Quarta-feira, 19 de Maio de 2010 (Privada/Telefone)
Tradução: Amadeu Duarte
Participantes: Mary (Michael), KC (Nanaiis), e a MJ (Eazon)
ELIAS: Boa tarde.
KC: Olá, Elias, já passou bastante tempo desde que te ouvi a voz da última vez. É tão agradável... Sê bem vindo à minha casa. Sinto mesmo como se estivesses aqui. Até disponho duma cadeira para ti e tudo...
ELIAS: Muito bem.
KC: ...e outra para a minha irmã, a MJ. Tudo bem, estamos todos presentes. Parece que nos encontramos neste local.
Eu liguei-te especificamente por estar com esta irritação na boca, sobre a qual o meu amigo Axel te abordou, por pensar poder estar a intrometer-me, e me teres dito que não estava a intrometer-me de todo. E de seguida mencionei umas quantas coisas, coisas relacionadas comigo que eu própria descobri devido a este problema me ter forçado a prestar atenção a mim própria. Mas quando lhe disseste que percebias a irritação da boca de modo diferente da percepção que eu tinha, percebi isso como um convite para te ligar e tratar de apurar de que percepção se trataria, por sentir curiosidade. De qualquer modo, isso fez-me sentir melhor, o facto de não estar a intrometer-me, porque isso para mim representaria deixar de ser delicados connosco próprios, passarmos a intrometer-nos e passarmos a receber essa energia, as coisas que passamos a receber e que passamos a fazer, sabes? Eu não desejaria fazer tal coisa. Por isso fiquei radiante ao saber que não o estava a fazer, mas não estou certa que seja mesmo importante captar a mensagem relacionada com o problema da boca. Eis o que percebo nisso: É o centro de energia azul, a onda das comunicações e o meu médico que diz que a razão disso se deve ao envenenamento por mercúrio. E Mercúrio é o planeta das comunicações.
ELIAS: Ah ah ah ah.
KC: Mas aí, é claro, existe o problema do tabaco, a questão da acção de contraparte em relação às substâncias ingeridas, que não sei se ainda estará activa, mas eu estabeleci uma acção de contraparte com a Gillian e outros indivíduos em relação à ingestão de substâncias, pelo que isso se reflectirá na boca. Também tenho estado a assimilar informação, só que sabes que não desejo continuar a sentir esta irritação na boca, pelo que decidi que assim que a onda das comunicações terminar, isso desvanecer-se-á. Foi o que eu decidi...
ELIAS: Ah ah ah ah.
KC: ...(Inaudível) as substâncias digestíveis... (Inaudível) informação relacionada com a digestão. Só que eu não quero continuar a sentir esta irritação na boca, pelo que decidi que no final da onda das comunicações ela vai-se desvanecer, tal como outras coisas se desvanecem, (Elias ri) só que ficamos sem saber do que tenha tratado.
ELIAS: Muito bem.
KC: Poderias fornecer-me algumas pistas em relação a isso, por ter consciência de ter dado abrigo à crença religiosa de estar a ser castigada por algo que tenha feito, razão porque tenha evocado a intromissão. Penso que deva ter sido isso que tenha feito de errado. Vês até onde cheguei com a coisa?
ELIAS: Sim, mas e agora que avaliação fazes?
KC: Bom; estive a conversar com a Mary durante uma hora e sinto-me lindamente, só que estou ao telefone contigo, e a percepção que temos altera-se quando voltamos a atenção para aqueles a quem amamos, pelo que a minha percepção é influenciada por isso, só que eu continuo a recorrer ao cliché: “Sinto um sabor esquisito na boca”. Penso que me esteja a ser apontado (algo), e mesmo apesar de me teres dito para não me preocupar que as coisas não são o que aparentam ser, sinto-me aterrorizada e tenho um mau sabor na boca em relação à direcção que tudo está a tomar, e não somente eu própria.
ELIAS: Eu diria ser compreensível e tratar-se duma comunicação, não em termos de absolutos, mas em relação ao potencial.
Bom; deixa que diga que, quando as pessoas geram manifestações físicas, algumas delas podem prosseguir por um tempo indefinido e tornar-se numa fonte de desconforto e de irritação, sem no entanto se desenvolverem necessariamente para um tipo de manifestação mais destrutivo, independentemente do que traduzam. Algumas pessoas podem gerar algum tipo de manifestação destrutiva, só que podem gerar isso de um modo que o mantenham duma forma continuada que o torne consideravelmente desconfortável, assim como pode estar associado a um problema qualquer, mas não desenvolvem necessariamente essa manifestação física numa acção séria nem destrutiva.
Depois há outros que geram manifestações físicas um tanto destrutivas, mas que englobam igualmente um forte potencial para se tornarem mais destrutivas, e com isso, elas também se relacionam a alguma acção que o indivíduo esteja a empreender que possa constituir um problema ou com que possam não se sentir satisfeitos, e nisso, geram algum tipo de dificuldade progressiva, o que se virá a manifestar também por uma dificuldade física.
Mas dependendo do indivíduo, alguns escolhem determinado tipo de manifestações físicas que carregam um forte potencial de se tornar mais destrutivas, tais como o caso daqueles que geram o vírus do IHV, e continuam a criar esse vírus durante um período de tempo considerável, sem na realidade chegarem a desenvolve-lo a um estágio mais destrutivo, por assim dizer, e desse modo não dão lugar a uma situação que lhes ponha a vida em risco, ao passo que outros o fazem. E nesse sentido, estou consciente de que, qualquer que seja a manifestação física que crieis no foco físico, não vos parecerá duma forma objectiva que tenhais de facto escolhido isso, por parecer ter aparecido misteriosamente por si só. Mas como tens consciência, vós escolheis essas manifestações.
Bom; em relação a isso, dir-te-ia que aquilo que escolheste (criar) não se revela, neste momento, gravemente destrutivo. Diria tratar-se dum desses tipos de manifestação física que poderiam desenvolver uma situação mais destrutiva, mas que podes reverter seja para em que sentido for. Podes passar para a direcção de a dissipar e de deixar de o continuares a gerar assim como podes passar para a direcção oposta, e passares a desenvolve-lo e a aumentá-lo, situação essa em que poderá desenvolver-se e tornar-se numa situação que se tornaria consideravelmente ameaçadora para a tua saúde e para a uma continuidade da tua permanência nesta realidade física. Mas, tal como expressei, isso é capaz de ser direccionado em qualquer dos sentidos, e à semelhança da sua própria criação, para início de conversa, consiste numa escolha.
Ora bem; nisso, eu diria reiteradamente não estar definitivamente associado com o intrometimento. De facto, pode ser que o que esteja a influenciar mais seja o contrário disso, de se preocupares tanto com o facto de não te intrometeres que passas a restringir tanto.
KC: Isso faz sentido.
ELIAS: Facto que…
KC: Isso faz sentido. De facto já me surpreendi a não fazer coisa nenhuma ou a acabar por bloquear a energia com a simples possibilidade de poder estar a intrometer-me. E torna-se-me um tanto difícil para mim estar continuamente a bloquear a energia. Tenho a tendência para estar sempre a tecer comentários sobre o que é noticiado nos jornais, na internet, em relação a várias coisas. Neste momento, um desses aspectos tem que ver com a política, com coisas relativas ao governo, coisas ligadas à questão dos alimentos e à da nutrição. E tenho-me sentido muito satisfeita com o que tenho vindo a dizer.
Bom; compreendo que possamos de facto extrapolar e atingir alguém sem que isso represente intromissão. Compreendo que possa tratar-se da energia e das circunstâncias e da situação. E eu já reconfigurei energia por essa via simples - por meio do facto de não atingir ninguém, por isso representar uma falta de carácter – mas simplesmente não tenho ideia de como o tenha feito, para te dizer a verdade, só que eles deixaram de estar presentes na minha realidade. Evaporaram-se da minha realidade, por eu não mover a minha atenção na direcção em que eles desejavam que a apontasse. Mas não sei, quer dizer, aprecio o requinte da minha crença, e ela parece atrair mais a atenção das pessoas. Apesar de notar poder passar a relaxar e permitir tudo, mas aí tu dirias para pegarmos na ameaça e vermos se ela será válida.
Bom; se considerarmos a proibição de fumar, que validade terá essa proibição na minha realidade? Quando disseste que ela viria a ser revogada, e isso aconteceu em 2007 – essa sessão ainda não foi publicada – pensei não precisar ter que lidar com isso. Pensei: “Oh, magnífico; isso jamais me atingirá.” Mas depois, há cerca de dois anos, atingiu-me, a acção conjunta do costume chegou à nossa cidade e eles passaram a acolher a proibição de fumar. Mas, em que medida o permitiria? Ou estarei completamente a deixar de entender a questão, e a permissão inferir a minha própria pessoa?
ELIAS: Ah!
KC: Será a mim própria quem supostamente deva habilitar?
ELIAS: É. Bom, deixa que te passe a explicar que talvez tenhas confundido algumas dessas ideias, facto com que, antes de mais, no que diz respeito à permissão e às directrizes, isso se aplica a ti. Isso são acções que se destinam a ser aplicadas a ti e não aos outros, mas existem outros factores além disso. Eu diria que, tal como já o fiz imensas vezes anteriormente, a aceitação não constitui uma acção por intermédio da qual passeis a tornar-vos insensíveis. A aceitação não traduz uma acção que elimine as preferências e as directrizes e as opiniões. E a aceitação não erradica determinadas expressões tais como a da irritação.
Bom; deixa também que te diga que providenciar informação para vós próprios, aplicar essa informação, expandir a consciência que tendes e prestar atenção, isso tudo traduz acções benéficas na vossa realidade, mas não são acções que vos estejam a conduzir na direcção do irreal, nem constituem orientações que vos levem a transformar-vos em autómatos. Diria que qualquer dessas expansões e mudanças e tomadas de consciência não estão a criar um rumo nem uma realidade em que deixeis de continuar a sentir e a pensar. Porque continuareis a faze-lo, e continuareis a empregar ideias e opiniões e preferências e princípios, e uma parte da expansão rumo ao vosso ser genuíno passa pela permissão de vós próprios para serdes vós próprios.
Agora; o que isso quer dizer é que vós incorporais princípios e opiniões e preferências e interesses, mas também incorporais falta de interesse sobre determinados assuntos, e nesse sentido, isso consiste tudo em aspectos vossos e na exploração que fazeis neste foco. Quando começais a direccionar-vos no sentido de estabelecerdes uma percepção que vos traduza não ser aceitável abrigar determinados sentidos ou que não seja aceitável expressar-vos de determinados modos, isso começa a impor-vos restrições, e eu diria que se torna um tanto irrealista. Vós incorporais sentimentos, e esses sentimentos estão associados às comunicações e essas comunicações geralmente revelam-se bastante simples e directas, além de bastante resumidas.
Agora; em relação a qualquer dessas comunicações, vós podeis gerar avaliações mais extensas, mas lembrai-vos de que as emoções consistem em comunicações que exprimem directamente uma identificação daquilo que estais a fazer no momento, e fazem-se acompanhar por um sentimento que vos assinala essa mensagem - aquilo que está a ser transmitido.
Bom; alguns sentimentos são bastante benéficos e motivadores mas com o mal entendido inerente à ideia da aceitação e da permissão, isso pode tornar-se um tanto confuso ou intricado no sentido de poderdes começar a perceber não deverdes sentir de determinados modos nem expressar-vos de determinadas formas. Deixa que te refira um exemplo. A irritação constitui um sentimento bastante benéfico. Ela assinala-vos a comunicação emocional de estardes, nesse instante, a discordar duma situação ou em desacordo com outro indivíduo. E isso é uma comunicação; muito simples, muito reduzida e bastante precisa.
Bom; podeis alongar mais a avaliação que fazeis pelo que isso envolva e o que queira dizer, daquilo com que estejais em desacordo. Mas o que é benéfico em relação à irritação – bem, não estou a referir-me à raiva...
KC: Eu compreendo.
ELIAS: Muito bem. Mas o que se torna benéfico em relação à irritação é o facto de ser bastante motivante. Vós rapidamente passais a entender a mensagem de estardes em desacordo, e muito rapidamente começais a avaliar a direcção que podeis tomar em relação a tal desacordo, o que difere da raiva. Quando vos sentis irritados vós automaticamente interrompeis, mesmo que o não noteis, e passais a instaurar essa acção. Haveis automaticamente de fazer uma pausa a fim de permitirdes que essa motivação formule uma orientação que vos gere um estímulo e ideias sobre o modo como podereis avançar nessa orientação, e honrar a vossa opinião e a direcção que tomais, a fim de produzirdes com êxito aquilo que desejais.
Bom; nesse sentido, ao incorporardes uma maior informação, quando um sentimento como o da irritação se apresenta, sereis mais capazes de instaurar uma pausa a fim de avaliardes a situação com uma maior clareza e de evitar as respostas automáticas. Mas a questão está em que existem determinados sentimentos em relação aos quais criais a ideia de serem prejudiciais. Eles não são necessariamente prejudiciais. Eles são dotados dum objectivo e eu diria que, em relação aos sentimentos, e em grande parte - para além da culpa - os sentimentos constituem apenas sinais. Não são bons nem maus, certos nem errados. São sentimentos. São sinais e como tal, em si mesmos, não devem ser condenados nem classificados como não devendo ter uma razão de ser. Nesse sentido, é uma questão do que escolheis fazer em relação a eles, porque isso representa o que escolheis fazer em relação à comunicação.
Agora; em muitas situações, pode não se tornar necessário implementar nenhuma acção para além do reconhecimento deles. Já noutras situações, pode tornar-se benéfico reconhecer o sentimento, reconhecer a comunicação, e implementar algum tipo de acção ou permitir-vos expressar-vos.
Ora bem; a permissão para vos expressardes constitui uma acção genuína. Já quando vos expressais a vós próprios com a intenção de convencer outro indivíduo, isso já muda de figura. Mas um outro factor que se torna importante e que é comummente muito mal entendido presentemente é o que respeita as directrizes ou linhas de orientação.
Ora bem; deixa que recorra a um exemplo, ao exemplo simples da linha de orientação ou princípio da consideração. Se o indivíduo empregar a crença central, a verdade central, a directriz da consideração, que significado terá isso? Isso não representa uma directriz que seja posta em actuação para vos fazer recordar nem para vos levar a realçar a observação de cada acção que todo e qualquer indivíduo empreenda que julgueis representar uma falta de consideração. Mas também não opera no sentido de vos levar a expressar consideração em relação a toda a gente, mas sim o uso de consideração em relação a vós próprios. Não na forma como vos expressais para com os outros e os considerardes porque, deixa que te diga minha amiga, isso constitui uma ideia ridícula, pois como haveis de reconhecer o que constitua uma consideração para o outro ou como ele poderá interpretar-vos no vosso acto de demonstrar consideração? Pode, de todo em todo, não interpretar a consideração que lhe votardes como um acto de consideração. Mas a questão não está nisso.
Todas as linhas de orientação que as pessoas defendem destinam-se a si próprias. É a isso que elas se destinam. Representam as linhas de orientação pessoais, aquilo que fazeis convosco próprios que vos leva a expressar tal consideração por vós próprios, porque vós sois quem define essa consideração, pelo que se trata duma questão de o aplicardes a vós próprios. Mas esse é um conceito bastante mal interpretado em relação ao qual a maior parte dos indivíduos ainda não conseguiu obter clareza de compreensão, e em razão do que continuam a projectar no exterior, a formular e a fundamentar o próprio comportamento, só que sem o fazerem em relação a si próprios mas em relação aos outros.
E isso é o que estás a fazer e a razão porque estás a gerar essa manifestação física, por estar directamente associada às comunicações. Está associado às comunicações que estabeleceis convosco próprios, mas muito mais em relação à forma como comunicais com os outros e à medida das restrições que impondes a vós próprios quanto aos modos como comunicais com os outros, por vos preocupardes com os outros e com o modo como vos interpretam, e com o facto de estardes ou não a faze-lo correctamente e de modo que eles o interpretem apropriadamente, pelo que estabeleceis este entrançado excepcional de energia que retorna a vós, porque a energia se vê de tal modo confusa que dá meia volta na vossa direcção.
KC: Isso faz todo o sentido e descreve exactamente o que tenho vindo a fazer; tens razão, tenho vindo a receber as mensagens só que não tenho aceitado o facto de estar a entender o que ela encerre.
ELIAS: Ah ah ah ah.
KC: Quer dizer, quando me sinto irritada, tenho consciência de se ficar a dever ao desacordo que manifesto, e de isso geralmente abrigar um desacordo com outra pessoa, em relação à sua conduta ou à orientação que ela define. Isso traduz a mensagem.
ELIAS: Sim.
KC: É. Só que começo a enrolar e a complicar, e continuo à procura da mensagem.
ELIAS: Ah, mas a mensagem não comporta qualquer filosofia. A mensagem não se traduz por livro nenhum. Trata-se duma declaração simples e exacta: “Estou a sentir a sensação de irritação.” A mensagem é bastante precisa, curta e simples; a de estares em desacordo.
KC: Certo.
ELIAS: Agora, nesse sentido, quando passas a reconhecer a mensagem nos termos de: “Eu discordo”, é uma questão de admitires esse desacordo, com o que poderás passar a avaliar: “Muito bem, eu discordo; agora, nesta minha discordância, ser-me-á necessário dar atenção a essa discordância ou não?” E em certas situações podeis julgar estar em desacordo, e para honrardes a orientação que definis como vossa e a manterdes, podeis julgar importante ou necessário expressar a vossa discordância e expressar-vos a vós próprios. Bom, aí, isso torna-se numa outra avaliação resumida a que podeis muito rapidamente dar lugar: “Mas, como poderei expressar o desacordo que sinto de um modo que resulte no meu maior benefício?” Não em tipos de resposta automáticos como: “Eu discordo e agora com a minha discordância passarei a tentar convencer-te de estares errado.” Mas antes: “Que direcção poderei tomar e que escolhas poderei definir que em última análise se traduzam como as mais benéficas e que me honrem a discordância que sinto?” Ou seja: “Honrar o rumo por que enveredo e manter esse rumo, pelo que não permito que mais ninguém me passe a desviar da direcção que tomo.”
Bom; deixa que te diga, minha amiga, quando passais para as respostas automáticas por meio das quais procurais convencer os outros, vós estais a permitir que eles vos desviem ou passem a dominar.
KC: Pois é, eu entendo.
ELIAS: Mas se derdes lugar a uma pausa dessas e vos permitirdes uma avaliação breve dessas, em relação ao que comunicais, e apenas vos questionais: “Quais serão as opções que se tornem mais benéficas a fim de me preservar a direcção que tomo?” não vos oporeis ao outro indivíduo, por não vos estardes a focar nele. Estareis a focar-vos em vós e no que estareis a fazer para preservar a direcção que tomais e aquilo que vos seja mais benéfico. Por isso, não estareis a expressar nenhuma energia de oposição em relação ao outro indivíduo. Não estareis definitivamente a expressar nenhuma energia de oposição em relação a vós próprios. E estais a permitir-vos libertar energia, ao invés de a estardes a reter. E nesse sentido, quando vos permitis expressar-vos, permitis soltar a energia, o que é um factor importante.
Ora bem; quando não permitis isso, o que eventualmente passa a ocorrer é que a consciência do corpo procurará uma válvula de escape, e nesse sentido, a válvula de escape é passível de ser gerada de múltiplas formas. Podeis ficar furiosos; podeis passar a sentir-vos angustiados; podeis ficar em estado de ansiedade; podeis sentir vontade de chorar; podeis dar lugar a uma manifestação física. Só que a consciência do corpo eventualmente procurará um modo de libertar essa energia.
KC: Bom, existem outras imagens para além das da consciência do corpo, imagens que estão continuamente a ocorrer. Tenho duas torneiras a pingar. A minha caixa de email esteve com um vírus e provavelmente ainda estaria, se não tivesse retirado os endereços todos, de modo que ficou inoperacional. E eu tenho consciência destas coisas estarem todas entrelaçadas umas nas outras. As vibrações da minha energia com a tua energia, aquelas que eu senti desde 95 e que me acompanham, essas vibrações aumentaram duma forma dramática, e eu interrogo-me se isso se deverá somente a ti, ou se envolverá outras essências.
ELIAS: Sim, elas estão a sofrer uma expansão e isso representa a acção de vos moverdes para uma existência numa ligação mútua (interligação). Agora; tu estás a escolher fazer isso inicialmente mais com outras essências do que com outros indivíduos, mas eventualmente isso deverá expandir-se igualmente a outros indivíduos e ao ambiente e às expressões materiais. Mas está a sofrer um aumento em associação com outras energias e outras essências, o que para ti se torna muito mais confortável inicialmente, e por isso, um tanto mais fácil. Mas eu diria que o permites com bastante facilidade, e sim, concordo em que se note mais o aumento da energia, o qual cria um aumento em termos de poder. Agora; tu podes utilizar esse poder em diferentes sentidos. Quando refiro que isso gera um derivado automático dum aumento de poder, isso pode representar em algumas situações o que poderias julgar como bastante positivo, mas é igualmente passível de acarretar um aumento a qualquer manifestação que possas estar a criar.
KC: Eu compreendo isso. É uma coisa do tipo: “Tem cuidado com o que desejas”, e eu estava a falar nisso outro dia com a minha irmã, quando começamos a optar por escolher deliberada e efectivamente passar a validar a nossa escolha na manifestação, o que a torna cada vez mais veloz. É espantoso como por vezes escolho algo e isso acontece – instantaneamente. Estabeleço uma escolha e a escolha surge...
ELIAS: Sim.
KC: ...sem qualquer interregno, e a minha irmã tem notado a mesma coisa. Por isso, se vamos passar a criar num prazo de tempo cada vez mais curto, bom, penso que fosse isso o que antes me assustava e o que me estava a fazer bloquear-me e restringir-me.
ELIAS: Estou a compreender. Mas diria igualmente não ser incomum ou pouco habitual isso parecer inicialmente inquietante, porque a maioria de vós incorporais a tendência para automaticamente passardes a gerar associações negativas e para ver qualquer intensificação da energia e da rapidez no modo como criais como uma coisa que não é necessariamente boa, por estardes mais conscientes, por associardes automaticamente isso às possibilidades ou aos potenciais de passardes a criar muito rapidamente o que não desejais.
KC: Pois. De facto, tenho vindo a sentir saudades da ignorância e da inocência que anteriormente me caracterizava, e referi isso alto e em bom tom.
ELIAS: Ah ah ah ah ah ah.
KC: Tenho sim! Tenho saudades das minhas velhas acções automáticas, por serem bastante mais “fáceis” do que agora, só que já passei por verdadeiros carrosséis, e tive consciência disso, igualmente.
ELIAS: Ah, mas isto é igualmente fácil.
KC: Pensas que isto seja igualmente fácil – terá sido isso que disseste?
ELIAS: Deixa que te diga, não referiste ter-te tornado bastante fácil criares essa manifestação física?
KC: Referi.
ELIAS: (Ambos riem)
Agora é somente uma questão de reajustamento, porque esta é uma questão significativa, a de que, sim, estás a tornar-te consciente de se estar a tornar muito mais fácil, e de estar a expressar-se com muito maior rapidez de forma a criares quase instantaneamente uma manifestação qualquer, e de estares mais consciente, com o que estás a passar a manipular de modo mais efectivo. Eu diria que estais todos de facto a dobrar o tempo a fim de fazer que isso corresponda à expansão que estais a sofrer e ao modo muito mais deliberado com que estais a criar. O vosso tempo está a mover-se com uma maior rapidez. E nesse sentido, não é fruto da imaginação o facto de por vezes parecerdes estar a mover-vos mais rápido do que em qualquer outra altura. De facto está a mover-se (o tempo) com maior rapidez e está a corresponder ao vosso próprio movimento, à própria expansão que estais a sofrer, à rapidez com que manifestais, à rapidez com que compreendeis e à rapidez com que manipulais. Só que em muitas dessas expressões, estais a implementá-lo em sentidos ou direcções que não desejais necessariamente.
KC: Sim, é verdade.
ELIAS: Vós estais a criar de modo mais efectivo, mais rápido e mais preciso, além de mais eficaz, mas estais a criá-lo em relação àquilo a que estais a prestar maior atenção, e aquilo a que prestais maior atenção, falando em termos gerais, é àquilo com que estais mais familiarizados. Só que aquilo a que estais habituados é a prestar atenção ao que não gostais.
KC: Sim, é verdade! Mas sabes, nós sentimo-nos um tanto receosos por desviar a nossa atenção do que não gostamos, com medo do que nos possa surpreender quando não estivermos a prestar atenção.
ELIAS: Ah, com certeza. Mas aí isso serve como uma outra táctica para vos encorajardes a continuar a prestar atenção àquilo de que não gostais. Nesse sentido, e em especial nesta altura e enquanto estais a continuar a expandir-vos, torna-se importante que comeceis a reajustar-vos - que eu tenho vindo a encorajar bastante as pessoas a readaptar aquilo a que dão atenção, e a permitir-se começar a tornar-se mais acostumadas e a prestar mais atenção automaticamente àquilo de que gostam e ao que lhes pareça mais confortável, interessante e motivador aos seus olhos, ao invés de permitirem o rumo automático do que não gostam e do que lhes seja desconfortável e do que queiram mudar. A mudança...
KC: Sim, concordo contigo. Ultimamente tenho notado isso, mas a sensação que tinha era a de não saber se seria seguro desviar a minha atenção.
ELIAS: Ah, mas isso constitui um outro aspecto significativo, por evocar a diferença patente entre conforto e segurança. A segurança não é necessariamente confortável, só que é familiar. E por isso, vós deixais-vos atrair pelo seguro, por ser previsível, por ser familiar e por corresponder ao esperado. Ao passo que o confortável pode não ser necessariamente tão previsível, ou pode não corresponder necessariamente ao esperado.
KC: Estou a entender. Mas um dos denominadores comuns entre eu própria e as pessoas com quem entro em desacordo traduz-se por esse anseio de segurança.
ELIAS: Sim, tens razão.
KC: tenho andado em busca de denominadores comuns. As pessoas sentem um anseio por liberdade. As pessoas desejam liberdade. As pessoas sentem vontade de segurança – pelo menos procuram conseguir isso em parte, mas aí consigo perceber que concordamos tanto quanto discordamos.
ELIAS: Exacto. Mas deixa que te diga que um dos factores que está fortemente associado à segurança é a semelhança, a uniformidade...
KC: Oh, com certeza.
ELIAS: ...que enuncia que os componentes não devam mudar. Bom, isso é um aspecto significativo, porque, ao contrário, sentis apreensão em relação ao conforto, por gerardes a associação de que se vos sentirdes confortáveis, não haveis de desenvolver ou sentir qualquer motivação para mudar. Não quereis mudar, porque se permanecerdes na mesma sentir-vos-eis seguros, só que sentis vontade de mudar, por a mudança proporcionar excitação e surpresa. E desse modo, existe um aspecto pelo qual sentis atracção por alguma transformação, só que não gostais necessariamente de mudar.
Bom, vou-te dizer, a mudança é inata na vossa natureza. Quer gosteis dela ou não, isso não importa. Trata-se duma qualidade inata em vós. É uma qualidade da consciência, pelo que a mudança é inevitável além de ser algo que ocorre constantemente. Nesse sentido, se vos sentirdes confortáveis, não sentireis qualquer ameaça por não estardes a apresentar nenhuma mudança a vós próprios a fim de vos motivardes ou de vos inspirardes, porque a mudança constitui um aspecto de vós próprios que sempre se acha presente e que vós definitivamente não eliminais, por fazer parte da consciência. Mas tal como referi com a hipótese inversa, existe esse aspecto das associações que estabeleceis em termos de segurança, e a segurança acha-se fortemente ligada ao não mudar.
KC: Pois.
ELIAS: O que também produz desconforto e conflito, por ser inerente à vossa natureza mudar. Por isso, quando recuais e vos agarrais à segurança - a qual vos nega a mudança - estais a opor-vos.
KC: Bem, deixa que te diga que não sei. Eu sei que escolhi nascer nesta faixa temporal e que me sinto uma guerreira e a maior parte do tempo sinto-me capacitada a empreender coisas novas e mudança, mas noutras alturas, não sinto tanto interesse assim.
ELIAS: Mas permite que te diga que isso também é significativo. Deixa que te expresse com autenticidade, minha amiga, que na tua identidade genuína tu oscilas, e existem ocasiões em que poderás não sentir interesse por uma expressão particular ou por um rumo particular, e isso também merece ser atestado. Isso é admissível e natural. Vós não sois, ou não vos tereis concebido para sentirdes continuamente e a cada passo interesse por um rumo particular. É por essa razão que gostais de vos entreter, por o entretenimento vos proporcionar um modo pelo qual podeis deter-vos no interesse que manifestais durante um tempo, e parardes de explorar, como quem diz, e podeis, por assim dizer, apreciar uma pausa.
KC: Sim, ultimamente tenho feito muito isso, assistir simplesmente aos filmes de que gosto, e que já terei visto anteriormente, e cujos guiões já são praticamente do meu conhecimento, mas filmes duma encenação magnífica, em relação aos quais acabo recebendo trespasses de outros focos, além de gostar de sentir a energia do filme.
ELIAS: Pois.
KC: Apenas pela diferença. Ou por uma questão de algo adicional.
ELIAS: Pois. E isso entretém-te.
KC: Certamente que sim. Oh meu deus, Elias! Que seria de mim sem ti? Bom, eu não preciso fazer nada sem ti.
ELIAS: Ah, mas tens toda a razão.
KC: Eu tenho umas quantas perguntas curtas. Penso que o nosso tempo tenha chegado ao fim, mas pergunto-me se a minha irmã, MJ, também pertence à dimensão Coukoo.
ELIAS: Pertence.
KC: Sim. Também pensei que sim. Isso vai ser engraçado. Mas, só mais uma pergunta, o meu irmão Tommy, serão ele e o Nikola Tesla focos da mesma essência?
ELIAS: Contraparte.
KC: Contraparte. Muito bem, é isso. Amo-te muito, e de seguida vou passar a conversar com a Mary.
ELIAS: Muito bem. Fico na antecipação do nosso próximo encontro, minha querida amiga. Com sempre, estendo-te um formidável encorajamento e um enorme apoio. Lembra-te de que a minha energia está sempre presente contigo a fim de te recordar para te divertires.
KC: Obrigado, Elias. Eu tenho consciência de te encontrares presente.
ELIAS: E lembra-te de seres gentil contigo própria, porque isso é um aspecto que aparentemente esqueceste recentemente.
KC: De facto esqueci.
ELIAS: Muito bem, minha querida amiga, para ti com um tremendo afecto e um enorme carinho, como sempre, au revoir.
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