In Conflict, Focus Your Attention Upon Self
Topics:
“Focar a Atenção em Nós Próprios, Quando em Conflito”
“Avalia de Modo Genuíno o Que Motiva a Defesa”
“A Imaginação é Bastante Real”
Sexta-feira, 18 de Setembro de 2007 (Privada/Telefone)
Participantes, Mary/Michael e Nardine
Tradução: Amadeu Duarte
NARDINE: Sinto-me encantada e excitada e abençoada por estar a ter esta conversa objectivamente contigo. (Elias sorri) E a minha primeira pergunta é: quando converso contigo na minha imaginação, na minha mente, estarei de facto a conversar contigo?
ELIAS: Estás!
NARDINE: Bem me pareceu. Muito bem. Bom, gostaria de começar por alguma informação fundamental que diz respeito à essência, e de que todos gostamos de conhecer, pelo que passarei, se mo permitires, a perguntar em primeiro lugar em relação a mim própria. A percepção que tenho quanto à família da minha essência, e do alinhamento que estabeleço é Tumold e Vold...
ELIAS: Exacto.
NARDINE: ...e a orientação que me caracteriza é intermédia e tenho um foco do tipo religioso.
ELIAS: Exacto.
NARDINE: Muito bem. O meu marido, percebo que pertença à família Sumari e alinhe pela Ilda...
ELIAS: Correcto.
NARDINE: ...tenha uma orientação, comum e possua um tipo de foco político.
ELIAS: Exacto.
NARDINE: Maravilhoso. E se me for possível perguntar, quantos focos possuo nesta dimensão?
ELIAS: Perfaz um total de mil duzentos e setenta.
NARDINE: Mágico. Posso perguntar-te, Elias, quantos deles partilho contigo?
ELIAS: Sessenta e oito.
NARDINE: E com o meu marido Peter?
ELIAS: Trezentos e catorze.
NARDINE: Vou percorrer rapidamente mais alguns, se mo permitires... Com a minha mãe?
ELIAS: Focos partilhados?
NARDINE: Sim, obrigado.
ELIAS: Cento e oitenta e oito.
NARDINE: E focos partilhados com o meu pai?
ELIAS: Duzentos e quatro.
NARDINE: E com a minha irmã Vicki?
ELIAS: Trezentos e sessenta e nove.
NARDINE: E com o meu irmão Paul?
ELIAS: Quatrocentos e doze.
NARDINE: Poderia também e a esta altura perguntar-te se terei nesta dimensão alguns focos futuros por experimentar com o meu marido?
ELIAS: Tens.
NARDINE: Posso perguntar quantos?
ELIAS: Quarenta e um.
NARDINE: Essa informação é mágica, Elias. Só quero fazer uma pausa por um momento para poder aperceber-me de que conversar contigo e tomar conhecimento desta informação me realça a sabedoria, conforta-me as crenças e a minha alegria, pelo que me sinto imensamente abençoada por estar a aceder a ela duma forma objectiva por intermédio de ti. Por isso, muitas são as vezes em que sinto como se tivesse um conhecimento interior, só que nós não atribuímos à nossa imaginação a realidade que ela obviamente possui. Mas isso é mesmo espantoso, obrigado. Se me for permitido continuar gostava de perguntar o número de focos que partilho com a minha meia irmã Lana.
ELIAS: Trezentos e dez.
NARDINE: Obrigado. Há mais gente mas vou parar com isto e continuar a seguir. Olhando em retrospectiva, e pensando no que tinha em mente para debater contigo, tomo consciência de me focar no que percebo ser o meu propósito, ou qual tenha sido, nesta vida ou neste foco. E a minha vida, segundo a percepção que obtenho, parece focar-se em torno do amor: amor pessoal, amor pelos outros, amor inerente aos relacionamentos, todo o processo prático do amor. Perceberás que isso seja uma declaração válida do propósito que tenho neste foco?
ELIAS: Sim, concordo.
NARDINE: Obrigado. Eu descubro, através do meu propósito de vida e de tudo aquilo que faço, como se tudo estivesse imbuído de expressões de amor. Quer se trate de receber ou de dar ou de permitir e de negar ou de expressar e de aceitar, tudo isso parece reportar-se a uma determinação pessoal. Por sentir como se as relações amorosas, por causa da vida que escolhemos - e nós escolhemos levar vidas práticas - no meu caso, a maioria dos relacionamentos que tenho envolveram conflito (sorri) que tentei resolver. Só que grande parte desse processamento de resolução dá-se na área do meu casamento, e no companheirismo que tenho com o meu marido. No que se reporta à resolução de conflito que tenho com a minha família, com a minha mãe, pai, irmã, ou no trabalho, eu já não sinto gozar do mesmo conforto nem da mesma aptidão, a mesma capacidade de perceber a floresta em lugar das árvores. E questiono-me especificamente nesta altura, em relação à minha mãe, pai e irmã, por experimentar, por o relacionamento que tenho com eles estar a passar pela separação. Bom, eu contribuí para isso, todos nós teremos contribuído. E eu, pessoalmente, considero isso como uma lição de vida para todos quantos se acham englobados no processo. Mas sinto vontade de entender de que modo poderei prover assistência a mim própria, à minha mãe, pai e irmã, que passe por uma cura, aprendizagem, crescimento, afecto, algo que nos tire desse afastamento e nos conduza a uma existência afectuosa. Poderás ajudar-me nisso?
ELIAS: Mas, que avaliarás te tenha ocasionado essa situação?
NARDINE: No presente ou em toda a nossa vida?
ELIAS: Talvez em ambos os casos.
NARDINE: Muito bem. Ao longo de toda a nossa vida, percebo e reconheço tratar-se da percepção que tenho no seio da família, mas percebo que os meus pais tenham sido crianças marcadas, que terão escolhido as suas vidas, etc., etc., que por sua vez se tornaram pais, dando o melhor que sabiam, e criaram filhos, e verifico uma filha que saiu de casa e que teve relações sexuais, e que não tinha ideia de como tratar o assunto, acabando por criar um cataclismo na família, que a seguir passou a ocasionar processos disfuncionais. De forma que as marcas, as feridas, não foram expostas e não se gerou nenhum processo terapêutico, nem resolução de conflito, e foram preservados padrões de supressão em relação à identidade, à alegria e ao amor. Sinto ter passado décadas a entender-me a mim própria para chegar a uma situação em que apenas procuro sentir amor o tempo todo... Vivi trinta anos com o meu marido e no nosso casamento os estilos e os processos que geramos baseiam-se na aprendizagem, no carinho e na compreensão do conflito.
Já no caso dos padrões que uso com a minha família não gozo desse tipo de compreensão, porque todos nós somos diferentes. E este afastamento recente, que já tem dez meses, resultou do meu pai ter dito que eu não demonstrava nem revelava um carinho suficiente pela minha mãe, numa altura em que ela passava por uma enfermidade física. E ele escreveu-me a dar conta do desapontamento que sentia em relação a mim, desapontamento esse que era de esperar, ao que terei respondido – reconheço-o agora – pela defensiva. Por ter passado uma vida inteira em busca da aprovação e da aceitação por parte do meu pai, eu não correspondi – mas não sei de que modo poderia ter correspondido melhor – mas correspondi do melhor modo que sabia, o que gerou um processo de reacção (em cadeia). Por isso toda a gente está actualmente a reagir e muito pouco amor criativo está a ter lugar. Mas estou certa de que da tua perspectiva poderás perceber aquilo que te expliquei, e estou certa de poderes estender-me uma percepção em relação ao modo como isso poderá ser levado adiante, em direcção ao restabelecimento.
ELIAS: Muito bem. Conforme estarás ciente, em qualquer situação que envolva vários indivíduos, torna-se uma questão de focares a tua atenção primeiro em ti, por não poderes sanar uma situação que englobe outros indivíduos se não iniciares o processo de te sanares a ti própria, por te achares envolvida. Bom, nesse sentido, o modo por que deves começar é avaliando o que fazes e aquilo que motiva a tua atitude de defesa. Com isso, sê específica, por não se tornar producente gerar uma avaliação do que te motive a defesa por uma expressão simples de se tratar dum estilo ou padrão de toda uma vida.
NARDINE: Certo.
ELIAS: Faz-se necessário avaliar genuinamente o que estás a produzir no teu íntimo, e avaliar a razão porque isso se torna importante. Esse é o elemento significativo, porque como é do teu conhecimento, sempre que passais à defensiva, isso gera uma energia de oposição e por isso passais a reflectir para os outros uma resposta em moldes idênticos, sejam quais forem os moldes em que escolhais expressá-lo. Pode tratar-se da energia de serdes uma vítima ou frustração ou fúria ou mesmo repúdio, mas os outros hão-de reflectir algum tipo de energia de oposição em resposta à energia de oposição que vós criais.
Bom; entende também que qualquer que seja a situação criada na tua realidade, a tua energia dá-lhe início, porque conforme é do teu conhecimento, eu já referi a analogia da vossa energia se assemelhar a uma bolha que vos rodeia.
NARDINE: Sim.
ELIAS: Essa bolha está continuamente a pulsar e a projectar energia no exterior, mas a fonte dessa energia sois vós, no interior dela. E nesse sentido, essa bolha procura atrair o que quer que se lhe apresentar como compatível. Por isso, a coisa torna-se numa confusão para muitos, por passarem automaticamente a associar que o outro tenha começado o conflito, que a outra pessoa tenha sido a primeira a associar o conflito ou a expressá-lo. E desse modo as pessoas deixam-se confundir e passam à defesa, por perceberem não terem dado início a nenhuma acção que justifique o que tenha sido reflectido. Mas na realidade, isso é chave...
NARDINE: Eu atraí-o.
ELIAS: ...é a energia que atrai esses tipos de situação e esses tipos de interacção, e ela tem início em vós, e no modo como vos percebeis, e vos desvalorizais, e no modo como passais a gerar uma energia de defesa em relação à vossa própria desvalorização. E o modo por meio do qual poderás deter isso é por uma avaliação genuína e específica do que te motiva a tua atitude de defesa, e assim que puderes identificar o que te esteja a motivar a tua própria defesa, poderes avaliar de facto: “Será isso importante?” É óbvio que terá sido importante, ou não o terias expressado.
Mas muitas, muitas vezes as pessoas continuarão a expressar um tipo particular de energia e a atrair a si situações e confrontos de que não gostam nem desejam, e não compreendem porque isso ocorre, por não terem consciência daquilo a que estão a dar importância NEM ao facto de isso ser ou não válido, por se tornar de tal modo familiar e tão automático que passa despercebido. Muitas vezes...
NARDINE: Muito bem... Bom, reflectindo nestes últimos dez meses, e reconhecendo como atraí o que atraí, e reconhecendo a energia que tenho vindo a emitir até ao descambar deste processo, e o necessário tempo de reflexão, e reconhecendo – tal como é apontado por ti – tratar-se duma padrão de defesa, um padrão de procura de aprovação, um padrão que automaticamente me invalidava certos aspectos de mim própria, por estar em conflito com o meu saber interior relativo ao meu valor inerente aos padrões do relacionamento que estabeleço nas comunicações com a minha mãe, pai e em parte com a minha irmã.
No processo deste ano, reconheci não mais precisar, ou procurar, ou atribuir valor ou merecer aceitação ou aprovação da parte dos meus pais, ou, no que toca à questão, da parte seja de quem for. Reconheço que todo o valor e aceitação procede do meu íntimo, e que sou eu própria quem o atrai, concedendo-o a mim própria. Por isso encontro-me actualmente numa situação diferente no meu íntimo, com todo o à-vontade que sinto na minha existência, contudo o padrão de comunicação com os meus pais chegou a um beco sem saída.
Portanto, reconheço não mais atribuir valor às energias e aos propósitos e aos processos do meu passado, e desejo abandoná-los, ou tê-los-ei mesmo abandonado. Mas o meu relacionamento com os meus pais é tal que esses padrões não foram substituídos por nada de novo, e não estou certa quanto a um modo de neste momento os substituir ou como os poderei substituir nem sequer quanto ao modo como possa abordá-los de uma forma que consiga arquitectar novos meios. OU tratar-se-á do caso de que o que eu terei trazido à minha família tenha sido propositado para todos, e não tenha sido criação unicamente minha – e o meu pai tenha contribuído com a sua parte, e a minha mãe com a dela, e a Vicki com a dela – por estarmos cada um de nós a criar em parceria? Sim, sou bastante responsável pela minha contribuição e pelo meu processo e pela minha aprendizagem, mas onde entrará a nossa responsabilidade conjunta, ou capacidade de correspondência para com o que criamos em conjunto? Como poderei trabalhar com isso?
ELIAS: Muito bem. Antes de mais, vós não co-criais mas participais uns com os outros. E nesse sentido, sim, cada indivíduo é levado a participar pelas suas próprias razões e dá lugar á criação das suas próprias situações e oportunidades a fim de prover informação para si próprio. Se entende esse facto, ou aproveita essas oportunidades ou deixa de as aproveitar, isso é escolha dele. Mas, em relação a ti própria, o que é importante para ti é que tomes consciência de ti própria; que aborreças a defensiva, e o que é chave num tipo de situação dessas em que se apresenta conflito e em que, talvez, na percepção que tens, não há possibilidade de entendimento ou consenso, por assim dizer, torna-se importante reconhecer genuinamente as diferenças, em cujo sentido, se torna importante deixar de desvalorizar os outros, ou a validade da percepção que albergam, mesmo que seja diferente da tua.
E nesse sentido, torna-se importante que compreendas genuinamente qual a percepção que tens de ti própria, e te atenhas a ela. Tomar consciência de que ela é válida e é adequada a ti, reconhecendo também que os outros podem ter uma percepção diferente da tua. Na realidade todas as pessoas incorporam uma percepção de ti um tanto diversa daquela que tu tens. Mas não tem importância porque isso não te invalida a percepção, ou a veracidade que lhe é inerente. Portanto, é uma questão de reconheceres que, independentemente do que a percepção dos outros compreenda, ela não te desvaloriza nem invalida, e por isso, não é necessário sentires-te ameaçada pela percepção deles. E não é necessário alterar a percepção que eles têm. Quando conseguires passar a sentir-te genuinamente confortável e satisfeita e tomar consciência de ti própria, também poderás começar a avançar no sentido do reconhecimento e da aceitação das diferenças nos outros indivíduos sem te sentires ameaçada por elas, e conseguirás reconhecer que a percepção que tenham é tão válida quanto a tua - para eles; Isso não significa que seja absoluta, nem significa que seja necessariamente correcta ou verdadeira, mas somente que é correcta para eles...
NARDINE: Pois.
ELIAS:...e nesse sentido, quando reconheceres que a percepção que têm é válida para eles, mas não é necessariamente verdadeira, e que a percepção que tens de ti própria é igualmente válida, a percepção deles não poderá continuar a ameaçar-te, por poderes basear-te no conhecimento de ti própria.
Bom; também aí, quando não te sentires ameaçada pelo outro indivíduo – quando não sentires ameaça na percepção que tenha de ti própria ou de alguma expressão em geral, não tem importância – quando te sentires genuinamente confortável contigo própria e não ameaçada, poderás realmente admiti-lo e à validade da sua percepção, quer concordes com ela ou não. E quando admitires o indivíduo ou a percepção que tenha, isso neutraliza a energia.
A título de exemplo: um indivíduo pode mesmo descontrolar-se e enfurecer-se e expressar angústia e frustração consideráveis ou aborrecimento, e pode mesmo erguer o tom da voz de um modo irritado; se aquele que o confrontar permanecer calmo e não reagir, nem se defender mas se ativer ao seu norte, e não deixar de reconhecer o outro - o que não subscreve que aquele que é confrontado com esses modos deva necessariamente concordar com eles, poderá passar a responder de um modo que expresse reconhecimento da angústia ou da irritação ou da frustração, ou seja o que for que ele manifeste. Mas sem expressar necessariamente de um modo que traduza concordância.
Nesse sentido, a energia é neutralizada, porque o indivíduo que está a descontrolar-se e se sente angustiado e a erguer a voz em conflito ou enraivecido também está a expressar algum tipo de defesa. Por estar a tentar convencer o outro de estar certo. E se o outro indivíduo expressar um energia de ausência de importância, quer esteja ou não errado, aquele que está angustiado recebe essa energia e o que acontece é que deixa de receber a compensação. E a compensação que espera é a reacção. Se não houver qualquer reacção deixará de haver energia a alimentar aquilo que está a manifestar, em razão do que ela se dissipa. Compreendo bem que é mais fácil falar do que fazer – especialmente nos confrontos com familiares, com aqueles com quem estais bastante acostumados e com quem estabelecestes padrões; deixar de resvalar para essas reacções automáticas e atitudes automáticas de defesa pode tornar-se num desafio. Mas isso pode ser conseguido. E vou-te dizer, em reconhecimento da tua energia, que tu és definitivamente capaz de o conseguir.
E vou-te dizer, minha amiga, que, como estás a interagir com outros indivíduos, isso poderá não se alterar de imediato, mas eventualmente haverá de sofrer uma alteração, e em muito menos tempo do que tu poderás julgar. Porque se tu gerares uma energia consistente de consciencialização, e de aceitação das diferenças sem concordares, e mantiveres o teu sentido e a aceitação de ti própria, e a percepção que tens de ti própria, isso irá originar uma consistência na tua energia pela atitude de não responderes no mesmo tom para com os outros, o que possibilitará igualmente que a sua energia se dissipe. Porque quando as pessoas se irritam ou passam a condenar, a associação que estabelecem interiormente é a de que outro se tenha expressado ou agido de um modo errado. E por isso, ao expressar-se de um modo errado, o outro indivíduo terá causado que o primeiro fosse levado a sentir-se magoado, ou angustiado.
Bom; na realidade isso não é o que ocorre, porque não são os outros que vos magoam ou vos afligem; vós respondeis às diferenças e podeis levar-vos a sentir magoados ou afligidos, mas isso está associado às vossas próprias linhas de orientação e à falta de aceitação (equanimidade) para com as diferenças apresentadas pelos princípios dos outros. E nesse sentido, os outros elementos da tua família provavelmente não têm consciência disso, mas não tem importância. Aquilo que fazes e aquilo que afectas não depende da consciência que revelem ter disso. Porque, quando tu alteras a energia isso passa a propagar-se e vai afectar a energia dos outros. E a razão porque vai afectar a energia dos outros está precisamente associada com essa bolha. Essa bolha atrai...
NARDINE: Eu preciso ter presente essa bolha. Tenho que a pôr em primeiro lugar... (Sorri)
ELIAS:...essa bolha atrai precisamente aquilo que estiver ao seu nível ou se compatibilizar com ela. Por isso, se a energia que expressares na tua bolha for de uma energia de equanimidade em relação à diferença, e certificação da diferença, ela deixará de atrair o correspondente ao conflito...
NARDINE: Sim, sim.
ELIAS:...e em resultado irá mudar a energia dos outros.
NARDINE: Admito-o. Estou a escutar exactamente aquilo que estás a dizer. Obrigado.
ELIAS: Não tens de quê.
NARDINE: Hmm, muito bem, passemos agora a outra coisa. Posso-te perguntar se tu, o meu irmão Paul e eu partilhamos focos em conjunto?
ELIAS: Partilhamos.
NARDINE: E se eu, e Seth, e a Jane e o Rob Butts, partilhamos focos em conjunto?
ELIAS: Partilhais.
NARDINE: E partilharei algum foco com a Shirley McLaine?
ELIAS: Sim.
NARDINE: E com a Louise Hay?
ELIAS: Sim.
NARDINE: E se noutro foco, noutro espaço que partilhe com o Pete, se nós seremos pais, por não o sermos neste foco?
ELIAS? Em muitos.
NARDINE: (A rir) Eu ia justamente enumerar trezentos e catorze, e aventurava-me a dizer que existirá por aí um ou outro em que teremos filhos. (Elias ri) É uma delícia saber isso!
Por vezes descubro, por ser uma pessoa que se senta e se põe a imaginar, e deixa que a sua mente me conduza por onde quer que lhe agrade, e descubro ter o que interpreto como sendo visões, ou imaginações, ou a interpretação que faço da consciência, e da ligação existente entre o campo energético da consciência, e por vezes pressinto poder incorporar este sentido do sagrado na minha essência. Será tal imaginação real?
ELIAS: É. Absolutamente!
NARDINE: Maravilha. E quando digo - coisa que faço imensas vezes, por ler o Seth há muitos anos e ter gostado da analogia que fez dos nossos focos se assemelharem a luzinhas dependuradas no pinheiro de natal, e ocorrerem todos em simultâneo - e durante muitos anos sempre que me deparo com as pessoas ou sempre que sinto uma ligação energética com alguém, digo para comigo própria: “Acredito partilhar lugares no tempo com esta pessoa”, será mesmo? Da perspectiva que tens, a maioria das vezes em que digo tal coisa estarei a intuir correctamente?
ELIAS. Estás, sim.
NARDINE: De facto isso confirma-me muita coisa em relação à perspicácia que tenho, em relação à consciência. Nós desacreditamos as nossas fantasias. Espanta-me o facto de estar envolvida nesta Mudança – coisa que obviamente terei escolhido, tal como todos o terão – e constitui uma aventura de tal modo gloriosa, e leva-me a sentir-me de tal modo abençoada por me encontrar aqui nesta altura, no planeta.
ELIAS: Ah ah.
NARDINE: Os sonhos que tenho – eu não trabalho com os sonhos como um instrumento, apenas os recordo esporadicamente, mas não trabalho com os sonhos para obter discernimento. O facto de não trabalhar com eles desse modo terá importância?
ELIAS: Não, não, não é significativo. As pessoas estabelecem diferentes métodos de ligação ou de acesso à informação, e alguns optam por usar os sonhos de modo bastante eficaz, enquanto outros não. Tal como muitos optam por investigar um incontável número dos focos que possuem, por ser um método pelo qual se podem habituar a confiar nas impressões que obtêm e constituir um meio de obter informação. Outros sentem muito pouco senão mesmo nenhum interesse pelos outros focos. Isso é tudo bastante pessoal e constitui o que para vós se traduz por uma questão de conforto, e vos permite alcançar resultados efectivos.
NARDINE: Hmm. Maravilha. Só para recuar uns anos atrás, e com respeito às imagens oníricas que me ficaram gravadas na memória e que eu carreguei ao longo deste tempo todo: uma diz respeito a uma árvore antiga, uma árvore enorme, gloriosa, ancestral, que me pareceu conter cómodos e implicar sabedoria, e parecia que eu estava de visita a essa velha árvore. Será esse espaço real?
ELIAS: É. É, sim. E isso é um sonho associado a um outro foco que tens.
NARDINE: Certo. Só mais um... de certo modo, um sonho recorrente que eu costumo ter, mas ao mesmo tempo reconhecendo o propósito de aprendizagem que encerra, foi um sonho em que eu puxava linha de pesca da minha garganta em grandes quantidades, do qual acordo a arfar e a apertar a garganta, um sonho que tive repetidas vezes, uma quantidade enorme de linha de pesca a sair-me pela garganta. Terá representado simplesmente uma imagem que tenha usado, no sentido da supressão da expressão, ou essa imagem encerrará algo mais significativo?
ELIAS: Eu diria que isso é parcialmente correcto, mas também te diria representar a imagem de te estares a restringir consideravelmente.
NARDINE: Hmm. Essa imagem já não se me apresenta faz anos, mas não se voltará a apresentar mais.
ELIAS: Ah ah ah!
NARDINE: Imagens corporais que tenho vindo a apresentar a mim mesma: Uma, é as unhas, há umas décadas que tenho imagens das unhas, e agora estão a melhorar, e eu acredito, a impressão que tive foi a de que isso reflectia vergonha e angústia e o acto de me esconder...
ELIAS: Completamente de acordo!
NARDINE: Certo. Também vês alguma melhoria?
ELIAS: Sim, e digo-te que as manifestações ligadas à consciência do corpo continuarão a melhorar e a dissipar-se à medida que prossegues na direcção em que te encontras. Vou-te expressar reconhecimento, minha amiga, por teres gerado um avanço considerável em ti própria. Isso merece um enorme reconhecimento.
NARDINE: Obrigado, obrigado. Se me permites, entre 1996 e 1997 eu passei por um curto período de tempo em que, quando me deitava à noite para dormir, a minha cabeça andava à roda, e eu ficava com uma sensação de tonturas na minha cabeça. Interrogo-me se isso terá reflectido o começo da participação que tenho na Mudança.
ELIAS: Não. Isso foi uma acção que ocorreu em associação com o começo da transição que fizeste. Muitos, no foco físico, especialmente mais recentemente, escolheram entrar em transição enquanto continuam no foco físico, por se tratar duma acção benéfica para uma passagem para a consciência e para a aceitação. Não é a mesma acção de transição que é empreendida após a morte, porque essa é uma acção de descarte das crenças. Isso é mais um empurrão no sentido dum à-vontade na aceitação das crenças, e no sentido da aceitação em geral.
NARDINE: Maravilha.
ELIAS: Mas as pessoas experimentam diferentes acções (efeitos) associadas à transição no foco físico, e por vezes podem mesmo experimentar uma manifestação física breve ou temporária associada ao começo dela.
NARDINE: Entendo. Obrigado.
ELIAS: Não tens de quê.
NARDINE: Se me permitires vou voltar atrás aos focos que partilho nesta dimensão, só por achar isso tão fascinante que carregarei a consciência disso comigo para o resto da minha vida. As minhas sobrinhas Amber e Erin, posso perguntar se partilharei algum foco com elas?
ELIAS: Sim, muitos.
NARDINE: Muitos... E posso-te perguntar se partilho algum foco com o meu amigo David?
ELIAS: Muitos.
NARDINE: Muitos. E a minha amiga Tania? Também partilharemos alguns?
ELIAS: Absolutamente, muitos, também.
NARDINE: De agora em diante passarei a dar ouvidos ao meu saber interior, e não o questionarei tão prontamente quanto o tenho feito.
ELIAS: Parabéns.
NARDINE: Estou sempre a descobrir que a alegria do Agora é para manter na imaginação, e nas nossas fantasias, e na diversão de passarmos de bem aventurança em bem aventurança, instante a instante, aceitando onde que quer a minha alegria me leve sem o questionar como eu fiz. Mas aí deparo-me com Revelações tais como a tua, que representam uma luz gloriosa para mim e para o planeta, e de novo reconheço o quanto sou abençoada. Uma das visões que tive recentemente umas quantas vezes, nas fantasias que entretenho, foi a de um anjo cristalino. Será isso acertado em meio ao que tenho andado a ver?
ELIAS: É a tradução que tu fazes, mas sim, é correcto.
NARDINE: Certo. Mas quando referes a tradução que faço, que é que eu estou a ver que esteja a traduzir dessa forma? Será a minha luz interior?
ELIAS: É!
NARDINE: Certo. (Excitada) Magnífica pessoa interior!
ELIAS: Ah ah! Inteiramente de acordo. Ah ah ah.
NARDINE: O local onde eu e o Pete moramos, nesta pequena parcela do planeta onde nos encontramos – Heathcote – é chamado de “o coração” de Victória (Austrália). Interrogo-me se teremos tido, o Pete e eu, outros focos nesta localidade do planeta, anteriormente.
ELIAS: Tivestes, sim.
NARDINE: Tivemos. Além disso vemos montes de arco íris no nosso mundo. Serão apenas mensagens, imagens que estarei a transmitir a mim mesma, ou existirá magia nisso, associado ao coração desta terra, neste nosso planeta?
ELIAS: Ah ah ah, eu indicaria ambas as coisas.
NARDINE: Maravilhoso. Posso perguntar, apenas por uma questão de diversão, apesar de, uma vez mais, à semelhança de muita gente, por ter tantos focos, quando sintonizamos com uns três ou quatro, na melhor das hipóteses acertamos, pelo que dirás que tenha tido vidas no antigo Egipto?
ELIAS: Tiveste, sim.
NARDINE: E terei vivido muitos séculos na Inglaterra?
ELIAS: Sim.
NARDINE: E na Escócia?
ELIAS: Exacto.
NARDINE: E no Japão?
ELIAS: Exacto.
NARDINE: China?
ELIAS: Sim.
NARDINE: E nos EUA?
ELIAS: Sim.
NARDINE: E sinto ter tido um foco algures ao redor da Florence Nightingale, que foi enfermeira?
ELIAS: (Tosse) Uma paciente.
NARDINE. Uma paciente dela?
ELIAS: Sim.
NARDINE: Magico. Serei um tocador de harmónica, numa vida algures?
ELIAS: És.
NARDINE: E serei uma dançarina?
ELIAS: És.
NARDINE: E terei um foco na dimensão 11:11?
ELIAS: (Tosse) Muitos.
NARDINE: Muitos. Bom, cheguei ao final das minhas perguntas e das notas que tinha e terminamos o nosso tempo, mas passei um bocado estupendo a conversar contigo, Elias. Apetecia-me dar-te um imenso abraço e dizer-te que fico na expectativa duma nova partilha conjunta.
ELIAS: Muito bem, e o teu abraço é recebido em energia.
NARDINE: Maravilha.
ELIAS: Endereço-te um enorme agradecimento, minha amiga e um enorme carinho. Até ao nosso próximo encontro fico a estender-te a minha energia e a encorajar-te.
NARDINE: Obrigado, Elias.
ELIAS: Para ti, minha amiga, au revoir.
NARDINE: Au revoir.
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