Quarta-feira, 20 de Outubro de 1999 (Grupo/Vermont)
Tradução: Amadeu Duarte
Nota da Vicky: A Hannah tem três anos e o Natty tem seis.
ELIAS: Boa noite! Esta noite vamos dar as boas vindas às novas essências e àqueles com quem estive previamente. Boa noite pequenos! (A sorrir)
Iniciarei a noite com as vossas perguntas, pelo que podeis conduzir o fórum. (Pausa enquanto se gera muito burburinho)
NATTY: Bom, no meu quarto há como que... Quando entro pela porta, sabes, e olho para a porta do quarto de banho, e olho pela janela para o exterior e está noite cerrada lá fora, na cozinha e eu costumo pensar que vai entrar qualquer coisa que está a espreitar lá fora...
ELIAS: E isso assusta-te. (O Natty acena com a cabeça e o Elias acena de volta)
Muito bem. Vamos falar sobre ti e o sentimento que tens ao olhares pela janela para a escuridão. Que coisa percebes no escuro?
NATTY: Eu vejo algumas cores. Eu vejo-as sempre, como quando olho para as luzinhas.
ELIAS: Absolutamente. Agora, sabes o que são esses pequenos pontos coloridos e essas luzinhas? (O Natty abana a cabeça)
É por isso que sentes medo, por não saberes o que são essas luzinhas e esses pontinhos coloridos, e teres medo que te possam fazer mal, mas não fazem.
Podes brincar com essas luzinhas pois já ouviste histórias de fadas, não? (O Natty acena que sim) Mas as fadas não são fadas de verdade. Isso são histórias.
Mas existem seres que podes fingir serem fadas, e eles são muito brincalhões e gostam de espreitar os lugares habitados por pequenos como tu, porque eles gostam de brincar e sabem que também gostais de brincar.
Por isso eles cintilam e tu vê-los a cintilarem. Mas outras pessoas – os adultos – não as vêem a cintilar e tu pensas lá contigo que eles não sejam reais por os adultos não os verem a cintilar. Mas eles são reais e estão lá, e são...
NATTY: Eu sei que são reais porque eu vi-os a patinar. É por isso que sei que estão vivos. Até porque eles têm uma casa na minha escola e os meus dois amigos, eles gostam muito de fadas, e sabem que estão vivos.
ELIAS: Oh, eles estão bem vivos, e são bem reais!
NATTY: Pois!
ELIAS: E são brincalhões mas lá por isso não precisas ter medo porque não te vão fazer mal. Eles apenas olham para ti por serem curiosos, tal como sentes curiosidade em relação a eles.
Por isso vou-te dizer que podes convidar esses seres pequeninos e brincar com eles. Esses seres pequeninos são muito criativos pois conseguem brincar contigo enquanto estás a dormir. Porque quando te encontras a dormir tu crias sonhos e esses seres pequeninos podem brincar contigo nos teus sonhos. E podes dizer-lhes o teu nome que eles dizem-te o deles e podeis brincar juntos e não precisas ter medo.
Esses seres pequeninos são conhecidos como essências (espíritos) e andam à tua volta. Estão por todo o lado e tu podes vê-los que eles ficarão bastante satisfeitos por brincares com eles. (A sorrir) E se preferires também me sentirei bastante privilegiado por brincar contigo também!
Convidas-me também a mim para brincar contigo? (O Natty acena afirmativamente) Muito bem!
Nesse caso vou aceitar o teu convite, e virei igualmente ao teu encontro para brincar contigo. (A sorrir)
NATTY: Obrigado.
ELIAS: Não tens de quê!
MARISA: (A sussurrar) Está bem, então diz isso rapidamente.
HANNAH: Obrigado por vires aqui. (Elias sorri)
MARISA: (A sussurrar) Então despede-te.
HANNAH: Boa noite!
ELIAS: Boa noite! (Faz uma pausa enquanto as crianças abandonam o recinto)
Podeis continuar se assim preferirdes.
MULHER: Não poderias falar-nos sobre a reencarnação?
ELIAS: Ah! E em que direcção devemos avançar com este assunto?
MULHER: Estou particularmente interessada em saber quanto tempo leva a reencarnarmos. Não creio que existam regras mas neste plano deverá ser de alguns milhares de anos ou pode acontecer com o nascimento do bebé seguinte, por assim dizer?
ELIAS: Esta é uma questão difícil para aqueles que se acham nesta dimensão, porque vós criastes conjuntos de crenças bastante incisivos em torno da questão da reencarnação.
Bom; vou dizer-lhes, para início de conversa, que a reencarnação, segundo a forma como a expressa a vossa filosofia, não passa duma crença e não ocorre do modo que expressais a vós próprios com as vossas ideias.
Na realidade, fora desta dimensão física, assim como fora de certas dimensões físicas – porque esta não é a única dimensão física que existe – fora das dimensões físicas o tempo não tem existência do modo que pensais.
O tempo é simultâneo. O tempo consiste num elemento que foi criado na consciência, e por isso, de certa forma, consiste numa entidade em si mesmo, mas também é relativo a cada dimensão física tanto na expressão que aí encontra como no movimento que assume. Nesta dimensão física em particular vós criais a percepção e o movimento do tempo dum modo linear.
Agora; permitam igualmente que me torne claro nesta área. A percepção consiste naquilo que pensais em torno de como o tempo se move. Consiste na identificação que fazeis do elemento tempo no tipo de movimento que aparenta assumir em frente. É a isso que nos referimos em termos de tempo linear. Que se move em linha. Deslocais-vos do passado para o presente e daí para o futuro, e a vossa realidade toda é abrangida por essa criação. Por isso, até mesmo a vossa linguagem se move em conjugação com a criação do tempo.
Mas assim que saís desta dimensão física, o elemento do tempo deixa de ser relativo. Por isso não é criado do mesmo modo.
Isso move-se em conjugação com as vossas crenças na reencarnação, porque encarais a vossa realidade como deslocando-se através de hiatos temporais que registais como história. Além disso criastes igualmente uma percepção da recordação, que vos permite a recordação de eventos e de experiência, as quais se deslocam do mesmo modo linear.
Nesse sentido a percepção que tendes da morte como não constituindo uma quebra terminante da vossa própria continuidade volta-se para a identificação dum retorno ou duma nova manifestação, porque dais continuidade a um processo de pensamento do tipo linear.
Na realidade, vós possuís grande número de focos, ou aquilo que designais como vidas. Eu emprego o termo “focos” propositadamente. A soma total de todos os focos duma dimensão física em particular será designada como vida, por assim dizer, e todos esses focos – que vós identificais enquanto vidas – consistem em diferentes direcções da atenção dentro da vida ocupada numa dimensão física.
Vós sois essência. Por isso sois muito mais vastos e grandiosos do que podeis perceber ser num foco físico particular. Este momento que identificais, assim como aquele que conheceis que sois e com que vos familiarizais, constitui um foco da essência.
Agora; lá por estarmos a falar dum foco individual não interpreteis isso como uma representação duma mera parte ou dum bocado da essência porque não sois. Vós sois a essência completa. Presentemente a vossa atenção acha-se focada numa direcção. Isso não quer dizer que seja a totalidade daquilo que vós sois. Trata-se unicamente da direcção em que focais a vossa atenção, e podeis usar a vossa actual manifestação física como exemplo de tal tipo de acção.
Vós percebeis apenas um corpo que identificais como sendo vós próprios, mas dentro dessa forma corporal estão a decorrer imensas acções em simultâneo. Possuís cinco sentidos exteriores que estão continuamente a processar informação sem cessar, informação essa proveniente dos estímulos e da informação do vosso meio e de vós próprios; porém, não estais a centrar a vossa atenção na acção dos vossos sentidos exteriores. E por isso não estais a notar a acção decorrente da função desses sentidos exteriores.
No vosso corpo físico existem infinitas acções que estão a decorrer em simultâneo mas não estais a focar a vossa atenção continuamente sobre nenhuma dessas acções. E no exterior do vosso corpo estão a decorrer muitas acções. Vós interagis com outros. Vós criastes um meio no qual participais e criastes um mundo que vos está a afectar, do mesmo modo que vós o afectais. Mas num dado momento podeis não estar a centrar a vossa atenção na área da observação de qualquer desses elementos que estão a decorrer em simultâneo. Podeis estar a direccionar a vossa atenção de modo bastante singular, estando unicamente cientes duma única acção.
Neste mesmo momento estais a dar atenção á interacção que estais a ter comigo. Não estais a depositar a vossa atenção sobre mais nenhuma acção que esteja a decorrer neste domicílio, mas isso não quer dizer que não estejam a decorrer outras acções, porque estão, e também estais a participar nessas acções unicamente com a vossa permanência neste compartimento.
A razão desta explicação consiste em oferecer-vos uma ligeira compreensão sobre o modo como um imenso número de acções decorrem. É a vossa percepção que identifica aquilo que vedes, e com a percepção que tendes percebeis para onde direccionais a vossa atenção.
Enquanto essência vós direccionais a vossa atenção – uma das vossas atenções – para este foco em particular em que participais. Não vos permitis ter consciência de mais nenhuns focos que estejam a decorrer em simultâneo.
Isto relaciona-se com a vossa crença na reencarnação, porque segundo tal crença, acreditais que vos manifestais, ou que nasceis e depois deslocais-vos ao longo dum foco particular e morreis, e voltais a nascer e moveis-vos e morreis, e repetis incessantemente essa acção.
Aquilo que vos estou a dizer é que na realidade todos os vossos focos estão a decorrer agora. Vós não vos manifestais por meio do nascimento deslocando-vos ao longo desse foco para morrerdes em seguida para subsequentemente voltardes a manifestar-vos. Eles estão todos a decorrer agora, porque toda a realidade está a decorrer agora.
O elemento do tempo no formato linear consiste numa criação relativa a esta dimensão física em particular que foi inserida de forma bastante intencional nesta realidade física.
Escolhestes criar uma realidade através da qual podeis abrandar o vosso movimento e as vossas acções de forma a poderdes experimentar a plenitude de tudo aquilo que criais em termos materiais, e de forma a poderdes perspectivar e examinar e avaliar e experimentar e assimilar todas as maravilhas que criais nesta dimensão física.
Agora; nesse sentido as essências escolhem um diferente número de manifestações, por assim dizer, que passam a inserir numa dimensão qualquer em particular. Cada um de vós, enquanto essência, escolhe o número de vezes que ides focar a vossa atenção nessa dimensão em particular, e isso é inteiramente da escolha de cada essência.
Quanto à repetição da manifestação, também vos direi que existe uma acção que ocorre em conjugação com a vossa criação do tempo linear dentro desta dimensão. Na realidade não se trata duma repetição da manifestação.
Portanto, quando escolheis o momento em que vos separais desta realidade – ou por altura daquilo que designais como morte – vós continuais o mesmo Eu que sois capazes de identificar. O Eu que conheceis prosseguirá para áreas não físicas da consciência, porque já oferecestes a vós próprios a experiência desta dimensão física em particular, e como cada essência se foca num imenso número de focos da atenção numa dimensão física, tornar-se-ia desnecessário que um foco voltasse a penetrar nesta dimensão física.
Quando vos afastais desta dimensão física, deslocais-vos para outra área da consciência que designamos Área Regional 3, a qual consiste na área da transição. Nessa área da consciência aquilo que ocorre consiste no despojar-se das crenças que são comportadas em conjugação com esta dimensão física particular, devido a que se tornem desnecessárias nas áreas não físicas da consciência.
Haveis igualmente de vos dissociar da vossa consciência objectiva nessa acção de transição, porque a consciência objectiva consiste igualmente numa criação relativa e útil nas dimensões físicas mas que são completamente desnecessárias nas áreas não físicas da consciência.
A vossa consciência objectiva consiste em tudo aquilo com que vos deparais em termos físicos – tudo aquilo que pensais, tudo o que comportais em termos emocionais e tudo o que percebeis fisicamente. Isso é o que compõe a vossa consciência objectiva, a qual é desnecessária para além duma dimensão física. Consequentemente, isso também é descartado durante essa acção de transição.
Por essa altura, por assim dizer, quando as crenças tiverem sido descartadas em conjunto com a consciência objectiva, possuís a capacidade de escolher mover-vos rumo a qualquer acção ou área da consciência, assim como também detendes a capacidade de optar por criar qualquer nova acção ou área da consciência a fim de a explorardes, porque as essências encontram-se num contínuo acto de se tornarem, e neste estado de transformação, dá-se uma contínua acção de exploração da consciência e uma acção contínua de criação da consciência. Isso não tem fim.
Agora; nessa escolha de prosseguir rumo a uma área qualquer da consciência não física, por vezes, aquele aspecto da essência que foi identificado como um foco individual pode escolher projectar um aspecto da sua consciência num elemento da consciência física de qualquer dimensão física.
Isso não quer dizer que se volte a manifestar. Apenas projecta um aspecto da sua consciência sobre outra área da realidade física a fim de experimentarem esse elemento da realidade física.
Com isso, as pessoas passam a criar a crença da reencarnação num animal. Mas vós não vos voltais a manifestar numa criatura. Vós não reencarnais num animal. Os animais não são essência mas consistem numa criação vossa enquanto essência.
Por isso, possuís a capacidade de projectar um aspecto vosso na consciência da criatura bem como de criar uma realidade em conjugação com a criatura, porém, não vos manifestais como criaturas, porque isso seria bastante limitativo para vós dentro duma dimensão física.
Vós permitis-vos muito mais liberdade de exploração por meio da manifestação da vossa espécie do que poderíeis, por assim dizer, obter pela da das criaturas na vossa dimensão, porque elas consistem numa criação vossa, de certa forma.
Nesse sentido, e por acordo, já que elas também são consciência, elas escolheram criar a sua realidade em conjugação com o vosso propósito.
Vós concebestes e orquestrastes esta dimensão física e assim também a dirigis, e nessa direcção tudo o que participa nela constitui consciência, e acha-se em acordo convosco para se criar a si próprio do modo que estais a dirigir.
De certa forma vós criastes uma imensa peça nesta dimensão física, e vós sois os directores ao passo que toda a vossa realidade representa os actores – a vossa atmosfera, os vossos planetas, o vosso universo, as vossas montanhas, o vosso tempo, as vossas criaturas, as vossas plantas – tudo o que existe na vossa dimensão física consiste numa criação vossa. Vós sois os directores enquanto que tudo o que referi constitui os vossos actores, e vós orquestrais, tanto individual como colectivamente, o movimento e a dança de tudo isso.
Por isso, para voltar à vossa pergunta inicial sobre a reencarnação, existem imensas crenças que a filosofia da reencarnação comporta. Vós dais lugar a tais crenças com base num conhecimento subjacente de certos elementos tanto inerentes à vossa natureza como à vossa realidade.
Vós possuís o conhecimento de serdes muito mais e bastante superiores do que um foco da atenção individual, mas na criação que empreendeis da vossa realidade objectiva, não conseguis compreender de que modo isso será possível, porque tudo o que encarais não passa dum corpo singular; identificais-vos como um indivíduo isolado. Não vos é dado perceber dez mil clones junto de vós, em termos físicos!
Por isso criais a crença – uma explicação que encontrais para vós próprios – sobre como havereis de ser superiores a este foco individual e singular da atenção.
Nesse sentido, ao criardes um enquadramento linear de tempo, expressais em termos bastante lógicos para vós próprios que o que poderá acontecer é vós vos manifestardes e depois passardes pelo desenlace para depois voltardes a manifestar-vos. Na realidade já sois todas as vossas vidas, por assim dizer, e apenas precisais voltar a vossa atenção ligeiramente para o lado – não para a frente nem para trás – para poderdes com toda a facilidade perceber todos os demais focos que tendes nesta dimensão.
Do mesmo modo que o vosso corpo físico vos pode afectar num dado momento, por assim dizer – e vós podeis no acto voltar a atenção para a afectação de qualquer elemento no vosso corpo físico e notar essa afectação – podeis igualmente notar que a energia dos vossos focos todos vos esteja a afectar, porque vos achais a participar em todos eles, e também vos achais a afectar todos esses focos existentes nesta dimensão.
Vós possuís muitos mais focos da essência nesta dimensão física particular, mas na direcção que a vossa atenção toma, sereis capazes de aceitar que esses focos que comportais nesta dimensão particular se acham mais próximos de vós e mais facilmente acessíveis, por poderdes mais facilmente compreender as realidades inerentes a eles. Vós criais véus entre vós mesmos e os demais focos dimensionais, porque a realidade deles acha-se bastante afastada e é diferente da realidade desta dimensão.
Será isto suficiente? (A sorrir)
MULHER: (A rir) Mais do que suficiente. Obrigado.
ELIAS: Não tens de quê. (A sorrir)
MULHER: Então, Elias, ainda mais ou menos dentro do mesmo tema, serão as relações que mantemos neste foco físico actual as mesmas que temos nos outros focos, ou estaremos apenas a ter um relacionamento connosco próprios? Fará isso algum sentido?
ELIAS: Sim, estou a compreender aquilo que estás a expressar, (A sorrir) mas dir-te-ei que em parte ambas estão certas.
Vós estais continuamente a interagir numa relação convosco próprios porque estais continuamente a explorar e a investigar os elementos todos da realidade física. Estais a explorar as vossas habilidades, as vossas emoções, e os processos do vosso pensar, além de tudo aquilo que podeis criar em qualquer foco. Mas, na área dos relacionamentos criais igualmente relações numa interacção com as mesmas essências em muitos focos.
Com bastante frequência as essências deslocam-se na direcção de formar agrupamentos e assim agrupam-se e criam uma diversidade de focos em conjunto. As essências muitas vezes também escolhem criar certos tipos de relacionamento de forma repetida ao longo de variados focos.
Agora; juntamente com as relações, esta é igualmente uma das razões porque muitas vezes as pessoas num foco particular são levadas a sentir uma certa sensação de familiaridade em relação a determinados indivíduos, devido a que participem noutros focos e em simultâneo com esses indivíduos, com essas essências, e sejam afectados por eles.
Muitas vezes, as essências podem igualmente criar vários focos que mantêm um mesmo tipo de relacionamento entre si. Isso representa aquilo que em termos objectivos identificais como “almas gémeas” porque essas essências criam um tipo específico de relacionamento que é focado várias vezes. Pode tratar-se dum relacionamento romântico ou duma relação íntima com outro indivíduo que se repita várias vezes em simultâneo, e dá-se um reconhecimento de estarem a passar por isso; e à semelhança da vossa crença na reencarnação, colheis a impressão - em conjunção com o tempo linear - de terdes experimentado imensas experiências de relacionamento com o outro; reconheceis isso, e é nisso que consiste aquilo que designais como alma gémea. Mas podeis igualmente ter muitos relacionamentos de conflito com outro indivíduo.
Ao passo que eu referi que, em termos gerais, as essências se manifestam em grupos e como tal focalizam variadas formas de atenção em conjunto nesses grupos. È bastante divertido para nós, à medida que interagimos com todos vós, que reveleis tal surpresa pelo reconhecimento de terdes participado noutros focos junto com outros indivíduos que encontrais neste foco actual porque isso é bastante comum.
É bastante provável que Todos tenhais partilhado outros focos com aqueles que conheceis neste foco, de um modo ou de outro. Num foco podeis ter um relacionamento com um indivíduo e noutro podeis apenas passar por ele na rua, por assim dizer, mas ter-vos-eis encontrado um ao outro de qualquer modo, porque as essências focam-se em conjunto umas com as outras.
Também vos focais em grupos dentro duma mesma localização física. Numa época podeis focar-vos num grupo numa área geográfica da Ásia, enquanto que noutra época todas estas essências podem focar-se na zona geográfica das vossas Américas, mas manifestam-se em grupos porque isso vos proporciona familiaridade.
Em consciência, não se distinguem focos físicos nem dimensões físicas por falta de familiaridade. O acto de nascer e morrer ou duma participação bastante curta – tal participação é bastante pouco familiar no estado da essência. Por isso, ofereceis a vós próprios um elemento de familiaridade ao vos manifestardes em grupo porque isso vos proporciona conforto nas vossas manifestações físicas.
MULHER: Obrigado.
ELIAS: Não tens de quê. (Pausa)
JENNIFER: Elias, a Mary e eu vínhamos pelo caminho a falar sobre a aceitação, a aceitação tanto pessoal como dos outros, e vínhamos a referir situações em que os outros se presenteiam com o conflito e sobre desligar-se disso, em certa medida...
E parece-me que com tal desprendimento ainda podemos aceitar, porque se estabelece o reconhecimento daquilo que está a suceder no conflito, escolhendo ao mesmo tempo não nos envolvermos nesse conflito. E no entanto, ao nos desapegarmos, que é o estado que mais se me afigura a mim como aquele que me confere maior força, à medida que este ano termina, parece-me que somos afastados de tal forma que torna mais difícil envolver-nos. Portanto, a minha pergunta é, se nos desprendermos, poderá isso constituir uma forma de aceitação?
ELIAS: Essa terminologia do desprendimento ou do desapego está imbuída duma conotação negativa tanto na vossa dimensão física como na vossa linguagem.
Nesse sentido, digo-lhes que aquilo que estais a criar na realidade não é um acto de desapego. Vós achais-vos todos interligados e o desapego consiste num acto de separação.
Agora; compreendo que na percepção que tendes possais perceber estar a criar uma acção de separação, mas na realidade digo-vos que não estais a criar necessariamente uma acção de separação. Aquilo que estais a realizar é um começo da aceitação, por estardes a voltar a vossa atenção para vós próprios (o Eu).
Com isso estais a permitir-vos uma expressão de aceitação de vós próprios tanto quanto do reconhecimento das vossas escolhas – reconhecendo que DISPONDES de escolhas – o que, nos vossos termos físicos, constitui uma realização em si mesma! (A sorrir)
Com essa acção ofereceis a vós próprios permissão para vos aceitardes bem como à direcção que adoptais, assim como vos voltais para o começo duma aceitação em conjugação com os outros, porque à medida que voltais a vossa atenção para vós também admitis uma expressão de reconhecimento em relação às escolhas dos demais a despeito da vossa percepção, seja qual for, e isso cria uma concessão. Não constitui inteiramente uma expressão de aceitação mas um movimento no sentido da aceitação, porque antes desse tipo de acção não existe qualquer expressão de concessão.
Enquanto percebeis as criações e as escolhas e os comportamentos dos outros e isso se torna objecto de conflito em relação às vossas próprias escolhas e às vossas percepções e crenças, deixa de subsistir qualquer concessão porque avançais uma condenação e uma acção pela qual deixa de subsistir qualquer permissão em relação à expressão das escolhas e da realidade dos demais.
Mas quando vos moveis na direcção de voltardes a vossa atenção para vós próprios – o que tenho vindo a referir desde o início deste fórum – aí deixais de vos preocupar e de concentrar a vossa atenção na direcção do outro.
Percebeis isto como desapego mas na realidade não se trata duma separação entre vós e o outro, mas dum movimento de voltardes a vossa atenção e de não vos concentrardes na criação do outro, o que permite toda uma concessão em relação ao outro, assim como em relação a vós próprios, de forma a poderdes aceitar-vos e às vossas escolhas e reconhecerdes que tal concessão não significa necessariamente um acordo de participação.
JENNIFER: Portanto, o outro indivíduo pode perceber que estejamos a recuar ou menos empenhados nele.
ELIAS: Muitas vezes essa pode ser a sua percepção porque ele também não está a voltar a sua atenção para si mesmo mas a olhar para vós, e essa é a questão. È por isso que vos digo a todos tantas e tantas vezes que volteis a vossa atenção para vós próprios.
Não importa aquilo que os outros escolham implementar na sua criação. Isso é escolha deles e apenas deles. Cada indivíduo elege as suas experiências nesta dimensão física com o propósito de experimentar, e obtém essas experiências e a realização de sentido de valor enquadrada nos princípios das suas intenções individuais, e toda a sua realidade em meio a isso é expressada através da ferramenta que é a sua percepção, a qual lhes cria a realidade.
Tal como expressei muitas vezes, a percepção é uma questão altamente individualizada e nesse sentido a realidade torna-se altamente individualizada e por isso a realidade duma pessoa deverá ser bastante distinta da de outra, assim como as definições que emprestais às vossas realidades. Mas entendeis possuir definições comuns porque encarais a vossa realidade, tal como já referi imensas vezes, como um absoluto, mas ela não é absoluto nenhum.
Mas como encarais a vossa realidade como se de um absoluto se tratasse também sustentais processos de pensamento que vos expressam que possuís definições comuns para determinadas acções, certas expressões e percepções, mas vós não possuís. As vossas definições variam. Até mesmo com aquelas expressões que podeis perceber como aparentemente comuns, elas possuem diferenças bastante individualizadas.
Tal como já referi, “não” pode querer dizer “não” na vossa definição comum, mas a interpretação e a percepção que cada um dá a esse “não” podem ser bastante distintas dependendo das circunstâncias, da expressão e da situação.
Portanto, até mesmo aqueles termos que encarais como absolutos não o são e não comportam uma definição absoluta, mas é nesta área que fazeis confusão e entrais em conflito, devido a continuardes na crença da existência de absolutos e a tentar criar a vossa realidade segundo os princípios dos absolutos.
E uma vez mais, isso traduz-se pela tentativa da quadratura do círculo, o que não ocorre!
Digo-vos que muitas pessoas actualmente estão a criar imenso conflito e muitas estão a dar lugar a enormes desafios ao batalharem com o conceito da aceitação.
Isso, eu compreendo, é um conceito muito difícil para esta dimensão física, devido a ser tão pouco familiar. Vós pensais em termos de absolutos – claro e escuro, certo e errado, sim e não, bom e mau – mas eu falo-vos dum conceito de aceitação que não se traduz por nenhum “isto ou aquilo” e isso pode originar confusão.
Referi previamente a outros indivíduos, mas vou repetir-vos esta noite, no seguimento deste conceito da aceitação – quer em relação às pessoas, quer às situações ou às crenças – e disse muitas vezes que na área das crenças não vos achais a eliminar as crenças mas a mover-vos dentro da acção desta mudança da consciência rumo à aceitação das crenças, mas isso apresenta uma dificuldade tremenda na compreensão das pessoas nesta dimensão física.
Agora; deixai que vos diga que também vos posso acrescentar que vos estou a encorajar a voltar-vos na direcção da aceitação pessoal e dos demais porque isso automaticamente vos levará a uma maior aceitação das vossas crenças.
Agora; com isto considerai aquilo que pensais no vosso íntimo: Ao me escutardes a dizer-vos que podeis aceitar-vos, compreendeis que vos esteja a dizer que devais eliminar a vossa pessoa?
À medida que vos digo: “Aceitai as vossas crenças”, a direcção automática que imprimis é a de eliminardes as crenças, o que daria lugar à vossa realidade ideal. Já referi imensas vezes, vós não eliminais as vossas crenças nesta realidade porque ela encontra as suas bases nessas crenças.
Agora; Se vos disser: “Aceitai as vossas crenças” porque razão vos voltareis para o pensamento da eliminação das crenças? Não criais em vós nenhuma crença nem nenhum pensamento, quando vos digo para “Vos aceitardes a vós próprios”, que vos diga que devais eliminar-vos.
A razão porque lhes estou a dizer isto é porque o desapego move-se igualmente no sentido da eliminação – e constitui aquilo que podeis designar como um eufemismo da eliminação – e tudo isso se move de tal forma em conjunto, que a ideia que tendes da aceitação consiste em remover um elemento qualquer.
Se removerdes ou eliminardes algum elemento – o elemento mau, é claro (A sorrir) – passareis a usufruir da capacidade de aceitar... Mas que estareis vós a aceitar se estiverdes a eliminar o próprio elemento?
Permiti-vos reconhecer que ao voltardes a vossa atenção para vós próprios e ao aceitardes as vossas escolhas e ao abrir-vos à vossa consciência não estareis a desconsiderar o que os outros escolhem. Não estais a desapegar-vos nem a remover-vos das suas escolhas nem das suas realidades mas podeis aceitar e admitir as vossas escolhas que isso não significa um ditame nem a obrigação de participardes no modo como o outro cria.
Continuareis a participar a despeito de o expressardes objectiva ou subjectivamente. Podeis continuar a participar mas essa vossa participação não precisa ser ditada no sentido da criação do outro. VÓS possuís essa escolha além de muitas outras além aquelas que podeis perceber… POR ORA. (A sorrir)
…
JENNIFER: Como é que por vezes tu propões que te coloquem perguntas? Estou a recordar fóruns passados em grupo em que iniciavas por uma abordagem de determinados temas.
ELIAS: Isso depende bastante da altura bem como dos indivíduos que atendem à sessão individual.
Em certas alturas as pessoas podem apresentar-se em grupo e podem achar-se dispostas a receber informação que vá no sentido das ondas da consciência que estiverem a decorrer. Ou podem estar a trocar perspectivas com outros no vosso foco físico e isso determinar a direcção em que escolho introduzir-me nesse fórum particular. As pessoas fisicamente presentes são o elemento determinante, por assim dizer, quanto à direcção que a sessão irá tomar e quanto à informação que será oferecida nessa altura.
Cada um daqueles que participa numa sessão deste tipo não consiste num mero indivíduo; vós sois um indivíduo e reunis igualmente um potencial e nesse potencial podeis afectar um grande número de outras pessoas com a vossa interacção.
Eu avalio, por assim dizer, a energia das pessoas que participam numa sessão particular bem como o potencial de cada uma e em que direcção desejam avançar a seguir à sessão, e aquilo que oferecerão em termos de energia e o modo como afectarão outros em conjugação com essa informação e em conjunto com o movimento desta mudança na consciência.
Por isso, como isso corresponde à intenção da interacção com o presente fenómeno, a de oferecer informação em conjugação com esta mudança na consciência e o de servir de auxílio ao movimento desta mudança, isso move-se continuamente nessa área. Ainda que possa oferecer-vos informação individual – ou o que podeis pensar como sendo informação pessoal – também vos estendo uma interacção subjectiva que cada um possa carregar no seu próprio foco e que subsequentemente afecte outros em conjugação com esta mudança de consciência.
No fórum particular desta noite vós apresentaste-vos e deixaste-vos atrair para a informação imbuídos dum desejo de compreender certas crenças básicas e duma explicação objectiva que tenha que ver com a área das questões da realidade e da espiritualidade, na concepção que fazeis das crenças concernentes à realidade e à espiritualidade. Isso foi reconhecido e subsequentemente a informação será oferecida a outros fora do fórum que permitam um potencial de expansão dentro da agenda deste fórum. É tudo bastante intencional, Margarita. (A sorrir)
MULHER: Eu tenho uma ou duas perguntas ou áreas a explorar. Gostava de te ouvir falar acerca da dinâmica da interacção no que é designado como Área Regional 1, bem como em termos das mudanças da energia ou estados ou o que seja, e se onde nos encontramos a energia não se alterará, por exemplo, se onde estamos... Não sei bem… Se poderias falar mais daquilo em que esse processo consiste. Nós estamos todos aqui neste tempo linear e muitas vezes parece ser um processo bastante complicado ultrapassar este tempo linear, além do que penso que muitos de nós buscam outras razões... Razões para a nossa presença aqui ou para as passagens do tempo ou vidas passadas, e por isso estou curiosa tanto em relação à dinâmica da interacção existente na área em que nos encontramos como em relação à transição para outras áreas regionais (da consciência).
ELIAS: Tal como ainda esta noite referi, a consciência e as essências dentro da consciência acham-se no que podeis designar como um contínuo estado de transformação (tornar-se), num contínuo estado de exploração. Por isso, dentro da consciência existe um movimento continuo de tornar-se, de explorar. Todas essas áreas se situam em si mesmas, porque a consciência é tudo.
Nesse sentido, a Área Regional 1 consiste numa mera designação duma realidade física e da consciência objectiva dessa realidade. Existem muitas Áreas Regionais 1. É a área em que sustentais um sentido objectivo de familiaridade. É tudo aquilo que conheceis em termos objectivos, ou seja, o vosso estado de vigília.
Nisto, vós criastes manifestações de vós próprios enquanto essência nesta Área Regional 1 a fim de explorardes diferentes áreas da realidade. De certa forma trata-se dum experimento. Estais a brincar e a explorar tudo o que sois capazes de criar numa dimensão física deste tipo.
Agora; tal como referi previamente, os elementos base desta dimensão física são a emoção e a sexualidade. Por isso, tudo aquilo que criais neste Área Regional 1 particular é influenciado por esses elementos base, e nesse sentido criais muitas e variadas expressões e formas de exploração a fim de explorardes os diferentes elementos desses dois elementos base da vossa realidade.
A Área Regional 1 não consiste na criação duma dimensão ou dum plano de aprendizagem, por assim dizer. Isso consiste numa outra crença que as pessoas sustentam nesta dimensão física. Na realidade vós criais a realidade física para a experimentardes. Essa é a questão, a de a experimentar, porque a consciência está continuamente a dar lugar à exploração e em busca da experiência de algo, bem como a experimentar-se a si própria e todos os aspectos de si mesma.
Nesta realidade particular vós escolhestes criar um tipo de separação entre os focos da vossa atenção e entre os elementos conhecidos da essência. Criastes este tipo de realidade de forma bastante intencional, a fim de serdes capazes de conseguirdes cada criação e cada experiência que é mantida desta dimensão particular com pureza.
Se vos proporcionasses uma completa recordação da essência isso originaria a criação dum tipo diferente de realidade nesta dimensão. Por isso criastes um véu, por assim dizer, entre cada foco e a essência completa.
Agora; aquilo que estais presentemente a criar é uma mudança na consciência que afecta a inteireza desta dimensão particular. Não afecta directamente outras dimensões da consciência mas afecta bastante esta em particular.
Por isso, presentemente o vosso globo inteiro está a experimentar esta mudança da consciência, e aquilo que está a expressar é um movimento rumo à recordação da essência, um descartar do véu que cria a separação objectiva entre a vossa consciência e a essência.
Como vos achais a deslocar-vos nessa direcção, também criais uma tremenda abertura em relação às vossas capacidades expressas pela criação nesta dimensão física.
Mas aquilo que vos facilitará tal liberdade e esse movimento dentro da acção dessa mudança da consciência será a aceitação das crenças, porque as crenças que sustentais na Área Regional 1 desta dimensão particular constituem aqueles elementos que vos expressam limitações, e pelas vossas crenças vós influenciais fortemente a vossa percepção.
A vossa percepção consiste no modo como vos vedes a vós próprios e os outros, e como percebeis o vosso mundo e o vosso universo.
As vossas crenças influenciam-vos directamente a percepção e a vossa percepção constitui a ferramenta com que criais a vossa realidade.
Cada um de vós cria a sua própria realidade. Cada pensamento, cada emoção, cada evento e ocorrência, cada elemento da vossa realidade é criado por meio da percepção que tendes.
A vossa percepção não consiste no vosso processo de pensamento. Conquanto o processo do vosso pensamento e das vossas emoções se ache tremendamente envolvido na vossa percepção, ela não se limita aos vossos pensamentos nem às vossas emoções. Ela consiste na globalidade da visão que tendes da vossa realidade, e como já referi, consiste na ferramenta que utilizais a fim de criardes TODA a vossa realidade nesta dimensão física.
Com a aceitação das crenças sustentadas nesta Área Regional 1 particular também derrubais, por assim dizer, muitas das limitações que presentemente colocais sobre vós em conjugação com as vossas crenças. Actualmente colocais muitas limitações e obstáculos diante de vós na vossa realidade e todas elas são criadas em conjugação com as vossas crenças.
Vocês poderão – ou não – criar certos elementos na vossa realidade conforme sejam ditados pelas vossas crenças. Podeis observar as vossas crenças religiosas e ver que elas definem na vossa linguagem, de forma bastante clara e objectiva, crenças bastante enraizadas; “Tu farás isto, tu não farás aquilo. Isto é um comportamento aceitável; isto é um comportamento inaceitável”. O que vos dita tais elementos são as vossas crenças.
Nesse sentido, ao vos permitirdes aceitar tais crenças também vos abris às vossas liberdades a fim de criardes muito mais e explorar muito mais da vossa realidade de forma OBJECTIVA dentro da Área Regional 1.
Vós já criais imensas maravilhas e coisas espantosas na Área Regional 1, mas nas crenças que sustentais encarais essas ocorrências ocasionais como milagres, como histórias assombrosas dons ou coisas incríveis. Eu digo-vos que muitas das coisas que encarais como incríveis são bastante naturais nas vossas capacidades naturais. As vossas crenças traduzem-vos isso como pouco natural além de necessitardes de ser dotados de dons bastante especiais para poderdes expressar tais actos incríveis. Mas eu digo-vos que esses elementos são naturais em vós. São capacidades naturais que vós possuís.
Vós ficais maravilhados por um indivíduo no vosso planeta ser capaz de materializar um objecto na palma da mão, a partir do nada. Esse é um dom espantoso, e uma capacidade pouco usual. Mas é bastante natural em todos vós!
Todos vós possuís essa capacidade. Apenas não acreditais nela. Esse é um exemplo de como as vossas crenças vos bloqueiam as capacidades naturais e vos limitam naquilo que vos permitis criar.
Contemplai a vossa actual realidade física e todas as maravilhas que já concebestes – uma enorme capacidade que revelais na vossa Área Regional 1 da vossa realidade objectiva do estado de vigília – mentes grandiosas, habilidades notáveis e realizações sublimes – e em seguida contemplai-vos destituídos das limitações das vossas crenças, e quanto maiores maravilhas não podereis criar e quanto maior não será a exploração da realidade com que podeis envolver-vos, e é isso o que estais actualmente a criar.
Estais a criar uma mudança na consciência da vossa realidade a fim de vos expandirdes e expordes a vossa consciência do estado de vigília – na vossa consciência desperta e objectiva – o que vos garantirá um conhecimento daquilo que estais a criar. Já vos achais a criar nessa vossa realidade na perfeição e com ausência de esforço, mas não vos permitis uma compreensão objectiva daquilo que estais a criar.
Sois capazes de criar coisas espantosas na vossa realidade e admirais-vos e ficais espantados pela forma como criastes a vossa realidade. Com a expansão desta vossa mudança na consciência permitis-vos criar objectivamente – objectiva e intencionalmente – a vossa realidade da forma que escolherdes.
Agora; Não vos confundais, porque já estais a criar do modo que escolheis. Não existe nenhum elemento da vossa realidade que se ache ocultado de vós, mas, conforme esclarecemos previamente nesta sessão particular, vós não prestais atenção àquilo que estais a criar. A maior parte daquilo que criais escapa-se à vossa atenção. Por isso, no vosso processo de pensamento, pensais existirem elementos na vossa realidade que estejam a ser criados e de que não tenhais consciência e que não compreendeis, OU que não gozam da vossa permissão para ser criados. (Pausa)
A Área de Consciência 1 é aquela área da consciência que vos permite a maravilha da consciência objectiva; a da vossa consciência desperta, das sensações físicas; o reconhecimento de tudo quanto criais e da vossa participação nisso.
A Área Regional 2 é aquela área da consciência que se acha mais próxima e mais directamente em alinhamento com a Área de Consciência 1, e move-se em harmonia com a vossa consciência objectiva. Essa é a área da consciência que designamos como consciência subjectiva (ou subconsciente). É um outro elemento vosso.
Ocorre continuamente movimento entre as diferentes áreas, por assim dizer, da consciência. Vós, na qualidade de essência, ocupais todas as áreas da consciência em simultâneo. Tal como referimos anteriormente, mais uma vez, trata-se unicamente duma questão de onde focais a vossa atenção e de como estais a escolher explorar e a criar.
Quando avançais para a Área Regional 1 e 2 e escolheis não participar nessas áreas, escolheis mover-vos para a Área Regional 3, a qual cria uma acção de transição. É isso o que deveis empreender quando tiverdes expiado neste foco.
Ao deslocar-vos através da Área Regional 3, tal como declarei, podeis escolher mover-vos para qualquer área particular da consciência e explorá-la.
Eu ocupo a minha atenção – a atenção deste aspecto e desta essência, a qual identificais como a personalidade do Elias – na Área Regional 4, uma vez que isso me estende a possibilidade de interagir junto de vós na Área de Consciência 1, sem ter que recorrer a uma expressão massiva de troca da energia. Haveria muito mais dificuldade em expressar-me numa comunicação objectiva com todos vós aqui na Área Regional 1 se tivesse que focar a minha atenção numa área regional da consciência muito mais afastada. (1)
Existem outros aspectos da minha essência que não ocupam a Área Regional 4, mas este aspecto em particular situa-se nessa área, o que me permite explorar e envolver-me com o ensino, e isso oferece auxílio às pessoas na Área Regional 1. (Pausa silenciosa, durante a qual o Elias encara fixamente a pessoa que colocou a questão)
(A sorrir) Existe muita informação que se conjuga com outras áreas regionais da consciência, mas dir-vos-ei que não se traduz bem na compreensão que tendes dentro dos limites da linguagem física. Por isso escolho não oferecer expressões enormes de informação em conjugação com outra áreas da consciência, porque isso apenas ofereceria um elemento de distorção. (Pausa silenciosa)
Desejais colocar mais alguma pergunta esta noite?
MULHER: Tenho uma questão que surgiu e que me deixou a pensar no que estiveste a dizer. Tenho estado a ler este livro interessantíssimo acerca desta mulher que comunica com os animais e apresenta exemplos daquilo que conseguiu na sua vida e depois ainda nos ensina a conseguir isso. Questiono-me sobre que informação nos poderias dar em relação a isso e se ela está certa ao dizer que comunicamos com os animais por meio de imagens, e de que forma poderemos conseguir isso?
ELIAS: Permitam que vos diga que as pessoas elegem os métodos mais variados, se assim posso dizer, a fim de estabelecerem uma comunicação objectiva com as vossas criaturas. Diria não existir um método que possa ser melhor, por assim dizer, do que os outros.
Dir-vos-ei que cada pessoa será capaz de descobrir, de certa forma, a sua direcção pessoal na comunicação com as vossas criaturas, e que avançareis nessa direcção com uma maior eficiência se vos permitirdes prestar atenção a vós próprios.
Podeis obter informação ou conhecimento de outros indivíduos e eles não estão errados, por assim dizer mas dão lugar a uma interacção e a uma comunicação por meio do método mais eficiente, ao escutarem a voz interior e ao permitirem-se ligar-se ao seu sentido individual de empatia.
Podeis criar um tipo semelhante de acção ao dardes ouvidos ao vosso sentido de empatia e ao vos permitirdes fundir com a consciência da criatura. Haveis de admitir a concepção dum método pessoal de comunicação e ele mostrar-se-á tão eficiente como qualquer outro.
Essa pessoa recorre a essa actividade de forma bastante similar às daqueles que designais como psíquicos. Eles apenas se permitem sintonizar com a consciência e as probabilidades que estão a ser criadas por outra pessoa ou criatura, mas vós também possuís essa capacidade. Já criastes essa acção com certas criaturas. Já estabelecestes um certo tipo de comunicação. (Pausa de trinta segundos)
MULHER: Está bem, obrigado.
ELIAS: Não tens de quê.
A comunicação que estabeleceis em vós próprios individualmente pode ser melhor compreendida interpretada e expressada por meio do sentimento. Possuís uma enorme sensibilidade nessa área, além da capacidade de vos permitirdes comunicar dessa forma. Deixai que a vossa expressão se desenvolva.
Não estou a depreciar as expressões que os outros escolhem. Apenas estou a encorajar-vos a explorar a vossa própria direcção, pois essa é bastante eficiente e funcional. (Pausa de vinte segundos)
E não desejais colocar mais perguntas esta noite? (Pausa)
(A sussurrar) Que ratinhos tão caladinhos! (A sorrir seguido de outra pausa)
(A rir por entre os dentes) Muito bem. Ofereço-vos um enorme encorajamento.
MULHER: Obrigado.
ELIAS: Percebo o movimento que estais a criar e de futuro iremos encontrar-nos e debater mais coisas.
A todos nesta noite ofereço o meu encorajamento no vosso movimento e um grande afecto, e expresso-vos uma antecipação do nosso próximo encontro. Um muito afectuoso au revoir.
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NOTAS FINAIS:
(1) A frase: “existe uma maior dificuldade” foi originalmente proferida como: “conquanto se dê uma maior dificuldade”.
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