Session 24
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Unraveling Belief Systems and the Nature of Universes

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“Não Existe Princípio… Não Existe Final”






Domingo, 30 de Julho de 1995
Tradução: Amadeu Duarte

ELIAS: Saudações. Esta noite vamos discutir mais acerca da vossa psique e vou fornecer-vos informação que não dispensei na última sessão. Já falei nisto ao Michael, como preparativo para este tema. Estivemos anteriormente a discutir as questões do conflito e o modo como podeis lidar com os conflitos. Vou começar pelo início que é um bom ponto para começar, não acham? (Com humor) Vou começar por colocar-vos uma questão. Onde acreditais ter começado a existir, e quem achais que sois? (A sorrir) (Pausa)

...

Acreditais ser a Cathy, ou o Jim, ou o Ron, ou a Vicky? É isso que vós sois? (Pausa)



Acreditais ter tido origem num átomo?

PERGUNTA: Acreditamos. Tudo teve que ter origem a partir de alguma coisa. Os tijolos elementares de toda a construção são os átomos, ou assim se pensa. Essa é a percepção que temos, por aquilo que os cientistas nos revelaram. Mas estou certo de existirem porções mais diminutas do que os átomos.

ELIAS: É por aí que vamos pegar-lhe. Isso não está correcto.

PERGUNTA: (A rir) Bom, isso não faz sentido. Olhas a coisa e ela desmorona-se, pelo que deve existir outra explicação.

ELIAS: Vós adoptastes crenças religiosas e crenças científicas e quando sentis falta dumas passais a incorporar as outras e andais a saltar entre os dois tipos de crença. Não tivestes origem num átomo nem tampouco o vosso universo teve origem num átomo. Para o referir nos vossos termos, teve início na consciência, porque não teve propriamente um começo. Já referi muitas vezes que vós não tivestes qualquer começo.

Para vós é fácil incluir a crença de que podeis não ter um fim, porquanto sois capazes de olhar em frente e perceber na vossa existência física elementos que parecem ter uma continuidade infinita. Podeis contemplar o horizonte e perceber que o vosso mar se dilui no vosso céu que, segundo a percepção que tendes, prossegue sem fim. Desse modo podeis imaginar-vos numa continuidade infinita num movimento rumo ao futuro. Para vós torna-se sobremodo difícil esse mesmo princípio no sentido inverso porque acreditais terdes tido origem algures. Mas não tivestes início. Na verdade o nosso universo não teve começo. Apenas se organizou de modo diverso. Os elementos inerentes à consciência sempre existiram. Eles escolhem variadas configurações e reagrupam-se de modo diferente, porém, sempre existiram.

Vou desviar-me por um instante só para vos recordar que não tivestes qualquer início - só tivestes um começo no que se refere ao vosso enfoque físico; Mas no vosso começo material, neste planeta em particular, tal como já referi anteriormente, vocês estavam num estado que designamos como uma atenção desfocada, o que se aproxima bastante do que chamais de estado de sonho. Não quero dizer que vos encontráveis a deambular pelo planeta como num sonho porque não foi assim. Já tomei consciência, previamente, de alguns mal-entendidos acerca disso. Vós acháveis-vos completamente despertos; a concentração da vossa consciência era apenas diferente. Nesse estado, como também referi, vós não tínheis qualquer necessidade de crenças. Acháveis-vos em contacto com a Essência como que a testar as águas em relação à manifestação física.
Já falamos sobre este enfoque físico mas como estamos a abordar o tema da psique vou limitar-me aos termos que têm que ver unicamente com o enfoque físico. É isso que vos ocupa e aquilo com que tendes de viver, pelo que será por onde começaremos, pelo enfoque físico, pelo vosso começo.

Por ora passarei sobre este tema da atenção desfocada para atender os sistemas de crenças porque é com eles que lidais presentemente, além de ser aquilo que vos causa conflito. No começo da vossa manifestação pela atenção consciente, começastes a experimentar a manifestação física. Por essa altura do vosso desenvolvimento já vos tínheis separado consideravelmente da Essência. Ao faze-lo tornaste-vos confusos e carentes de respostas que explicassem algumas das experiências por que passavam. É aí que tem início a inclusão de sistemas de crenças religiosos.

Vou utilizar a título de exemplo a situação daqueles indivíduos pertencentes a uma tribo, pois eles representam aquilo que pensais ser pré-históricos. Criemos um cenário dum dia ordinário da vossa vida de todos os dias composto por experiências comuns. Vós, na vossa jornada ao longo da vida fazeis aquilo que normalmente fazeis todos os dias e escolheis passar pela experiência duma caçada. Viajais para longe na companhia dum amigo e achais-vos bastante concentrados nessa caçada. Durante o processo dessa expedição surgem no vosso percurso certos elementos com que não contáveis. O vosso companheiro empurra-vos de forma acidental e vós despenhais-vos do rochedo e desse modo tem fim a vossa manifestação física. O vosso companheiro regressa à vossa aldeia e relata que vos empurrou acidentalmente do rochedo, e que agora encontrais mortos.

O vosso companheiro fica bastante angustiado e experimenta uma reacção emocional. Outro indivíduo pertencente à tribo deixa-se envolver nessa acção e começa a sentir uma emoção de simpatia pelo vosso companheiro e confuso por não saber como acalmar essa emoção no outro. Tende presente que, no início, essas experiências não incluíam consequências e que toda a motivação envolvida era completamente sincera e positiva. Não era vingativa nem violenta mas tinha por vista unicamente acalmar a experiência emocional, pelo que o culto objectivado a seguir sugeria ter que se oferecer qualquer coisa pela parte de quem causara os danos a fim de acalmar a resposta emocional do companheiro. No início, a compensação não era muito expressiva e não passava dum mera acto expressivo, porém, serve de exemplo de como, à medida que vos deslocastes na vossa separação e fostes esquecendo a vossa Essência também passastes a adoptar mais sistemas de crenças, que se foram avolumando de forma crescente.

Depois sucedeu um tempo em que a expressão verbal não era suficiente. A atenção do homem para com essas expressões emocionais tornou-se confusa, e para que fossem acalmadas começou a parecer ser necessária uma forma de retribuição, uma forma de compensação sob uma expressão idêntica, e se fossem responsáveis pela morte de alguém, devíam passar pelo mesmo como medida compensatória. Foi aí que tiveram início as ideias religiosas de “Dente por dente”. Vocês deram prosseguimento a essas expressões e acabaram por ampliar essa separação até à sua máxima extensão, chegando mesmo ao ponto de, quando na vossa actual sociedade civilizada não vos sentis compensados com a medida “Dente por dente”, adoptardes a vossa ideia do Carma. Se vos sentirdes violados, desejais que o mesmo indivíduo passe pela forma de violação que praticou sobre vós, ou se fordes bastante civilizados (Com humor) podeis não desejar a mesma violação, todavia havereis de expressar que eventualmente “eles se verão a contas com o Carma”! (Riso geral) Tem que existir sempre algum tipo de retribuição porque isso consiste no juízo, justiça e igualdade, e lixo! (Todos nos desfazemos a rir, incluindo o próprio Elias)

(A sorrir) Não é desse modo. Vós não estais a ampliar a separação. O que estais a alargar é a inclusão da Essência. A vossa Essência não possui tais crenças. Isso são expressões materiais e quando as examinardes verdadeiramente vereis o quanto elas têm de ridículo. Não é necessária qualquer retribuição. Não é necessária qualquer igualdade pela negativa. Essas não passam de ideias fundadas na separação e muito encorajadas pelas vossas religiões. São igualmente influenciadas pelos elementos científicos de que dispondes, porque as vossas ciências adoptam o princípio da “Causa e efeito”, o que, portanto, vos reforça as crenças religiosas.

Essas crenças religiosas são carregadas de foco para foco (Vida) conforme já o referi previamente. Quanto mais manifestações físicas e manifestações evolutivas adoptarem, mais crenças religiosas possuís. As crenças científicas, em termos que vos sejam familiares, são relativamente novas. No vosso passado não foi permitido que elas entrassem em conflito com as crenças religiosas, razão porque não entraram. O facto das vossas ciências se terem separado e terem estabelecido o seu próprio rumo aparte das crenças religiosas, sem adoptarem qualquer crença religiosa, consiste num desenvolvimento relativamente recente, mas mesmo aí ainda têm em conta os vossos sistemas de crenças religiosos. Vós pensais que não o fazeis e pensais que ambas constituam pólos opostos mas não são. Ambas constituem explicações provenientes da consciência de separação, a qual vos confunde. Bom, ao criarmos esta base, voltar-me-ei para os vossos conflitos, com a consciência de que os vossos conflitos se baseiam todos nessas crenças. Já me referi às crenças por diversas vezes. Mas vós continuais a pensar e a incluí-las e com isso enredais-vos completamente nelas e depois questionais-vos porque razão não vos libertais! E tal como já referi, as respostas são, na verdade, bastante simples e encontram-se todas em vós.

Na separação que experimentais, podeis fazer face a situações que parecerão incorporar conflitos de algum género. Também já me referi a isso, quando disse que podeis necessariamente não saltar de forma automática da separabilidade para uma integração plena e instantânea. Vós tomastes muitas vidas evolutivas a fim de vos separardes, não obstante teoricamente, se o desejásseis de verdade, poderdes saltar completamente para a Essência, mas nesse caso deixaríeis de permanecer aqui! Haveríeis de vos “desvanecer!” (A sorrir) Quanto a uma resolução com relação à abordagem do conflito, já vos facultei essa resposta previamente. O vosso conflito inclui crenças. Quando eliminais essas crenças só restais vós. E para lidardes convosco na relação que tendes com os demais, se vos ligásseis à essência e acreditásseis em vós, e tivésseis confiança em vós, só precisaríeis pensar em vós. Agora; vós tendes termos que referem crenças tais como a do “egoísmo”. Mas eu pergunto-vos: em que consiste o egoísmo? (Pausa)

PERGUNTA: Pensar em nós antes do outro.

ELIAS: E isso é mau? Ou a questão reside aí?

PERGUNTA: Eu não sei. Parece ser danoso.

ELIAS: Aí é que está a questão! (Riso) A questão reside no egoísmo. Isso não passa dum termo pejorativo devido a que o vosso enfoque religioso tenha procedido a uma interpretação de cunho negativo. Se todos vós vos considerásseis a vós próprios e pensásseis antes de mais em vós não teríeis porque experimentar conflito. Se vos observardes a vós próprios e notardes os vossos impulsos - vamos enfatizar a palavra impulsos - não vos preocupareis com os demais nem eles se preocuparão convosco, e, de forma ideal, não alimentareis conflitos com relação a eles, se todos vos preocuparem apenas com a vossa Essência. Mas infelizmente não pensais na vossa própria Essência, nem tampouco ninguém no vosso planeta. E isso é um resultado da vossa separação. Não quer isto dizer que não possais alcançar isso, mas apenas que tendes que trabalhar de forma um pouco mais árdua para tal fim.

Incorporar-se verdadeiramente na Essência - a vossa Essência é atenciosa e compassiva e não rude nem intrusa mas acha-se bastante compenetrada em si mesma e é bastante egoísta e auto-centrada; mas isso são tudo elementos positivos inerentes à Essência, porque constituem a sua expressão criativa e a sua motivação. Não vos digo que sigais um egoísmo tal qual vos foi retractado pelas vossas crenças religiosas, porque isso radica na negatividade, na indiferença e no distanciamento, mas que se vos abrirdes à Essência havereis de incorporar expressões positivas.

Tal como expliquei ao Oliver quando me perguntou como poderia estabelecer contacto com uma pessoa tão fechada; não tem importância porque se vos abrirdes à vossa Essência ela revelar-se-á tolerante, carinhosa e compassiva. Essas são expressões naturais inerentes à vossa Essência. Ela não busca qualquer vingança nem rudeza nem intromissão; não é danosa nem agressiva. Portanto, ao abrir-vos ao contacto com a Essência, que basicamente é positiva, como podereis referir algo negativo? (Pausa, a sorrir) O Lawrence ainda se sente confuso!

PERGUNTA: Frequentes vezes, ao evitarmos o conflito ainda assim acabamos criando-o para outro.

ELIAS: Se expressares o desejo de não criar conflito em ti própria, sentirás algum desejo de originar conflito em mais alguém?

PERGUNTA: Não.

ELIAS: Nesse caso não se trata de responsabilidade tua.

PERGUNTA: Bom, é aqui que reside a confusão, onde começa e termina a responsabilidade pessoal, bem como a reponsabilidade do outro, e além disso há aquela área em que ambas se misturam mutuamente, devido à ssemelhança, é difícil dar uma ideia de onde a nossa responsabilidade pessoal começa e termina. Porque, se tudo aquilo que fazemos vai afectar toda a gente, então precisamos ter consciência disso.

ELIAS: Até certo ponto vós tendes consciência, mas numa extensão mais vasta, deixais de ter. Compreendo o que me estás a dizer. E repito que se vos abris ao contacto com a Essência e não expressais qualquer intenção negativa que envolva outra pessoa, vós estais acertadamente em comunicação com a Essência. Não quer isso dizer que devais permitir que o vosso cão morda o vizinho e depois dizer-lhe que se tratou duma experiência do teu cão e colocar-lhe a perna à disposição para morder tenha sido um problema dele. Vós sois responsáveis! Se não vos importardes com os outros isso representará uma expressão incorrecta de ausência de comunicação com a Essência. Mas se vos abrirdes à comunicação com a Essência e examinardes a motivação, nesse caso, pode ser que se procederem a uma escolha ela não agrade a todos quantos vos rodeiam mas isso não quer dizer que se trate duma escolha errada. Não quer dizer que estejais a proceder a uma escolha incorrecta. Estareis a proceder a uma eleição incorrecta se a motivação por detrás for apenas em função dos outros. Se a motivação que imprimirdes na escolha dum rumo for a de evitar um sentido de egoísmo, tratar-se-á também dum sentido incorrecto. Até mesmo os vossos psicólogos, nesta era em que estais, entendem a importância de vos focardes (darem atenção) em vós próprios, e eu digo-vos que eles não costumam acertar lá muito! Mas isso haveremos de discutir mais tarde porque se trata dum assunto que vai enredar o Michael pois ele confia tanto nessas avaliações quando elas estão tão deslocadas! (Com assombro)

Tendes exemplos de indivíduos, no vosso planeta, que podeis observar nas suas próprias manifestações como o de Gandhi, que acreditava que o seu propósito se destinava ao bem da humanidade, tendo-se caracterizado por uma orientação política (um dos quatro tipos de orientação que nos caracterizam, segundo o léxico empregue pelo Elias, e que se não deve confundir com a política enquanto ciência; a sabertais orientações são: emocional, política, religiosa e pensamento); mas a expressão que usou para atingir tal fim foi a de se centrar na sua própria Essência e em si próprio. A expressão que usou não foi a da comoção temperamental mas a de se sentar passivamente. Ele não se preocupou em alimentar as multidões; ele quase não se preocupava por se alimentar a ele próprio! A sua expressão centrou-se somente em si próprio; todavia nessa expressão por ele próprio, ele falou e moveu a consciência do planeta inteiro. Se esse homem pequeno, que era tão simples, foi capaz de se abrir e de se expressar através do seu ser, vós também sois. Também vos digo que neste exemplo que referi do Gandhi, inicialmente ele não pensava nessa direcção. Na sua juventude ele era bastante casmurro e pouco tolerante, o que abriu caminho para uma abertura para com a Essência, que se expressou por meio da tolerância e da compaixão, sem jamais ser intrometido.

Vou servir-me do vosso exemplo mundano de tocardes a vossa música demasiado alto; se comunicásseis com a Essência desde logo que não fareis isso porque a vossa Essência tem consciência de não ser intrusa. Portanto, digo-lhes que o ideal - no que chamais de “mundo perfeito” - se todos vós vos preocupásseis com a vossa Essência egoísta então não haveria conflito! (Sorri para Vicki) Todavia isso não vos resolve o problema actual! (Vicki ri) E o Lawrence espera que o Elias faculte a todo o mundo todas as respostas para todos os seus problemas! E eu na verdade podia, porém, posso preferir não o fazer. (A rir para dentro) A tua expressão está a começar a tomar uma direcção acertada, e além disso estou-te a dar a resposta que esperas. Só que tu não a escutaste. Desse modo, para evitar repetir-me e tornar-me supérfluo podeis recorrer às vossas anotações e voltar a le-las e nesse caso a vossa lâmpada pode acender-se e descobrirdes que a resposta que desejais está nessa informação. (Pausa)

Vou falar-vos muito rapidamente acerca dos impulsos, porque no fundo eles são importantes para a abertura, além de serem a única coisa que ignorais com mais frequência; razão porque não vos abris à comunicação com a Essência, justamente por não prestardes atenção aos impulsos. Os impulsos, conforme previamente referi, não são pensamentos nem emoções. Eles são capazes de despoletar um pensamento ou uma emoção mas, em si mesmos, não são nenhuma dessas coisas. Eles são apelos insistentes, um factor de atracção, e acontecem-vos a cada dia que passa. Não me refiro apenas à vossa vida apenas no que respeita a este vosso foco evolutivo, mas à completa manifestação física. Em cada dia que experimentais a manifestação física experimentais também impulsos. Nas nossas primeiras sessões eu expliquei que os impulsos podem ser bastante mundanos mas expressei igualmente que observar os pequenos impulsos confere-vos a oportunidade de vos familiarizardes com eles e de confiardes nas vossas acções ao deixar-vos guiar por eles.(Intuição)

Podeis sentir um impulso suficientemente leve ou mundano de vos levantardes e irdes a uma outra dependência a fim de apanharem um livro. Isso não engloba qualquer emoção nem pensamento tampouco. Os pés conduzem-vos a essa outra dependência mas podeis apanhar o vosso livro e dizer para convosco próprios: “Porque peguei este livro?” isso foi um impulso. E esses impulsos acontecem-vos numa base diária. Se os atenderdes, tal como referi acerca do tema de atender a tudo o mais a que não atendeis, estabelecereis uma comunicação. Também ficareis a saber como é que esses impulsos ligam as acções entre si. Compreenderão que esses impulsos são a linguagem da vossa Essência, a linguagem que vós esquecestes e que actualmente vos parece estranha, a linguagem que vos encontrais a aprender de novo. Na verdade é mais difícil voltar a aprender essa linguagem do que aprender uma nova língua! (Olha para Cathy, que se acha presentemente a aprender Alemão)

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A razão disso está em que para aprenderdes uma nova língua vós concentrais-vos nela, aceitai-la e não racionalizais a coisa. Aprendeis unicamente. Os impulsos acham-se em vós o tempo todo, mas vós não só não os notais como, quando o fazeis não prestais atenção ou então racionalizais. Não vos questionais realmente nem sequer por um momento: “E se eu satisfizesse este impulso?” Nem sequer chegais a isso! (Riso) Ou então, se chegais a fazê-lo, podeis também interrogar-vos: “Que poderá acontecer se eu seguir este impulso?”, porém não vos interrogais. Até mesmo quando observais, olhais para vós próprios e pensais no quão tolos sois, no quão tolo parecerá tudo isso e pareceis vós. Digo-vos que pareceis muito mais tolos ao manter-vos fechados a tal comunicação, em convulsão e confusos! (Riso) Trata-se unicamente duma percepção racional que vos leva a acreditar serdes tão inteligentes e impressionantes quando, ao mesmo tempo sois racionais, e enquanto as coisas se processam ao vosso redor e no vosso íntimo e as negais aqui e ali, em todo o lado! (Dito com bastante humor)

Haviam de ficar assombrados com as conexões que se estabeleceriam se notassem os vossos impulsos; mas para além de os notarem - o que perfaz um primeiro passo - deveis poder agir sobre eles. É muito acertado e divertido brincar com experiências no campo da consciência, estados alterados da consciência, meditações, visualizações e ideias, e andar de um lado para o outro a dizer: “Estou em comunicação com a Essência!” (Riso) Todavia, se não agirdes não estareis a comunicar; estareis unicamente a perceber. Mas podeis estar sempre a perceber e não estabelecerdes a comunicação. Podeis perceber um tigre a andar de um lado para o outro e podeis andar num vivo rodopio e apenas vos estareis a conseguir divertir. Mas não estareis a agir.

Vou utilizar o Michael a título de exemplo dum pequeno impulso, muito embora ele possa lamentá-lo. Podeis sentir um impulso para não introduzir a moeda na máquina, conforme aconteceu com ele, e depois pensardes: “Que tolice, não tenho qualquer razão para sentir o impulso de não meter a moeda nesta máquina”, não obstante podermos dizer, em jeito de rodapé, que tal pensamento não chegou realmente a ter lugar porque ele não analisou a situação com esse alcance. Ele meteu prontamente a moeda e ela desapareceu! Tivesse ele seguido esse impulso e ainda teria a moeda no porta-moedas; mas não o fez e agora a moeda encontra-se na máquina encravada. (Riso) Isto não passa dum pequeno exemplo. Estou bastante certo de que todos vós já passastes por exemplos bem mais significativos em que tereis sentido o impulso para fazer ou deixar de fazer determinada coisa e o ignorastes. (Pausa)

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Vamos prosseguir com as vossas perguntas mas antes, vou dar atenção uma vez mais aos mal-entendidos. (Com humor)

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O primeiro mal-entendido vai para a ideia que fazeis da sociedade, a qual não vos inflige ideias nem crenças. Se escolherdes podeis adoptar ideias e crenças. Se escolherdes não os adoptar, não os adoptareis. Vós escolheis. Vós dispondes sempre de escolha. Se tendes crenças, vós escolhestes adoptá-las. Elas ganham relevo e são reforçadas pela vossa escolha de vos alongardes na separação com a vossa Essência, o que consiste igualmente numa crença. Vós optais por permanecer separados. Todas as vossas experiências consistem em escolhas. Vós não sois vítimas mas participantes activos através da escolha; sempre.

Ao expandirdes a consciência não estais a eliminar os sistemas de crença. Podeis permitir que elas se distanciem de vós mas isso não significa que as tenhais eliminado. Apenas significa que escolhestes não os adoptar na vossa realidade. Existe muita diferença. Vós não apagais (eliminais) experiências nem eliminais os sistemas de crença.

Também vos colocarei um pensamento, o de que ainda que admitais a convicção de vos terdes permitido distanciar das vossas crenças cristãs, vós adoptastes crenças provenientes do oriente, o que representa o mesmo. Portanto, podeis dizer que não possuís mais crenças religiosas; mas, tal como referi, podeis pensar não abrigar crenças mas abrigais. Ao expandirdes a vossa consciência e ao contactardes com a Essência tomareis consciência de que as crenças são desnecessárias.

Todas as crenças religiosas, como previamente referi, são basicamente idênticas e apenas comportam alguns elementos de maneira diferente. Elas disfarçam-se e camuflam as ideias de maneira diferente, porém, os conceitos básicos em que assentam são todos iguais, até mesmo no que se estende a outras dimensões e sistemas planetários. Os sistemas de crença religiosos são isso mesmo, quer sejam inerentes ao vosso planeta ou pertençam a outro planeta situado noutra galáxia, ou no que pensais ser outro universo. Vamos também dirigir-nos à ideia dos outros universos, porém, isso vai constituir um imprevisto para o Michael. (Pausa)

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PERGUNTA: E com relação aos outros universos?

ELIAS: Dir-vos-ei, muito rapidamente, que o conceito do universo que possuis é pouco acertado. Acreditais que ele seja aquilo que vós e os vossos instrumentos científicos vedes, e acreditais também que - em conjunto com os vossos cientistas - para além daquele que conseguem ver existem outros universos. Existem, como vocês diriam, muitos universos, porém, eles não se acham além. Eles existem numa simultaneidade e ocupam o mesmo espaço. Este espaço em que presentemente vos sentais é ocupado por incontáveis outros universos dimensionais, alguns totalmente em paralelo ao vosso e outros completamente exteriores. Dir-vos-ei que aquilo que foi percebido na vossa “Experiência de Filadélfia”* foi isso. Aqueles indivíduos não foram projectados para outro lugar. Eles jamais abandonaram o lugar original que fisicamente estavam a ocupar, o que aconteceu foi que foram dimensionalmente removidos para outro universo.

Cada um desses universos não inclui tempo do mesmo modo que o vosso. Alguns não incluem tempo completamente nenhum. Outros não incluem qualquer espaço. Outros ainda podem incorporar tempo mas com total ausência de espaço. Trata-se de conceitos e realidades muito distantes da vossa compreensão. Contudo expressarei que nesses universos que adoptam tempo e espaço, eles podem ser incorporados de forma bastante diferente da vossa. Aqui devo oferecer uma explicação com respeito à experiência que o Michael teve com o tempo, a qual, vou-vos dizer, fui fundamental na concepção dele. Não o fiz unicamente por uma questão de diversão mas com um propósito instrutivo também pois tinha consciência de que viríamos a discutir esse assunto, além de se tratar dum tema ao qual o Michael associa fortes crenças, e acha serem ideias difíceis, não obstante agora ter experimentado esta situação e ser capaz de a achar fácil de incluir na sua realidade. Em alguns universos dimensionais o tempo move-se de tal forma lenta que vos pareceria fácil realizar o valor das experiências dum ano inteiro num único segundo da sua existência. Noutros universos dimensionais o tempo desloca-se tão rápido que podeis ter continuamente indivíduos pertencentes a esses universos ao vosso redor e não dar por isso, devido a que se desloquem de tal modo rápido que não conseguis percebê-los.

Na diversão que iniciei com o Michael, alterei o seu tempo de forma a mexer-me tão devagar que lhe possibilitou experimentar a acção e a reacção e o movimento, tudo num segundo do vosso tempo. Isto parecia ser impossível na realidade dele mas só é impossível para o vosso pensar racional e na percepção do tempo que têm, nessa manifestação e enfoque físicos. Noutras dimensões também há manifestações físicas, e os seus habitantes experimentam o tempo da mesma forma que vós; contudo, o tempo deles é bastante diferente. Já me perguntaram uma vez... se existirão outros seres a habitar o vosso planeta ao vosso lado, e eu respondi que não. Mas essa foi uma resposta parcial, como muitas vezes faço. No vosso modo de pensar e percepção, eles não habitam. Mas ao mesmo tempo habitam, porque eles ocupam o mesmo espaço. Contudo, no espaço deles vós não existis, porque vós ocupais uma dimensão diferente, tal como na vossa dimensão eles não existem. Foi por isso que expressei que vós não partilhais o mesmo espaço com outras criaturas nem com outros indivíduos noutros focos, porque em termos do (seu) espaço vós não partilhais. O espaço dimensional deles é diferente; mas se pensais no espaço em termos materiais - coisa que acontece porque esse é o modo como o vosso cérebro físico opera - então sim, eles ocupam o mesmo espaço.

O vosso universo não se expande. Não se expande nem se contrai. Ele não teve início com o vosso surgimento nem terminará com essa singularidade. Ele amplia-se com o conhecimento mas em termos de espaço, isso não ocorre. Encontra-se em contínuo movimento como toda a energia, de resto, porém não se encontra em crescimento nem a encolher-se porque já é tudo. Este conceito é não só difícil de intuir na experiência física como é impossível de o ser porque sempre pensareis em termos do que está para além. (Pausa) Contudo, se o universo é tudo, então não existe o que quer que possa residir para além dele; tal como vós sois tudo.

Eu perguntei-vos antes, a cada um de vós, como é que se vêem a vós próprios. Eu digo-vos que o modo como se encaram é capaz de ser ligeiramente mais amplo ou alargado do que percebiam antes do Elias surgir; Contudo, continuais a ver-vos basicamente como vós próprios, indivíduos separados, na posse da vossa consciência pessoal, da vossa Essência (alma), o vosso próprio ser; coisa que sois, porém, também não sois. Sois uma personalidade individual da Essência mas não existis em separado nem sois diferente, nem existis aparte nem sois limitados. Vós jamais tivestes início, jamais tivestes fim e além disso contêm tudo. E estou bem ciente de ter dito que vós jamais tivestes qualquer fim porque, de qualquer modo, tudo é simultâneo. (Falando com humor para a Vicki) Assim, quando alcançardes esta parte da vossa transcrição não precisareis discutir com o Elias dizendo que é errado dizer que nunca tendes fim. Não me vou pronunciar mais em detalhe porque primeiro vou permitir que o Michael digira isto, e poderemos continuar com este tema do vosso universo noutra altura. (Pausa enquanto olha em volta para o grupo) Será preciso delegar as perguntas a alguém ou estão todos roucos? (Riso)

PERGUNTA: Muito bem. Eu tenho umas perguntas aqui anotadas. Uma é da Carole (Dimin) e a pergunta dela refere uma classe de canalização de que ela ouviu falar, e o professor dessa classe de canalização informou-a que todos os seus estudantes estariam a canalizar mestres ascencionados, e ela pergunta se poderias comentar. (Aqui Elias sorri e começa a rir para dentro) A esta altura também se poderá perguntar, em que consiste realmente um mestre ascencionado?

ELIAS: (Com humor) Isto é bastante divertido! Aí está outro exemplo das nossas crenças, e do que, se a minha resposta for transmitida a esse indivíduo, pode representar outro exemplo de conflito! (Riso) Vou dizer-vos que se estivesseis na situação duma classe e todos os indivíduos estivessem a canalizar a Essência dum mestre ascencionado, por assim dizer, o provável é que virásseis costas! (Desfazemo-nos a rir)

Antes de mais vou referir que não existe coisa nenhuma ascencionada porque as Essências não ascendem. Elas ampliam a sua consciência; mas, do mesmo modo que elas não têm que subir escadas, também não ascendem a planos. Esse será o nosso primeiro esclarecimento para a Dimin. Segundo ponto; aqueles que designais como “mestres”, neste tipo de situação, não estariam a falar através dum indivíduo focado no físico. Eles ampliaram a sua consciência a um tal extremo que as qualidades vibracionais que possuem não podem ser veiculadas por nenhuma manifestação do foco físico. Eles podem comunicar com a vossa Essência, porém, não se materializarão verbalmente por meio de nenhuma manifestação física individual. Mesmo comunicando com a vossa Essência, devido a que a vossa Essência ainda incorpore a manifestação física, vós não entenderíeis.

Por outras palavras, podeis considerar uma Essência como eu ou o Paul como mestres, mas essa também é uma assumpção incorrecta. Tal como referi na nossa primeira sessão ao Lawrence, ao Oliver e ao John, eu sou uma personalidade da Essência tal como vós e todos os demais, e não incorporam planos distintos mas tão só uma expansão da consciência, tal como vós tendes consciência da manifestação física e possuís a capacidade de ampliar a vossa consciência para além dela e podeis até adoptar e intersectar outras dimensões e outras probabilidades bem como eus alternados e a Essência. Quando não vos encontrais a manifestar-vos fisicamente a vossa consciência amplia-se mais.

Em sessões prévias referi a consciência que a Essência nossa conhecida como Seth adopta, que é mais expandida e mais abrangente do que a minha. Para vós eu posso tornar-me facilmente reconhecível e aparecer mesmo, por vezes, no vosso subconsciente, assemelhando-me ao que pensais ser um anjo ou um deus. Eu sou exactamente o mesmo que vós e vós sois exactamente o mesmo que o Seth, e o Seth é exactamente o mesmo que as Essências mais distanciadas em termos de consciência, e todos somos exactamente o mesmo que o Uno Criador Universal e o Todo. Não existe qualquer diferença. Não existem secções. Não existem mestres. Não existem anjos nem deuses excepto no que toca a vós e o único termo que me agradaria adoptar seria possivelmente o de guias, só para referir as Essências que estão sempre agregadas; mas mesmo com este termo, todas as essências se acham fundidas umas com as outras, pelo que não existe diferença alguma. Vocês não trazem pequenos querubins constantemente atrás de vós a seguir-vos por toda a parte, nem mestres de robe com um aspecto estóico, a carregar coisas enquanto vos seguem. A vossa informação e conhecimento procedem de vós. Podeis receber auxílio de outras Essências, em termos de energia, porém, as vossas respostas procedem de vós. A vossa Essência é tão gloriosa quanto qualquer outra Essência gloriosa.

PERGUNTA: Nesse caso que é que imaginas que esta gente esteja a fazer nessa classe?

ELIAS: Estão a misturar crenças com estados alterados de consciência. Já referi que os vossos sistemas de crença são bastante vigorosos. Não penso que compreendam o quão vigorosos são; e se os carregais convosco duns focos evolutivos para outros, porque haveriam de pensar que não os carregais convosco para outros estados de consciência? Aqui diríeis: “Nesse caso como é que havemos de saber que o Elias é real?” Eu afirmo-vos que não tenho a pretensão de ser vosso mestre. Também não reclamo qualquer diferença em relação à vossa Essência. Tive todo o cuidado de referir não estar a dar início a nenhuma religião nova nem nenhum sistema de crenças novo. Segundo a consciência do Michael, se ele estivesse a falar-vos a partir dum estado alterado de consciência e adoptasse as suas próprias crenças, o mais provável seria que escutassem uma porção de “Ave Marias” ou talvez algumas entoações do tipo “Om” (Riso) mas definitivamente ele não vos transmitiria nenhuma informação que entrasse em conflito com as crenças dele. Estou bastante certo de que se investigardes vereis que estes indivíduos não estão a proporcionar qualquer informação contrária àquilo em que acreditam.

Não é assim tão difícil penetrar noutro estado da vossa própria consciência. A única razão porque o acham tão difícil deve-se a que estejam a tentar alcançar um estado fidedigno de autorização para outra Essência falar. Se não se concentrassem nessa direcção podiam estar sempre a falar o que quisessem, porém, estariam a facultar informação de vós próprios. Esta informação nem sequer incorpora informação proveniente da vossa Essência, pois ela é capaz de fornecer igual tipo de informação àquela que eu vos dispenso. Vocês não ouvirão dizer que alguém canalisa informação a partir da sua própria Essência. Isso não ocorre pela mesma razão por que sentem dificuldade em intersectar outros “Eu” alternados. Se pudésseis canalizar a vossa própria Essência, os vossos circuitos neurológicos tornar-se-iam de tal modo confusos que perderíeis a identidade pessoal (que vos caracteriza) na manifestação física. E vós dais lugar à criação dessa forma de separação de forma intencional. Esses são pontos inerentes ao enfoque físico de que presentemente não saís. A identidade que vos caracteriza na manifestação física é demasiado delicada para poder incorporar determinada informação.

Portanto, quero transmitir à Dimin que, a despeito do respeito que ela tem pelo professor dessa classe, o que, em si mesmo é divertido, esse indivíduos não se encontram a canalizar mestres ascencionados nem mestres descendentes nem mestres oriundos das bandas! (Riso) A Dimin, do mesmo modo que todos os demais, será capaz de reconhecer uma Essência genuína que se esteja a expressar por intermédio duma manifestação física, porque ela não oferecerá informação com que estejais a contar! Também não oferecerão informação que se concilie com as vossas crenças porque, como referi previamente, as Essências não manifestas fisicamente não adoptam crenças. Por isso elas não encorajarão as crenças nem oferecerão mais crenças. (Pausa)

...

PERGUNTA: Já que é suposto empreendermos uma maior interacção, tal como fizemos nesta semana que passou, que é exactamente aquilo que constitui a interacção? Será, talvez, juntar-nos a conviver socialmente sem falarmos do tema do Elias, será isso interagir?

ELIAS: A interacção é exactamente aquilo que a definição do termo refere, interagir. Isso não quer dizer que devais centrar-vos no Elias com cada expressão da vossa atenção. A interacção constitui uma via para a comunicação. Ao partilhardes experiências com os demais, isso faculta-vos uma oportunidade de observardes e de tomardes mais consciência de vós próprios. Permite-vos que noteis os vossos impulsos, as vossas emoções, os vossos pensamentos e comungeis com eles e desse modo comuniceis com a Essência. A interacção não significa que eu deseje que vos senteis em conjunto e converseis apenas sobre as sessões do Elias. Estas sessões não vos ocupam a atenção total. Eu ofereço auxílio no sentido de dispensar informação destinada à vossa expansão e à vossa comunicação e a evitar o trauma. Vocês estão a assimilar. E ao assimilardes dirigis-vos a todos os vossos focos da atenção. Vós expandis a vossa consciência em toda a vossa completa manifestação (Vidas). A cada momento de cada dia apresentais a vós próprios uma oportunidade de ampliação. Se não observardes, não aproveitais a vantagem da oportunidade para se expandirem. A interacção de que podem empreender pode igualmente ter lugar com o vosso cão! (A sorrir) Foi por isso que referi ao Lawrence (Lawrence Durrel, escritor francês do início do século XX, que é igualmente um foco paralelo da Vicki) não ter importância que tipo de indivíduo possa participar nas nossas sessões. Aquilo que vos expresso a cada um, acerca da interacção consiste numa referência pessoal que endereço a cada um de vós para interagir de forma continuada, não somente com os indivíduos deste grupo mas com todos.

...

PERGUNTA: Eu tenho uma pergunta com respeito à fragmentação. Quando nos sentimos muito ligados a outra pessoa, e temos consciência de não sermos “companheiros de fragmentação”, tal como temos vindo a chamar-lhes, então chegamos inevitavelmente à conclusão que a questão da fragmentação não tem realmente nada que ver com mais ou menos ligação entre as pessoas, certo?

ELIAS: Não é que não tenha nada que ver com isso, mas não tem tudo a ver com isso. A questão da fragmentação pode ou não ligar-vos a outro indivíduo que se fragmentou a partir da mesma Essência. Em alguns casos experimentais uma forte atracção em relação àquilo que designais por “companheiro da fragmentação”. Na realidade, na maior parte das situações sentis essa atracção. Isso não quer necessariamente dizer que vos chegueis a ligar mas tão só que sentis uma atracção, que consiste num reconhecimento duma fragmentação em comum. Em alguns casos a questão da fragmentação comporta uma ligação mais forte do que noutros. Depois existem também ligações que podem igualmente parecer vigorosas entre indivíduos que não se fragmentaram a partir da mesma Essência; mas como vos achais todos interligados deveis poder contemplar o intricado inerente às Essências.



ELIAS: Essa ligação de que tens consciência, é bastante real. Vós estabelecestes um acordo a fim de vos manifestardes várias vezes juntas, por vezes somente no enquadramento do foco físico e sem se acharem fisicamente interligadas, e por vezes fisicamente associadas no que designais como relação. Isso deve-se à vossa fragmentação. Já tive ocasião de referir previamente, ainda que por alto, que tanto o Paul como eu somos o que designais como extremamente chegados. Também referirei que tanto ele como eu nos fragmentamos a partir de outra Essência, o que deu lugar à criação dum elo extremamente indelével entre nós. Foi estabelecido um acordo entre nós e o Paul – tenham em mente que tudo isto está a ser referido nos vossos termos físicos para vos facilitar a compreensão. Esse acordo foi no sentido de permitir a fragmentação dos mesmos focos desejados. Esses mesmos desejos foram experimentados e expressados em simultâneo, e foram igualmente fragmentados em simultâneo, bem como interligados na altura da fragmentação quase ao ponto de constituírem um único fragmento, mas sem o chegar a ser.

Essas fragmentações individuais, por estarem tão ligados entre si, assumem a opção de prolongarem a ligação durante a manifestação física. O que foi interessante foi que as probabilidades não apontavam para tal ligação neste foco físico em particular, porém foram alteradas. Isso servirá como um outro exemplo de como podem alterar as vossas probabilidades em qualquer altura. Eu sugeri ao Peter que suspeitasse dos psíquicos que vos predizem o futuro, porque podeis, em qualquer altura, alterar uma probabilidade. O Michael alterou as probabilidades dele neste foco. O Lawrence continuou no mesmo caminho do desejado ao longo de toda esta manifestação física. O Michael alterou as probabilidades várias vezes. Ao fazê-lo, ele criou fragmentos e bastantes divisões menores; mas, por meio do desejo, com o conhecimento de se encontrar numa última manifestação física, escolheu alterar as probabilidades e ligar-se novamente. Trata-se duma expressão da Essência bastante complicada e é muito difícil de explicar, por meio de termos físicos, o intricado dessa expressão da fragmentação. Mas tens razão quanto a não ser necessário ter-se fragmentado a partir da mesma Essência para se estar ligado em extremo, por outros modos. A fragmentação não constitui o único factor de atracção nem a única forma de ligação. Vós experimentais diversas, algumas mesmo de forma mais intensa do que a fragmentação. Será isto suficiente?

PERGUNTA: É, e é genial, obrigado.

ELIAS: Não tens de quê. (Pausa) O Oliver está tão calado! (A sorrir)

PERGUNTA: O Oliver esta noite está muito cansado e está apenas a desfrutar do que ouve.

ELIAS: Isso é aceitável. Fico encantado por ser tão relaxante. Desejam colocar mais alguma pergunta esta noite?

PERGUNTA: Eu quero fazer uma pergunta. Será esta a minha última vida?

ELIAS: Não.

PERGUNTA: Também pensei que não fosse! (Riso)

PERGUNTA: Mas ele e pode mudar isso, certo?

ELIAS: Pode.

PERGUNTA: Só para confirmar e ter a certeza de que tinha entendido correctamente!

ELIAS: (A sorrir) Isso não representa aquilo que estão a pensar como uma maldição! (Riso) Esta Essência está a escolher voltar a manifestar-se, porque na verdade está ansiosa e sente enorme excitação. Essa manifestação subsequente terá lugar após a mudança que ocorre no vosso mundo. Vocês experimentarão uma manifestação física com conhecimento da consciência. O Ron também participará nessa manifestação subsequente com a experiência tanto física como não física em simultâneo. O Oliver também o experimentará. Trata-se dum fascínio comum inerente à vossa Essência que desejareis experimentar. Numa sessão anterior expressei que as Essências que não desejam voltar a manifestar-se podem mudar de ideias. Em termos de manifestação física, essa será uma grande era. Realizar-se-ão novas descobertas e ireis experimentar fisicamente coisas fascinantes nunca antes experimentadas no enfoque físico. Disporeis de muito mais no vosso enfoque do que alguma vez dispuseram na manifestação física, incluindo (a consciência de) outros enfoques dimensionais. Nenhum enfoque dimensional alcançou tanto individualmente, antes.

Também vos direi que não experimentareis negativismo no vosso enfoque nem na vossa dimensão nem na manifestação. Isso não quer dizer que a agressão ou o negativismo não existam noutro enfoque dimensional. Somente não terá lugar no vosso, porque podem escolher não vos envolverdes com outros enfoques dimensionais que incorporam esses elementos. Apartar-vos-eis e adoptareis somente aquilo que desejardes, e tereis a capacidade de o alcançar. Não sereis visitados pelos pequenos Greys (extraterrestres percebidos como não tendo forma precisa) porque eles não se incluirão; mas, tal como expliquei esta manhã, muito rapidamente, todos os universos ocupam o mesmo espaço, só que em dimensões diferentes. Portanto, ao expandirdes a consciência a fim de comunicardes com a Essência e admitires a experiência de todas as dimensões, também podeis deparar-vos com aquelas que são mais similares à vossa experiência presente. Elas não são menos evoluídas que vós. Só não possuem um conhecimento tão amplo. Algumas fazem também parte de vós. (Pausa)

PERGUNTA: Possivelmente, com a nossa comparência junto de ti, estamos a preparar-nos para essa próxima manifestação seguinte, não será? Quer dizer, será que isso faz parte dum preparo ou esta manifestação não tem nada a ver com a próxima?

ELIAS: Oh, não! Tem! É por isso que vos encontrais aqui comigo. Estais a assimilar informação a fim de expandirdes a vossa consciência e como forma de prevenção para possível trauma durante a nova experiência desta mudança. Aqueles de entre vós que escolherem voltarem a manifestar-se beneficiarão desta informação porque tereis incorporado estados alterados de consciência e estados de sonho a fim de vos familiarizardes com a vossa nova consciência, a qual será adoptada como a vossa realidade principal. Aqueles de entre vós que não desejam voltar a manifestar-se estão comigo com um propósito de se instruírem para poderem continuar para um enfoque não-físico, que deverá ocorrer na esfera do ensino. Qualquer das duas escolhas inclui a possibilidade de trauma, uma vez destituída de instrução.

...

PERGUNTA: Eu tenho uma pergunta a fazer. Eu fui a uma outra sessão da canalização, noutro país, e lá havia um clarividente e um médium, e eu pergunto-me se não poderias comentar, quer dizer, se alguém te oferecer uma bebida, és capaz de pegar no copo, levá-lo à boca e ingeri-la. Com aquele indivíduo em particular, o clarividente levava-lhe o copo boca e ele bebia imensa água. Eu não penso que ele fosse proveniente da esfera do ensino, contudo não sei, porque tudo o que ele fazia era responder sobre o passado da minha amiga, a quaisquer perguntas que ela tivesse, e a única coisa de que tenho consciência é que tudo o que dizia acerca dela eram coisas com que eu concordava ou julgava correctas. Pergunto-me se poderás fazer algum comentário sobre esse médium, se possível, com relação à sua habilidade física. Quer dizer, és capaz de te levantar se sentires vontade? Serias capaz de te levantar exactamente neste momento?

ELIAS: Vou erguer-me e se quiserem que eu caminhe um pouco vereis... (1)

PERGUNTA: Olhem para aquilo! Alguma vez ele fez isso antes?

PERGUNTA: Não. Mas tu pediste, por isso...

PERGUNTA: Que tal?

ELIAS: Sentimo-nos fisicamente bastante estranhos! (Riso)

PERGUNTA: Tipo parecido como uma peça do mobiliário, hum?

ELIAS: Vocês possuem um gosto muito estranho para o mobiliário nesta era! Dir-vos-ei que a manipulação da matéria física requer concentração da energia. Para mim é mais fácil manipular um corpo físico do que segurar um copo. Na verdade, parte disso não tem que ver com o segurar no copo fisicamente mas aquilo a que chamaríeis encontrar o copo; pela razão de que há alturas em que a minha visão não é a mesma que a visão que o Michael (Mary) capta através dos olhos físicos dele. Para mim não se torna necessário estar continuamente a visualizar os vossos corpos físicos nem a vossa mobília nem o que quer que seja no vosso quarto. Eu posso enxergar as vossas Essências diante de mim, e muitas vezes isso basta.

Não desejo sobrecarregar o corpo físico do Michael além do necessário porque a troca de energias força o físico. Este corpo foi criado pelo Michael e consiste na expressão dele. As moléculas e células que o compõem estão acostumadas à consciência dele e respondem-lhe. A consciência que as células deste corpo possuem não se acha familiarizada com a minha energia e em resultado disso cria um certo grau de confusão no corpo. Nesse sentido, não quero confundi-la mais do que é preciso dentro do acordo que estabelecemos. Tal como está, uma determinada área da vocalização é afectada de certa forma, do mesmo modo que a área ao redor da parte de cima do torso, o que por vezes dá lugar a um certo desconforto muscular ou mesmo secura na garganta. (Referindo-se ao pedido para comentar sobre o médium) Isso pode dever-se a que o indivíduo físico se ache menos aclimatado no acordo que tem com o corpo físico. A maioria do fenómeno depende do acordo do indivíduo fisicamente manifesto e do quanto estão dispostos a cooperar. Não se trata unicamente dum trato psicológico ou da consciência mas incorpora igualmente um acordo físico.

Quanto à habilidade dele com o copo, tal como já referi, no meu caso, ao ter permissão total para manipular o corpo por meio do acordo com o Michael, sou capaz de manipular um copo ou um objecto, e com a prática posso manipulá-los mais e cada vez melhor. Mas só não consigo encontrar sempre o copo, porque a energia do copo é de tal modo ligeira que nem sempre o visualizo. É-me fácil visualizar a energia da Essência. Um copo, apesar de conter a consciência dos átomos, não irradia tanta aura. (A sorrir) se o indivíduo que se acha na manifestação física não concorda em ser totalmente removido, a Essência experimentará uma expressão corporal bastante limitada. Alguns indivíduos permitem uma expressão corporal total e concordam, segundo os propósitos que têm, em dar à Essência uma mobilidade total. No entanto, haveis de ver que isso acontece com aqueles que, conforme vós designais, “canalizam conscientemente uma Essência.” Um indivíduo que permite que uma Essência se expresse dentro dos moldes do acordo e do modo como o Michael me permite que expresse, geralmente não “anda por aí a rodar”! (Com humor) Porque isso inclui um enorme dispêndio de energia física.

PERGUNTA: Mais do que no caso daquele que canaliza conscientemente?

ELIAS: Absolutamente! O Michael removeu a sua consciência física do corpo. Nesse sentido, a consciência dele foi tão completamente removida que ele não tem consciência física deste corpo. Foi por isso que eu lhe disse, na nossa sessão anterior, para ele ter cuidado; porque com a remoção total da consciência e ao confiar e permitir que outra Essência se desloque tão completamente para este espaço físico, ele podia muito possivelmente destruir este corpo físico sem intenção, e deter a sua existência. Mas ele já se eslocou dessa posição. Não obstante o vosso corpo possuir uma consciência - coisa que não discutiremos agora porque iremos debater isso quando falarmos acerca do tema do vosso corpo – essa consciência não lhe permite sobreviver de forma independente da vossa consciência. (Para a Cathy) Desejas mais informação desta Essência?

PERGUNTA: Seria ele um mestre?

ELIAS: Diria que esta Essência não se situa no nosso enfoque; portanto, diria que não. Mas essa Essência revela bastante afecto pelas crianças e é muito boa a entabular brincadeiras com elas e esteve igualmente em contacto com a nossa Elizabeth.

PERGUNTA: Sabes o nome dela?

ELIAS: Desejas conhecer o nome da expressão ou o nome da Essência?

PERGUNTA: É o único nome que conheço.

ELIAS: O nome dessa Essência será (Pausa) Tompkin em Essência, assume o nome Amos através da canalização, e deverá pertencer a (Pausa) Jargar, o qual a Elizabeth interpretava como George.

PERGUNTA: Em que tipo de enfoque se encontra ela?

ELIAS: Esses enfoques não possuem títulos nem nomes. Ao referir-vos que me encontro no enfoque do ensino, tal como o Paul, eu estava a revelar-vos algo que podiam compreender. Mas existem imensas Essências tais como essa que se encontram estreitamente ligadas com esse plano físico, se desejardes chamar-lhe plano físico. Algumas dessas Essências experimentam um grande sentimento de amor e de apreço pelo enfoque físico e pela manifestação e experimentaram uma ligação de tal modo estupenda com a manifestação física que, quando optam por não voltarem a manifestar-se, escolhem permanecer próximo à manifestação física. Além disso elas servem, de modo bastante propositado, de ponte entre Essências mais amplas e a manifestação física, sendo capazes de servir de intérpretes entre uma e a outra. (Pausa)

PERGUNTA: Estou incapaz de assimilar qualquer outra informação esta noite!

ELIAS (Com humor) Estás a dizer que sentes o cérebro dorido? (Riso) Nesse caso anuncio o “fim da emissão a partir desta estação!” Falarei com o Ron mais tarde.

...

Notas

(1) Para espanto de todos os presentes, Elias levantou-se com bastante facilidade e caminhou ali pelo quarto. Não sei porque razão tínhamos assumido que não fosse capaz de o fazer pois é óbvio que ele se aclimatara bstante bem ao corpo da Mary.

Notas do Traductor

* Alegadamente, uma experiência da marinha americana (Projecto Rainbow) feita em 28 de Outubro de 1943, durante a qual um destroyer, o USS Eldridge, foi tornado invisivel, desmaterializado e teletransportado de Filadélfia na Pensilvânia até Norfolk na Virginia, e trazido de volta à base naval de Filadelfia.
A experiência foi supostamente dirigida pelo Dr. Franklin Reno como uma aplicação da teoria do campo unificado de Einstein. A experiência provaria uma relação entre a gravidade e o electromagnetismo: um salto espaço-tempo electromagnético.







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