Session 1614
Translations: EN

Belief of Acquisition

Topics:

“A Crença na Aquisição”
“Como Hei-de Efectivamente Dirigir A Minha Concentração?”



Sábado, 28n de Agosto de 2004 (Privada/Telefone)
Participantes: Mary (Michael) e Anónimo
Tradução: Amadeu Duarte


ELIAS: Bom dia!

ANON: Bom dia! Como estás?

ELIAS: Como sempre, e tu?

ANON: Eu estou bem. Tenho vindo a manifestar bastante e em transição, pelo que penso que começaria por algumas perguntas específicas como de costume, só para interromper. (Elias ri de modo forçado)



ANON: Tem estado a passar-se certas coisas com a minha mãe ultimamente, e eu queria esclarecer isso contigo. Ultimamente ela tem-se encontrado doente e a impressão que capto é a de que ela esteja a escolher o desenlace. Não estou certa disso. Por vezes obtenho essa sensação de forma intensa e aí, como que nada, nenhuma forma de energia durante o resto do tempo.

ELIAS: Posso-te dizer tratar-se dum potencial, só que a escolha ainda não foi definida.

ANON: Então, quando for estabelecida, isso acontecerá de imediato, tipo a escolha ocorre e torna-se fisicamente manifesta desse modo?

ELIAS: Depende do indivíduo. Uma pessoa pode estar a escolher desprender-se do corpo e a definir um método, e portanto a encetar um processo que venha a alcançar esse resultado. E o indivíduo, em certas situações e nesse tipo de processos, tem conhecimento de estar a fazer isso. Mas muitas vezes as pessoas afoitam essa escolha do desenlace no momento mas só nesse instante têm noção de ser essa a escolha que estão a empreender, a despeito da situação em questão ou de que método se trate.

ANON: Quando ela se encontrava doente, no mês passado, terá essa situação representado um maior potencial? Porque tornou-se verdadeiramente um choque de novo. Ela continua a manter-se muito doente e a ter ataques ou ataques de coração, e a melhorar de novo. Não sei bem o que esteja a passar-se nesse âmbito, ou sequer se será coisa que me diga respeito. Isso diz respeito a ela, não?

ELIAS: De certa forma, mas também o que está a ser experimentado neste cenário constitui uma flutuação, uma indecisão. Por vezes parecerá tratar-se duma orientação mais atractiva e por vezes não. Por vezes afeiçoa-se como preferível, enquanto que noutras alturas subsiste uma expressão de temor da parte do indivíduo em razão do que escolhe passar a voltar-se na outra direcção.

ANON: Estarei eu a fazer o mesmo?

ELIAS: Um tanto, sim. Essa é também a razão por que estarás a reflectir isso a ti próprio Não existem acidentes! (Ri)

ANON: Eu tive um sonho em que pude sentir ser capaz de criar qualquer coisa, e tinha consciência de o estar a conseguir. Na verdade era do tipo de voar por entre as estrelas. Foi um sonho deveras interessante que me deixou uma impressão de transição e da minha liberdade. Mas aí eu pude sentir como que capaz de escolher brincar com a morte, por ela realmente não significar coisa nenhuma, e dei por mim a afundar-me e a afundar-me. Parecia uma sensação de queda, só que não era uma sensação assustadora. Assemelhava-se mais a um movimento de energia. Mas aí, no último instante - penso que sabes o que foi – se eu levar isso em frente posso morrer, e terminei acordando, como se viesse a sentir-me bem, por não pensar estabelecer isso. Terei empregado essa escolha nessa altura ou terá sido…? Se tivesse prosseguido teria morrido?

ELIAS: É uma possibilidade, mas essa não é a direcção que empreendes. Não te estás a voltar no sentido da morte nem do desenlace. O que estás é a experimentar o conceito de te permitires experiências que te possibilitam uma compreensão mais objectiva do que ocorre, e isso é propositado como um preparo para a reacção que tiveres em face das escolhas do outro indivíduo respeitante ao desenlace.

ANON: Estou a entender, de forma a não me passar quando a mãe ou alguém mais escolher…?

ELIAS: Correcto, e de forma a dispores duma compreensão mais esclarecida da acção e um menor temor e sejas menos traumatizada.

ANON: Eu gostava de perguntar algo acerca do meu filho. Ele está a passar por um monte de opções diferentes neste momento, está a proceder a grandes alterações, etc. Não está a estabelecer qualquer vontade no sentido do desenlace… Não sei porque razão me acho em meio a esta coisa do desenlace, ultimamente, só que em mim parece ter muito peso, pelo que pressinto estar a eclodir muito temor também. Então ele está bem?

ELIAS: Está. Estás a apresentar estas experiências a ti próprio a fim de te permitires dar atenção e examinares as verdades que sustentas, respeitantes à morte.

ANON: Essa é uma parte interessante, para mim, por sentir ter procedido a grandes alterações, grandes mudanças na minha energia desde a última vez em que falamos, e no meu desempenho. Sinto-me muito mais à-vontade com a minha parte subjectiva.

Sei que estou aqui a estabelecer uma distinção e esta pergunta se deve ao facto de eu ser soft, porque eu adoro envolver-me. Eu gosto de mexer com nas coisas e de agir. Adoro isso. Tenho vontade de manifestar duma forma activa e de dirigir a energia, e de manifestar aquilo que quero e…

ELIAS: Que consiste no quê?

ANON: Bom, em coisas muito diferentes. É quase como dispor deste monte de barro com o qual sou capaz de fazer qualquer coisa. Sempre que sinto isso duma forma subjectiva, como se isso se encontrasse no meu alinhamento, eu sinto-me capaz de o fazer. Posso sentir a energia…

Sinto vontade de trabalhar com dinheiro, por exemplo, vamos lá trabalhar com isso. Tenho vindo a entrar em intimidade com a energia do dinheiro, só a senti-la, e adoro isso. É de tal modo divertido e fonte de prazer e fonte de liberdade e tudo o mais. Sinto que nessa posição não me sinto separada dele, mas tenho consciência de não o estar a manifestar, ou que o que estou objectivamente a fazer seja bastante distinto. Por isso, não estou muito certa do que esteja a fazer, se estarei a dirigir a energia ou se estarei a chateá-la com ela. Que coisa estarei a fazer?

ELIAS: Que ESTÁS a fazer?

ANON: Bom, não estou a manifestar. Estou a estabelecer um tipo qualquer de separação, só que não tenho a certeza em que ponto o estarei a empregar, nem se…

ELIAS: Mas que crenças abrigas em relação ao dinheiro?

ANON: Tenho uma mão cheia. Antes de mais, eu nutro uma forte noção de ter que trabalhar duro a fim de o conseguir manifestar. Sei que só aí. E a liberdade é outra crença que envolve a questão.

Vou-te dar um exemplo. Tenho vindo a experimentar jogar na lotaria. Bem sei que toda a gente fala da lotaria, mas eu tenho vindo a experimentar manifestar com base nela. É engraçado, porque por vezes eu acerto em quatro algarismos ou assim, mas nada por aí além. Acordei uma manhã e pensei, sabes o quê? Não importava qual sejam os algarismos. Eu conseguia alterar o facto de ganhar ou não a lotaria, mesmo no caso de já ter dado uma olhada nos algarismos. Isso fez-me passar por pensar que isso não faria qualquer sentido, só que subjectivamente fazia. (Elias ri de modo forçado) Num certo nível fez sentido para mim, mas também me assustou, o facto de passar a dispo de…

ELIAS: Poder.

ANON: Bom, pois! (ri)

ELIAS: (Elias ri de forma forçada) Mas dispões. Apesar de te poder esclarecer quanto a um aspecto. Antes de mais, a crença que estás a referir é a crença de que o dinheiro seja fruto da aquisição.

Bom; essa crença é capaz de expressar variadas formas de influência. Uma é a de que és capaz de expressar certas energias e como tal de manipular a forma como adquiras o dinheiro. Mas também mobiliza uma outra crença respeitante ao valor. Não é que estejas a empregar crenças diferentes em relação o próprio dinheiro. Tu empregas e referes uma crença relativa a ele, e estás a perceber diferentes aspectos dessa mesma crença. Mas estás igualmente a expressar outra crença respeitante ao valor: ao que valorizas, ao que não valorizas, ao que queres valorizar, e ao que de facto valorizas.

Nesse sentido, isso move-se em conjugação com a tua crença respeitante à aquisição: o dinheiro é um produto de consumo, é o fruto duma aquisição e não o crias, nem o geras, mas adquire-lo. E em associação ao valor, se essa aquisição envolver um maior esforço, mais válida será, porque quanto mais trabalhares em prole do que adquires ou alcanças, mais valorizarás isso.

Agora; assim que avaliares as crenças que albergas e as reacções que tens, também poderás começar a reavaliar e a perceber diferentes influências inerentes a essas crenças.

Em relação ao valor, existem muitas expresses na vossa realidade que são igualmente valorizadas e que não requerem um esforço ou um trabalho por aí além. Podes interagir com outros ou comigo e essa interacção e troca de impressões pode apresentar-se fácil, e ser igualmente muito valorizado. E nesse sentido, tu estás a criar isso.

Para muitos indivíduos a crença que o dinheiro ou as manifestações físicas sejam adquiridas é denotado duma forma muito forte e como uma grande influência, e move-se em oposição à vossa própria permissão de reconhecerdes não estardes a adquirir mas de facto a criar. É apenas uma questão do método que estás a escolher a fim de gerares essa manifestação.

Mas um elemento chave inerente a essa crença da aquisição é a de que deva existir alguma coisa para produzir a criação duma outra coisa. O que, sendo uma das vossas verdades, se expressa com bastante intensidade, mas na realidade não constitui uma absoluto nem uma verdade. As coisas podem ser criadas a partir de coisa nenhuma. Na verdade isso ocorre a cada passo, na vossa realidade, porque vós não sois coisa nenhuma mas criastes manifestações a partir de coisa nenhuma. Vós sois consciência; sois essência – e isso consiste numa acção. Não se trata duma entidade, nem duma coisa. Mas a partir dessa coisa nenhuma vós gerais manifestações físicas, o que representas coisas produzidas por coisa nenhuma.

Bom; Vós gerais dinheiro por intermédio da manipulação da percepção que tendes. O modo como manipulais a vossa percepção e a forma com a alterais é através do reconhecimento das diferentes influências exercidas pelas crenças que albergais e pela permissão para escolherdes a influência que preferis.

Agora; em associação com a lotaria, não é que viesses a mudar os números do prémio assim que tivessem sido definidos. A questão reside em te permitires reconhecer genuinamente que Tu estás a criar os números. Quer, na avaliação que fazes, sejam os números correctos ou os números errados, tu estás a criá-lo – não é que os estejas a alterar, tu estás a criá-los.

ANON: E cada pessoa cria os seus números.

ELIAS: Exacto.

ANON: Se o tiver escolhido e os tiver criado e em seguida tiver recuado, poderei criar um novo conjunto de algarismos?

ELIAS: Isso é possível, sim. Apesar de te poder dizer que provavelmente consiste num maior desafio e será mais difícil recrear os números que já tenham sido estabelecidos, ou desfazer o que tiver sido definido e recrear outros números do que será criar os números no início. Porque na tentativa de alterardes os números que já tiverem sido estabelecidos, vós envolveis muitas outras expressões das crenças respeitantes ao tempo, respeitantes às probabilidades e respeitantes à responsabilidade. Começais a envolver muitos outros tipos de crença que influenciam por via das reacções automáticas que propiciam mais o desafio a suplantar.

ANON: Foi por essa razão que me senti passada por isso e pensei para comigo: “Esquece”.

ELIAS: Tu podes, só que isso tornar-se-á num desafio maior, dadas as crenças que expressas. Mas na realidade, és capaz de manipular qualquer manifestação da tua realidade se tiveres consciência de que escolhas estiverem a influenciar-te, de que modos e em que alturas em particular, e se tiveres consciência suficiente para te permitires escolher, o que consiste na questão desta mudança.

ANON: Considerando somente o meu caso pessoal, continuemos com isto, porque talvez o possa empregar a fim de me ajudar no resto do que pretendo manifestar, ou penso ter vontade de manifestar, de qualquer modo. Estou um pouco por dentro da mecânica, em termos de… Tudo bem, então albergo a crença na aquisição. Eu sabia que parte do problema consistia nisso, só que quando me focalizo no dinheiro de modo subjectivo, eu não acredito nele, tipo não sinto qualquer separação em relação a ele, pelo que…

ELIAS: Não é uma questão de te sentires separada dele. Podes não te sentir necessariamente separada dele, mas isso não quer dizer que estejas a expressar a crença de estares actualmente a criá-lo.

ANON: Mas nesse caso, de que modo o criarei? Poderás conduzir-me passo a passo? Tenho vindo a dedilhar a questão há um tempo, mas tenho criado muita complexidade em torno dessa manifestação, dessa criação, coisa de que tenho consciência. Só não tenho a certeza de que modo o faço e eu quero usá-lo, eu quero passar a dirigir a energia. Eu dirijo a energia, só que aí eu não a deixo manifestar-se. Eu permaneço no controlo o tempo todo, a expor a minha vontade uma e outra vez, penso eu. Essa é a percepção que tenho, de qualquer modo, em relação ao que faço.

ELIAS: O que se assemelha ao desejar, mas isso não passa duma expressão do pensamento. Essa é a razão porque na maioria dos casos não encorajo as pessoas a empregar mantras nem a fazerem uso de afirmações, porque isso não passa da repetição do pensamento, o qual não cria. O que faz é manter a vossa concentração associada à crença que vos bloqueia a manifestação.

Bom; essa é uma chave por onde poderás começar, reconheceres no que te estás a concentrar. Aquilo em que te estás a concentrar é na crença relativa à aquisição e ao facto de não conseguires materializar nem criar essa manifestação. Por isso, deténs a tua concentração nessa aquisição, e nesse sentido, a tua concentração está a criar-te a expressão da crença.

Tal como já tive ocasião de expressar previamente, muitas, muitas vezes, vós na verdade criais aquilo em que vos concentrais. Se a vossa concentração se expressar fortemente em associação com uma crença em particular – coisa que na tua concentração fazes, focas-te em crenças específicas e em influências específicas dessas crenças, mas a vossa concentração não é necessariamente a vossa atenção, e a vossa atenção de alguma forma reflecte aquilo em que vos concentrais – hás-de traduzir isso muitas vezes em pensamentos.

Ora bem; o processo do pensamento pode não ser completamente exacto e pode requerer alguma avaliação no que de facto estiver a traduzir. Por exemplo, nesta situação, o teu processo do pensar continua a expressar: “Eu quero criar dinheiro; quero criar abundância com base no dinheiro”, o que é correcto, mas também serve de indicador para a concentração que estás a fazer. Se continuares a expressar repetidamente esse tipo de processo de pensar, estarás a sugerir a ti próprio um indicador respeitante à concentração que estás a gerar, porque de algum modo a tua atenção está a reflectir-te isso e está a ser traduzida por meio do pensamento.

Quando começares a reconhecer estares a expressar uma concentração intensa, poderás intencionalmente começar a descontrair essa concentração e como tal a deixares de te consumir com esse assunto, com o que, se te permitires descontrair-te, poderás começar a permitir-te confiar ao invés de tentares controlar.

ANON: Existirá alguma altura em que o faça, em que confie?

ELIAS: Sim, por vezes.

ANON: Há este novo termo, a “atenção”. Estará a tenção relacionada com o pensamento? Não entendo a diferença entre a atenção, o pensamento e a concentração. O pensamento, para mim, é bastante objectivo.

ELIAS: Sim.

ANON: Posso senti-lo. Ele está presente, e eu sou capaz de lhe compreender o mecanismo. A concentração, podes-me dizer que estou a concentrar-me em algo que eu não seria capaz de…

ELIAS: O modo através do qual poderás reconhecer no que consistirá essa concentração é pelo que estiveres de facto a manifestar.

ANON: Tudo bem, mas de que forma dirigirei de facto a minha concentração?

ELIAS: Prestando atenção ao que estiveres de facto a fazer, prestando atenção ao que estiveres de facto a criar, a expressar e a manifestar, a despeito de expressares a ti próprio estares a escolhe-lo ou não, mas permitindo-te expressar para ti próprio ESTARES a escolher isso e como tal avaliando o que esteja a influenciar essa escolha que não desejas necessariamente ou pela qual necessariamente não manifestas preferência.

Assim que reconheceres o que estiver a influenciar essas escolhas pelas quais não manifestarás preferência, começarás a reconhecer onde se situa a tua concentração. Porque, a tua concentração acha-se centrada no que quer que estejas de facto a fazer, no que estiveres a criar, no que estiveres de facto a manifestar. A concentração é aquele elemento vosso que se foca nas vossas crenças e que expressa as vossas crenças, e qualquer que seja a crença em que ela se achar focada, haveis de manifestar alguma expressão ou alguma manifestação na vossa realidade que reflicta essa crença de algum modo. É desse modo que poderás identificar a tua concentração.

O pensamento não é atenção. A atenção pode assumir o pensamento, mas não é pensamento.

ANON: Será observação?

ELIAS: A atenção acha-se associada à observação, sim. Porque a vossa atenção desloca-se em variadíssimas direcções, e nem sempre está associada ao pensamento. Podeis estar a prestar a tenção a algum elemento da vossa realidade ou do que estais a fazer, ou ao que estiverdes a comunicar a vós próprios, e podeis não incorporar necessariamente nenhum pensamento. Assim como podeis incorporar pensamento mas sem notardes nenhum processo de pensar, devido a que a vossa atenção se não mova para o mecanismo do pensamento.

A título de exemplo, se estiveres a conversar com outro indivíduo e estiveres a falar e a escutar, em certos momentos em que estejas a escutá-lo a tua atenção pode mover-se para o pensamento, e podes passar a gerar pensamentos em associação com o que ele estiver a expressar, correcto?

ANON: Sim.

ELIAS: Agora; nessa mesma conversa, à medida que falas, muitas vezes não estás a depositar a tua atenção no pensamento. Estás a falar e o que estás a dizer, estás a dize-lo de forma espontânea. Não estás a pensar antes de falares. Não estás a deslocar a tua atenção para o pensamento nem estás a pensar: “Agora estou a empregar esta frase e vou dizer que quero jantar contigo esta noite”. Não, tu falas de forma espontânea. Por vezes poderás voltar a tua atenção para o pensamento antes de falares numa conversa com outro indivíduo se estiveres a tentar avaliar a forma como desejarás apresentar o que queres dizer, mas muitas vezes apenas dizes.

ANON: Nesse caso essa atenção...

ELIAS: Foca-se na acção de comunicares verbalmente com o outro, o que não requer pensamento pré-definido.

ANON: Mas ainda não me sinto esclarecido em relação à concentração. Sinto-me verdadeiramente frustrado com esse aspecto, porque já li as transcrições todas, e no meu parecer, ainda penso poder olhar para o meu mundo e ser capaz de manifestar. Mas, por exemplo, com relação ao dinheiro, eu já não manifesto, pelo que abrigo algumas crenças respeitantes a isso – crenças relativas à aquisição e crenças relativas ao valor.

ELIAS: Mas isso constitui o teu indicador daquilo em que te estás a concentrar.

ANON: Eu albergo essas crenças e agora tenho consciência delas, e quero promover activamente uma alteração nisso…

ELIAS: Mas o modo como criarás essa acção é avaliando quais as influências dessas crenças que estão a ser expressadas.

ANON: Não poderás ajudar-me com alguns exemplos desses relativos às influências que estarei a implementar em termos desta crença?

ELIAS: A influência que estás a criar é a de que fisicamente não consegues criar por ti próprio, a manifestação do dinheiro físico. E que precisas adquiri-lo a partir de alguma outra fonte.

ANON: Então aí está a influência. Posso olhar para ela que ela ressoa. Mas é claro que ela pode tornar-se num factor limitativo de constrangimento aqui.

ELIAS: Bom; nesse sentido, reconhecendo ser essa a crença e que ela está a expressar que tu precisas adquirir a manifestação física do dinheiro a partir de alguma fonte e que não consegues criá-la em termos físicos por ti próprio, continuas a avaliar: que fontes serão essas? Qual será a influência que é expressada inerente a essa crença relativa às fontes de aquisição – que precisa ser gerada a partir de alguma fonte que reconheças. Essa é outra influência procedente dessa crença, que precisa ser alcançada por meio dum emprego, porque essa é uma fonte. Esse é o detentor, por assim dizer, do dinheiro que já terá sido criado, à semelhança dum banco. É o detentor do dinheiro. Por isso, se passares a fazer uma permuta com o detentor do dinheiro, adquirirás esse dinheiro da sua parte, porque esse é o modo através do qual adquiris dinheiro. É por intermédio duma troca. Executais uma acção qualquer e quem quer que esteja a fazer essa permuta convosco adopta o acto de vos ceder o dinheiro. É desse modo que o alcançais. Por isso, outra influência concernente a essa crença é a da permuta.

Agora; a influência oriunda dessa crença em particular constitui um aspecto limitativo para muitos, especialmente quando associado a jogar na lotaria, porque não existe qualquer troca. Por isso, de que modo adquirireis? Por isso vós não adquiris, e permitis-vos uma aquisição limitada, a qual é proporcional à medida daquilo que dais em troca. Se avaliardes estar a prestar mais atenção a vós próprios e a escutar a vós próprios mais, estareis a fazer mais. Por isso, ao escolherdes os números, tereis empreendido uma maior acção, pelo que maior será a troca. Portanto, talvez possas permitir-te criar alguma manifestação limitada de dinheiro, mas não uma manifestação considerável, por não existir uma real permuta associada com as crenças que comportas nem proveniente da influência dessas crenças inerentes à aquisição.

Bom; quando reconheceres essas influências, serás genuinamente capaz de reconhecer, para além de bastante realista também, em ti próprio: “isso não é verdadeiro. Poderei expressar isto de modo bastante vincado e pode ser que se tenha tornado numa das minhas verdades, mas na realidade não corresponde à verdade.” E com isso, poderás começar a expressar uma maior flexibilidade, bom humor e começar a permitir-te confiar em ti em relação ao facto de existirem diversas vias pelas quais poderás gerar dinheiro, que não requerem necessariamente permuta. Ou se continuares a expressar essa influência, que subscreve o requisito da permuta, poderás permitir-te utilizar direcções imaginativas e expressar diferentes tipos de troca. Essa influência da troca muito em breve torna-se num aspecto preto no branco, o facto de teres que oferecer a fim de receberes. Não necessariamente.

ANON: Se estiver em busca dessa influência e a vir na permuta, será onde o conflito terá início na minha existência. Porque parte de mim tem conhecimento de não se tratar duma verdade num nível diferente e…

ELIAS: Exacto.

ANON: Pelo que me volto para isso e digo: “Está bem, é a crença que tenho, estou a objectivar-te, ou trata-se da influência que está a ter lugar. Agora, de que modo mudarei a minha… Tudo bem que aí permaneça, e eu estou a detectar-te, estou a ver-te…

ELIAS: Altera a expressão que assumes da permute, ao invés de continuares a forçar a energia em oposição à crença e a expressar para contigo próprio repetidamente: “Mas isso não é verdade e eu não acredito nisso.” Em que te estás a concentrar? No próprio elemento da crença. Por isso, que estarás a fazer? Estás a continuar a expressar e a manifestar essa influência, por continuares a concentrar-te nessa influência. Se usares duma acção diferente, se alterares aquilo que estás efectivamente a fazer, e interromperes essa concentração, expressarás diferentes resultados.

ANON: Contudo de que modo poderei levar isso a cabo, sem me concentrar nessa influência? Posso olhar a coisa e dizer: “Sim, sou capaz de perceber isso. Vejo como isso está a influenciar o resultado. Aceito o facto disso estar a ter lugar, e quero escolher não usar mais essa influencia.” Não poderei escolher isso?

ELIAS: Podes. Usar duma acção diferente.

ANON: Dá-me um exemplo duma acção. Será essa uma acção objectiva?

ELIAS: É. Passa a ACTUAR de modo diferente.

ANON: (Faz um som confuso)

ELIAS: (Ri) Posso igualmente propor-te uma sugestão.

ANON: Por favor!

ELIAS: Posso-te propor a sugestão de conversares com o Michael em relação a esse mesmo tema, porque estou consciente de que ele possui uma compreensão objectiva e pode-te “fornecer” (ri) um exemplo objectivo a ti que te pode ser útil, se o preferires.

ANON: Farei o que me sugeres, porque nós estamos mesmo a ficar sem tempo. Só consegui obter resposta para uma das minhas perguntas apenas, e ainda não a compreendo. Ainda não entendo isso de alterar a minha concentração, pelo que…

ELIAS: (Ri) Não te preocupes com o mecanismo da mudança da tua concentração. Interessa-te pelo que estiveres a fazer, que isso alterar-te-á automaticamente a tua concentração. Se alterares dum modo objectiva o que estiveres a fazer…

ANON: Aquilo que empreendo de modo objectivo?

ELIAS: Sim. Se alterares objectivamente aquilo que estiveres a fazer, hás-de automaticamente interromper essa concentração e alterá-la.

ANON: Eu só não sei o que será que esteja a fazer para perpetuar essa influência inerente à permuta. Não me ocorre nada respeitante ao dia-a-dia que o esteja a fazer. Para mim não passa duma crença, e quase nebulosa, não é? Como se não sentisse… (suspira)

ELIAS: O que constitui a razão porque se torna tão importante prestar uma atenção realmente genuína e reconhecer o que estarás efectivamente a FAZER a cada dia. Mas eu entendo o desafio de tal acto, por não estares nada familiarizado com ele.

ANON: A minha voz interior está a dizer-me apenas para saldar tudo o que devo por inteiro, não de modo amalucado mas para me divertir e proceder desse modo. O meu outro lado diz-me que está bem, tudo bem, só que eu também preciso de manifestar dinheiro, porque não creio que possa tratar-se duma coisa posterior mas já, na nossa sociedade.

ELIAS: Estou a compreender.

Bom; a título de comentário de despedida, sugiro que escutes aquilo que acabaste de dizer, o que me disseste na última frase, e converses com o Michael.

ANON: Está bem, eu farei isso.

ELIAS: Porque isso, o que acabaste de referir, é chave, e há-de proporcionar-te a resposta porque anseias. (Ri por entre os dentes)

ANON: Bom, havemos de voltar a conversar em breve. Bem sei que esta (oportunidade) foi difícil de obter mas vamos conversar de novo em breve.

ELIAS: (Laughs) Very well, my friend. I shall be offering my energy in encouragement to you. I express to you great affection, as always, and a reminder to be playful.

(Ri) Muito bem, meu amigo. Ficarei a estender-te a minha energia a encorajar-te. Expresso-te uma enorme afeição, como sempre, e uma lembrança para que te divirtas.

ANON: Está bem, eu vou tentar. Obrigado, Elias.

ELIAS: Para ti, como sempre, meu amigo, e com um enorme afecto, au revoir.

ANON: Au revoir.






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