Sábado, 5 de Junho de 2004 (Grupo/Vienna, Áustria)
Tradução: Amadeu Duarte
Participantes: Mary (Michael), Alex (Padwan), Andrea (Jamie), Anjuli (Myranda), Anne (Elenore), Astrid (Bistah), Balbina (Joline), Ben (Albert), Benjamin (Calow), Christine (Lurine), Donna (Luera), Eddy, Elisabeth (Sebastia), Gerhard (Doro), Gillian (Ari), Gottlieb (Gottlieb), Hartmut (Martina), Howard (Bosht), Jens (Samira), Jürgen (Carrdyth), Liam (Benny), Linda (Carmenn), Margot (Giselle), Martina (Tanyas)
ELIAS: Boa tarde!
GROUP: Boa tarde, Elias.
ELIAS: (riso abafado) Hoje não vou respeitar qualquer prioridade. Por isso, vou deixar a sessão aberta para que todos possais colocar as vossas perguntas. (pausa ligeira)
DONNA: Nós já sabemos tudo, pelo que não temos perguntas a colocar.
ELIAS: Ah, muito bem, nesse caso podemos dar a sessão por terminada! E eu posso endereçar-vos um afectuoso adeus! (ri, e o grupo junta-se-lhe)
GILLIAN: Elias, ontem fizemos uma experiência fantástica. Já tínhamos tido uma sessão com a Myranda, e em seguida fomos visitar um palácio. Eles dispunham lá duma banda de metais, e mesmo no final tivemo-los a interpretar a “Ode à Alegria” especialmenrte para nós. Poderás revelar-nos um pouco mais o que estávamos a fazer com a criação disso? Foi deveras excitante e uma experiência bastante emotiva.
ELIAS: Mas que impressão TENS em relação ao que estivestes a fazer? (riso abafado)
GILLIAN: Eu diria que estávamos apenas a sentir-nos felizes e que reconhecemos tratar-se dum reforço da ausência de separação.
ELIAS: E da vossa caramadagem.
LIAM: Tenho uma pergunta.
ELIAS: Sim?
LIAM: Na noite passada esqueci o modo de dormir. (riso por parte do grupo) Foi muito confuso e eu gostava de saber de verdade o que é que terá acontecido.
ELIAS: Mas, já terás voltado a ensinar a ti próprio como dormir?
LIAM: Parecia haver um monte de regras.
BEN: Ele não sabe como dormir em Alemão. (riso por parte do grupo)
ELIAS: Imagética interessante! E que avaliação fazes dessas imagens?
LIAM: Bom, alguém terá dito que isso se deveria ao facto de ter tido aqui algum foco anteriormente que era muito exigente com as regras e assim, e para quem as coisas tinham que acontecer de determinado modo para algo poder ser admitido, e as minhas condições normais de não me estavam a satisfazer, para poder dormir.
ELIAS: Não necessariamente. (riso abafado)
LIAM: Que era aquilo? Eu gostava de saber.
ELIAS: Talvez as tuas próprias regras respeitantes ao sono e ao conforto e à familiaridade e à falta inicial de conforto em certas expressões com que não estavas familiarizado. (riso abafado)
JÜRGEN: Eu chamo-me Jurgen. Este mês tenho vindo a experimentar o facto óbvio das pessoas se expressarem por meio da mentira para comigo. E eu estava a interrogar-me, só estava a imaginar, se não estará a ocorrer alguma acção de reflexo? Mas, por outro lado, talvez as pessoas estejam apenas a expressar-me algo?
Na verdade não consegui tentar adivinhar, se seria cara ou coroa, mas a coisa estava a intensificar-se. Por exemplo, o meu patrão está como que a mentir-me em relação ao meu ordenado. A minha namorada – a minha ex-namorada – mentiu-me, o que me incentivou o rompimento do relacionamento. E eu estava a pensar: “Muito bem, que é que está a passar-se comigo? Parece que tomo parte nisto.” Só que sinto dificuldade em apontar o que é que expressam em si mesmos – será somente para me levar a aceitar, ou estarei talvez a revelar a razão porque estarei realmente a mentir a mim próprio?
ELIAS: Não se trata necessariamente dum espelho mas dum reflexo a fim de experimentares algumas das verdades que abrigas.
Já referi anteriormente que esta onda que se endereça às verdades não está a ser atendida de forma intelectual; está a ser experimentada. Em virtude disso apresentais a vós próprios experiências relativas às vossas verdades, sustentando (por um lado) como uma das vossas verdades o facto da mentira ser inaceitável e traduzir um comportamento inadmissível e uma forma de desonestidade, e (por outro) tomando parte em experiências a fim de vos reflectir as verdades que sustentais.
Lembrai-vos de que as vossas verdades não são prejudiciais; elas constam unicamente de crenças que transformastes em absolutos. Aquilo que se torna significativo de examinar com relação às vossas verdades é o modo como elas vos influenciam e o modo como vos expressais externamente em associação aos outros e em relação às vossas verdades.
As verdades que sustentais servem-vos de directriz para as vossas condutas, só que não se aplicam necessariamente aos outros. Aquilo que é significativo em relação às verdades é o facto de as encarardes de modo literal e como absolutos – a honestidade é honestidade. Mas que coisa será a honestidade?
JÜRGEN: Estás a perguntar-me? Essa na verdade era a pegunta que estava a colocar-se. Se a honestidade e, digamos, a verdade – não me estou a referir à verdade absoluta, mas à verdade, por exemplo, a comunicação de alguma perspectiva do que ocorre num mesmo espaço ou tempo a uma pessoa e ao facto dela me dizer que terá ocorrido algo diferente e isso deixar-me confuso. Portanto, a pergunta é se a honestidade será de facto relevante.
ELIAS: Totalmente!
JÜRGEN: A pergunta seguinte que se me apresenta é – bom, é claro que é relativo – mas se toda a gente passasse a exprimir o relativo, talvez como tornar algo que sintam constituir uma fonte de desconforto em algo mais vantajoso para si próprios, isso haveria de tornar a comunicação confusa, pelo menos ao nível objectivo - se as pessoas começassem a exprimir aquilo que queriam e isso não tivesse mais relação alguma com o que estivesse a ocorrer.
ELIAS: Mas recordai que cada um de vós cria a vossa realidade na sua inteireza por intermédio da percepção, e a percepção que cada um tem difere da dos demais.
JÜRGEN: Isso foi o factor de irritação que senti a seguir, porque, se considerar que crio a minha realidade por intermédio da percepção que tenho, a questão residirá provavelmente no que eu percebi. Perceberei alguma outra coisa de forma objectiva, ou talvez o indivíduo me esteja a transmitir aquilo que ele ou ela esteja a experimentar?
ELIAS: Tu estás a criar a tua realidade por intermédio da tua percepção, o que consiste no mecanismo que te cria a realidade, mas tu apresentas esse cenário a fim de sugerires informação e de apresentares a ti próprio um reflexo– não uma imagem invertida de ti próprio mas um reflexo – de modo que consigas perceber ou experimentar algum elemento de ti ou das crenças que se torne significativo avaliares.
JÜRGEN: Quererá isso dizer que tal cenário não esteja efectivamente a ocorrer com o outro, mas sim comigo?
ELIAS: É possível que o outro indivíduo esteja a expressar, e na percepção que tem, se esteja a expressar pelo que entenderías como “falar verdade” e não esteja a mentir. Mas talvez ESTEJA, e isso não tenha importância para ele. Ele poderá ter uma razão que se enquadre na sua realidade, mas isso não te diz respeito.
O que te diz respeito é aquilo que ESTÁS a criar e o que estás a apresentar a ti próprio, e se estiveres a apresentar a ti próprio essa interacção na qual percebes que o outro te esteja a mentir e não esteja a ser verdadeiro, e como tal não esteja a ser honesto contigo, isso representa uma oportunidade de examinares a forma como definirás a veracidade e a honestidade, e que crenças respeitantes ao mentir abrigarás.
Essas são verdades que TE dizem respeito, e perfazem as tuas directrizes. Esses são as linhas de conduta que estabeleceste por ti próprio a fim de te servirem de guia para os teus comportamentos. Percebes o mentir como um comportamento inadmissível; por isso também não empregas tal acto. É a tua directriz. Outra pessoa poderá não usar a mesma directriz nem perceber o mentir como um facto inadmissível.
JÜRGEN: O mais engraçado é que neste contexto as mentiras que me foram expressadas, ou que terei percebido, na realidade revelam um tipo qualquer de dependência, por pensar que eu dependa desse relacionamento ou pense depender do salário que o meu empregador me fornece, que ele seja responsável pelo salário que obtenho, o que não deverá ser o caso.
ELIAS: Exacto.
JÜRGEN: Na realidade eu sou responsável pelo salário que obtenho.
ELIAS: Exacto, assim como és responsável pela criação dele – não pela sua obtenção. És responsável pelas projecções de energia e pelo que crias, e nesses cenários aquilo que estás a criar é o papel de vítima.
JÜRGEN: É possível… Só estou a avaliar a ideia de que deixando que as pessoas me mintam… Coloquemos isso do seguinte modo: estou somente a arranjar uma desculpa objectiva para o facto de não estar a criar aquilo que realmente quero.
ELIAS: E como tal proporcionaste a ti próprio um considerável volume de informação em tal cenário e com essas experiências, não terá sido mesmo? É apenas uma questão de prestares ou não atenção e de te permitires avaliar aquilo que estás na verdade a fazer, ao invés de resvalares simplesmente para a função de vítima e deixares de receber qualquer das mensagens que proporcionas a ti próprio.
JÜRGEN: Então estarei a começar a pegar no auscultador?
(Nota do tradutor: Alusão à metáfora do telefone como representação do acto de “atender” às mensagens subjectivas)
ELIAS: Parabéns! (ri)
MARGOT: Olá, Elias! Eu também não consegui pregar olho anteontem à noite.
ELIAS: Deve tratar-se duma epidemia! (riso por parte do grupo)
MARGOT: Eu já cheguei a duvidar se a decisão que tomei nessa noite eterá sido errada e o que senti foi ter absorvido a energia do foco que tenho aqui, Sophie, e que ou ela estaria a falar comigo a noite toda ou então estaria a sentir ser ela e estar a pensar como ela a noite toda. Desde aí disse a mim própria que não, isso devia ser a minha imaginação. Poderias dizer-me o que se terá passado?
ELIAS: Posso-te dizer não se tratar da tua imaginação. (riso por entre os dentes)
MARGOT: Era muito diferente. Jamais tinha sentido uma energia dessas anteriormente.
ELIAS: Isso é a condição de te fundires com um outro foco e de te permitires a abertura que assiste a esse acto, que além disso também posso dizer a muitos de vós que esse tipo de experiência pode tornar-se um tanto opressiva.
Entendo que a maioria de vós sinta uma excitação considerável na investigação de outros focos e na apresentação dessa informação a vós próprios, e sempre encorajo as pessoas a investigarem outros focos, se o preferirem. Mas com a excitação vós podeis igualmente passar a sobrecarregar-vos. Por isso tenham atenção, não dum modo prudente em si mesmo, mas preveni-vos ser possível que se gere uma abertura tal que vos possibilite fundir-vos com outros focos, e de que haveis de perceber que a vossa própria presença é distinta, e de que isso pode gerar confusão igualmente em relação à vossa identidade.
Por vezes as pessoas podem gerar esse tipo de acção e passarem a confundir temporariamente a sua identidade, o que, para além do mais, se poderá tornar numa ocorrência muito enervante - perder temporariamente a noção da vossa individualidade, por asssim dizer. Essas acções ocorrem, razão porque terei dito a outros indivíduos para terem atenção quanto ao que estais efectivamente a fazer, ao invés de simplesmente mergulhardes na excitação e desse modo gerardes algum tipo de experiência opressiva ou mesmo conflituosa. Não é prejudicial, mas poderá por vezes tornar-se assustador, por não estardes familiarizados com isso.
JENS: Elias, aqui é o Jens. Eu queria saber porque razão tenho tantos problemas em descobrir aquilo que realmente quero. Torna-se-me demasiado fácil descobrir aquilo que não quero em muitas direcções; creio que se estará a tornar cada vez mais claro para mim. Mas, por exemplo, a sugestão que me deste em relação à vela. Mas estou na situação de não conseguir ir além. Tens alguma sugestão?
ELIAS: Que ESTÁS a criar?
JENS: Decepção.
ELIAS: Mas a que estará essa decepção associada?
JENS: À responsabilidade?
ELIAS: Sentes-te decepcionado com a responsabilidade que tens?
JENS: Suponho que sim.
ELIAS: E que estás a perceber, para além de ganhares a lotaria…
JENS: O que já consegui muitas vezes!
ELIAS: (riso abafado) Coisa que já debatemos inúmeras vezes! Qual perceberíeis representar uma expressão que vos facultaria um sentido de felicidade?
JENS: Quando estive de férias, há uns meses atrás, consegui reconhecer algumas preferências.
ELIAS: Ah!
JENS: Preservei essas preferências em mente durante muito tempo, mas depois esqueci-as.
ELIAS: Mas que preferências terás reconhecido?
JENS: Por exemplo a de morar à beira mar, não na praia nem junto da água doce. Sinto uma clara preferência pelas praias e pela água salgada, provavelmente até mesmo pelo Oceano Índico, porque percebi que as minhas férias frequentemente foram passadas no Oceano Índico. O problema é que não consigo imaginar de que modo possa criar isso. Sei que a imaginação é um bocado…
ELIAS: Ah! Mas isso é...
JENS: Já procurei lembrar-me do modo como empregava esse sentido quando era criança e como usava os impulsos da infância, só que não é assim tão fácil.
ELIAS: Mas isso é chave.
JENS: A imaginação?
ELIAS: Sim, permitir-te empregar essa comunicação. A despeito do que possas gerar por intermédio das imagens ou dos sentidos, isso não importa, porque o mero acto de te permitires empregar essa comunicação permite-te uma abertura na energia. Ao vos permitirdes empregar essa comunicação ocorrem muitas acções diferentes. Os devaneios (sonhar acordados) são uma forma de comunicação dessas, através das quais vos permitis uma abertura para vos deixardes levar. O desafio está em que a maioria dos indivíduos uma vez atingindo a idade adulta passam a desacreditar fortemente a imaginação e a não se permitirem empregá-la e deixam de lhe prestar atenção e não se permitem divertir-se com ela, o que passa a gerar uma densidade de energia e a tornar-se restritivo.
Ao usardes a imaginação vós automaticamente dissipais a densidade da energia passais a gerais uma admissão, o que já debatemos muitas vezes, mas que tenho consciência de representar um desafio difícil para ti. Com isso, estimulais automaticamente outras comunicações, e isso gera inspiração, o que automaticamente estimula as impressões. Mas apesar do que possas imaginar poder parecer completamente destituído de relação com o que pensas querer através das imagens, podes surpreender-te bastante com o volume da informação que passará a expressar-se por intermédio dessas imagens que encarais como fantasia. Porque é muita informação.
Nesse sentido, torna-se numa expressão útil praticar a criação de muitas aberturas diferentes na vossa energia, de um modo destituído de esforço, pelas quais não preciseis pensar nem analisar nem avaliar nem tentar concentrar-vos nos processos do pensar sobre o “como” - como operar, como realizar. Isso irá automaticamente gerar-vos uma abertura na energia e tal abertura facultará um fluxo mais livre de impressões, as quais se traduzirão em pensamento. Por isso, a ti parecer-te-á que de repente estarás a proporcionar a ti próprio todas essas novas ideias e pensamentos sobre o modo de realizardes aquilo que pretendes, e começas a reconhecer com mais clareza aquilo que queres e no que consistirão as tuas preferências com um maior detalhe que apenas “o mar”.
JENS: Ontem à noite passou um filme na TV que parecia similar. Pessoas originárias da Alemanha a mudar para a Espanha ou algo do género. No meu caso, para mim torna-se bastante claro que sairei da Alemanha. Existe muito medo relacionado com as diferenças.
ELIAS: Sim, assim como aquilo com que não vos achais familiarizados, o que também é significativo examinar. Porque enquanto continuardes a restringir-vos a vós próprios em relação ao medo que abrigais, também não vos permitis realizar aquilo que quereis. Também se pode tornar útil praticar a imaginação em associação com esse medo.
JENS: Como poderei distinguir as esperanças vãs e a esperança e o sentido da imaginação?
ELIAS: Não procures dirigir a imaginação. Permite que ela flua. Não cries uma imagem para de seguida procurares imaginar em torno dessa imagem, porque isso é pensar.
Permite-te apenas imaginar e em seguida poderás empregar uma linha de raciocínio relativa ao que estiveres a imaginar. Tu não orientas um devaneio nem empregas nenhuma ideia preconcebida enquanto estás a devanear; ela está simplesmente a ocorrer. Permites esse tipo de comunicação. Subsequentemente poderás avaliá-lo por meio do pensamento como uma recordação, mas durante o acto efectivo do devaneio tu dás livre curso à energia e admites todas as imagens que se te apresentarem.
Indiferentemente do quão bizarras ou extravagantes ou caprichosas elas possam parecer - isso não importa. Na realidade quanto mais colorida permitires que a expressão da tua imaginação se torne e mais irreal permitirdes que se torne - no conceito de irrealidade que abrigas - mais abrirás o campo da tua energia e mais te inspirarás, por passares a incorporar uma maior magia – o que vos proporciona um reforço de que tudo SEJA realmente possível.
JENS: Há anos que tenho muitas imagens nos sonhos.
ELIAS: Eu estou ciente disso, e talvez te estenda a minha energia de encorajamento a ti, em meio à prática da imaginação.
JENS: Obrigado.
ELIAS: Não tens de quê, meu amigo.
BALBINA: Supõe que alguém tenha consciência do que quer. Poderá então empregar a imaginação na idealização dessa realidade de imediato?
ELIAS: Pode ser útil; trata-se duma comunicação. Por isso, a imaginação não cria. O que cria é a percepção. Só que pode tornar-se útil na construção do que quereis se permitirdes que essa comunicação vos influence a percepção.
BALBINA: Para de seguida influenciar ainda mais, como a Mary disse num exemplo que empregou anteriormente, que se eu me comportar do modo que desejo, ainda que seja a imaginar a ser atirada borda fora, isso servirá de ajuda? Não importa o que se apresente, comportar-me como se já soubesse como o fazer?
Por exemplo, o envelhecimento – não penso que envelhecer seja fantástico. (Elias ri) Por isso eu diria que quereria permanecer a vida toda com trinta e cinco e em seguida passar à transição de uma forma deliberada, não? Se eu me comportar como se tivesse trinta e cinco anos, as leis da física acompanhariam esse processo?
ELIAS: É possível.
BALBINA: Se mudar a percepção que tenho, o comportamento ajudar-me-ia a isso?
ELIAS: É possível, sim, só que isso também envolveria a situação em que seria aconselhável examinardes que crenças expressais que digam respeito ao envelhecimento e se estareis a forçar a energia contra vós próprios, por assim dizer, por estardes a expressar uma forte aversão. Se a aversão estiver a ser expressada, a crença no envelhecimento não estará a ser aceite, pelo que continuará a influenciar dum modo intenso.
BALBINA: Não poderá referir tratar-se duma preferência que abrigo, a de não envelhecer? Podia dizer, “Está bem, acredito que toda a gente envelhece,” e em seguida contornar essa crença?
ELIAS: Podes exprimir a ti própria pensares tratar-se duma preferência, e poder mesmo constituir uma preferência. Mas lembra-te de que todas as vossas crenças incorporam variadíssimas influências diferentes, e que as vossas preferências apenas indicam as crenças que preferis. Mas cada crença porque nutris preferência também incorpora muitas influências e não apenas uma.
Por isso, a avaliação diz respeito àquilo no que essas influências consistam, e à escolha que preferis em relação a essas crenças, só que não à crítica para com aquelas influências que não preferis – diz respeito ao reconhecimento da sua existência e da existência do potencial delas vos poderem influenciar a agir por diferentes modos – mas escolhendo as influências que correspondem à vossa preferência. Não basta apenas pensar nelas.
BALBINA: Isso é um tanto difícil. (ri)
ELIAS: (Riso forçado) Eu estou ciente disso!
DONNA: Elias, tu disseste que expressarmos uma forte antipatia, nesse caso significará a existência duma crença que ainda esteja a influenciar e que a não estaremos a neutralizar. Será a aversão uma transmissão duma crítica ou duma condenação?
ELIAS: Por vezes. Depende da situação. É uma forma de julgamento, só que depende do cenário e da situação e do que estiver a ocorrer, assim como do facto de que o que esteja a ocorrer seja convosco próprios, ou se estará associado a uma situação em que outros indivíduos estejam a interagir – depende de distinguirdes se sentir aversão constitui um indicador duma crença que não estais a aceitar e em relação à qual continuais a empregar algum conflito; assim como pode constituir um indicador daquilo por que não sentis preferência, e da avaliação que estabeleceis em relação ao que escolheis empreender e ao que escolheis deixar de empreender.
Tal como estivemos a debater anteriormente em associação com a indiscrição, podeis sentir aversão por uma acção ou comportamento ou expressão que outro indivíduo empregue, mas não estardes necessariamente a gerar nenhum tipo de julgamento, por não estardes a eliminar a duplicidade. Só que estais a gerar um tipo de apreciação crítica associada a vós próprios, às opiniões e às preferências ou falta de preferências que abrigais, mas não estareis necessariamente a incorporar um juízo critico relativamente ao outro nem às escolhas que promove, o que é diferente. Por isso, uma aversão nem sempre constitui um factor de indicação duma crença não aceite.
DONNA: Se abrigar aversão por certos tipos de interacção que estiver a criar e escolher não tomar parte neles, ou sentir estar a começar a passar para a adopção deles e em seguida recuar, não me parece que esteja a atribuir nenhuma avaliação crítica a isso. Isso denota unicamente as minhas preferências.
ELIAS: Exacto, e estarás a gerar escolhas associadas às tuas preferências, só que não estás a empregar juízo em relação ao cenário dessa interacção.
Estás a reconhecer as directrizes que estabeleceste em relação ao que escolhes ou deixas de escolher expressar, o que é diferente do juízo empregue no cenário anterior do indivíduo que mente, e de se perceber isso como uma acção incorrecta da parte do indivíduo e passar-se a julgá-lo como falso. Podeis escolher não empregar tal expressão e admitirdes as vossas linhas de orientação, e podeis escolher não participar em tal tipo de expressão ou de comportamento com o outro sem empregardes necessariamente juízo crítico em relação a ele nem em relação às suas escolhas, e aceitar essas escolhas enquanto confessais as vossas próprias preferências e escolhas.
DONNA: E aí aceitar igualmente a sua reacção às minhas escolhas.
ELIAS: Sim. (pausa)
Vamos fazer um intervalo enquanto reunis as vossas perguntas – ou asdescobris! (Ri de modo estrondoso)
GOTTLIEB: Elias, se mais ninguém tem perguntas a colocar, eu queria perguntar-te sobre uma acção mágica em relação à qual falamos há uns dias, se bem te recordas. A minha essência estava a inserir um novo foco nesta dimensão física. Eu queria perguntar-te se essa essência pertence à família Sumafi e alinha pela Milumet.
ELIAS: Sim.
GOTTLIEB: Obrigado.
ELIAS: Não tens de quê. Vamos fazer um intervalo.
INTERVALO
ELIAS: Continuemos! Já descobristes as vossas perguntas? (riso forçado)
DONNA: Elias, a Lurine e eu fomos a Oxford… Oh, estivemos em Londres e fomos visitar a casa do Oscar Wilde. E andava por lá às voltas um homem com um casaco azul, e ficamos com o presentimento de que ele estaria lá à espera que conversássemos com ele. Interogamo-nos se se trataria da tua energia, se estarias a brincar connosco.
ELIAS: Estava a sobrepor. (Subentenda-se por isso a sua energia). (riso forçado)
DONNA: Foi bastante divertido! Temos vindo a sentir bastante a tua energia ao nosso redor, por toda a parte, uma energia azul; tanto tu como o Patel, ambos bons brincalhões, e apreciamos imenso isso.
ELIAS: Não tendes de quê. (riso forçado) Eu confirmo a vossa observação!
DONNA: Obrigado.
MARGOT: Elias, eu senti a energia da Vicki/Lawrence. Penso que terá sido no aeroporto de Heathrow, uma menininha de olhos azuis e cachos de cabelo castanhos que se mantinha a sorrir para mim, e a qual pensei ser a Vicki. Terá sido?
ELIAS: Não a criança, mas a energia, sim. (Riso forçado)
CHRISTINE: Eu tenho uma pergunta. Interrogo-me se existirá algum grupo de vidas pertencentes a outros focos que se achem neste fórum, que estejam a participar neste fórum actual, e que se centrem ao redor das artes, do artesanato e do movimento estético de Londres, na área da Inglaterra de fins do século 19 e começos do 20.
ELIAS: Existe.
CHRISTINE: E eu estarei a participar nele?
ELIAS: Estás.
CHRISTINE: Será o William Morris?
ELIAS: Não.
CHRISTINE: Mas eu encontro-me lá?
ELIAS: Sim.
DONNA: Eu tinha a impressão de ser o William Morris.
ELIAS: Não, mas estás sim nessa época e a participar nesse grupo.
CHRISTINE: Também fomos ao museu do Salvador Dali e eu senti uma semelhança com a energia que sentira com a do Patel em sonhos, no tipo de energia que sinto da parte do próprio Salvador Dali enquanto estava a contemplar as suas obras. Interrogava-me se o Salvador dali sera um foco do Patel.
ELIAS: Não, é essência observadora.
LIAM: Estive a olhar para a lista dos focos famosos há uns minutos, na parte que diz respeito à Áustria, e interrogo-me se de algum modo estarei envolvida nisso e se também me sentirei como parte disso. Isso poderia explicar a coisa. Serei alguém da realeza?
ELIAS: (Riso forçado) Sim, tu empregas um foco nessa altura e nessa área. Não na realeza mas incorporas um foco nessa precisa altura e nessa localidade.
LIAM: De que tipo?
MARGOT: Um camponês. (Elias ri alto)
LIAM: Haverá algum sítio onde possa deslocar-me a fim de me ligar a isso?
ELIAS: Isso dependerá das tuas escolhas, da abertura e da permissão da tua parte para prestares atenção às tuas impressões.
LIAM: Quem que é eu conheço desse foco que se encontre nesta sala?
ELIAS: Muitos desses indivíduos participaram nessa altura em particular e nessa localização. (riso forçado)
(Para a Balbina) Sim?
BALBINA: Eu passei por essa experiência quando me desloquei ao Brazil. Um cachorrinho juntou-se a mim e passou a considerar-me sua amiga logo desde o primeiro instante. Esse cachorro morreu três dias depois; provavelmente atropelado por algum automóvel. Por isso, certa manhã e depois duma noite de pesadelos por causa da ansiedade que sentia - penso que não tenha estado profundamente adormecida. Escutei um grande assobio a vir no meu encalço e em seguida alguma coisa me caiu na cama, junto à minha cabeça. Por isso achei aquilo estranho. Pensei se seria o cachorrinho a morrer naquele instante. Porque ele deve ter morrido nessa altura, durante a manhã.
ELIAS: Foi.
BALBINA: E ele terá voltado para se despedir, ou algo assim?
ELIAS: Em energia, sim.
BALBINA: Boa. Foi um tanto estranho, mas pensei que pudesse ser ele.
ELIAS: Foi.
BALBINA: Obrigado.
ELIAS: Não tens de quê. (riso forçado)
ANNE: Posso colocar-te uma pergunta? Mencionaste por duas vezes dias que o meu amigo Karl, seria uma encarnação do rei bavário, Ludwig II, e eu não tive tempo de perguntar se terei estado junto dele nessa época. Terei estado?
ELIAS: Estiveste.
ANNE: Não me poderás dizer (de quem se trata)?
ELIAS: Dum membro da família, mas vou-te dizer para investigares! (riso forçado)
GOTTLIEB: (Traduz em alemão para ela: “Hás-de descobrir isso por ti própria.”)
ANNE: Oh! (riso por parte do grupo, enquanto o Elias ri alto)
ANJULI: Elias, também nos interrrogamos por pensar teres dito à Bobbi que o filho dela tinha um foco como o Ludwig II, e a Margot e o Howard, nós estivemos a conversar como poderá tal coisa ocorrer. Tínhamos várias hipóteses. Podia tratar-se duma acção de fregmentação, mas, Howard, que foi que tu disseste?
HOWARD: Umas férias da parte da essência que dirige poderia alterar a energia da própria consciência do foco.
ELIAS: De certo modo isso na realidade é um tanto exacto. (Aplausos da parte do grupo) Não “férias” porquanto a escolha cabe ao foco quanto à essência com pela qual passa a alinhar em qualquer altura como a essência que dirije.
O foco pode escolher. Se ouverem essências observadoras, o foco pode escolher mudar as essências por isso constituir uma escolha do foco, o que também é significativo. Pois muitos que fazem parte deste fórum e que tomam parte nesta informação continuam a desvalorizar um tanto o foco como não sendo a essência, ou a conceber a essência como a expressão mais significativa, ou que a essência seja o todo ao passo que o foco constitua a parte. Mas além disso também desvalorizam as escolhas e o significado do foco da atenção e o poder que cabe a cada atenção, e encaram o enfoque da atenção como estando um tanto sujeito ao todo da essência, o que é bastante incorrecto. (1)
Essa é a razão porque vos transmito a todos repetidamente o significado e a importância que vos assiste enquanto indivíduos, e que na realidade estais a dirigir-vos e que estais a empreender as escolhas todas que têm lugar nas vossas experiências, até mesmo em relação à essência pela qual alinhais ou na qual vos tornais.
Por isso, de certa forma, existe pouca diferença entre a essência observadora e a essência que dirige, porque tampouco isso constitui um absoluto, e é passível de mudança.
HOWARD: Então terá sido isso o que me aconteceu recentemente? Terá o tom da minha essência sofrido alguma mudança? Creio que terás mencionado isso anteriormente, na nossa associação.
ELIAS: Não, mas isso perfaz igualmente uma outra acção que pode ter lugar, a qual também é escolha do foco, a de expressar mais um certo tom da essência assim como determinadas qualidades dela, mas isso pode variar. O foco pode desejar expressar um tom diferente e qualidades diferentes pertencente à mesma essência, o que vos alterará as experiências e além disso, de certos modos, alterará alguns dos vossos comportamentos e de certa forma a vossa identidade. Haveis de passar a perceber-vos de modo diferente.
MARGOT: Nesse caso, continuando nessa linha, quando essa escolha é definida durante, digamos, a experiência duma vida que sofre muitas alterações, alteramos as experiências da vida que levamos, e tu estás a dizer que isso seria a mesma coisa que no caso em que procedemos a uma grande alteração de rumo?
ELIAS: Depende do indivíduo e daquilo que estiver realmente a ocorrer. Porque isso também pode acontecer na alteração dos aspectos primários do próprio foco, o que não representará necessariamente uma alteração do tom nem das qualidades da essência. Será uma alteração dos aspectos primários do indivíduo.
MARGOT: Posso colocar um tipo de pergunta pessoal? A título de exemplo, quando decidi abandonar os meus antecedents – a igreja à qual pertencia, a minha família – e segui o meu caminho, terá isso representado uma mudança no tom do foco ou no tom da essência?
ELIAS: Do foco.
MARGOT: De ambos – terá sido o que disseste, de ambos?
ELIAS: Do foco. Sim, mas isso também representaria um marco de sinalização na criação de outras realidades prováveis, com certeza.
MARGOT: Obrigado.
ANNE: Penso que eu tenha sido tia da Sissi. Estarei estado ligada ao rei enquanto criança?
ELIAS: Eras um membro DA FAMÍLIA.
ANNE: Oh, não é nada. (Elias ri)
ANJULI: Ele não nos diz. Nós precisamos sempre investigar.
ANNE: Está bem, devo voltar-me para dentro.
DONNA: Que estaria eu a intuir com a impressão que tive em relação à Lurine como sendo o William Morris?
ELIAS: Essa época e as associações.
DONNA: Penso que o terei confundido ou então…?
ELIAS: Estás a sondar essa época, mas estás a apontar um indivíduo objectivo ao invés de detectares a energia e de reconheceres que aquilo a que a tua impressão dizia respeito era um grupo e uma época e um local, ao invés de um indivíduo específico. Mas isso representa um tipo de marcador, um sinal luminoso.
BALBINA: Quando dizes um marcador, no computador existe um utensílio a que se chama “recuperação do sistema”. Assim, se fizermos uma data de coisas de que não gostemos no computador, voltamos atrás e dizemos, “Tudo bem, recuperação do sistema”, e tudo o que tivermos feito até aí será apagado.
Eu pensei nisso, pelo que perguntaria se poderá existir algum factor idêntico na minha vida, por exemplo, e dizer, “Muito bem, vou agora activar o sistema de recuperação”...? No ano passado, por exemplo, dei lugar à criação duma doença. Poderei regressar atrás e dizer, “Façamos uma recuperação do sistema”?
ELIAS: E mudar?
BALBINA: É quase como alterar uma crença de…
ELIAS: Mudando o passado.
BALBINA: Pois.
ELIAS: Sim, é possível alterar o passado e gerar um passado completamente diferente. Apesar de vos poder dizer a todos tal como já fiz, que estais continuamente a mudar o passado, a cada instante. De cada vez que gerais uma lembrança, vós mudais.
BALBINA: Só que não com frequência nem de forma consciente. Por isso, se disser a mim própria, “Vou proceder a uma recuperação do sistema”, o que se assemelha a uma ferramenta; isso tornaria a coisa mais fácil para mim.
ELIAS: Sim, e isso pode constituir o teu método.
BALBINA: Pois, o meu método. Aprecio os métodos empregues no computador.
ELIAS: Muito bem! A maioria aprecia métodos. (ri)
JENS: Elias, também estávamos a falar acerca da apreciação e da aceitação. Qual será a altura mais realista para esse tipo de acção? Eu sei que expressei apreço sem o saber no passado, em 92 e em 99, se não estou errado. Mas eu queria fazer isso agora, e desta vez gostaria de saber qual seria a altura realista para tal acção.
ELIAS: Através da qual poderás permitir-te gerar essa expressão de amor autêntica?
JENS: Sim.
ELIAS: Antes de mais, vou-te dizer, tal como já o saberás, que depende das escolhas que elegeres e da abertura e permissão que concederes a ti próprio. Mas associado à energia que expressas agora, posso-te dizer que aquilo que estás a criar actualmente gera um potencial para que te venhas a expressar desse modo dentro de dois anos, e venhas a dar lugar à criação duma expressão genuína de amor e a reconhece-lo e a passares a adoptar uma consciência objectiva e uma experiência dele.
Reconhece que isso traduz um potencial, associado ao que estás actualmente a gerar e à direcção que estás actualmente a tomar. Por isso, também subsiste a possibilidade de alterares essa direcção, por sempre subsistir a possibilidade de poderes alterar ou passar a escolher diferentemente. Mas pela energia que tens vindo recentemente a expressar e o que estás a referir agora na direcção que tomas, na paisagem interior, por assim dizer, e por aquilo que estás a admitir por intermédio da familiaridade e da intimidade que tomas contigo, pode tornar-se um forte potencial dentro de dois dos vossos anos ou antes.
JENS: É bastante tempo para a minha (inaudível) aventura.
ELIAS: (Ri) mas tal como tive ocasião de expressar, isso também é passível de mudar, e podes gerar essa acção mais cedo do que aquilo que referi – assim como poderás escolher não o expressar! (riso)
JENS: Obrigado.
ELIAS: Não tens de quê.
MARGOT: Elias, na noite pasada expressei à Mary que a “idade tráz-nos a aceitação”. Mas ela não aceitou isso.
ELIAS: (Ri estrondosamente) Talvez o Michael não sinta ter idade suficiente para aceitar esse ditado! (Ri ruidosamente junto com o grupo)
BEN: Eu tenho uma pergunta sobre o foco do Beethoven. Que terá ele tentado fazer com a sua música? Qual seria a motivação por detrás da acção? Que terá tentado fazer com a sua música?
ELIAS: Comunicar.
BEN: Que terá estado a tentar comunicar?
ELIAS: Emoções que o indivíduo não acreditava ter a capacidade de expressar de nenhum outro modo para além da sua criatividade e das compusições musicais que concebia. Era o que ele acreditava ser o único modo através do qual ele poderia expressar comunicação de forma adequada, porque o indivíduo via-se e percebia-se a si próprio como bastante inadequado para expressar comunicação de muitas outras formas: com os outros, consigo próprio e com o seu mundo. Por isso, reconhecendo a paixão que sentia e a capacidade que possuia de criar música duma forma criativa, isso tornou-se no modo que adoptou na comunicação por muitas vias, por meio dessa única expressão.
MARGOT: Elias, estou a tentar que a Gillian coloque esta pergunta por ela sentir tanta curiosidade; mas ela não vai abrir a boca. Outro dia fomos visitar a sepultura do Beethoven, e de cada vez que ela via o nome Beethoven aparecia um abelhão dourado, em especial no topo do mausuléu. Que significado teria aquele abelhão ali, para além de constituir a primeira sílaba do nome dele? A que estaria o abelhão ligado?
(Nota do tradutor: Em Inglês abelha escreve-se “Bee” o que referido nesta passagem como correspondendo à primeira sílada do nome Beethhoven)
ELIAS: Está parcialmente associado ao nome. Também está parcialmente associado à personalidade e ao “aguilhão” ou vigor inerente ao tipo de personalidade.
MARGOT: Só ao “aguilhão” e não ao que fazia?
ELIAS: Em determinadas associações, alguns indivíduos geram isso. Mas está mais ligado à personalidade que foi apreciada pela criatividade, e não tanto à sua personalidade.
BALBINA: Acerca da música, desta música, captarão os compositores a sua vibração ou, não sei, será uma questão de espírito? Será uma interpretação das vibrações?
ELIAS: É.
BALBINA: Tal como a voz duma pessoa.
ELIAS: Sim.
BALBINA: Estará relacionada com a matéria ou antes à consciência?
ELIAS: É uma tradução para a vossa realidade duma expressão da consciência.
BALBINA: À chamada música clássica, a qual por vezes me parece ultrapassada, e não mais como uma interpretação adequada do modo como vejo as vibrações ou a consciência, ou será isso algo mais objectivo? A música clássica é considerada uma música sem tempo, válida em si mesmo. A impressão que tenho é a de que seja também um tipo de moda, numa interpretação distinta da actual.
ELIAS: É um reflexo da sociedade e da energia dos indivíduos que compõem a colectividade em diferentes épocas. Reflecte, por assim dizer, a disposição da época da expressão colectiva da energia. Mas posso-te dizer que toda a expressão musical que criais pode ser considerada intemporal, por se tratar apenas duma questão de preferência e daquilo que um indivíduo sente ressoar em consonância com as expressões vibracionais mais diversas.
BALBINA: Só pensei porque nesta mudança está a eclodir muito mais energia. É diferente do nosso tempo, por isso talvez a música mude com a tradução.
ELIAS: Tal como referi, é um reflexo da energia que está a ser expressada pelos indivíduos duma época particular. É a tradução de qualidades vibratórias que reflectem o colectivo em qualquer época.
BALBINA: Obrigado.
ELIAS: Não tens de quê.
GOTTLIEB: Elias, eu tenho uma pergunta. Estivemos anteriormente a discutir o facto do Beethoven ser ou não casado, e a Margot e o Howard disseram-me que ele tivera algumas namoradas. Estará algumas das suas namoradas talvez aqui nesta sala? (Elias acena com a cabeça afirmativamente) Quem será?
ELIAS: O Michael.
HOWARD: Segundo as impressões que colhi durante a semana, será a Elisabeth um foco da minha amiga, Kathy?
ELIAS: Qual Elisabeth?
BEN: Sebastia. (Pausa)
ELIAS: É.
HOWARD: Obrigado.
JÜRGEN: A esta altura eu gostava de perguntar pelo meu nome da essência.
ELIAS: Nome da essência, Carrdyth.
JÜRGEN: E quanto à família da essência, eu estive a ler as explicações que dás e surgiu-me a impressão encantadora de Sumari.
ELIAS: Sim.
JÜRGEN: Quanto ao alinhamento, não tive a certeza. Pensei que pudesse existir algum alinhamento talvez com a Zuli.
ELIAS: Sumafi.
JÜRGEN: A sério? Para ser completamente honesto, eu estava como que a regeitar isso, talvez devido ao aspecto do professor (que lhe está associada). (Elias ri)
Estávamos a conversar com a Mary e com a Donna sobre as orientações, e a Mary disse imediatamente que me reconhecera como suave (soft). Isso foi uma coisa em relação à qual tive logo a certeza nas últimas semanas em que estive a considerar tudo isso; que possivelmente não seria comum, por ter, digamos, experimentado conflito com as pessoas, tal como foi expressado em termos de falar um língua estranha e não ser compreendido, ou perceber ou expressar-se de modo diferente. Mas na verdade não consigo distinguir as diferenças entre as orientações. Assim, serei suave ou intermédio (intermediate)?
ELIAS: Suave.
JÜRGEN: Isso conduz-nos a uma questão que a Donna tinha, por não ter a certeza de ter alterado as orientações.
DONNA: Eu tinha o pressentimento de ter a orientação suave quando era jovem, e aí, numa altura qualquer terei mudado para a orientação comum, e agora tenho como que o entendimento de ambas, ou talvez eu tenha como que um suave… Não estou certa, como se estivesse amudar de uma para o outra. (pausa)
ELIAS: Bastante perspicaz!
DONNA: Oh, isso explica uma data de coisas!
HOWARD: Decide-te!
ELIAS: Não é uma acção que seja empregue com muita frequência. Na realidade, é uma acção bastante rara. A maior parte dos focos não alteram a orientação durante todo o seu foco. Mesmo no caso de se dar uma fragmentação ou alteração de algum tipo no foco, geralmente o foco preserva a orientação.
Mas tal como expressei previamente, não é regra e ocorre ocasionalmente só, dependendo da exploração que o indivíduo faz e da direcção que essas experiências tomam e também está associado com o objectivo. Pode ser uma acção que um determinado foco pode escolher incorporar.
DONNA: Assim sinto como que a mover-me na direcção de voltar a mudar para suave, ou como que à beira de o fazer.
ELIAS: Já o fizeste.
DONNA: Obrigado.
ELIAS: Não tens de quê.
GILLIAN: Elias, eu tenho uma pergunta que assenta numa curiosidade. Em termos do médio Oriente e do que está a ocorrer lá, será que alguma dessas coisas é passível de sofrer uma mudança com a possível mudança de regime dos EUA? Quer dizer, isso alterará um pouco a energia?
ELIAS: É possível.
GILLIAN: Mas não estás a dizer que seja provável.
MARGOT: Uma pergunta do tipo bola de cristal.
ELIAS: Depende da energia que está a ser expressada colectivamente pelos indivíduois que ocupam essa nação, e depende do facto desses indivíduos que têm consciência da forma como estão a expressar essa energia escolhem projectar essa energia reunindo-a um tanto com vigor.
Essa é a razão porque tenho vindo a referir a todos vós para prestardes atenção ao tipo de energia que estais a projectar no vosso dia-a-dia, porque o tipo de energia que expressais cede energia a esses elementos de polarização, e isso reflecte-se no que realmente fazeis nas experiências que fazeis a cada dia e em todos os vossos momentos.
A energia que projectais, se estiverdes a gerar a vossa própria polarização em associação com as vossas verdades, vós cedeis energia às polarizações que ocorrem nas expressões das massas. Se estiverdes conscientes do tipo de energia que estiverdes a projectar e projectardes mais uma energia de permissão ou tolerância e de aceitação em relação à diferença, estareis a ceder energia à dissipação dessa polarização.
Como já tive ocasião de referir muitas vezes previamente, esta é uma onda poderosa que estais a experimentar e uma onda que está a gerar uma FORTE polarização, porque as pessoas estão a dirigir-se às suas verdades por intermédio da experiênica. Por isso, estão a gerar as experiências das suas verdades e isso é o que gera essa polarização e oposição.
E muitos continuam inconscientes de que as verdades que abrigam não são verdadeiras. Posso-vos dizer nesta sala – aqueles que dispõem duma informação significativa – VÓS continuais a expressar algumas verdades que não reconheceis como tal, e percebei-las como absolutamente verdadeiras sem a menor sombra de dúvida.
JENS: Alguns exemplos? Que verdades?
ELIAS: Ah. Vós empregastes o vosso tempo neste grupo, não empregastes? E incorporastes tempo chuvoso na experiência que fazeis nesta área, não terá sido?
GROUP: Sim.
ELIAS: E não será uma verdade vossa que a chuva sempre cai? (grupo ri) Por isso, ela cai. E que num dia em que esteja a cair chuva, deverão existir núvens e o vosso dia deverá tornar-se escurecido? Isso não traduz qualquer absoluto. Eu posso-vos dizer que a chuva pode surgir sem as núvens e com o sol a brilhar. Mas a verdade que abrigais é a de que ela cai e que ela brota das núvens e que se torna mais escuro quando chove.
Esse é um exemplo das vossas verdades que não pondes em questão e à qual não dispensais qualquer avaliação. Apenas é como é e tornou-se num absoluto.
LIAM: Então estarás a dizer que basicamente a chuva não brota necessariamente das núvens?
ELIAS: Pode brotar, mas isso não é uma verdade. Pode ser o produto das núvens, só que não necessariamente. Existem áreas no vosso mundo e indivíduos que provocaram chuva sob um sol desprovido de núvens.
BALBINA: Mas acontece. Acontece…
ELIAS: Correcto, por isso a verdade relativa ao facto da chuva a brotar das núvens e a dar lugar a dias escuros não consiste realmente numa verdade. É a vossa verdade.
BALBINA: Se eu passar a aceitar neste momento que isso é a crença que tenho e que gosto dela, que a ceito. Aceitar para mim torna-se fácil por não ser existêncial. Então, de que modo hei-de alterar a percepção que tenho?
ELIAS: Se aceitares a crença, torna-se meramente numa questão de escolheres aquilo que preferes criar.
JÜRGEN: Isso quererá dizer que se chover, toda a gente que estiver no exterior perceberá a chuva e as núvens, enquanto só eu perceberei a chuva sem núvens e o sol a brilhar?
ELIAS: Isso é bastante possível.
HOWARD: Bom, tivemos neve num dia claro de Abril na celebração do Sedna, há umas doze semanas.
ELIAS: Por isso, a neve não brota necessariamente das nuvens, tampouco!
JÜRGEN: Nem sequer cai, necessariamente!
ELIAS: Isso também está correcto. (ri)
As vossas verdades adquirem um tal sentido absoluto que passam a não ser questionadas e essa é a razão porque se podem tornar um tanto esquivas para vós, por as não questionardes; elas apenas são o que são. Por isso tornam-se um tanto mais dificeis de identificar, pois, porque razão haveríeis de identificar um absoluto?
GILLIAN: Então a gravidade constitui uma verdade absoluta para nós.
ELIAS: Sim, não é verdadeira, mas constitui uma forte verdade que incorporais.
JENS: E todas as leis científicas.
JÜRGEN: Por falar neste tipo de sentido, e considerando a minha pergunta de há pouco, existirá alguma diferença real entre uma verdade que as pessoas estejam a expressar-me em meio àquilo que estiverem a fazer e o que eu estiver a deixar de perceber e o que chamamos as leis da física? A verdade consiste apenas e de facto numa palavra que empregamos em relaçção a ambas, pelo que, efectivamente serão ambas idênticas a esta...?
ELIAS: Elas são as vossas verdades, e como tal elas são bem reais. Não estou a minorizar a realidade gerada pelas vossas verdades. Só que não são verdadeiras; não constituem um absoluto. Não, as vossas leis da física tampouco consistem numa verdade e são mesmo passíveis de mudança. Os factos podem mudar.
JÜRGEN: Então digamos, a título de exemplo, que eu faça algo, algo que terei criado e que alguém terá percebido e eu tenha expressado de modo diferente. Por isso, esta pessoa acusa-me de lhe mentir. Isso na realidade é algo que dizemos constituir um facto, algo que não pode ser alterado. Mas como tu disseste antes, tenho consciência de poder alterar o meu passado. Além disso, como a situação explode em probabilidades, por assim dizer, isso quer dizer que a situação não constitui um absoluto e por isso não pode constituir uma verdade?
ELIAS: Exacto. Na percepção que tendes, constitui uma verdade, mas na realidade, tal como já expressei anteriormente, constitui a vossa directriz associada ao que criastes e ao modo como vos comportais e ao que expressais. Mas não constitui um absoluto.
JÜRGEN: Uma directriz ética, por assim dizer.
ELIAS: Isso também refere uma verdade, que podeis ou podeis não incorporar.
JÜRGEN: Estou só a tentar compreender o termo “directriz” neste contexto. Talvez a directriz constitua um tipo de preferência.
ELIAS: Isso serão algumas das vossas preferências. Algumas não são preferências vossas, em razão do que não incorporais determinadas expressões relativas a determinadas acções ou comportamentos. (pausa)
BALBINA: Serão as vibrações uma verdade, uma verdade real, tal como a côr?
ELIAS: As qualidades vibratórias, sim.
BALBINA: Eu vou-te perguntar mas talvez tu não gostes. Uma outra essência, Abraham – eu fico intrigada com ela – disse que se nos concentrássemos 17 segundos num desejo, por exemplo, colocaríamos uma probabilidade em acção. Se nos concentrarmos durante desassete segundos em algo que queiramos ou que não queiramos, passamos a criar uma probabilidade. E eu questiono-me, porquê desassete segundos?
ELIAS: Vós criais uma probabilidade no momento. Isso não requer qualquer designação de minutos ou segundos. As probabilidades são criadas a cada instante.
BALBINA: Nesse caso que será que as leva a realizar-se? Será a intensidade das crenças?
ELIAS: Das crenças que tendes, as quais vos influenciam a percepção, e as vossas escolhas.
BALBINA: Oh, essas escolhas, pois. Obrigado. (Elias ri)
ANNE: Eu tenho uma pergunta, Elias, em nome do Alex. Penso que ele tenha uma orientação intermédia. Estarei correcta? (pausa)
ELIAS: Estás.
ANNE: Obrigado.
ELIAS: Não tens de quê.
ANNE: Eu tenho uma pergunta. Penso ser a mãe do rei Ludwig II, e queria saber.
ELIAS: És! (ri)
ANNE: Oh! Sou a mãe dele! Por vezes sinto que ele seja meu filho. (ri, enquanto o Elias ri por entre os dentes) Muito obrigado.
ELIAS: Não tens de quê.
GOTTLIEB: Elias, há dois dias atrás quando trocamos energias, foi uma sensação agradável. Mais uma vez te agradeço.
ELIAS: Não tens de quê.
GOTTLIEB: E ontem senti algo especial. Pareceu-me estar presente duma forma subjacente há uns dois dias, mas despertou e penso que me terás revelado algo. Foi como uma viagem. Poderá ter sido alguma coisa, por favor?
ELIAS: Uma viagem.
GOTTLIEB: Uma viagem à tua dimensão?
ELIAS: Em termos de energia, a fim de estenderes uma possibilidade de te moveres noutras áreas, e não apenas nesta.
GOTTLIEB: Muitíssimo obrigado. (Elias ri) Foi espantoso!
ELIAS: Não tens de quê.
GILLIAN: Elias, eu só queria recordar-te que, quando tivemos a nossa última sessão privada no Sábado passado, tu perguntáste-nos nessa altura que preferência teriamos em termos de diversão para passarmos a empregá-la. Eu senti-me absolutamente embatucada com isso e não consegui entender a coisa. Mas apenas desejo receber a tua confirmação estrondosa em relação a teres recebido a minha mensagem de vir a encontrar alguém em quem sinta a tua energia sobreposta, e essa pessoa me proponha um novo desafio.
ELIAS: (Em altos brados) MUITO BEM! EU VOU ENTRAR NO TEU JOGO! (em seguida mais pausadamente) Será isto suficientemente alto?
GILLIAN: É! (grupo ri, enquanto o Elias também ri) Só para que fique gravado!
ELIAS: Muito bem. (Riso abafado)
Muito bem, meus amigos. Passo a estender-vos o meu encorajamento a cada um e a todos vós. Estendo-vos a minha energia em auxílio e a cada um de vós o meu carinho e o reconhecimento pela amizade e a minha amizade também. Sabei que estou sempre disponível e que também estou sempre convosco. A cada um nesta tarde, diverti-vos convosco e uns com os outros, e com enorme afecto, desejo-lhes um au revoir.
GROUP: Au revoir, Elias.
…
(1) Nota do tradutor: Elias refere-se mais a esse tema numa sessão subsequente, pelo que passo a citar:
“HOWARD: (Ri) Muito bem! Penso que teremos deixado claro em Viena q ue a Lisbeth/Sebastia tem também um foco na Katie B., a minha amiga.
ELIAS: Essência observadora. Sim, razão porque sentes uma energia familiar.
HOWARD: Obrigado por esse esclarecimento. O que só torna a minha pergunta seguinte ainda mais curiosa. Teremos concordado que a Sebastia tem um foco na qualidade da Baronesa “Nica” de Koenigswarter, a amiga do Thelonius Monk?
ELIAS: Sim...
HOWARD: Porque eu pensei que isso se referisse à minha amiga Kathie, também.
ELIAS: Sim...
HOWARD: Então, que estará aqui a passar-se?
ELIAS: Essa é a razão porque não crio necessariamente uma distinção entre essência observadora e a essência que dirige. Eu referi tal distinção a pedido da vossa parte e para entenderdes melhor, porque gerais uma menor confusão e um maior à-vontade se vos permitirdes categorizar e atribuir diferentes conceitos em pequenas caixinhas bonitinhas.(riso abafado) Mas essas caixinhas não incorporam lados; por isso, não se prestam a ser contentores.
Ah ah ah! Isto, uma vez mais, incorpora o assunto da escolha do foco, e de que, se houver alguma essência em observação pertencente a qualquer outro foco, será escolha do foco qual a essência porque passará a alinhar com mais vigor, escolha que o foco possui no seu poder de alterar, coisa que ocorre.
Nesse sentido, isto serve de ilustração para o significado do indivíduo, para o facto do indivíduo constituir a corporificação da essência e não estar a ser controlado nem dirigido por alguma entidade que concebais como mais vasta que o indivíduo – que é a essência – assim como para o facto de que o indivíduo escolhe. Qualquer indivíduo que incorpore o que identificais como a essência que dirige E uma essência observadora, é escolha desse indivíduo por qual essência passará a alinhar com mais intensidade, em qualquer altura. Por isso, uma essência observadora pode tornar-se a essência que dirige apenas pela escolha do indivíduo. Tal como já expliquei anteriormente, a outros indivíduos, em tais situações, o indivíduo pode constituir uma essência e poder alterar isso, passando subsequentemente a tornar-se numa essência diferente, E subsequentemente retornar à anterior essência, se o escolher.
Isso não é necessariamente aquilo que designaríeis como objectivamente reconhecível numa altura qualquer particular, mas dependendo das chamadas essências assim designadas que se acharem envolvidas com qualquer um dos focos particulares e dependendo das expressões e qualidades de cada uma dessas essências, pode dar-se uma alteração um tanto notória nas experiências ou qualidades ou na personalidade ou talentos, por assim dizer, do indivíduo que se distinga em diferentes alturas. Porque se a essência que estiver a observar se tornar a essência escolhida do foco, a essência que estaria a observar pode incorporar qualidades distintas das da anterior. E isso deverá reflectir-se na experiência ou nos talentos ou nas qualidades ou mesmo na personalidade do indivíduo.
Agora; se a essência expressar qualidades similares, o indivíduo poderá não necessariamente apresentar alterações dramáticas no seu foco, na decorrência do que pode tornar-se um tanto mais subtil e menos óbvio. Mas, tal como referi, na realidade não existe distinção entre uma essência observadora e uma essência que dirige o foco, por não ser escolha da essência, por assim dizer, dirigir ou observar mas escolha do foco.” #1610
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