Manifesting Money
Topics:
“Manifestar Dinheiro”
“Tratando os Seres Vivos como Pessoas”
“A Chave Reside na Expressão Individual”
Domingo, 22 de Agosto de 1999 (Privada/Telefone)
Participantes: Mary (Michael), e uma nova participante, Lorraine (Kayia)
Tradução: Amadeu Duarte
Elias chega às 11:34 da manhã. (Tempo de chegada é de 19 segundos)
ELIAS: Bom dia!
LORRAINE: Bom dia!
ELIAS: Tens perguntas, no dia de hoje?
LORRAINE: Tenho. Olá, Elias. Só para começar, eu gostava de obter a informação relacionada com a minha família da consciência e o nome da minha entidade ou essência.
ELIAS: Muito bem. (Pausa) Nome da essência, Kayia; família da essência, Sumafi.
LORRAINE: Sumafi, está bem.
ELIAS: Alinhamento, Sumari.
LORRAINE: Alinhamento pela Sumari?
ELIAS: Exacto.
LORRAINE: Penso que a primeira coisa que gostava de abordar seja o dinheiro, manifestar algum dinheiro. Tenho vindo a ler algumas das transcrições de outras pessoas que colocaram perguntas relacionadas com a criação de riqueza, e parece-me que um das coisas mais significativas, ou problemas, consista na confiança e na aceitação de nós mesmos. Tenho vindo a trabalhar nesse aspecto relativo ao dinheiro há algum tempo, creio que mais ou menos em torno das crenças que tenho em relação ao dinheiro, e creio que em certa medida tenho vindo a obter uma maior quantidade de dinheiro sob a forma de rendimento, mas eu gostava era mesmo de me tornar numa filantropa e de deixar de estar empregada, e de distribuir dinheiro por grupos ligados à causa da defesa dos direitos dos animais, e o seu bem-estar. Isso poderá soar um tanto desadequado, mas eu preciso descobrir qual será o maior bloqueio que apresento na minha área, se serei eu ou se serão as crenças que tenho em torno do dinheiro. Qual será exactamente o maior obstáculo que apresento relativamente a isso?
ELIAS: (Ri) Dir-te-ei, em resposta, tratar-se de ambas essas coisas. Em parte deve-se à aceitação individual de ti própria, e também em parte às crenças que tens relativamente a esse elemento do ganho financeiro.
Bom; deixa que te diga que esse assunto em particular se apresenta nas experiências de muitos mais indivíduos do que aqueles que de facto poderão inquiri-lo no fórum destas sessões. Esta é uma situação bastante comum na vossa presente época e na vossa sociedade, assim como em várias outras sociedades também.
Nesta altura, as pessoas, e tu inclusive, estão a dar passos no movimento dessa mudança da consciência e estão a tomar mais consciência de si próprias e da sua realidade, e estão a passar por essa experiência de inquietação, por assim dizer. Deixa que te diga que isso também faz parte dum movimento dessa mudança de consciência
Agora, dirigindo-me à tua situação individual, posso também referir as experiências das massas por alinhares pela experiência colectiva e pela expressão de massas e comportares as mesmas crenças inerentes a essa área, e apresentares os mesmos obstáculos que os outros experimentam igualmente. Um deles consta da falta de familiaridade com relação à confiança nas tuas próprias capacidades.
Tens a ideia de que se te concentrares na confiança pessoal e afirmares repetidamente para ti própria que CONFIAS nas capacidades que tens de manifestar em termos financeiros, por acreditares que exerces uma acção – e te concentrares, até mesmo, numa acção – passarás a manifestar aquilo que queres. Por isso, concentras-te e afirmas para ti própria expressares confiança pessoal, ao mesmo tempo que alimentas a ideia disso representar um elemento que te dará a volta à criação e às circunstâncias que experimentas de modo que se traduza pela criação do que queres. Mas ao mesmo tempo alimentas crenças na área do ganho financeiro que se traduzem por uma necessidade de exerceres uma acção e produzires – um elemento qualquer inerente ao esforço que deva responder pela criação desse tipo de expressão.
Referes a ti própria que o dinheiro não cai do céu nem se materializa a partir do nada. Por isso, precisa ser obtido com base numa acção qualquer. Nessa medida, tu equiparas essa acção de produção de dinheiro ao esforço, ou ao termo que empregais de “trabalho”. Nesse sentido, também crias um obstáculo, devido a que um outro aspecto teu inerente ao passo que dás no sentido da expansão da consciência se achar em conflito com essa crença. Tu procuras alçar-te a uma maior expressão de confiança pessoal, apesar de ainda não entenderes muito bem o que traduza a definição de confiança pessoal. Por isso, na tradução que elaboras, concentras-te no mérito pessoal e no conceito – não na realidade mas no conceito – de possuíres a capacidade de criar qualquer elemento na tua realidade.
Essas duas ideias, esses dois conceitos, essas duas áreas da tua realidade acham-se em conflito. Numa expressão, todos vós estais a avançar no âmbito desta mudança. Estais a expandir a consciência que tendes. Estais progressivamente a voltar a vossa consciência para vós próprios, só que dessa concentração em vós resulta uma confusão.
Desejais passar a experimentar uma maior liberdade, mas, por outro lado, também não desejais experimentar uma maior liberdade. Idealmente, e no âmbito dessa mudança, estais a gerar um avanço na direcção de liberdades e duma menor limitação e da confiança e aceitação de vós próprios, mas em termos práticos, encarais esse ideal e sentis confusão quanto ao modo como havereis de avançar nessa liberdade, por ela vos ser estranha. A liberdade consiste no reconhecimento de não precisardes de controlar, só que o controlo é-vos muito familiar, e representa um pássaro enorme na gaiola dessas “aves” que são representadas pelas crenças. É um pássaro gordo e briguento porque é capaz de dar bicadas! Nessa medida, como ESTÁS a voltar a tua atenção para ti própria e estás a expandir a consciência que tens, direccionas a atenção para as crenças e para a examinação de todos os aspectos inerentes a essas crenças. Penetras na gaiola dessas “aves” e tentas abordar a “ave” do controlo, em particular. Estendes o dedo, de modo a que ela seja capaz de trepar para ele e a poderes tirá-la da gaiola, e devolve-la à liberdade.
Mas para tua surpresa, ao lhe estenderes o dedo, ela começa às bicadas ao dedo e morde-to, e tu retiras rapidamente o dedo e a mão da gaiola, e corres a fechar a porta dizendo para contigo: “Vou deixar esta ave em paz. Ela dá bicadas, pelo que vou deixar que prossiga na sua expressão, e deixar de a interromper. Vou voltar a atenção para as outras aves”.
Deixa, todavia, que te diga que esse “pássaro” do controlo exerce um enorme controlo sobre toda a situação da gaiola, por assim dizer, porque sem essa “ave” particular podes estender a mão na gaiola por entre as outras aves que elas não te morderão, ao passo que essa ave te provoca reacções automáticas no íntimo.
Nessa medida, a ideia da liberdade pode revelar-se bastante perturbadora, por subsistir confusão quanto ao modo como haveis de criar se deixardes de exercer controlo.
A expressão da confiança consiste numa expressão de liberdade – na permissão de um fluir natural, permissão da energia para dar passos de um modo natural que tenha sido instaurado no alinhamento das probabilidades que escolhestes criar, e no percebimento de não precisardes exercer nenhuma energia espantosa a fim de actualizardes tais probabilidades, porque, uma vez postas em marcha, já tereis direccionado a energia e ela obterá permissão para fluir e para se manifestar de um modo natural.
Só que isso é contrário ao que vos é habitual, e aquilo a que estais habituados é à necessidade de vos orientardes no contexto do controlo. Isso também apresenta implicações do foro da área da causa e do efeito. Se criardes uma acção específica, deveis esperar determinadas compensações, por assim dizer.
Isso revela-se uma área muito difícil para muitos indivíduos, por o conflito ter continuidade por meio de várias expressões diferentes – tanto do habitual como do estranho. O aspecto familiar traduz-se pelo modo como tendes criado a vossa realidade por toda esta dimensão – mas no teu caso individual – pelo modo como tens criado a tua realidade ao longo do teu foco.
Vós servis-vos duma informação que vos faculta uma direcção diferente no sentido do estranho, da área da confiança e da liberdade, mas estais bastante habituados a que os outros vos dirijam, e ao acto de não vos orientardes a vós próprios. Também estais bastante acostumados a criar toda a vossa realidade com base no elemento do controlo, e permitir deixar de exercer controlo torna-se-vos enervante e altamente suspeito, mas isso representa a área da confiança.
Dais por vós à beira do precipício, e preferis dar o salto e estatelar-vos redondinhos no chão, a controlar todos os vossos actos, por perceberdes que desse modo podeis antecipar e esperar um resultado específico, por assim dizer, apesar desse resultado poder não se direccionar no sentido com que contais objectivamente, porque se dardes o salto, podeis deixar de contar com o solo firme debaixo dos pés, como quem diz, e despenhar-vos, e o resultado não corresponder ao que tínheis antecipado. Assim como podeis permitir-vos cair em queda livre, confiando que, apesar de não terdes alimentado qualquer expectativa relativa ao resultado ou quanto à forma como devereis bater no solo, por assim dizer, confiais na capacidade de criar a vossa realidade duma forma incólume, sem importar os MOLDES em que isso venha a concretizar-se, por ACABAR por se concretizar.
Nessa medida, conforme já tive ocasião de referir a outros, a chave reside no conhecimento e na confiança, não com base em elementos externos, nem subordinados à acção da causa e efeito, mas íntima, confiar que apresar dos raciocínios objectivos que desenvolvas, tu conseguirás, por CONHECERES as capacidades que tens.
Agora; uma das dificuldades inerentes a essa área reside num elemento implícito a esta mudança. Vós moveste-vos para lá do que poderá ser designado por metade da acção desta mudança da consciência, e conforme declarei previamente, a energia está a adquirir ímpeto, e nessa medida, vós inclinais-vos todos no sentido da realização dessa mudança da consciência.
Já expressei muitas vezes que essa mudança não constitui um evento. Não se trata duma explosão da consciência que se venha a materializar num momento futuro. Ela actualiza-se a cada instante por meio da expansão da consciência e da aceitação de vós próprios e da aceitação e confiança de cada um; à medida que as pessoas vão progressivamente confiando e aceitando-se a si próprias a cada instante, a acção dessa mudança ganha impulso e tende a tornar-se numa expressão progressiva das massas; só que tem início no indivíduo.
Nessa medida, se o indivíduo se actualizar, as massas também avançarão colectivamente e passarão a criar uma realidade colectiva actualizada.
Nessa área particular das finanças – do dinheiro, e da criação de troca física inerente à área da moeda corrente das vossas sociedades – vós estais todos a passar por uma experiência de inquietação. Subsiste um conhecimento subjacente de que a acção dessa mudança progride; de estardes a passar para a expressão de criação colectiva da percepção de que a participação que tendes num tipo desses de intercâmbio não é necessária.
Mas individualmente, e numa maneira de falar figurativa, vós fazeis a consciência objectiva que tendes avançar um pouco mais adiante da expressão das massas, e percebeis a frustração de que esse método de troca que criastes ao longo da vossa história é ineficaz e que vos aborrece, e percebeis as limitações que lhe são implícitas. Em razão disso impacientais-vos, por reconhecerdes precisar temporariamente continuar nessa realidade oficial convencionada que criastes em termos de troca, mas que isso vos deixa frustrados, por reconhecerdes as limitações dessa criação particular.
Nessa medida, o modo por que obterá expressão nas massas – e isso é chave – são as expressões individuais das criações que brotam da confiança pessoal e do reconhecimento pessoal de que podeis gerar qualquer uma dessas expressões. Podes gerar ganho financeiro com facilidade e sem terdes que exercer controlo, por assim dizer, por uma expressão da confiança individual em ti e da aceitação de ti própria – não com base na dúvida, mas no CONHECIMENTO – de possuíres tal capacidade, e por conseguinte, sem te questionares.
Eu já declarei isso anteriormente mas vou repetir uma vez mais: olha para o teu próprio foco individual. Olha para os eventos que crias com ausência de esforço no teu foco, sem te concentrares nem duvidares. Olha para toda e qualquer acção que seja criada na tua realidade com total ausência de esforço, que reconhecerás que um elemento chave da criação disso reside em ti e na ausência de questionamento pessoal quanto à sua criação. Isso estende-se a todas as áreas da tua realidade.
Vós, sem precisardes fazer a menor ideia, colocais um pé diante do outro e caminhais, e conseguis deslocar-vos da ponta dum compartimento à outra sem pensar e com a percepção duma ausência total de esforço, e não abrigais qualquer questionamento íntimo quanto à obtenção desse feito.
Podes ocupar-te da actividade de conduzir o teu veículo no teu enfoque, e sem esforço nenhum participar numa colisão com outro veículo. Isso deverá ser produzido com total ausência de esforço, rapidamente e sem o concurso da menor ideia.
Agora, não sentes a menor dúvida no teu íntimo e não te questionas intimamente quanto ao facto de que, se não deres atenção, irás de encontro a outro veículo ou de encontro a um objecto enquanto conduzes o teu veículo. Não importa. Nem duvidas ter a capacidade de colidir sem esforço nenhum com um outra estrutura física qualquer na tua realidade, enquanto diriges o teu veículo a motor. Vou-te dizer que, já ao contrário, deténs uma enorme dúvida quanto a seres capaz de dirigires o teu veículo motorizado e conseguires e não colidires enquanto o diriges se não prestares atenção nem controlares nem te concentrares.
Mas pensa também na tua realidade, porque tu dispões da experiência disso, assim como muitos outros. Olha determinados momentos da tua realidade física. Tu és capaz de empreender o acto de conduzir e de te deslocares dum ponto a outro, e de ao chegares ao teu destino, saíres fora e poderes dizer a ti própria e aos outros: “Não consigo explicar como não tenho a menor lembrança de como este veículo conseguiu aqui chegar, por não ter prestado a menor atenção, e sem que me tivesse esbarrado. O veículo veio pelo pé dele.”
Isso constitui um exemplo bastante concreto do acto de te permitires criar um movimento, seguir uma direcção, e de alcançares o teu destino com ausência de esforço e sem te concentrares, e confiando em que não te depararás com obstáculos. Mas vós não facultais esse mesmo tipo de acção intencional em determinadas áreas, e essa área do ganho financeiro em particular é uma área vasta que tu e outros empregam em relação à falta de confiança em vós, ou à continuação do perpétuo movimento de alimentar a “ave” do controlo, e à perpetuação da impaciência e da frustração, que vos direcciona no sentido da falta de confiança, por vos imprimir nos movimentos uma expressão de concentração relativa ao próprio assunto da confiança.
A confiança não é alcançada pela concentração objectiva.
LORRAINE: Está bem. Muito bem, penso que entendo isso tudo.
ELIAS: Ah ah ah ah!
LORRAINE: Bom, eu entendo. Apenas preciso trabalhar a coisa, segundo creio. Não estou certa.
Gostava de passar para uma outra questão – provavelmente tem que ver com o mesmo assunto do controle – que radica na área dos relacionamentos, especificamente no caso do relacionamento que tenho com o meu namorado, em que sinto ter um problema com... penso que se trate duma questão de insegurança, que também creio estar relacionado com a confiança e a aceitação de mim própria.
Eu encontro-me nesta situação em que sinto precisar sentir um maior afecto, a verbalização destes sentimentos relacionados comigo, coisas do estilo “Sinto saudades tuas, amo-te, hoje estás bonita”, esse tipo de resposta verbal, conforme chamarias isso, e tenho andado como que às voltas com a questão de saber se isso será um problema. É claro que não acredito realmente ser um problema que ele tenha, mas é o problema que sinto. Mas, será que preciso mesmo escutar coisas desse tipo? Tratar-se-á duma necessidade legítima que tenha, ou basear-se-á unicamente na insegurança e falta de adequação que sinto e nos sentimentos que nutro em relação a mim própria? Quer dizer, é isso que me sinto inclinada a acreditar que seja, mas parece que preciso de te ouvir dize-lo. Entendeste, Elias? (A rir)
ELIAS: Entendi.
LORRAINE: Está bem.
ELIAS: Dir-te-ei, uma outra vez que existem aspectos de ambos, nessa situação em particular.
Nas expressões que assumis no foco físico, pode traduzir uma questão de grau, mas individualmente, todos vós buscais alguma expressão verbal de reconhecimento no exterior, uns nos outros.
Ora bem; devo dizer-te que, por um lado, trata-se dum movimento natural para o qual vos deixais atrair, por envolver uma forma de validação que buscais duma forma objectiva uns nos outros, relativamente à vossa interligação e a um reforço da ausência da vossa separação, porque tudo o que percebeis de objectivo na vossa realidade vos reforça o conceito da separação.
Por isso - em determinadas áreas – vós contrabalançais a expressão disso com a atracção que sentis pelos outros e a exteriorização da expressão uns para com os outros dum reconhecimento dessa interligação, quer por meio de acções quer por meio da linguagem. Isso é traduzido em termos objectivos por expressões de apreço, expressões de afecto, de interesse, e do que designais por amor. Isso é, conforme declarei, um movimento natural para que vos sentis atraídos, em parte.
Bom; isso pode igualmente ser levado ao extremo, no caso de certos indivíduos, e numa situação dessas, ultrapassar a expressão natural – a atracção natural para com uma validação e um reconhecimento da interligação da ausência de separação – e incorporar a expressão de duplicidade, caso esse em que, isso é gerado mais ao extremo por indivíduos que dão expressão a uma necessidade dum tipo de interacção dessas.
Vós, através da aceitação pessoal, proporcionais a vós próprios muita expressão desse tipo, mas isso não desvaloriza a inclinação natural do movimento para a interacção com os outros no foco físico, assim como também não desvaloriza o facto de vos sentirdes atraídos por expressões desse tipo, externas e objectivas.
Na situação que tu experimentas, devo dizer-te que em parte experimentas um movimento natural nessa área. Exteriorizas o interesse e afecto e apreciação que sentes pelos outros, e carregas igualmente o desejo de receberes expressões dessas. Na expressão que adoptas, tendes a ir ao extremo, e isso é influenciado pela área da duplicidade – pelas dificuldades que tens na aceitação pessoal e na área do valor e dignidade pessoal.
Nesse sentido, assim como na situação de muitos outros indivíduos, tu estabeleces uma medida para o teu valor e dignidade pessoal com base nas expressões dos outros. Por isso, avalias o teu valor em conjugação com a expressão externa do outro, e caso não recebas a expressão disso da parte dele, passa s a desvalorizar a importância que tens.
Nessa medida, serás capaz de reconhecer que tanto tu como todos os outros por vezes possuís uma inclinação natural para este tipo de expressões, mas que também não careceis dum contínuo influxo desse tipo de expressões e não precisais estar continuamente a expressar no exterior esse tipo de expressões, porque cada um proporciona a si próprio grande parte de expressões dessas em meio à confiança em si próprio e à aceitação de si mesmo.
Deixa igualmente que te diga que também poderás, se preferires, mensurar a extensão em que desejas receber pelo grau em que o exteriorizas, por se tratar duma acção espelhada. Quanto mais o exteriorizares para com os outros por uma expressão de interesse e de afecto, de valorização, reconhecimento, e por meio da oferta de ajuda, quando te voltas para ti e avalias as necessidades que tens, por assim dizer, se ofereceres expressões dessas aos demais, também poderás avaliar a necessidade que tens em meio às expectativas de receber expressões desse tipo da parte dos outros.
NENHUMA dessas expressões constitui a medida do teu mérito ou da tua dignidade. Nem a tua dignidade nem o valor que te assiste são determinados pelo que expressas aos outros, e tampouco são determinados pelas expressões que os outros indivíduos tenham para contigo.
LORRAINE: Está bem. Muito bem, obrigado.
ELIAS: Não tens de quê.
LORRAINE: Muito bem, deixa lá ver. Posso colocar uma pergunta rápida? É rápido. Este indivíduo com quem estou numa relação, o Pete, terei tido outras experiências de vida com ele, para além deste foco particular?
ELIAS: Tiveste.
LORRAINE: Ele fez-me... ainda me deixa de cabeça perdida! Não, estou somente a brincar...
ELIAS: A ah ah ah ah!
LORRAINE: Eu tenho mais duas perguntas, e vou tentar incluí-las. Uma delas diz respeito à minha saúde. Sinto que tenho sido bastante boa a gerar uma saúde excelente, e nunca tive problemas, mas nos últimos anos fiz uma mamografia que acusou uma mancha, e o médico quis que eu fizesse uma biopsia, e eu fiz, o que teve lugar à um ano e meio. Tudo aquilo me gerou um enorme conflito por não acreditar – creio que ainda não acredito, seja de que maneira for – na medicina moderna, e por me opor em absoluto à cirurgia e esse tipo de coisa, mas alinhei e acabei por fazer aquela biopsia, mas não faço a menor ideia por que tenha criado aquilo. Sei que havia outras pessoas – o meu namorado e a minha mãe – que queriam que eu fosse em frente e a fizesse. Eles acreditam na ciência e na medicina actuais. De qualquer modo eu não tinha vontade de a fazer – não tinha vontade de arranjar quaisquer problemas nessa área – mas fiz a biopsia, mas depois recusei-me a fazer uma segunda. Desde então obtive uma mamografia em que nada aparece.
Não sei por que tenha criado aquilo, mas passei por alguns problemas... não problemas, mas nos últimos meses, senti o meu seio do lado esquerdo um tanto estranho. Essa é a única forma porque o consigo descrever – aquilo captava a minha atenção, mas não era propriamente uma dor. Penso que tenha ficado confusa quanto a ter alguma coisa ali ou não, ou a estar a gerar algo ali, e quanto à razão porque esteja a gerar seja o que for nessa área em termos de enfermidade. Não poderias falar um pouco sobre isso?
ELIAS: Muito bem, Isso acompanha a questão anterior, e proporciona-te uma oportunidade de perceberes o próprio elemento que estou aqui a debater contigo.
Ora bem; referimos há instantes que podes olhar para os comportamentos que tens, para as experiências e para o que estás a criar, e para as expressões exteriores que assumes, e se preferires mensurar algum elemento do teu foco, podes reconhecer a acção de espelho daquilo que projectas e da expectativa do que possas receber de volta nos mesmos moldes.
Bom; percebe a situação do que criaste anteriormente. Tu dizes-me – e dizes a ti própria – teres dado um passo por intermédio de determinados acções com que não te achas necessariamente de acordo duma forma objectiva, mas em que tu és complacente de modo a apaziguares e a ajudares os outros. Alteras a direcção que te diz respeito para aceitares a orientação que os outros elegem e para te submeteres à sua vontade, e fazes isso por perceberes que isso possa constituir um auxílio para eles.
Mas subjacente a isso, ao criares esse tipo de movimento também manténs a expectativa de desejares que os outros usem do mesmo comportamento para contigo.
No que crias presentemente, tu traduzes um movimento físico numa manifestação, apesar de não revelar uma gravidade extrema naquilo que apresenta de expressão física, por existirem crenças inerentes a esta área igualmente, as quais não iremos neste momento debater.
Mas nessa experiência em particular, aquilo que estás a criar é uma via. Estás a criar uma maneira que vês que te pode permitir o tipo de expressões que buscas e que não estás necessariamente a receber por outra via que não essa.
LORRAINE: Posso colocar uma pergunta?
ELIAS: Podes.
LORRAINE: Quererás dizer que eu venha a criar algum problema, algum tipo de problema, por meio do qual obtenha alguma simpatia e uma maior atenção e afecto devido à situação?
ELIAS: Afecto, protecção, aceitação – sem dúvida.
LORRAINE: Muito bem, poderei deixar de proceder desse modo quando me apetecer, não é?
ELIAS: Absolutamente!
LORRAINE: Então não vai continuar mais como uma opção! Chega disso! Tal como aquele acidente automóvel que produzi que eu tive há dois anos, e que senti ter criado, ter estado a fazer isso. Não vou voltar a criar isso de novo!
ELIAS: Ah ah ah ah ah!
LORRAINE: Muito bem, a última coisa de que quero falar nos próximos minutos é sobre os meus animais. Quero dizer, precisas saber que eu tive setenta e quatro gatos e nove cães a certa altura da minha vida, e actualmente estou reduzida a três ou quatro cães e a dezanove gatos. Penso que as crenças que tinha na altura mudaram, por acreditar que eles precisassem de mim e precisar salvá-los e não existirem lares em número suficiente para os acolher nem quem os quisesse e tudo aquilo. Estou reduzida ao que me resta mas vou conservá-los, porém sinto esta culpa por não despender muito tempo com eles. Eu podia despender mais tempo com eles – podia arranjar o tempo – só que não arranjo, e isso faz-me sentir bastante culpada quanto à pequena quantidade de tempo e de atenção que lhes dedico e até á presente altura não aprendi ou não fui capaz de aprender como comunicar de facto com eles nem obter nenhum dado deles próprios.
Por isso, penso que a pergunta que te queira dirigir seja, como é que eles estarão a passar? Sentir-se-ão transtornados com o secedido? Dever-se-á esta culpa que carrego... Tenho a certeza de que estou a atribuí-la a mim própria, mas esse é o problema que sinto em relação à situação relacionada com os animais, e só queria obter alguma opinião da tua parte acerca dessa situação.
ELIAS: Dir-te-ei que, à semelhança de muitos outros, uma vez mais, tu estás a tratar as tuas criaturas como pessoas.
Nessa medida e antes de mais, estás a orientar-te numa direcção, de atribuíres juízo crítico a ti própria quanto à falta de capacidade de realizares isso duma forma adequada, o que te reforça a bitola porque medes o valor que tens, quando ela balança para baixo. Também te devo dizer que, ao tratares os teus animais como pessoas, passas a assumir uma enorme responsabilidade pela criação da realidade dessas criaturas.
Nessa medida, é opção que te cabe a ti continuares a interagir com as tuas criaturas, mas reconhece que essas criaturas também estão a criar a sua realidade, e se tu não NECESSITARES interagir com elas, elas também não NECESSITARÃO interagir contigo.
Tu assumes responsabilidade por essas criaturas. Isso faculta-te, ao contrário, um aprimoramento da bitola do valor que usas. Isso permite-te uma oportunidade de perceberes em ti própria uma expressão humanitária, e nessa medida, procedes à criação dum feito honroso. Dás expressão a um interesse por essas criaturas, mas ao mesmo tempo, não expressas esse interesse duma forma suficientemente adequada. Por isso proporcionas a ti própria uma oportunidade de esgotares a bitola do valor e da dignidade pessoal.
(Com humor) Pois não vamos antecipar que a bitola se deva movimentar muito pelo alto porque isso é completamente inaceitável, pois em termos realistas, temos consciência de só vai até determinado ponto, por isso traduzir a realidade! Podes sentir-te repleta de aceitação pessoal em meio à dignidade que sintas, mas isso será tudo, porque para além disso, não envolve uma medida que te seja acessível, por não seres merecedora disso!
Nessa medida, deixa que te diga que, apesar de todas essas criaturas tomarem parte na interacção contigo por um acordo, tu és quem as atrai a ti.
LORRAINE: Então, como poderei parar com isso? (A rir)
ELIAS: Eu digo-te que isso também se move no sentido da tua aceitação pessoal. Tu exteriorizas esse extremo de precisares expressar essa protecção e interesse e afecto por toda a tua realidade – precisas tomar ao teu cuidado toda a tua realidade - mas não forneces a mesma expressão disso a ti própria. ESSA é a área em que negligencias.
Não necessitas sentir a sensação inerente à expressão da culpa ligada a essas criaturas. Elas possuem a capacidade de criarem apropriadamente a sua realidade e de cuidarem de si próprias de um modo muito mais eficaz do que aquele que podes providenciar, por não comportarem as crenças que abrigas, em razão do que também não sofrem influencia do mesmo modo.
Eu proponho-te uma sugestão: tenta voltar uma facção dessa concentração de energia que projectas para com toda a tua realidade externa, para ti própria – apenas uma fracção – que estarás a proporcionar uma grande serviço e uma enorme gentileza, por assim dizer, a ti própria.
Também te devo dizer, conforme tenho dito a muitos outros: A culpa e a preocupação – são, por assim dizer, um desperdício de energia. Por entre tudo o que crias nas expressões de energia que exteriorizas – se tivéssemos que designar uma QUALQUER expressão de energia que estivesse intimamente associada ao desperdício, seria ambas essas expressões que gerais no vosso foco físico: a culpa e a preocupação, porque tudo o que essas expressões em particular criam é um reforço da duplicidade.
LORRAINE: Certo, tudo bem. Obrigado.
ELIAS: Não tens de quê.
Sugiro-te uma experiência. Brinca por meio da imaginação contigo própria, e encara-te como um felino, e proporciona a ti própria a mesma expressão que estendes a qualquer das tuas criaturas! (A sorrir)
LORRAINE: Está bem....
ELIAS: Ah ah ah! Mas eu continuarei uma estender-te energia de encorajamento que te ajude na expressão relacionada com essa área, e a encorajar-te no movimento que empreendes no sentido da aceitação de ti própria.
LORRAINE: Obrigado, Elias.
ELIAS: Não tens de quê. Fico uma vez mais a antecipar a nossa interacção objectiva, e ofereço-te um enorme afecto e encorajamento no teu movimento novo rumo ao percebimento. Para ti neste dia, um carinhoso au revoir.
LORRAINE: Tchau.
Elias parte às 12:39 da noite.
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