Session 2786
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Soft Session Four

Topics:

“Sessão Soft Quatro”



Quinta-feira, 14 de Maio de 2009 (Privada/Telefone)
Participantes: Mary (Michael) e Julie (Fontine)

Tradução: Amadeu Duarte

ELIAS: Bom dia!

JULIE: Bom dia, Elias. Vários membros do grupo soft enviam-te cumprimentos. Além disso procedemos à votação duma lista de perguntas que gostaríamos de te apresentar, pelo que seguem por ordem de preferência.

ELIAS: Muito bem.

JULIE: Muito bem, então umas quantas, rápidas... Assim, vamos divertir-nos com elas. Muito bem, existe um membro do nosso grupo soft que gostava de conhecer o nome da essência e as estatísticas e a orientação que tem. Ele dá-se pelo nome de Kelly e o apelido dele é Rakau. Penso que estou a pronunciá-lo correctamente.

ELIAS: E as impressões?

JULIE: Receio não ter obtido quaisquer impressões da parte dele, mas pensamos que seja soft. Penso que subsista a impressão de que o dele seja um foco político. Mas vou fazer uma tentativa a ver se acerto – talvez seja Tomuld/Ilda, não?

ELIAS: Exacto!

JULIE: Estás a falar a sério? Ena! (Rio de contentamento por a minha impressão estar correcta)

ELIAS: O nome da essência é Jaize.

JULIE: Oh, gosto muito. Muito bem, obrigado. Então, a pergunta número um, é: O indivíduo disse: “Estou interessado em explorar a nossa orientação soft e a presente onda que atravessamos colocando perguntas ao Elias sobre a forma de lidar com ela, talvez algo em relação à exploração da nossa identidade e à descoberta da identidade essencial da nossa essência e à forma como os soft experimentam a deslocação no sentido do desconhecido e a respeito do abrir mão das velhas associações. Basicamente coisas relacionadas com os soft e a onda emocional corrente e aquilo a que de momento estamos a dar atenção.

ELIAS: Muito bem. Na realidade isso incorpora mais do que uma pergunta.

JULIE: Eu sei, eu sei. (Ri)

ELIAS: Muito bem. O modo como os soft estão a interagir com esta onda em relação à identidade? Em relação à identidade, os soft tendem a explorá-la e a experimentar isso de um modo um tanto diferente do das outras orientações, e curiosamente, o modo através do qual os soft o empreendem é mais comum do que um indivíduo da orientação intermédia, quanto ao modo como tendem a processar isso com naturalidade. Porque os que alinham pela orientação intermédia processam naturalmente no seu íntimo, e como tal, durante o período de processamento, podem questionar aquilo que estão a fazer e não facultar a si próprios necessariamente respostas a um ponto em que interiormente tenham completado o seu processo e passem subsequentemente a apresentar respostas a si mesmos. Só não conseguirão obrigatoriamente explicar o modo como terão chegado a essas respostas.

Numa situação dessas, relativamente à presente onda e à identidade, os soft produzem um processo bastante similar. Sem ser necessariamente noutras áreas mas em relação à identidade, porque o que a maioria dos soft presentemente está a operar é um processamento subjectivo de informação sem se darem necessariamente conta do modo como isso se traduz por acções ou mesmo actividades objectivas, e desse modo, assim que o indivíduo soft tiver processado a informação de forma subjectiva, passa a apresentar a si mesmo um evento, por assim dizer. Agora; o evento não se traduz necessariamente por um acontecimento real, mas pode assumir os traços dum esclarecimento ou duma forma de compreensão, ou o que designais por revelação. E isso torna-se no evento em que experimentam uma quase explosão de informação e de compreensão. Coisa que, os soft, geralmente, têm mais consciência do que estão a fazer ao nível subjectivo, mas nesta situação relativa à identidade, ela envolve, tal com referi, uma dissociação em relação à informação obtida ou aprendida exteriormente e dissociação em relação às experiências prévias.

Não que passeis a esquecer nenhuma da informação obtida, ou a eliminá-la, mas dissociação em relação a ela de forma a descobrirdes que expressões individuais naturais e fluxos de energia e inclinações usais para convosco próprios, aparte das experiências passadas e da informação aprendida ou obtida ou acumulada. Nesse sentido, para que um indivíduo soft se dissocie da experiência externa adquirida ou incutida, de certo modo o que ocorre é que o indivíduo se retira um tanto ou se coloca aparte, na esfera subjectiva, de forma a permitir que essa esfera subjectiva passe a incorporar esse movimento ou esse desempenho, por assim dizer, de separação das experiências da identidade essencial. Subsequentemente, isso traduz-se pela uma erupção duma consciência objectiva. Nessa explosão, o que foi incutido, experimentado e aprendido, já está a ser eliminado, o que permite uma clareza de compreensão.

O que difere em relação às outras orientações é que, para os indivíduos das orientações comum e intermédia, eles processam duma forma objectiva e encaram as suas experiências e recordam o que tiverem aprendido ou o que lhes tiver sido dito, e avaliam duma forma objectiva se isso será ou não válido para si próprios, duma forma genuina. Os soft não se voltam necessariamente tanto para a avaliação objectiva ao ponto de classificarem ou não em termos de validade. Não se voltam necessariamente tanto para uma recordação e avaliação objectiva de experiências passadas, por processarem isso ao nível subjectivo, e subsequentemente passarem a dar lugar a essas explosões de clareza e de compreensão.

Também diria que não é menos desafiador para um indivíduo soft descobrir a sua identidade genuína do que para qualquer das outras orientações; apenas é diferente. Quanto às directrizes essenciais que se acham associadas à vossa identidade genuína, eu diria que esse factor de certo modo pode resultar mais fácil para os soft, mas noutros aspectos pode tornar-se mais difícil. Em relação a vós, pode tornar-se mais fácil passar a aceitar e passardes a expressar um fluir natural, dando desse modo expressão às vossas directrizes em associação à vossa identidade, mas em conjugação com os outros e os vossos princípios, já pode tornar-se mais difícil. Eu diria que, a esse respeito, pode ser mais fácil para um indivíduo comum expressar-se em relação à sua identidade e às suas directrizes para com os demais.

JULIE: Então, as directrizes dos soft são diferentes?

ELIAS: Os princípios deles não são necessariamente diferentes, mas dar-lhes expressão ou interagir junto dos demais com base neles pode representar uma dificuldade acrescida mais no caso deles do que no das outras orientações. Isso está associado à analogia que empregamos do indivíduo soft e do “dar tratos à sua bola”. Geralmente, os soft preferem entreter a própria bola pelo que, seguir e dar expressão às próprias directrizes não se torna difícil e pode mesmo tornar-se mais fácil do que no caso das outras orientações, mas em relação à identidade e ao acto de dar expressão às suas directrizes autênticas junto dos outros, já pode tornar-se num desafio maior.

JULIE: Então terás alguma sugestão a fazer em relação ao modo de tornar isso mais fácil – quanto ao modo disso poder fluir mais facilmente?

ELIAS: A sugestão que daria ao indivíduo soft seria a de prestar uma atenção genuína e usar da sua criatividade ao interagir com outro indivíduo. Para ter percepção das suas directrizes, e ter consciência delas, para se tornar presente junto delas, e para prestar uma atenção genuína ao que ocorre na interacção que tenha com o outro. Isso poderá soar um tanto simplista, mas se na realidade estiverdes a ser genuínos para convosco próprios, havereis de notar, enquanto indivíduos soft, que quando interagis com outro indivíduo, podeis prestar atenção ao que ele esteja a dizer, só que também vos inclinais bastante a prestar atenção à direcção ou opinião que abrigais quanto ao que ele exprima, porque como vos inclinais mais a dar atenção às vossas próprias directrizes, também vos tornais mais presentes convosco próprios – mais conscientes de vós próprios. Por isso, quando prestais atenção, podeis pensar estar genuinamente a dar e a focar a vossa atenção, só que na realidade, geralmente, acha-se dividida, por também a estardes a desviar para as vossas directrizes. Ora bem; isso não é prejudicial, só que em relação a esta onda e em relação à comunicação pode tornar-se confuso e conduzir a um mal-entendido ou conduzir a suposições ou mesmo à imaginação.

JULIE: Nesse caso, estamos a referir que seria mais vantajoso para nós prestar mais atenção ao outro indivíduo e ao que ele expressa no momento tanto quanto aos nossos próprios princípios, por isso facilitar a comunicação e produzir um maior contentamento.

ELIAS: Sim.

JULIE: Bom, penso que preciso assimilar isso.

ELIAS: Não vos estou a dizer para desviardes a vossa atenção de vós, por não encorajar tal acto a ninguém; mas para reconhecerdes e talvez de forma temporária, a ponto de vos familiarizardes mais com essa acção e de estabelecerdes uma certa separação ao interagirdes com um outro indivíduo, e para prestardes atenção ao que estiverdes a fazer e à forma como ele se expressa e para separardes essa atenção automática por vós próprios e não a associardes ao outro indivíduo.

JULIE: Para não me associar nem às minhas directrizes ao outro indivíduo, é isso que queres dizer?

ELIAS: É.

JULIE: Nesse caso isso é diferente do exercício de querer descobrir o que estiver a expressar, eliminar o outro temporariamente. Então tem que ver comigo, não será? É o que eu projecto.

ELIAS: É.

JULIE: Mas isso é quase temporariamente eliminar todas as projecções que tendo a fazer e ficar a dar atenção ao indivíduo.

ELIAS: Não necessariamente, é apenas criar uma separação pelo reconhecimento de que a tua expressão é distinta da do outro. Nesse momento, as tuas associações ainda não são relevantes.

JULIE: Está bem. Bom, penso que vou avançar para a pergunta seguinte.

ELIAS: Muito bem.

JULIE: Obrigado. Tudo bem. Dado que alcançamos objectivos por intermédio da energia, enquanto soft, de que forma poderemos passar a reconhecer melhor quando os alcançamos ou os estamos a alcançar? De que forma poderíamos ter consciência de estarmos de facto a usar a nossa energia de modo bem sucedido em vez de não termos consciência?

ELIAS: O modo por meio do qual podeis obter noção de estardes a alcançar resultados é pela atenção para com o que estiverdes a fazer e a percepção do efeito que isso tem. Ora bem; isso assemelha-se bastante às impressões. Conforme estarás ciente, já referi muitas vezes que, se prestardes atenção às impressões, elas se revelarão bastante consistentes. Apresentas uma impressão a ti própria, e se a ignorares ou deixares de lhe responder e a afastares, providenciarás a ti própria uma validação quanto a essa impressão – qualquer que seja a impressão que tenhas será expressada, e isso valida-te quanto ao facto de se ter tratado duma impressão válida, e de teres obtido conhecimento.

Se prestares atenção às tuas impressões e te moveres em conjugação com elas, geralmente, qualquer que tenha sido essa impressão, não se manifestará, por teres optado por opções relativamente a elas a fim de avançares junto com elas. Nesse sentido, passa-se algo semelhante em relação à energia. Podes estar consciente do que a tua energia traduza ou do que ela alcança ou da direcção que ela expressa se prestares atenção ao que estiveres a fazer ou a deixar de fazer, ao que te sentires motivado para fazer ou para deixares de fazer, e ao que ocorre em relação a isso.

Permite que sugira um pequeno exemplo. Digamos que te deparas com um amigo, e esse amigo se expressa de um modo perturbador, e tu automaticamente sentes desejo de o ajudar. Nesse sentido, digamos que esse amigo se encontra bastante aflito e talvez mesmo a chorar, e tu te apresentas estimulada a ajudá-lo por meio da sugestão do que percebes como palavras de consolo, e esse teu amigo ficar mais agitado e de facto não aceitar o consolo que lhe estendes. Ora bem; nesse cenário, a tua intenção era de ajudar. A energia que estavas a expressar não alcançou aquilo que querias. Não te estavas a deter a fim de prestares atenção: “Que opções terei? Qual será a minha expressão natural?” Nem estavas a mover-te juntamente com isso. Agora, ao contrário, talvez num mesmo cenário, sentes-te impelida a fornecer-lhe uma palavra de consolo, mas não chegas a faze-lo. Páras por instantes, prestas uma atenção genuína ao outro indivíduo, prestas atenção às opções, e talvez aquilo que venhas a fazer seja dirigir-te na direcção dele e abraçá-lo, sem pronunciar palavra.

Bom; em ambos os cenários, podes ter consciência do que estiveres a lograr por meio da energia ao prestares atenção ao que estiveres a fazer, e prestares atenção às tuas opções quanto ao modo como te diriges, e isso aplica-se igualmente a outras situações – a qualquer situação na verdade. Mas nas situações em que não estejas necessariamente a envolver um outro indivíduo, ou possas estar a envolver outros indivíduos que não se situem fisicamente próximos de ti e com quem na realidade possas nem comunicar fisicamente.

Existem diversos cenários diferentes, mas os parâmetros da energia e o reconhecimento quer de estardes a obter resultados por intermédio dessa energia ou não reduz-se ao acto de prestardes atenção às opções que estais a definir em relação à intenção e ao facto de estardes de facto a reconhecer todas as escolhas que se acham disponíveis. Nesse sentido, quando estais a dirigir a energia de um modo específico a fim de alcançardes uma manifestação específica, seja ela qual for, é uma questão de olhardes genuinamente o que estiverdes a fazer, as escolhas que estiverdes a empreender, e de vos abrirdes e de notardes todas as possibilidades que são passíveis de ser associadas a isso.

Tal como no simples cenário dum indivíduo que é despedido do emprego; ele pode automaticamente pensar para consigo próprio que a sua energia esteja a mover-se de um modo destrutivo ou na direcção que ele não pretende quando na realidade pode não estar. Pode estar a mover-se na direcção do que quereis alcançar. E talvez ao ser despedidos desse emprego particular, isso abra a porta numa direcção diferente e à capacidade de alcançardes aquilo que queríeis, por uma via diferente.

É uma questão de permanecerdes abertos e perceberdes os potenciais ou as possibilidades que são passíveis de alcançar expressão a partir do que estiverdes a fazer e de saberdes que essas possibilidades nem sempre são aquilo que esperais. Muitas vezes as pessoas encaram as situações em termos taxativos. Percebem um cenário, produzem uma associação automática em relação a ele, e passam a avaliar de modo automático que ele seja bom ou mau; só que muitas vezes, aquilo que aparenta ser bom pode não o ser, e o mesmo se aplica ao que assume o aspecto de ser mau. É uma questão de terdes consciência do vosso propósito e de perceber o que de facto estiver a ocorrer que possa relacionar-se a esse propósito.

JULIE: Então, se percebermos um monte de escolhas diferentes em cada cenário, nesse caso devemos estar a alcançar resultados, assim como se estivermos a permitir-nos mover-nos em relação a essas escolhas e ao nosso propósito.

ELIAS: Por certo, e em relação ao que pretendeis alcançar.

JULIE: Está bem, obrigado. Então, a próxima pergunta é: existirá alguma coisa que nos possas dizer acerca de nós próprios que ainda desconheçamos? Uma via que possamos passar a explorar mais?

ELIAS: (Pausa prolongada) Algo acerca de vós próprios de que ainda não tenhais conhecimento? Mas que possais explorar? Isso seria chave! (Pausa prolongada) Um modo que podeis explorar é experimentar-vos de modo efectivo como a essência. Esta é uma ideia com que vos achais familiarizados, mas que constitui igualmente uma acção que ainda não conheceis. Que para além daquela pequena tribo (ri) o resto de vós não experimentou de modo efectivo o que isso subentende. Bom; eu começaria por vos dizer que um começo desse tipo de exploração passaria, não pela descoberta de outros focos, não pela observação de outros focos, não por ser um outro foco, mas pela experiência do vosso ser como TODOS os vossos focos exactamente AGORA. Isso seria um ponto de partida.

JULIE: (Ri) Oh não! Ena!

ELIAS: Eu diria que nenhum de vós já tenha experimentado isso.

JULIE: Está bem. Nenhum de nós... mas apenas aquela pequena tribo. Eles viverão desse modo?

ELIAS: Não inteiramente. Mas dispõem da capacidade de o fazer á vontade, se o preferirem.

JULIE: Okay, está bem. Obrigado, Elias. Terás mais alguma coisa a dizer a respeito disso?

ELIAS: Eu diria que isso já se propõe como suficientemente provocador.

JULIE: Penso que sim! Contudo sinto-me excitada em relação a isso. Está bem, obrigado. Pergunta número quatro: de que modo encara o soft a identidade? De que modo diferirá ele nisso das outras orientações?

ELIAS: Não difere necessariamente das outras orientações. Com a excepção de que um indivíduo soft inclui uma expressão igual ou consciência do subjectivo, mas para além disso, eu diria que descobrir de modo genuíno a vossa identidade e dar-lhe expressão não diferirá muito das outras orientações.

JULIE: Está bem. Pergunta cinco: que orientação será mais fácil, em termos de relacionamento com um companheiro, para o indivíduo soft?

ELIAS: Em termos dum relacionamento de parceria, isso depende. Eu diria que é, para muitos indivíduos soft, mais fácil encontrar um relacionamento com um companheiro que tenha uma orientação intermédia, se não estiver junto de outro indivíduo soft. Diria que no geral, será mais difícil o indivíduo soft juntar-se a um comum, apesar de poder ocorrer e poder resultar bem, mas será mais fácil com um indivíduo intermédio. Os indivíduos que têm uma orientação intermédia dispõem-se mais a tolerar esse isolamento e além disso os intermédios comportam também uma tendência maior para não se preocuparem tanto ou para não se envolverem com a actividade sexual. Recorda que isto é uma generalização; não é regra nenhuma, porque os indivíduos que têm uma orientação intermédia são muito apaixonados, mas muitos deles não expressam necessariamente essa característica duma forma consistente por meio das expressões da sexualidade. Por isso, em relação a um indivíduo soft, a coisa resultaria um tanto mais de forma compatível.

JULIE: Está bem, mas tu disseste, de entre todas as orientações, a intermédia pode ser geralmente a mais fácil?

ELIAS: Uma vez mais, isso depende do indivíduo, tal como referi. Se dois indivíduos soft se juntarem e dispuserem de informação suficiente e se habilitarem duma forma genuína a prestar atenção a si próprios, isso seria óptimo, só que geralmente, isso torna-se num enorme desafio para os soft. Por isso, geralmente, isso não se torna, nos vossos termos, muito realista. Consequentemente, diria que o relacionamento mais fácil seria entre um soft e um intermédio, por existirem alguns componentes ou qualidades que se complementam entre si – não se expressam do mesmo modo, mas complementam-se uma à outra.

JULIE: Está bem. Obrigado. Essa foi uma resposta interessante para mim. Pergunta seis: que carreiras ou empregos se adequarão mais aos soft? Para ser mais específica, que percursos tenderão mais a servir tal qual uma luva, isentos da fricção constante do ajustamento às diferenças?

ELIAS: Os tipos de carreiras que mais se adequam ao indivíduo soft é qualquer tipo de carreira que envolva muito poucos indivíduos. Envolver-se no que ele próprio faz é o que melhor se adequa. Uma carreira em que possa envolver um tempo considerável a produzir o que quer que faça por si só ou com a companhia de um ou dois indivíduos. E em situações em que o indivíduo se possa expressar com liberdade.

Bom; existem algumas excepções a isso, mas que não chegam a constituir verdadeiras excepções. As carreiras no campo artístico encaixam perfeitamente no indivíduo que tenha uma orientação soft, porque embora as carreiras artísticas geralmente envolverem muitos outros indivíduos, obtém expressão de uma forma bastante individualizada, tal como a carreira teatral. O indivíduo soft pode estar acompanhado de muitos outros actores mas também é capaz de se concentrar de modo eficiente no seu próprio personagem, situação que leva a que os outros actores se tornem quase um suporte da peça por o indivíduo, se ele achar demasiado concentrado no seu próprio papel, no próprio personagem, e a desenvolve-lo pelo modo consumado de que é capaz.

Além disso, uma direcção que encaixaria perfeitamente no caso de muitos soft, se não em todos eles, seria nos campos em que interajam com as criaturas ou com as plantas. Por isso, uma carreira relativa à botânica ou a creches aplicar-se-ia na perfeição. Ou mesmo o cultivo (agricultura). Vós podeis dispor de muito tempo para isso, assim como para interagirdes, mas nesse sentido, não necessariamente a envolver vários indivíduos ao mesmo tempo.

Eu diria que os indivíduos soft são capazes de desempenhar carreiras e defrontar-se com situações junto com muitos outros indivíduos no caso de serem supervisores. Os soft não necessariamente um desempenho muito bom se estiverem continuamente a ser guiados ou mandados, mas revelam-se mais eficazes em papéis de supervisão. Nesse sentido, eu diria que, em qualquer dessas direcções ou carreiras, um componente que se revela um tanto significativo para os indivíduos soft, falando em termos gerais, vós incorporais naturalmente algum tipo de estrutura, mas não muito. Sentis-vos confortáveis com um volume limitado de estrutura, só que esse tanto deve ser contrabalançado com um considerável volume de liberdade e de flexibilidade. Porque, independentemente da personalidade do indivíduo soft, a sua orientação serve naturalmente de móbil para o desejo de flexibilidade e para não se sentir restringido ou aquilo que associais a ser controlado.

(A gravação termina por esta altura. A sessão termina abruptamente.)




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