Domingo, 14 de Dezembro de 1997 (Grupo)
Participantes: Mary (Michael), Vicki (Lawrence), Cathy (Shynla), Norm (Stephen), David (Mylo), Helen (Jsenne), Drew (Matthew), Jim (Yarr), Bobbi (Jale), e Sue (Catherine)
Tradução: Amadeu Duarte
Nota da Margot: Eu simplesmente devorei esta sessão! Não só toda a questão relacionada com a Tumold me deixou fascinada, como o debate no final, precipitado pela Drew e pelo David, foi completamente excelente!
Nota do tradutor: A Margot, 1931/2005 foi a pessoa que passou a transcrever as sessões publicadas após o falecimento da Vicki 1950/2001, decorrente duma pneumonia, o que fez durante aproximadamente quatro anos.
ELIAS: Boa noite. (A sorrir)
GROUP: Boa noite.
...
ELIAS: Muito bem. Esta noite vamos prosseguir com o debate que estávamos a ter relacionado com os Caminhantes do Sonho e com a interacção que têm convosco por meio das trocas de energia.
Esta noite voltámo-nos para a família (espiritual) Tumold. Essa é uma família ou agrupamento interessante no que toca às trocas de energia, por eles permutarem energias com os Caminhantes do Sonho de uma forma pouco habitual e ligeiramente diferente do que a das outras famílias da essência. O intercâmbio que obtêm resulta da energia e dos outros indivíduos. Eles são os que “lêem” outros indivíduos focados no físico. Eles obtêm a sua mudança por meio da energia trocada com outros indivíduos focados no físico. Isso não quer dizer que não estejam em sintonia com outras energias, porque estão. Eles podem receber informação por meio da própria energia, a qual reconhecem duma forma objectiva e sentem em termos físicos. Além disso eles poderão ser encarados por muitos de vós como bastante estranhos, por poderem ser surpreendidos a falar com objectos e a escutar a vegetação, os elementos, conforme os criais à semelhança do vento, da água, da terra e do fogo. Esses elementos falam com eles por meio da energia. Eles acham-se direccionados para escutar e reconhecer as configurações da energia desses elementos que vós criastes. Por isso, outras essências poderão comunicar por meio desses elementos, que esses indivíduos receberão a sua informação do mesmo modo que a informação que recebeis através deste fórum.
No caso de outros indivíduos, eles recebem a sua informação através da energia. Assimilam a energia que recebem por intermédio de outro indivíduos, o que de certo modo é canalizado por outra essência, um Caminhante do Sonho, através dum indivíduo, e o indivíduo que pertence à família Tumold achar-se-á receptivo a isso e obterá uma interpretação exacta da informação que esteja a ser transmitida, como quem diz. Nenhuma comunicação por meio da linguagem que usais precisará ser empregue. Eles passarão a receber a informação através da energia que passam a assimilar através da consciência do seu corpo físico.
Aqueles que pertencem à família Tumold têm ampla noção de que o intuito que os move NÃO se centra na área da cura, pelo menos segundo os moldes em que VÓS encarais a cura. A cura que praticam é simplesmente a de fazerem recordar, e prestar auxílio no restauro do estado natural dos elementos; por isso, aqueles que pertencem à família Tumold sentem muito pouca vontade de participarem activamente num auxílio objectivo aos demais nas áreas relacionadas com a cura que VÓS encarais como cura, apesar delas SEREM regeneradores para todos quantos possam contactar, assim como no âmbito da consciência, bem relação a todos vós; só que os seus actos poderão parecer-vos bastante diferentes dos actos daqueles que alinham pela família Tumold. Aqueles que alinham pela família Tumold, MOVEM-SE no sentido da cura, segundo os termos que empregais. Isso é o que lhes é dado experimentar num foco físico; o que difere daqueles que pertencem à família Tumold. Aqueles que alinham pela família Tumold não passam pela experiência daquilo que referi sobre a interacção com os Caminhantes do Sonho e o intercâmbio que estabelecem - não do mesmo modo daqueles que pertencem à família Tumold.
Em diferentes alturas da vossa história, vós criastes determinados grupos de indivíduos que pertenciam à família Tumold. No contexto disso vocês no passado encaravam-nos como xamanes ou médicos bruxos, feiticeiras. Esses indivíduos perscrutam a mensagem apresentada pelos elementos, e respondem como se alguém lhes tivesse falado. Não ouvem vozes como outros podem ouvir, só que recebem a informação. Podem olhar fixamente o fogo e contactar o vento, e esses elementos falam-lhes. Uma árvore poderá fornecer-lhes informação através dum simples movimento das folhas e dos ramos.
Outros indivíduos, sem proferirem qualquer palavra, podem facultar-lhes informação através da sua energia. Inicialmente, eles não recebem essa informação por meio de pensamentos. Na experiência que fazem, podeis encará-los como a entrar num estado natural alterado temporário, e por vezes num estado alterado induzido. Nesse estado, eles expõem a sua consciência objectiva à informação que lhes é estendida por intermédio dos Caminhantes do Sonho que pertencem à família Tumold. Alguns terão induzido estados alterados de consciência por meio do uso de certas substâncias ao longo da vossa história. Outros, fazem-no por espontânea vontade. Seja como for, o resultado obtido é sempre o mesmo, consistindo na abertura objectiva da sua consciência de modo a permitir uma união da consciência subjectiva com a objectiva, e de modo a permitir uma comunicação da parte dos Caminhantes do Sonho que os instruem assim como àqueles que se situam na sua esfera.
Ao longo da vossa história vós rotulastes esses indivíduos de muitas formas. Eles também rotularam a interacção que estabeleciam de muitos modos. Por vezes, eles referem comunicar com os espíritos. Noutras alturas, não têm uma noção objectiva daquilo de que falam. Apenas têm consciência e têm um conhecimento instintivo de que a informação que tenham veiculado seja válida e que procede dos Caminhantes do Sonho, apesar de não os reconhecerem como Caminhantes do Sonho.
A família Tumold apresenta uma dicotomia interessante no vosso foco físico, por comportar aqueles que pertencem à família Tumold no foco físico e outros que alinham pela família Tumold, e devido a que, nessa mesma família a diferença notada entre os que alinham e os que pertencem a essa família seja muito vasta. A expressão de quantos pertencem à família Tumold e daqueles que alinham por ela é muito diferente.
Os indivíduos que alinham pela família Tumold ineressam-se imensamente no foco físico pela área da cura em todos os seus aspectos – emocional, espiritual, mental e física. Gera-se um enorme movimento na área da cura FÍSICA no seio dos indivíduos que alinham pela família Tumold.
A diferença no que toca à área que mais afecta é a de que os que pertencem à família Tumold não reservam expectativas no que expressam. O seu pensamento não gira em torno da cura. Eles não procuram “endireitar” coisa nenhuma, razão porque não alimentam qualquer expectativa. Além disso alcançam resultados nessa área com toda a facilidade e com toda a naturalidade, por não abrigarem qualquer expectativa.
Aqueles que alinham pela Tumold comportam imensa expectativa. Eles não entendem bem a acção da família Tumold. Tremendas crenças foram adquiridas relativamente a essa área. Por isso, eles procuram continuamente provar a si próprios e aos outros as capacidades de cura. Situam isso em áreas objectivas e sentem vontade de mostrar a si mesmos e aos demais que eles, assim como vós, possuem a capacidade de influenciar. Isso gera uma enorme expectativa, por desejarem evidenciar resultados. Aqueles que pertencem à família Tumold não se importam com resultados, por estes não serem importantes.
Alguns, ao pertencerem à família Tumold, podem por vezes chegar mesmo a criar danos físicos ou enfermidades em si próprios de forma espontânea, e a alterar a criação disso e a reverter espontaneamente o que tiverem criado apenas em benefício dos outros poderem dar atenção e tomarem maior consciência em relação à sua realidade do que aquela de que estão cientes nesse momento particular, e também para realçarem as crenças que as pessoas abrigam no contexto do que designais como cura.
De certo modo, isso será encarado por vós como meros truques de salão não muito diferentes da levitação duma mesa ou da materialização dum vaso; mas por vezes, devido a que as crenças inerentes a essas crenças sejam vigorosas entre todos vós, alguns dos que pertencem à família Tumold podem, no âmbito duma comunicação com os Caminhantes do Sonho, ser inspirados a exibir um tipo de conduta que pode ter que ver com as vossas crenças e que pode desafiar-vos essas crenças e permitir que se abram em relação à vossa periferia.
Trata-se duma família da consciência bem interessante, essa Tumold. Essa é também a razão porque eles “trilham” – eles são aqueles que se dirigem às vossas crenças mais vigorosas. Por isso, ao terdes dado atenção às vossas outras crenças no vosso foco físico e tentardes aceitá-las, haveis de continuar a abrigar crenças subjacentes vigorosas a que em grande medida não dais atenção, por fazerem de tal modo parte do vosso foco físico que nem sequer as percebeis. Esses sistemas de crença são os mais tenazes, e são a esses que a família Tumold se dirigem e que permitem que venham à superfície – todos os sistemas de crença que abrigais respeitantes à vossa forma física, à vossa psique, à vossa espiritualidade, aos vossos estados emocionais. Esses são os elementos a que a Tumold se dirige, e que traz à luz para que passeis a dar-lhes atenção. Vós encarais as vossas crenças a fim de as alterardes ou as mudardes ou as aceitardes nos vossos comportamentos, mas tendes tremendas crenças no que diz respeito à forma, à psique, à emoção, à espiritualidade a que nem sequer ainda dais atenção.
Eu afirmo-vos que vós, na vossa forma física, podeis consumir pedras e continuar a sustentar-vos. Vós encarais isso como uma paródia e uma ficção. Vós comportais crenças espantosas e vigorosas, quanto ao modo como haveis de sustentar o vosso corpo físico. Mas aquilo que consumis nada tem que ver com a sustentação da vossa forma física. Tudo opera em harmonia, e quando ALGUM elemento destes quatro aspectos (ar, terra, água e fogo) se acha em desarmonia, TUDO passa a estar em desarmonia. Não faz qualquer diferença o que quer que consumais, em si mesmo. Não faz qualquer diferença o que quer que comporteis na vossa emoção, por si só. No âmbito da vossa espiritualidade, por si só, não apresenta a menor consequência. Não importa aquilo em que acrediteis em relação à vossa psique, em si mesmo. Todas as partes se movem em harmonia, entre si. ESSE é o contexto da cura fornecido pela família Tumold. Ao restaurarem o estado natural, cedem energia ao alinhamento e à harmonização desses vossos quatro aspectos no vosso foco físico, na consciência objectiva e subjectiva. (Pausa) Podeis colocar as vossas perguntas.
DAVID: De que modo a Milumet traz as crenças à luz? De que modo opera? Individualmente ou em massa?
ELIAS: A Milumet dirige-se à área da espiritualidade. Consequentemente, podem apresentar-vos elementos da vossa realidade que podem ser contrários ao que acrediteis na identificação que fazeis da espiritualidade. Além disso apresentam igualmente outras áreas da realidade que vos poderão parecer pouco familiares ou estranhas, mas ao sugerirem diferenças propõem-vos uma consciência mais vasta da realidade, além do facto de a vossa espiritualidade não constituir uma mera área imponente e “cósmica” inalcançável, mas se achar entrelaçada com cada elemento do vosso foco físico.
NORM: Eu tenho uma pergunta respeitante à definição do estado natural. Estarei eu num estado natural?
ELIAS: Não.
NORM: Nesse caso, que coisa será isso?
ELIAS: No contexto das crenças que comportas, estás. No contexto da criação do que presentemente estás a criar, estás. No âmbito da essência e das suas expressões e movimento no sentido da realização desta mudança da consciência e completude do vosso ciclo, não estás.
NORM: Com que deveria parecer-me? (Riso)
ELIAS: Com o que quer que desejes! (A rir)
Um elemento em ti que se acha em desarmonia há-de ser uma criação de não te situares no teu estado natural. Esta mudança estabelece um ciclo, por meio do qual vos devolve a um elemento dos Caminhantes do Sonho. Essa é a razão porque vos dou conta dos Caminhantes do Sonho. De outro modo seria completamente despropositado referir fosse o que fosse sobre esses Caminhantes do Sonho; mas ao estardes a completar esta mudança na consciência, haveis de retornar a esse estado, como quem diz. Haveis de continuar a focar-vos no físico, ao contrário desses Caminhantes do Sonho, só que haveis de passar a comportar o conhecimento deles.
NORM: Interessante.
JIM: Eu tenho uma pergunta. Boa noite, Elias!
ELIAS: Boa noite.
JIM: Há algumas semanas atrás, um certo número de nós estava sentado ao computador e estava a falar sobre propósitos e acções, e a Lawrence apareceu e respondeu-me dizendo: “...Utiliza o Tumold a fim de auxiliar o intuito Sumafi dele.” Essa declaração deixou-me intrigado durante as últimas semanas, e por isso interrogo-me se não poderias expandir o sentido disso, no contexto do que acabaste de referir.
ELIAS: No sentido de fazer resultar uma menor distorção.
JIM: No âmbito da informação que acabaste de referir, igualmente? Eu gostei. Soou familiar. Obrigado.
ELIAS: Exacto. Tal como declarei, de certo modo podeis referir que aqueles que alinham pela Tumold estejam a vários títulos a distorcer o intuito dessa família, por terem permitido que as crenças que abrigam superem o propósito. A Tumold pode auxiliar bastante na promoção do propósito da Sumafi, por elas alinharem bastante no intuito de não provocarem distorções. O intuito da Tumold, tal como declarei, não é o de alterar a criação da realidade dos outros, mas somente o de ajudar por uma cedência de energia a um estado natural e uma harmonização que beneficie todos e a si mesmos. Eles não procuram “ENDIREITAR” seja o que for. Eles aceitam o que é criado.
No caso dum indivíduo que pertença à família Tumold, ele poderá interagir com outro que esteja a dar lugar à criação duma enfermidade, e não procura mover energia a fim de tentar demovê-lo da criação dessa enfermidade, mas aceitar que isso seja uma criação do indivíduo, e o facto de que se ele preferir permanecer na criação disso, isso seja aceitável. Ele poderá apenas voltar-se na direcção de se tornar num auxílio para esse indivíduo, na criação do que estiver a levar a cabo, imbuído do reconhecimento de constituir uma escolha sua passar a entrar em harmonia com todos os aspectos do próprio ser em meio ao que estiver a criar.
JIM: Muito bem, obrigado.
ELIAS: Não tens de quê.
VICKI: Eu tenho uma pergunta. A Melinda e o Tom pertencem ambos à família Tumold, e faz já algum tempo que têm vindo a passar por um certo número de experiências bastante interessantes, especialmente no estado de sonhos e no estado de projecção fora do corpo. Eles passaram por experiências que os deixou bastante apavorados. A pergunta que quero colocar é se essas experiências por que estão a passar terão que ver com o que estivemos aqui esta noite a debater. Estarão eles a receber informação através da interacção dos Caminhantes do Sonho que pertencem à família Tumold, nessas experiências?
ELIAS: Exacto. Isso serve de exemplo. Entram num estado alterado, segundo os termos que empregais, apesar de não existirem estados alterados! Nesse estado alterado, eles recebem a comunicação e a informação inerente às experiências porque passam. Isso não deve ser interpretado, como no caso do alinhamento pela família Tumold, como um aspecto da cura. Pode ser interpretado de variados modos, mas sugere uma informação e ESTA constituir um auxílio, por gerar automaticamente um elemento natural de cura na sua energia, o qual automaticamente irá afectar outros indivíduos, assim como a consciência.
NORM: Que terá sido? Terá sido a informação ou o acto de receber a informação que resultou nesse alarme todo, no caso deles, ou a ambas as coisas?
VICKI: Será o facto das experiências por que têm estado a passar serem assombrosas para eles. Por exemplo, eles encontraram-se em sonhos ou no estado de projecção fora do corpo, no âmbito dum acordo, e tiveram consciência objectiva disso no dia seguinte. Além disso tomaram consciência de fortes laços de ligação existentes entre ambos nesse tipo de experiências.
ELIAS: Tal como vós vos assombrais pela experiência que obtendes neste fórum.
VICKI: Pois, eles sentem o mesmo tipo de espanto no que estão a fazer...
ELIAS: É uma experiência; mas vós além disso também contactais a informação que recebeis, tal como eles.
VICKI: Eles entraram em contacto com muita informação respeitante, por exemplo, à cidade.
NORM: Respeitante ao quê?
VICKI: À cidade.
NORM: À cidade....
VICKI: Eles vão lá com frequência. Bastante interessante!
NORM: Preciso obter mais informação sobre isso.
HELEN: As quatro partes do nosso ser que disseste que a Tumold nos ajudaria a curar e a agir numa base de harmonia, terão elas alguma ligação com os quatro elementos, o vento, o fogo, a água e a terra? Isso estará de algum modo ligado às quatro partes do nosso ser?
ELIAS: Para aqueles da família Tumold têm significado, apesar de constituírem símbolos. São imagens a que se ligam na troca com a essência, tal como vós percebeis imagens neste intercâmbio. Eu dou, nesta troca de energias, expressão àquilo que vos parecerá emoção, por ser isso que entendeis. Por isso, estabeleceis o contacto por intermédio das imagens que colheis e isso é expressado. Trata-se dum símbolo. Não é necessariamente uma realidade fora desta dimensão. É apenas um símbolo para vós, tal como esses elementos da vossa terra e do fogo, e do fogo e do ar são apenas símbolos para quantos pertencem à família Tumold.
HELEN: Estariam os Índios Norte Americanos alinhados pela família Tumold?
ELIAS: Alguns, não todos.
HELEN: Não existe propriamente uma ligação forte nessa área, existe?
ELIAS: Não existe cultura alguma que se ache completamente alinhada por uma família espiritual, nem mesmo os aborígenes. Eles podem alinhar fortemente por uma família, mas nenhuma cultura alinha completamente por uma família da essência. No caso dos vossos Nativos Americanos, esses indivíduos alinham em PARTE pela Tumold, só que não com a intensidade com que os aborígenes alinham pela Milumet.
HELEN: Penso que obtive uma imagem dos curandeiros quando estavas a falar da família Tumold...
ELIAS: Exacto.
HELEN: ... como estando associados aos Nativos Americanos.
ELIAS: Exacto.
HELEN: Provavelmente eles alinhavam pela Tumold, ou a partir da família Tumold...
ELIAS: Exacto.
HELEN: ...por lidarem com os elementos, com os símbolos de que estavas a falar, e acreditarem e obterem informação relativa à cura.
ELIAS: Absolutamente, o que constitui um excelente exemplo; só que isso não representaria mais do que um indivíduo em toda a tribo.
HELEN: Penso que deveria ter formulado a questão que te pus de modo diferente; o curandeiro dos Nativos Norte Americanos, por ser neles que estava a pensar e não neles como cultura. Está certo!
ELIAS: Exacto.
SUE: Eu conhecia um indivíduo chamado Ray que tinha um dom formidável de arranjar com que os computadores funcionassem. As pessoas tentavam reparar algo mas a coisa não funcionava, e o Ray ia e fazia exactamente a mesma coisa e de repente passavam a funcionar. Terá ele sido um membro da família Tumold?
ELIAS: É. Tal com já expressei, não se trata necessariamente do que encarais em termos de cura. Um indivíduo, seja em que tipo de ocupação for, pode pertencer à família Tumold, e ao pertencer a essa família deve automaticamente gozar da habilidade de influenciar tanto objectiva como subjectivamente sem proceder a tentativas.
SUE: Pois, quando referiste que esses indivíduos comunicam com os objectos ou permutam energia com os objectos, foi o que me levou a considerar esse tipo por parecer que ele... era quase como se os aparelhos lhe respondessem de modo diferente daquele que acontecia com os outros indivíduos.
ELIAS: Também é por essa razão que os indivíduos que pertencem à família Tumold apresentam diferenças em relação àqueles que alinham por ela. Esses que alinham por ela, por causa das crenças que abrigam, interpretam mal a comunicação e o vínculo que estabelecem com os elementos do foco físico. Em resultado, muitos que alinham por ela no foco físico podem focar a sua energia nas áreas dos cristais, reconhecendo no alinhamento que estabelecem e no seu propósito parcial ter uma relação íntima com tudo o que tiverdes criado no vosso foco físico, mas interpretando erradamente e consignando a sua energia ao elemento ao invés de a si próprios e às outras essências e energias.
JIM: As outras essências e energias também recebem informação, tal como experimentei através da comunicação com aqueles que alinham pela Tumold?
ELIAS: Correcto.
JIM: Essa é justamente a minha experiência. Muito bem.
HELEN: Então, o que estás a dizer em relação aos cristais é que eles pensam que é o cristal que detém o conhecimento ou a energia que procuram, quando se trata simplesmente dum objecto por intermédio do qual obtêm a informação ou a energia.
ELIAS: É um elemento através do qual a energia pode ser canalizada, não diferente do Michael.
HELEN: Então, segundo as crenças que comportam, pensam que ao utilizarem os cristais...
ELIAS: Que o próprio elemento passe a gerar a energia que venha a causar a influência.
HELEN: Hmm. Então isso assemelhar-se-ia a usarmos o Michael ao redor do nosso pescoço!
ELIAS: Justamente! Sugiro que isso não seja tão terapêutico assim nem ajuda alguma, além de ser bastante pesado e incómodo! (Riso)
HELEN: Incomodativo!
SUE: Mas podiam utilizar um pedaço de vidro ou de plástico, que isso operaria tão bem quanto o cristal.
ELIAS: Precisamente, por isso envolver os seus sistemas de crença; mas serve de exemplo quanto à distorção inerente ao propósito.
Vamos fazer um intervalo, e logo daremos continuidade ao questionário.
INTERVALO
ELIAS: Continuemos.
SUE: Eu tenho uma pergunta. Na semana passada não pude vir, mas a Bobbi disse que falastes sobre a família Zuli e da ligação que estabelecem com os Caminhantes do Sonho por meio do corpo e do físico – da dança e de coisas assim. Isso incluirá os dervixes do Sufismo que rodopiam, e esse tipo de actividade?
ELIAS: Inclui.
DAVID: Eu tenho uma pergunta. Se um indivíduo estiver a morrer e sentir uma enorme raiva em relação a outro, ele carregará essa raiva consigo, essa energia, após morrer?
ELIAS: Exacto.
DAVID: Para onde irá essa raiva?
ELIAS: Depende da escolha do indivíduo de passar para fora das crenças que estejam a gerar essa emoção.
DAVID: Mas geralmente, muitas pessoas na sua crença tentam... como hei-de colocar isto? É como se escolhessem... eles não podem levar essa raiva consigo. Precisam dispersá-la ou fazer algo em relação a ela, de modo a poderem escolher voltar a manifestar-se com o outro indivíduo a fim de resolver essa raiva. (Elias ri) Não estou a falar de carma! Mas nesse tipo de via... estou a tentar perceber o que acontece e de que modo escolherão livrar-se dessa raiva.
ELIAS: Eles não estabelecem obrigatoriamente um acordo com o outro a fim de “solucionarem” essa raiva. Isso brota duma crença. Assim que entrais na transição não física, a acção que se dá é a de eliminardes a crença. Consequentemente, nos termos da vossa linguagem figurada, trata-se meramente duma questão de tempo.
DAVID: Nesse caso será comum que uma pessoa que comporte uma crença e não tenha consciência dela representar uma crença, escolher voltar ou assumir um outro foco com o outro indivíduo a fim de resolver essa energia?
ELIAS: Não.
DAVID: Isso não opera desse modo.
ELIAS: Não.
DAVID: Está bem, obrigado.
ELIAS: O indivíduo não “volta”! (Riso)
DAVID: Mas procede à criação dum outro foco ou experiência conjunta.
ELIAS: Elas são todas simultâneas! (Riso)
HELEN: Foste derrotado, de novo!
...
DREW: Tenho uma pergunta a fazer sobre a transição. Será correcto dizer que um foco não seja uma coisa mas represente um foco de energia?
ELIAS: Exacto.
DREW: Nesse caso, quando morremos, que é que passa a abandonar as crenças?
ELIAS: A personalidade que se acha focada. A energia configura-se segundo o plano da personalidade, que é o indivíduo. Nesse sentido, o indivíduo que se acha no foco – a atenção focada do elemento da essência – cria e sustenta crenças. Por isso, ao passar para as áreas não físicas da transição, o acto da transição destina-se à eliminação e ao descartar dessas crenças; ao descartar da camuflagem.
DREW: E após a morte física, a personalidade tem continuidade?
ELIAS: Exacto.
DREW: Para todo o sempre, segundo os termos que empregamos?
ELIAS: Exacto.
DREW: Ah… Despido das crenças a que nos teremos ligado na realidade física?
ELIAS: Exacto.
DREW: E então acha-se livre para explorar as dimensões que escolher explorar por uma questão da experiência.
ELIAS: Exacto.
DREW: Ah! Então a nossa personalidade prossegue e passará a existir para sempre.
ELIAS: Sim. (Pausa)
VICKI: Ficamos atolados em nós próprios! (Riso geral)
ELIAS: Justamente! (Ri para dentro)
DREW: Se quiséssemos identificar-nos com essa personalidade tanto quanto possível, será muito diferente de tentarmos entrar em contacto com a nossa essência?
ELIAS: De certa forma.
DREW: Existem características que são únicas à personalidade.
ELIAS: Exacto.
DREW: E com todos os exercícios que temos vindo a fazer e toda a informação que temos vindo a obter, destinar-se-ia isso a levar-nos a um maior contacto com a essência ou a nossa personalidade?
ELIAS: Ambas as coisas.
DREW: Está bem. Teremos algum modo de sabermos se estamos em contacto com um desses aspectos ao invés do outro? Existirá alguma diferença na qualidade da experiência ou da acção?
ELIAS: Objectivamente, e em grande parte, vós não recordais as ligações ou interacções da essência que explorais. Por vezes podereis recordar tal interacção, mas deverá situar-se bastante fora de toda a familiaridade que tendes com o vosso foco físico. Tais interacções com o alinhamento pelo tom, os quais já foram experimentados previamente neste fórum pelo Michael (Mary), consiste na experiência da interacção com a essência, mas não apresenta nenhuma familiaridade convosco no âmbito da vossa consciência objectiva. Apresenta muito pouco significado para a vossa compreensão, por se achar bastante removido da vossa atenção, conforme a dirigis.
Nesta dimensão, e seja em que foco for, a vossa atenção é dirigida de forma bastante singular e directamente para a manifestação do foco físico. Por isso, a vossa energia é dirigida desse modo. A interacção com o todo da essência é bastante pouco familiar à atenção dirigida do foco, mas é possível e exequível chegar a interagir com a essência de modo objectivo.
DREW: Será pois justo referir que as experiências por que passamos e que recordamos de forma objectiva se assemelhem mais a uma interacção com a nossa personalidade do que com a essência?
ELIAS: Não necessariamente, porque vós também estais a envolver mais aspectos da essência do que vos permitistes previamente na vossa atenção. Contactais outros focos da vossa essência, os quais são todos elementos de vós enquanto essência…
DREW: Mas são todos personalidades.
ELIAS: Exacto.
DREW: Por isso, uma vez mais, trata-se de interacções com as personalidades ao contrário da essência.
ELIAS: A essência também consiste na personalidade.
DREW: Pois, eu entendo mas é que....
ELIAS: Isso são tudo aspectos do todo formado pela personalidade, tal como vós detendes num único foco muitos aspectos da vossa personalidade. Possuís humor, tristeza, emoção, consciência física, pensamentos. Possuís a vossa espiritualidade, a vossa psique. Tudo isso são diferentes aspectos do vosso próprio foco. Do mesmo modo, cada foco consiste num espelho da essência, de certa forma, porque a essência detém igualmente personalidade, e todos os seus focos consistem em todos os aspectos dessa personalidade.
DREW: Existem aspectos da essência que não se traduzem pela personalidade. Verdade?
ELIAS: Não podem ser distinguidos.
DREW: Bom, a personalidade é essência e a essência é personalidade, mas a essência não é SÓ personalidade, será?
ELIAS: Não, segundo a definição que dais à personalidade.
DREW: A minha pergunta fará sentido?
ELIAS: (Ri) Faz! (Riso)
DREW: Porque, aquilo que me conduziu aqui inicialmente foi saber o que será que após a morte se subsiste que precise descartar as suas crenças, e tu referiste que era a personalidade. Mas tenho a percepção de que existe muito mais na personalidade do que unicamente a personalidade. Existe toda a consciência…
ELIAS: Exacto.
DREW: …A qual não se traduz estritamente pela personalidade, pelos termos que empregamos.
ELIAS: Exacto; mas tu estás a atribuir uma distinção à essência.
DREW: Se existem aspectos da essência que não são personalidade, que aspectos serão esses, se não são diferenciados por qualquer forma?
ELIAS: Existe uma diferença, nos termos que empregais, porque a essência comporta a consciência toda, mas é definida pela personalidade individual.
DREW: O que consiste no tom.
ELIAS: Exacto.
DREW: Então, de certo modo, a consciência toda possui uma vibração que é única em si própria.
ELIAS: Exacto.
DREW: Mas será isso que a nossa personalidade que se situa em transição é, será que é isso que leva consigo? Será somente uma frequência desse tom particular?
ELIAS: Exacto.
DREW: Ah! Muito bem, obrigado.
ELIAS: Mas recorda-te que isso não diminui o foco, porque o foco detém a essência toda. Por isso, ao vos deslocardes ao longo da transição, tal como referi, não sois absorvidos por essa gigantesca “amiba que é a essência” como um elemento que faça parte dela, mas detendes a essência toda e prosseguis para as áreas não físicas da consciência. Vós não “voltais”. Não reincarnais. Prosseguis. Tereis proporcionado a vós próprios a experiência física. Por isso torna-se desnecessário continuar. Apenas entrais num estado de transição a fim de descartardes as crenças. É semelhante a passardes dum compartimento da vossa habitação a outro e a descartardes as vossas roupas. Descartais a camuflagem.
DREW: Bom, uma personalidade particular é capaz de se situar em mais do que numa… Será uma personalidade capaz de se situar em mais do que uma dimensão ao mesmo tempo? Deve ser, porque o tempo é simultâneo.
ELIAS: É.
DREW: Então, após termos deixado a realidade física, havemos de penetrar em áreas em que já nos encontramos, de algum modo. Por isso, porque razão haveríamos de necessitar de descartar as crenças quando já experimentamos essas outras dimensões antes?
ELIAS: As crenças são relativas apenas ao foco físico e não às áreas não físicas da consciência. (Pausa) Isso leva-nos para a vossa área do tempo simultâneo, a qual nem o Siman (Bob) compreende verdadeiramente! (Ri)
DREW: Bom, é DEVIDO ao tempo em simultâneo que me parece estranho que tenhamos que descartar as crenças, porque todas essas áreas que teremos que explorar quando morrermos, nos nossos termos, já estamos a explorar.
ELIAS: Exacto.
DREW: Por isso, porque razão precisaremos passar por um período de transição a fim de descartarmos as crenças relativas a esta dimensão quando já nos encontramos a experimentar as outras dimensões?
ELIAS: Porque vós criastes dimensões físicas a PARTIR das molduras temporais.
DREW: Ah... Está bem.
JIM: Essas crenças, com a nossa passagem para a área da transição, serão também sustentadas subjectivamente?
ELIAS: Exacto. Em certa medida.
DREW: Bom, uma vez mortos, não existe nada excepto a subjectividade!
(Nota da Vicki: Consegue-se distinguir o riso da Cathy ao fundo)
ELIAS: Não no ínício! (A rir) Inicialmente, no acto de transição, continuais a sustentar uma consciência objectiva. Por isso sustentais as vossas crenças. Também tendes conhecimento da consciência do vosso corpo.
DREW: Temos consciência objectiva depois de morrermos?
ELIAS: Exacto.
DREW: A mesma consciência subjectiva que actualmente tenho?
ELIAS: Exacto.
DREW: Nesse caso, se me encontrar no caixão, lá na sepultura, eu ainda terei essa consciência?
ELIAS: Correcto. (A esta altura gera-se uma pausa acentuada)
HELEN: (Gera-se um murmurinho) Oh meu deus!
(Nota da Margot: Creio que acabei mesmo por me decidir pela cremação!)
DREW: Ah! Na verdade, penso ter experimentado isso numa experiência transfocal, (Nota do tradutor: Experiência que é comummente designada como regressão a vidas passadas) não terei? (Elias acena afirmativamente) Recordo-me disso. Só uma última pergunta ainda sobre isto: Não obstante a simultaneidade do tempo, assim que estivermos mortos e tivermos passado à (fase de) transição, teremos alguma recordação aí, sobejar-nos-á alguma recordação desta experiência da realidade da experiência física?
ELIAS: Têm, mas é diferente daquilo que o vosso processo de pensamento vos dita neste foco particular. Neste foco, encarais-vos como o que sois, e nada mais além disso. A vossa atenção acha-se completamente focada nesse aspecto da personalidade. Por isso, também acreditais que quando morrerdes e tiverdes passado à fase de transição, continuareis a ser a entidade singular que sois e a recordar este foco com toda a clareza, como único e imbuído conforme se acha da mais elevada importância. Voltar-te-ás para trás – o que não quer dizer que te vires nem olhes para trás – para a vida que tens enquanto Drew, não como a essência do Mattew (que és) e dirás para contigo própria, “Ah, pois! Recordo-me do meu décimo aniversário! Ah, que Natal maravilhoso tivemos aos vinte e três! Oh, que morte horrível tive!” (Riso)
Isso não é assim, porque passais para a área da essência e do tempo não material e simultâneo, onde todos os aspectos são focados e efectivados ao mesmo tempo. Por isso, nenhum elemento detém mais significado que outro qualquer, e existe um número incontável de elementos; mais do que podereis contar. Sublinhai esta frase.
DAVID: Será nessa fase que o trauma sucede? Na da transição? Ao fazermos face a tudo isso sem sermos capazes de ter consciência do que se acha em transição?
ELIAS: Em parte.
DAVID: Nesse caso não é uma experiência agradável.
ELIAS: Não é agradável nem desagradável. É como é.
DREW: Eu penso que o trauma seja dar-nos conta de estarmos no caixão!
ELIAS: Não necessariamente. Isso depende das vossas crenças!
JIM: Tudo isso depende das crenças, em relação à quantidade de trauma que produzamos durante a transição.
ELIAS: Justamente!
DAVID: Bom, com as crenças que tenho, eu hei-de sentir trauma, e dor a cem por cento!
ELIAS: Já falamos previamente, quando fomos interrogados, acerca da interacção existente entre as essências e as pessoas fisicamente focadas, numa tentativa de ajudar certos focos na fase da transição; porque por vezes, um foco individual pode acontecer oferecer resistência à transição e manter-se no limbo, por assim dizer, durante o que encarais como um determinado período de tempo, apesar de parecer não demorar tempo nenhum para esse foco. Eles meramente existem, mas também não experimentam o acto da transição.
DREW: Esta é uma pergunta que se acha algo relacionada, e em relação à qual sempre senti muita curiosidade. Existirá alguma diferença, em termos de... Por falta de um termo melhor, da libertação da energia da consciência do corpo, entre o enterro convencional e a cremação?
ELIAS: Isso também depende da escolha apenas. Vós não “libertais” a consciência do corpo. Vós escolheis tanto objectiva como subjectivamente o modo de direccionardes a consciência do corpo quando estiverdes a remover a consciência subjectiva por altura da passagem. Escolheis isso por muitas e variadas razões. Alguns escolhem não acolher grande parte da consciência do corpo inicialmente, no acto de transição, e dar atenção às crenças predominantes. Por isso podem escolher permitir que a consciência do corpo continue no lado material durante algum tempo. Muitos, ao abrigarem fortes crenças escolhem esse tipo de acção, o que lhes permite um período para poderem lidar com as crenças vigorosas que sustentavam e permitir que a consciência do corpo prossiga subsequentemente, nos vossos termos.
SUE: Posso perguntar… Recentemente li uma novela acerca da Evita, Eva Peron, cujo corpo... Após a morte, o seu corpo foi embalsamado, e levado para vários locais durante anos, e coisas diferentes que lhe aconteceram. Foi espantoso, as coisas que aconteceram ao corpo após ter falecido uns trinta anos previamente. E fiquei na dúvida se existiria alguma parte dela que ainda se acha-se ligada, alguma parte da sua personalidade que ainda se achasse associada àquele corpo, à medida que ia de um sítio para o outro enquanto lhe sucediam incidentes?
ELIAS: A consciência do vosso corpo consiste num aspecto do foco que é uma expressão da essência. Por isso, apesar da consciência subjectiva se achar removida do sentido que a consciência do corpo toma, a própria consciência do corpo constitui um elemento da essência, e por isso um aspecto da essência que permanece no corpo físico.
DREW: Contudo isso deve representar uma coisa subjectiva, não?
ELIAS: Não.
DREW: Consciência do corpo? Não será a consciência uma coisa subjectiva...?
ELIAS: Existe o subjectivo E o objectivo. A consciência do vosso corpo traduz uma consciência objectiva. Representa uma manifestação objectiva; uma imagem objectiva.
DREW: Que requer algum tipo de interacção subjectiva.
ELIAS: Para poder ter continuidade, por certo.
DREW: Por isso é tanto subjectiva quanto objectiva.
ELIAS: Não. Necessita da consciência subjectiva só para poder funcionar.
DREW: Pois. Hmm! Bom, como poderá alguma coisa ser objectiva se não existir o lado subjectivo?
ELIAS: Essa é a razão porque não pode continuar a FUNCIONAR quando o lado subjectivo é removido durante um certo período de tempo. É uma expressão objectiva.
DREW: De quê?
ELIAS: Da essência.
DREW: A qual consiste numa acção subjectiva? Não quero empregar o termo “coisa”.
ELIAS: Exacto.
DREW: Então existe acção subjectiva?
ELIAS: Não. (Riso)
DREW: Bom, como poderá alguma coisa ser objectiva? O subjectivo não virá antes que o objectivo, nos nossos termos?
ELIAS: Não. Ambos sucedem em simultâneo, mas eu entendo aquilo que estás a referir; só que o lado objectivo é a imagem que é apresentada. Tudo aquilo que vedes no foco físico, tudo o que se apresenta a si mesmo sob a forma material, traduz uma expressão objectiva.
DREW: Do subjectivo....
ELIAS: Da projecção.
DREW: Ah, já estou a entender.
ELIAS: Não está a dirigir as suas funções, mas consiste numa projecção objectiva.
DREW: Da parte de quem?
ELIAS: Da essência.
DREW: Hmm! Bom, não quero prolongar isto, pois estou certa de que os outros têm perguntas a colocar, mas eu...
ELIAS: Deixa que te diga que, do mesmo modo que estabeleceis véus entre as vossas dimensões de forma a não as penetrardes – porque penetrá-las é coisa que não vos permitis – ao escolherdes desprender-vos do foco físico criais um véu entre a expressão objectiva e subjectiva da consciência do corpo. Removeis a direcção do seu funcionamento. Por isso ele deixa de funcionar e permanece como aquilo que descrevereis como sendo um artefacto, que contém uma consciência objectiva, porque toda a vossa matéria contém consciência. Por isso, ela possui uma consciência objectiva, mas não mais possui qualquer interacção com os elementos subjectivos.
DREW: Portanto, as células do corpo, que possuem a sua própria consciência...
ELIAS: Exacto.
DREW: …não estão a interagir subjectivamente com a personalidade que a estava a dirigir antes.
ELIAS: Não.
DREW: E essas células, e a consciência que encerram, os elos de consciência que se encontram no corpo, não interagem no caso de NENHUMA essência?
ELIAS: Não. Elas interagem subjectivamente no contexto da consciência mas não estão ligadas à essência nem à personalidade.
NORM: Mas serão capazes de se projectar numa existência objectiva?
ELIAS: Elas têm uma existência objectiva.
NORM: E não precisam projectar-se continuamente? Muito bem.
DREW: Como poderão elas achar-se ligadas à consciência sem contudo interagirem com a essência? Porque, não serão a essência e a consciência a mesma coisa?
ELIAS: São, sob determinado aspecto; mas, tal como declarei, a essência comporta uma distinção sob a forma da personalidade.
DREW: Quando o corpo se deteriora e as células se desintegram em pó, nos nossos termos, a consciência que se achava no corpo vai para onde?
ELIAS: É reconstruída em energia e regenerada na essência.
DREW: Muito bem. Existe um tipo qualquer de interacção entre a consciência objectiva e a essência que é distinta da interacção subjectiva…
ELIAS: Da do foco. Exacto.
DREW: ...e de que precisarei explorar numa outra altura contigo, por se tratar de algo que para mim ainda é novo. Trata-se dum tipo diferente de interacção.
ELIAS: Exacto.
DREW: Hmm! Terá ela alguma coisa a ver com a projecção daqueles que estejam a observar o corpo?
ELIAS: Em parte.
DREW: Muito bem. Obrigado.
ELIAS: Porque, como a atenção dessas pessoas também se acha em acordo com as crenças desse indivíduo, no alinhamento do foco individual que se terá desprendido, elas também mantêm um aspecto da sua atenção nessa expressão.
Se escolherdes aniquilar a vossa forma física através do fogo, aqueles que permanecerem ou continuarem no foco físico hão concordar com a vossa escolha. Por isso, a vossa expressão não sofrerá qualquer influência por parte de nenhuma energia… A vossa expressão física não sofrerá qualquer influência da parte daqueles que vos rodearem. Se escolherdes ser mumificados, a vossa expressão obterá energia a fim de permanecer na matéria física objectiva, porque a atenção é igualmente sustentada pelos outros.
DREW: Se isso explicasse tudo, eu entenderia! Mas é essa parte da consciência que de algum modo não interage subjectivamente que eu não entendo, mas não pretendo gastar mais tempo com isso esta noite, por isso vou pensar nisso durante a semana.
ELIAS: Muito bem. Essas são áreas difíceis, porque vós não compreendeis muito bem todas as acções e elementos da essência e da consciência e de cada foco, que detém muitos mais aspectos do que podeis pensar.
DREW: Okay, obrigado.
NORM: Eu gostava de colocar uma questão. Porque razão foram os focos criados nesta dimensão com crenças?
ELIAS: Porque não?
NORM: Teve que proceder de algum desejo.
ELIAS: Revela-se bastante criativo e permite-vos bem o que explorar!
NORM: Eu queria dizer... eles não tinham tentado isso antes, é claro, ou terão? (Riso generalizado)
SUE: O experimento deu para o torto! (Riso)
JIM: Que referes como “eles”?
NORM: As essências todas!
ELIAS: Todos VÓS! Os “eles” que dizem respeito a vós!
NORM: Quero dizer, foi... parece-me que os sistemas de crença traduzam duplicidade em si próprios. Podem representar formas de constrangimento, assim como podem ser poderosos.
ELIAS: Eles perfazem a vossa experiência!
NORM: Eu sei que sim!
ELIAS: Vós contraís muitas experiências em várias dimensões e focos diferentes.
NORM: Eu jamais pensei em mim mesmo antes como numa pletora de sistemas de crença!
ELIAS: (A rir) Vós sois TODOS pletoras de sistemas de crenças nesta dimensão particular, porque isso traduz aquilo que criastes!
NORM: Bom, é que parece estranho, é só isso! Quero dizer, eu podia ter pensado noutras coisas para fazer! (Riso generalizado)
ELIAS: Tu ESTÁS a pensar noutras coisas para fazer!
NORM: Que foi que ele disse?
VICKI: Que tu ESTÁS a pensar noutras coisas para fazer!
NORM: Eu sei, só que é tão pouco habitual. Não é habitual, penso eu, e não sei porque razão penso nisso, mas penso que não seja habitual que tenhamos feito tal número!
ELIAS: Por pensares que as crenças sejam prejudiciais!
NORM: Não! É o facto de constituírem restrições, mas também comportam uma grande dose de poder. Estarei a dizer a coisa correctamente?
ELIAS: Exacto ... se escolheres acreditar nisso!
NORM: Bom, eu tento acreditar naquelas que conferem poder! Nós esforçámo-nos por obter aquelas que comportam poder!
JIM: Todas comportam poder.
ELIAS: Exacto.
NORM: Pois é, todas comportam poder. Elas são restritivas!
ELIAS: Essas também são poderosas!
JIM: Essas também são crenças!
NORM: Ora, pára de rir, Vicki! (Eu não parava de rir durante todo este intercâmbio)
VICKI: É simplesmente bestial! Estou a adorar!
HELEN: Eu tenho uma pergunta que não tem nada a ver com coisa nenhuma! (Riso) Eu tive um sonho em que estava grávida e em que podia ver a barriga que tinha, e eu era atingida por uma bala que me abriu um buraco justamente aqui. Isso não atingiu o meu bebé, mas eu não faço ideia o que esse sonho quererá dizer. Pensei que talvez pudesses ajudar-me nisso.
ELIAS: Ah, bastante apropriado a um debate subordinado às crenças! (A rir para o Norm)
NORM: Tudo bem....
ELIAS: Isso é imagética a sugerir-te os sistemas de crença que sustentas. A gravidez constitui uma imagem poderosa que sugere intimidade contigo própria e elementos que abrigas com zelo e que são susceptíveis de crescimento, e que te podem afectar bastante a ti e ao teu foco. Nesse sentido, tu atribuís imagem a essas crenças à semelhança duma criança dentro de ti a ocupar um mesmo espaço, e em seguida o acidente que te fere mas não atinge a criança dentro de ti, que corresponde bastante à imagem das crenças que abrigas. Isso representa uma imagética que inicialmente tenta afectar esses sistemas de crença, só que o ferimento passo perto das crenças ao invés de as penetrar.
HELEN: Então o meu objectivo será o de penetrar as crenças?
ELIAS: Contactá-las e alterá-las, e essencialmente aceitá-las.
HELEN: E isto representa uma tentativa fracassada disso.
ELIAS: Não é uma fracasso! É um movimento. Tu estás a expressar a ti própria imagens subjectivas que te permitem notar duma forma objectiva o facto de estares a começar a mover-te nessa direcção.
HELEN: Então representa uma coisa positiva?
ELIAS: Exacto ... nos vossos termos. (A sorrir)
HELEN: Apesar de não existir coisa alguma que seja positiva.
ELIAS: Exacto.
HELEN: Eu estou a avançar na direcção que terei escolhido, sim?
ELIAS: Sim.
HELEN: E isso é imagética que prova exactamente isso.
ELIAS: É.
HELEN: Obrigado.
ELIAS: Não tens de quê.
NORM: Seria verdade que aqueles que trabalham em conjunto contraem uma maior acção de contraparte do que aqueles que não criam nenhuma associação no trabalho?
ELIAS: Não.
NORM: É engraçado. No último mês ou mês e meio, eu fui abordado no átrio por pessoas que dificilmente conheço, e uma disse-me que sonhara comigo. Depois há cerca de uma semana atrás, penso eu, eu sonhei com alguém que não conheço, e que tinha uma escritório no mesmo prédio que eu, e ele estava-ma a observar a discutir com alguém, só que não consegui apurar de quem se tratava. Penso que estaria a discutir com as minhas crenças e ele estivesse a olhar. Será o que isso traduz? (Elias acena afirmativamente) Eu terei alguma acção de contraparte em relação a ele?
ELIAS: Não.
NORM: Não? Então porque razão se acharia no meu sonho?
ELIAS: Por teres imaginado esse indivíduo. Não quer dizer que o indivíduo se posicionasse no teu sonho. O indivíduo constitui uma simples imagem criada por ti. (Pausa)
NORM: Okay, está certo.
VICKI: Eu tenho uma pergunta da Stella. Para que todos saibam, ela passou por uma experiência bastante intensa esta semana, que traduz uma experiência de transição por que está a passar. Durante esta semana ela começou a sentir-se um pouco melhor. Voltou ao trabalho, e deixou de sentir tonturas. Ela disse que ainda sentia como se estivesse a olhar através de um véu, mas foi igualmente capaz de ir para o trabalho e tudo o mais. Penso que hoje tenha telefonado ao Ron, e que se sinta tão mal como se sentiu na semana passada, ou durante o início desta, e ela desejava saber porquê.
ELIAS: Por isso corresponder ao drama que ela faz! Ela está usar isso a fim de chamar a própria atenção, no contexto do drama de que necessita, neste foco. Ela agarra-se à intensidade da experiência emocional, muito à semelhança dos anteriores actos da Jeselle. Não é necessário, só que isso também chama à atenção!
VICKI: Okay, eu transmito-lhe isto.
JIM: Há uns anos atrás, eu fui um dos primeiros a chegar ao local onde se dera um acidente e automóvel, em Hasley Canyon. Havia uma jovem chamada Christie, e na altura percebi não poder fazer nada por ela. Fiquei com uma forte impressão de que estivesse morta e que nada pudesse fazer para que regressasse à vida. Ultimamente, esta história voltou-me à mente nos últimos meses, e eu interrogava-me sobre a razão... o que me tenha causado essa imagem ou impressão. Aquilo que eu fiz na altura em que a vi ali foi abrir-me através duma energia de auxílio, creio, sem alimentar qualquer expectativa.
ELIAS: E nisso reside a resposta que procuras, relativamente à razão porque estarás a apresentar a ti próprio a imagem disso; por corresponder a uma questão que te caracteriza, a por cederes energia sem qualquer expectativa, e por já teres confrontado a morte muitas vezes com uma expectativa.
JIM: Então nesse exemplo, não o fiz.
ELIAS: Exacto.
JIM: Óptimo. Obrigado.
ELIAS: Não tens de quê.
BOBBI: Uma pergunta sobre expectativas, então. Não serão necessárias algumas expectativas?
ELIAS: Já debatemos isso anteriormente. Existe uma diferença em abrigar uma expectativa, por assim dizer, em relação a um saber, apenas comportando a expectativa sem abrigar a certeza que essa expectativa induza.
BOBBI: Está bem, então se tivermos uma impressão sobre algo e agirmos com base nela, e na certeza que ela nos confere...
ELIAS: Correcto.
BOBBI: Isso não será exactamente uma expectativa?
ELIAS: É um tipo de expectativa que é benéfico para a criação da vossa realidade; não que o outro tipo de expectativa não seja benéfico à vossa criação da realidade, porque também vos fornece informação. Mas na criação daquilo que QUEREIS ou do que DESEJAIS, se detiverdes uma expectativa que comporte um saber isento de dúvida, haveis de o criar. Se sentirdes expectativa mas não acreditardes na expectativa que sentis, vós provavelmente NÃO havereis de materializar a vossa expectativa, por permitirdes que os vossos sistemas de crença vos bloqueiem essa materialização.
BOBBI: Okay, penso que tenha andado às voltas com isso esta semana, e parece que eu... isso tem que ser muito suave. Eu não estou certa. É difícil de explicar. Se conseguisse concentrar-me e sentir a expectativa de uma forma muito suave e sem me apropriar disso, havia de resultar.
ELIAS: Jovialidade!
BOBBI: Pois, é esse o termo. Tudo bem. Eu não conseguiria ignorá-lo completamente. Tampouco isso resultaria, e foi isso que suscitou a questão da expectativa. Eu não sentia um resultado que desejasse...
ELIAS: Tu tens o desejo, só que também não forças a energia com esse desejo, como no caso de não criares esse desejo venhas a dar lugar a um enorme desapontamento. Ao passares para a área do “Não tem importância” e reteres a jovialidade, o teu desejo torna-se mais importante do que a expectativa.
BOBBI: Então o desejo e a expectativa são duas coisas distintas?
ELIAS: São.
BOBBI: Okay, obrigado.
ELIAS: Não tens de quê.
Vamos interromper por esta noite, mas fico a antecipar o nosso próximo encontro. A todos vós, nesta noite, estendo-lhes um imenso carinho e afectuoso adieu.
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