expressão.

Não subestimes os outros nem a sua atenção para com a energia expressa, independentemente da forma em que é expressa. Eles sentem essa energia e detêm uma consciência dessa energia muito mais vigorosa do que as palavras; a energia projectada em alinhamento com esta história do pequeno rebento (Exemplo) consegue afectar muito mais em meio às acções que assumirdes porque os outros notam, e em termos de consciência, vós cedeis energia aos seus movimentos nessa expressão. Por isso, contempla essa história que isso tornar-se-á num auxílio na forma como poderás dar suporte ao teu filho.”

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