Session 1474
Translations: EN

I Don’t Really Feel Motivated to Exist, Elias

Topics:

"Não Sinto Verdadeira Motivação Para Existir, Elias"
"A Morte Não é um Término, um Ponto Final"
“Os resultados Como um Começo e Não um Fim em Si Mesmos”



Domingo, 23 de Novembro de 2003 (Privada/Telefone)
Participantes: Mary (Michael) e Mike (Mikah)
Tradução: Amadeu Duarte

ELIAS: Bom dia!

MIKE: Bom dia, Elias. Como tens passado?

ELIAS: Como sempre, e tu?

MIKE: Eu vou andando.

ELIAS: Como sempre! (Ri)

MIKE: Não tenho um sentido específico a explorar, para além de me encontrar numa rotina. Na verdade não sei o que se passa comigo, por isso, tinha esperança que pudesses trazer-me alguma luz a isto.

ELIAS: Que avaliação fazes da situação que estás a viver?

MIKE: Avaliação? A avaliação que faço é a de que sou um completo maluco e de que todo o mundo está contra mim. Não tenho bem a certeza porque razão ainda existo a esta altura, por não estar muito certo de qual seja o sentido de valor que tenha. Não me sinto como se estivesse a viver. Sinto-me tão irritado na minha própria pele que nem consigo dormir. Não quero permanecer acordado; não tenho vontade de dormir; não tenho vontade de fazer coisa alguma. Apenas queria deixar de existir, só que continuo a existir. Essa é a avaliação que faço, se preferires chamar-lhe isso.

ELIAS: Ah! Estás a produzir bem no sentido da vitimização!

MIKE: (Ri) Talvez.

ELIAS: Vítima em relação a ti próprio, aos outros e à sociedade e ao que mais não seja. (Dá uma risada)

MIKE: Sim. Então, como hei-de endireitar a minha situação?

ELIAS: Mas, que é que perceberás que te motive a continuares?

MIKE: Continuar a sentir-me assim?

ELIAS: A existir.

MIKE: Não faço ideia. Não sinto verdadeira motivação para existir, Elias. Não sinto motivação nenhuma nem nada. É como se acordasse com consciência de ter coisas para fazer, mas sem sentir a menor vontade de fazer seja o que for. Nem sequer tenho vontade de acordar. Tenho vindo como que a auto-medicar-me com vários fármacos para ver se consigo dormir, ou ficar adormecido. Por esta altura nem sequer tenho vontade de recordar os sonhos que tenho. Ainda me mantenho consciente nos sonhos... (Alguns momentos inaudíveis, à medida que a voz do Mike se some e reaparece ao telefone)

ELIAS: Interessante. E estás a criar uma interferência significativa nesta conversa, com o teu equipamento de comunicações, que irá afectar a tua gravação.

MIKE: Isso será alguma coisa que a Mary consiga reparar?

ELIAS: Essa é uma interferência proveniente do TEU equipamento.

Mas deixa que te pergunte igualmente, que motivação sentirás para deixares de te desprenderes do físico?

MIKE: Bem, quero dizer, eu já - eu quero dizer isto sem me condenar pelo facto – mas essa ideia já me passou pela cabeça. Eu sinto-me como que motivado para me desprender do físico, Elias, com toda a honestidade, e até já consegui um método. A esta altura, realmente, preocupa-me que estrague tudo conforme o fiz da última vez. Como terás consciência, eu tentei-o anteriormente mas não consegui que resultasse, e o resultado subsequente não foi lá muito agradável. Pelo que se trata mais dum temor quanto à razão porque o não consigo, porque parece que estrago tudo o que faço. Por isso, mesmo que tentasse, será que obteria êxito nisso? Compreendes?

ELIAS: Ah! Para além do papel de vítima, estás a criar o papel dum completo fracasso. Ah ah ah ah!

MIKE: Estou. (Ri)

ELIAS: Mas, nesse sentido, terás genuinamente avaliado com clareza aquilo que queres?

MIKE: Bom, eis a ideia que tenho em termos do que quero.

ELIAS: Muito bem.

MIKE: Aquilo que quero não parece estar ao meu alcance. Não me estou apenas a referir em termos de coisas materiais nem isso; estou a falar em termos do que posso fazer, daquilo a que me posso aplicar.

Na escola - que será que estarei a obter na escola? Surpreendo-me continuamente pelo facto de poder permanecer como que pedrado metade do ano e ainda assim obter Ás e Bês. A meio do semestre sempre fico fora de mim por não vir a ser capaz de... Por vir a falhar, sabes? Mas consigo obter boas notas. Todavia, não encaro isso como uma conquista, porque logo a seguir não tenho ideia do que tenha estudado. Não sei bem o que tenha sido, e se alguém me questionasse sobre o que aprendi, só seria capaz de esboçar uns escassos detalhes ou assim.

Estou a mencionar isto porque actualmente a escola preenche um grande segmento do meu viver. Por isso, apenas a ideia de ser incapaz de me aplicar à aprendizagem e de fazer o que quer que sinta vontade de fazer, simplesmente não me sinto capaz de o executar. Isto fará algum sentido?

ELIAS: Estou a compreender. Mas que será que realmente quererás? É óbvio que quererás obter determinadas qualificações.

MIKE: Certo.

ELIAS: Porquê?

MIKE: Porque, a esta altura da minha vida, não encontro nenhuma outra saída que me dê alguma auto-estima. Assim, será a escola? Porque realmente é a única coisa que está a decorrer na minha vida, neste momento. Se nem sequer conseguir boas notas na escola, aí, qual será a questão de continuar a frequentá-la? Eu endivido-me com cada semestre que passo lá, por me fazer aumentar a necessidade de crédito, e ter que contrair empréstimos, e mais isto e aquilo. É como... se eu vou continuar a proceder assim, então o melhor é obter boas notas. De outro modo, não me restará outra razão para permanecer onde estou.

Mas, ao mesmo tempo, também lá estou para aprender, e apesar de estar a aprender, por uma razão qualquer não estou capaz de recordar grande parte do que aprendo. Não me sinto motivado para estudar no duro. Não me sinto motivado para ler, nem para de facto entrosar o processo de aprendizagem.

ELIAS: Eu estou a compreender. Estou a inquirir especificamente, porque nas interrogações que te coloco, e através das respostas que dás estás a proporcionar informação a ti próprio. Estás a escutar a informação que estás a estender a ti próprio?

MIKE: Estou a ouvir aquilo que estou a dizer, e penso que seja mesmo capaz de obter um tipo qualquer de resposta com isso. Mas o problema, o que penso que o meu problema seja, é que mesmo que me sente aqui a dizer: “Não tenho vontade de ir à escola de momento; não é isso que quero fazer,” não faço ideia do que gostaria de fazer em vez disso. Por isso, para mim, permanecer sentado a pensar em algo para fazer, é uma completa tortura. Penso que me arremessaria da ponte se tivesse que fazer tal coisa.

ELIAS: Portanto, tu empregas este curso, por assim dizer, de forçar a tua energia num sentido óbvio por que não te sentes motivado e por que não tens preferência, e deixas de descobrir qualquer interesse para além da obtenção de certas notas, como medida do teu valor.

MIKE: Pois é. Quero dizer, subsiste algum tipo de interesse naquilo que estou a estudar. Mas penso que gostaria de ter já noção do que é que estou a aprender. Não quero passar o tempo sentado a ler nem nada disso. Eu quero obter conhecimento. Entendes o que estou a dizer?

ELIAS: Estendo.

MIKE: É como se tivesse vontade de aprender psicologia, e quisesse aprender Italiano e ser bom nessas disciplinas que estou a ter, só que não me sinto motivado a investir o tempo precisamente nisso. Penso que seja esse o processo, não me sentir motivado para empreender. Qualquer que seja o término disto, como ser realmente capaz de compreender estes conceitos e estas coisas que seria suposto estar a aprender, sinto uma verdadeira motivação para conhecer e compreender, só que é no processo que não estou interessado.

ELIAS: O que é significativo, por isto servir de analogia para toda a exploração do teu foco, ou, segundo a concepção que fazes, da tua própria existência.

O processo é o que traduz a coisa, e não o resultado. Tu passaste para uma posição de concentração na antecipação de resultados ao invés de te permitires participar e apreciar o processo, mas no processo é que está a questão, por ser o que estás a empreender ao longo de todo o teu foco. Tudo diz respeito ao processo, ao processo de exploração. Não é no resultado que reside a questão. Porque, na realidade jamais chega a existir um resultado real, por mudar continuamente à medida que te empenhas continuamente mais no processo.

Com isso, o que estás a produzir é uma concentração no que avalias como inalcançável, com o que, tens uma certa razão, por estares a gerar uma percepção referente a fins em muitas e variadas direcções, e a gerar uma definição do sucesso em termos desses termos finais – só que não existem términos.

Nesse sentido, estás nesta altura a gerar essa percepção em relação a cada direcção do teu foco, quer se trate de continuares neste foco ou de deixares de permanecer nele. Em qualquer dessas direcções, a tua concentração continua a ser dirigida para finais.



MIKE: Deixa que te pergunte, Elias, porque é com isto que entro em conflito. Já abordamos anteriormente este assunto. Que será que me torna diferente em relação a todos os outros que consideram somente os fins e de facto são capazes de alcançar esses fins? Quer dizer, eu procuro esses fins, e interesso-me pelos fins e pelo sucesso e pelos resultados. Porque razão estarei a criar conflito em relação a isso, quando outros que poderiam estar a passar pelo mesmo na verdade conseguem aquilo que almejam?

ELIAS: Estou a entender. A diferença reside na interacção, e na acção do processo. Outros podem, segundo a tua ordem de ideias, estabelecer para si próprios objectivos, por assim dizer, diferentes tipos de realização que desejam levar a cabo, e esses objectivos ou realizações, do ponto de vista da sua crença e do seu modo de definir e das acções que estabelecem poderá exigir, da parte da sua atenção, diferentes processos para o alcance disso. As pessoas geram uma percepção distinta da tua, por incorporarem aceitação em relação ao processo e se permitirem apreciar o processo e realizar o objectivo como uma recompensa, por assim dizer, mas não encaram a realização como um produto final. Eles não percebem o resultado actual ou essa realização necessariamente como uma finalidade.

Tu geraste uma percepção em que cada feito, a despeito do sentido em que te estejas a mover, consiste de facto num ponto final, não num começo. Aqueles que criam sucesso no processo que empreendem, seja em que sentido for, na realidade não encaram o resultado como um final, mas como um começo.

Nesse sentido, permite-te analisar o desenlace físico a título de exemplo, porque ele pode ser usado como um exemplo em relação a outras orientações e a outras acções – nos relacionamentos, na escola e nas viagens. Isso pode igualmente ser aplicado em muitas outras direcções e expressar o mesmo tipo de percepção.

Vós contemplais a acção do desenlace, e a avaliação que fazeis de tal acção é a de que ele dê lugar a um final, a um término. Trata-se dum terminal, a partir do que tudo passará a ser completamente diferente. Mas nisso subsiste um elemento de incerteza, porque nesse produto final vós não incorporais a garantia de não se tratar efectivamente dum ponto final genuíno e de que não exista nada além disso.

Mesmo que consideres a possibilidade – e estou a dirigir-me a ti individualmente – duma existência para além desse término, ela permanece imperscrutável, e em resultado disso o ponto final da morte, na percepção que tendes, gera um tipo de existência completamente diferente. Por isso, na avaliação que estabeleceis, trata-se dum ponto final autêntico; e não dum ponto de começo.

MIKE: Correcto. Então, é essencialmente por isso que não morro?

ELIAS: Subsistem elementos de medo; subsistem elementos de dúvida na tua própria capacidade, o que também se expressa em toda a direcção que incorporas no teu foco, e não apenas no que respeita à morte. Tu duvidas da tua capacidade de realizar de forma bem-sucedida, só que o sucesso, seja em que direcção for, continua a ser percebido como um final. E existe uma energia inteiramente diferente, que se expressa na criação da percepção do sucesso como um ponto de começo em vez dum ponto final.

Que razão subsistirá e que será que conseguirá produzir motivação se estiveres meramente a mover-te na direcção dum final?

MIKE: Penso que consigo entender isso.

ELIAS: Não subsistiria qualquer motivação na consciência, ou fim, se todo o movimento se direccionasse no sentido dum ponto final de qualquer tipo. Pois, que propósito teria a exploração se houvesse algum ponto final?

MIKE: Nesse caso permite que te pergunte o seguinte: talvez parte da razão porque eu me volto nessas diferentes direcções como finais se deva ao facto de não ter, ou pelo menos pensar não ter, um sentido em cuja direcção me sinta suficientemente seguro de querer prosseguir.

Não que eu queira ver algo realizado como um ponto final e queira alcançá-lo e isso seja tudo, mas é que eu realmente... Digamos, como a psicologia. Eu estou a estudar psicologia; não pretendo tornar-me psicólogo – tudo o que quero é entender a ciência da psicologia. Mas para além disso, não sei aquilo que quero fazer com esse título académico nem quando me diplomar ou... Não se trata de nada que seja novo. É sobre isso que tenho vindo a falar contigo desde que o tenho vindo a fazer.

Pelo que mais parece que não sei o que realmente desejo como deixar de encarar estas coisas como um produto final, porque para mim não existe nada para além dessas coisas. Na verdade não disponho de mais nada porque esperar. (Pausa) Será que isso faz sentido?

ELIAS: Faz. E que será que esperas encontrar na morte?

MIKE: Com toda a honestidade, quando penso em morrer... Quer dizer, esta sessão era suposto ser, originalmente, uma sessão em que te perguntaria porque razão penso que sejas tão “cheio de tretas” (Elias ri de modo estridente), e agora dou por mim a precisar de algumas respostas e tu a tentar fornecer-mas. Mas com tal percepção de pensar que sejas tão “cheio de tretas”, e só de pensar – na verdade não és só tu, mas qualquer religião organizada, qualquer filosofia – só isso torna-se opressivo para mim; é do tipo: “Qual deles, para citar a coisa nestes termos, dispõe da resposta correcta sobre o que realmente acontece após a morte?” Com base no teu modelo, do modo como apresentas aquilo que ocorre e em face do que o Seth apresentou em relação ao que ocorre, isso deixa-me intimamente confortado. Razão porque, quando penso nisso nestes termos, sinto vontade de morrer por desejar um tipo diferente de realidade. Não que eu pense poder realizar melhor nem algo assim mas é mais o facto de me sentir como metido numa caixa neste mundo físico, e a única altura em que me sinto realmente bem é quando não estou acordado. Mesmo quando me encontro consciente de estar a sonhar ou estou apenas a ter a recordação dum sonho ou a ter as fantasias que tenho, essas são verdadeiramente as únicas alturas em que me sinto bem. Quando estou desperto e a lidar com este reino, não gosto; dá-me vontade de me evadir da minha posição. Por isso, parte do que sinto quando penso em morrer reside no desejo de mais opções. Eu quero lidar e interagir com um tipo diferente de realidade.

ELIAS: Mas isso é igualmente um processo.

MIKE: Correcto, mas trata-se de algo novo. Penso que também faça parte disso, o facto de para mim ser tão velho. Parece-me quase como estar sempre a fazer a mesma coisa. E eu quero que isso termine. Quero tentar algo diferente. E se isso significar que vou terminar em conflito e atravessar o mesmo processo, ou o mesmo processo mas num novo ambiente, não me importo. Só desejo uma mudança.

ELIAS: Ah, mas é óbvio que não escutaste de verdade as explicações que disponibilizei acerca do desenlace físico, mas posso repeti-las. Isso constitui igualmente um processo, e um processo que depende de TI, do mesmo modo que depende de ti actualmente, ou seja, do modo como hás-de dirigir isso. Já referi que as pessoas podem desprender-se mas muitas vezes ao se desprenderem nem sempre estabelecem necessariamente o acto da transição de imediato. O tempo...

MIKE: Será que isso se aplica a mim? Como no case de eu cair morto neste instante, estás a dizer que eu não haveria de dar início imediatamente à transição?

ELIAS: Posso dar-te conta dum potencial nesse sentido. Não te posso referir nada em absoluto em termos de previsão, porque isso refutaria a escolha. Mas posso dar-te conta do potencial e daquilo que poderás designar como uma probabilidade, o que se apresentar como mais provável de acordo com a tua energia, a orientação que segues e as tuas crenças.

Nesse sentido, o potencial revela que, se te dissociasses já, não havias de criar a transição de imediato, mas havias de continuar a gerar imagens objectivas e a criar um mundo físico real, por assim dizer, coisa que te é familiar. Eventualmente, havia de começar a tornar-se cada vez mais óbvia para ti toda uma existência de diferenças, e eventualmente havia e se tornar objectivamente evidente para ti o facto de criares tudo nesse mundo e de criares todos os outros indivíduos sem a sua participação, e que tu manipulavas as imagens todas, porque eventualmente haverias de deixar de te surpreender.

(Mike ri) Outros indivíduos projectam energia na tua direcção, e em termos gerais, tal como já referi anteriormente, tu não reconheces a sua energia. Por isso, aquilo que projectas por intermédio da percepção que tens do outro e aquilo que ele expressa é precisamente quase a mesma coisa que ele está de facto a projectar. Por isso, os outros são capazes de se expressar de formas surpreendentes a teu ver, por agirem de forma inesperada.

Mas se de facto não estiveres a fazer face à energia dos outros e estiveres a gerar as imagens todas sem incorporares qualquer participação da sua parte, hás-de começar a deixar de te surpreender.

Durante um certo tempo poderás surpreender-te mas eventualmente deixarás de o fazer e reconhecerás não existir qualquer participação nem investimento da sua parte. E com esse reconhecimento começas a compreender que és tu quem gera todas essas imagens, o que começará a deixar-te perceber que não estarás mais de facto a participar nesta realidade. Por isso, poderás gerar a avaliação de estares morto. (Mike ri) Bom; a essa altura, muitas vezes as pessoas podem escolher continuar a expressar imagens objectivas durante um certo tempo. Porque nesse reconhecimento de estarem de facto a criar todas as imagens que estão a apresentar a si próprios, também tomam consciência de incorporarem a capacidade de manipularem qualquer acção na sua realidade, e por vezes as pessoas escolhem divertir-se com essa capacidade e só depois passam à transição. Mas a questão...

(Nota da Bobbi: o telefone desliga-se e o Mike volta a ligar, após o que tem lugar uma breve conversa com a Mary, antes do Elias retornar)

ELIAS: Continuemos! (Ri para dentro)

MIKE: Por certo!

ELIAS: É evidente que não estás tão receptivo assim em relação ao que te estou a transmitir!

MIKE: Contudo, ainda estou aqui a escutar!

ELIAS: (Ri) Muito bem! Vou prosseguir.

Nesse sentido, reconhece que aquilo que poderás gerar quando morreres pode tornar-se bastante similar ao que estás a gerar actualmente, e pode incorporar aquilo que poderás perceber constituir todo um período antes que tomes consciência de não estares a conviver com mais nenhuma energia.

Deixa também que te diga que o tempo não físico é distinto do tempo físico. A título de exemplo, na vossa realidade configurais o tempo dum modo específico, por meio do qual percebeis que ele se processa de forma linear. Os minutos permanecem minutos, as horas são horas, os dias são dias, os anos são anos. Ao continuardes a incorporar uma consciência objectiva no não físico, parecer-vos-á que se move de modo bastante similar, mas isso é aquilo a que estais acostumados. Na realidade, pudesses tu dar um passo fora do que estivesses a criar e perceber a realidade física e o movimento temporal que incorpora - e a realidade não física e a incorporação objectiva do tempo - e perceberias que na realidade podem passar-se seis meses, por assim dizer, que na tua percepção isso poderia equivaler a seis minutos.

MIKE: Estás a ver, isso parece divertido, Elias.

ELIAS: Ah, pode tornar-se, por meio daquilo que imaginas. Mas seis meses no tempo linear poderão passar que tu apenas te terás movido num instante em que dês por ti desperto.

MIKE: Estou a entender.

ELIAS: Por isso, não te aperceberás de terem passado seis meses no foco físico. Mas apesar da incorporação de tempo que fazes se configurar dum modo diferente, por assim dizer, para te fazer crer que se passe mais rapidamente no “plano” não físico, pudesse ele ser equiparado à forma como encarais o tempo físico e poderias ocupar-te desse estado de consciência objectiva, através da expressão imaterial de imagens físicas, por um período talvez duns dez ou vinte anos.

MIKE: Uau! (Elias ri) Mas a experiência que resultaria da percepção que tenho a partir desse ponto havia de parecer o quê? Umas poucas horas ou semanas?

ELIAS: Não!

MIKE: De facto eu havia de experimentar...

ELIAS: A experiência que farias seria a duma inclusão do tempo. Pode é necessariamente não SER essa quantidade de tempo. É isso o que te estou a transmitir. Pode tratar-se de facto da configuração do tempo real dum ano apenas, mas a percepção que terias disso deveria ser a de dez ou de vinte anos, por continuares a gerar uma percepção objectiva, uma consciência objectiva.

O propósito da transição não se centra somente no descartar das crenças associadas a qualquer dimensão física em particular mas em descartar a consciência objectiva igualmente, por se tornar desnecessária. A consciência objectiva só é gerada de forma associada às dimensões físicas. A percepção constitui um utensílio inerente à consciência objectiva; como tal, também não é necessário. Nas áreas não físicas da consciência não existe percepção. Ela acha-se apenas associada às realidades físicas. Mas essencialmente consta duma configuração de energia vigorosa que não é de imediato descartada pelo facto de escolherdes dissociar-vos. É isso o que te estou a transmitir. Isso consiste igualmente num processo que gera um início.

MIKE: Muito bem, permite que te coloque a seguinte pergunta, Elias.

Qual será exactamente... Qual será o sentido de valor que procuro realizar neste foco? Qual será o que continua a fazer com que exista? Porque, de acordo com o que tenho lido, a partir do que já transmitiste e do que me disseste, quando o nosso sentido de valor é realizado, ou deixa de o ser, nós desprendemo-nos do físico e prosseguimos. Por isso é óbvio que deve existir algo que esteja a continuar a realizar. Que será isso, e de que forma o poderei tornar numa experiência mais agradável?

ELIAS: Ah. Bom; essas são duas direcções distintas, porque a associação automática que estabeleces em relação ao valor e à realização é a de que tenha que ser positiva e agradável, mas tal como já referi anteriormente, o valor nem sempre se expressa por intermédio do conforto. A associação automática que estabeleceis é de que seja desse modo.

Mas tal como já tive ocasião de me endereçar a certos grupos de indivíduos e de os inquirir: “Que é que valorizais?”, em termos generalizados a resposta que a maioria dá é a de alguma forma de conforto ou de alegria ou de felicidade ou dalguma expressão positiva. E eu posso-te dizer, tal como já disse a outros, que isso não é verdade.

Vós valorizais muitas expressões E valorizais expressões desconfortáveis. Se não as valorizásseis, não as criaríeis. Além disso, não criais aquilo que não valorizais. Mas o valor nem sempre se acha ligado ao positivo, porque isso está associado às crenças, crenças de que aquilo que mereça ser valorizado também merece o esforço ou o sacrifício ou o desconforto ou a espera. Existem muitas expressões na vossa realidade que vão valorizadas e que não são necessariamente confortáveis.

MIKE: Então, que será que o meu foco valoriza? Quem me dera poder responder. Tu vais dizer: “Diz-me tu”, e eu vou responder de imediato que não faço a menor ideia, por desconhecer verdadeiramente o que seja que valorizo. Compreendo as coisas, a experiência negativa e positiva, além do facto de associar automaticamente o valor a algo positivo. Em retrospecto, penso poder identificar algumas dessas experiências negativas que tenha tido, e tive-as, já olhei para trás com olhos de valor e, oh meu deus, como valorizei o que vi! Mas estou só a tentar descobrir uma réstia do tema inerente à minha realização de valor. Que tipo de experiências devo levar a cabo a fim de valorizar?

ELIAS: Tu valorizas os enigmas.

MIKE: Eu? Valorizo os enigmas?

ELIAS: Valorizas.

MIKE: Estou a ver. Está bem. Correcto... (Ri)

ELIAS: Valorizas qualquer sentido de orientação na exploração que fazes, quando trata dum enigma. Se não comportar nenhuma resposta simplista mas perplexidade, se a descoberta das peças do enigma representar um desafio, tu valorizas essa expressão, a despeito do facto de ser confortável ou desconfortável.

E tu geras diferentes peças enigmáticas a fim de criares a desorientação ou o enigma. Só a incorporação duma acção tal como a do desenlace parecer-te-á demasiado simples. (O Mike ri) Por isso, torna-se mais interessante quando se torna num enigma. Se adoptares medo ou hesitação, desafias-te a ti próprio a tornares-te mais criativo e a gerares a desorientação. Não se trata da questão de ires do ponto A até ao ponto B; trata-se de ires até ao ponto B, passando pelo X e pelo R, pelo T e pelo W.

MIKE: (Ri) Penso que terá sido a primeira vez em que tenha dado por mim ou seja por quem for, a perguntar-te isso e tu a dares-me uma resposta tão detalhada. Quererá isso dizer... Quer dizer, a concepção que tenho da realidade e do porquê das pessoas, porque razão as essências aqui vêem, é quase para descobrirem um enigma de algum modo, pelo que me interrogo sobre o quanto de comum ou de incomum comportará esta minha realização de valor.

ELIAS: Isso não é necessariamente...

MIKE: Penso que esteja a querer perguntar se representarei um padrão?

ELIAS: Responder a tal questão representaria um desafio, porque vós sois únicos, e o modo através do qual escolheis gerar a exploração que empreendeis é-vos peculiar. Isso não quer dizer que não possam existir outros indivíduos que escolham orientações e expressões e experiências semelhantes, mas o modo segundo o qual tu crias é exclusivo e individual.

Por isso, a resposta à pergunta deve compreender ambas as coisas – sim, isso é exclusivo, mas também não é, pode necessariamente não ser incomum como uma orientação generalizada. Mas tampouco é comum, necessariamente.

MIKE: Bom; eu já me sinto preparado com esta coisa da mudança e esta onda da verdade e tudo o mais. Não procuro reiterar disso, por si só, mas tenho vindo a tornar-me cada vez mais consciente, ou nem sequer consciente, mas tenho vindo a criar uma percepção cada vez mais robusta do modo como de facto não me encaixo em nenhum grupo, do modo como toda a gente ao meu redor o faz, e isso, como um reflexo, está tornar-se cada vez mais forte.

Quando me volto para trás isso deixa de me parecer algo novo. Já desde a idade de dez anos que me dou conta de situações em que não consigo relacionar-me com muita gente por causa das minhas experiências. Por isso, quando procuro interagir com a maioria das pessoas, é como se não me importasse de interagir com elas e penso até que alguma parte de mim consegue relacionar-se mas não sinto que consigam relacionar-se comigo.

ELIAS: Estou a entender.

MIKE: Por isso interrogo-me… Tudo bem, eu tenho consciência de que o que vou dizer se acha imbuído de juízo critico, mas espero que ultrapasses isso. Penso que o que quero perguntar seja, qual será a disfunção de que sofro?

ELIAS: É o que temos vindo a identificar, a atracção que sentes pelos enigmas e a exploração disso que empreendes. Nesse sentido, o que é gerado é um tipo de percepção através da qual te percebes não apenas como diferente mas mais complicado do que os outros, o que de certa forma és, por resultar daquilo que fazes. Tendes a complicar ao invés de simplificares, o que em si não é prejudicial; não passa da escolha duma orientação. Isso gera-te esses enigmas, o que por sua vez te produz a realização do sentido de valor. Mas por vezes isso gera também uma percepção no teu íntimo de que os outros são mais simples.

MIKE: (Ri) Pois! Penso que isso seja verdade!

ELIAS: (Ri para dentro) O que também dá lugar a uma certo discernimento de que na sua simplicidade eles não são tão profundos quanto tu.

MIKE: (Ri) Todavia isso corresponde à verdade, não?

ELIAS: AH, AH, AH, AH! Eles podem não ser necessariamente tão complicados quanto tu e isso tampouco ser mau! (Ambos riem) Mas existe uma diferença, a qual tal como tens consciência, consiste numa expressão forte que está a receber a vossa atenção nesta onda subordinada às verdades.

MIKE: E então o que dizer destas… já falei contigo em diferentes ocasiões, e de cada vez que falei contigo acerca disso obtive um estímulo diferente, penso eu, pelo que agora me sinto incapaz de identificar que causa se aplicará a este sintoma físico. Mas parece exactamente a mesma coisa que tenho vindo a experimentar, aquilo de que te dei conta anteriormente, relacionado com as dores de cabeça e as tonturas. Penso que da última vez que falei contigo o sinal estaria ligado ao açúcar, e que eu começava a ter dificuldade em me lembrar.

Ultimamente, durante os últimos meses, tenho sentido estas ondas… Nem sequer consigo dar um passo na tentativa de descrever aquilo a que se assemelha. Não se trata de tonturas nem de confusão. É mais o tipo e sensação de ter a cabeça num reboliço. Por vezes dói, por vezes não. Mas parece que exerce demasiada pressão na cabeça e que isso me impede de pensar, e que não me deixa concentrar. E quando me encontro nesse estado não consigo fazer muita coisa. Quando me encontro nesse estado, todo o meu corpo começa a contorcer-se e não consigo trabalhar; não consigo fazer nada. É como se tivesse vontade de me sentar a olhar para a parede. E isso acontece o tempo todo, sem que consiga identificar o que esteja a activar tal coisa.

ELIAS: (Ri para dentro) O que está a desencadear isso é aquilo que temos vindo a debater ao longo desta conversa. Não se trata duma acção em particular mas dum movimento generalizado.

Isso, uma vez mais, tal como um enigma, incorpora uma complicação através da qual te permites deter-te e sugerir a ti próprio uma desculpa viável para não prosseguires na acção que sentes dever empreender, seja ela qual for, e que não desejas levar a cabo, e para a qual não encontras qualquer expectativa da parte dos outros para que deixes de fazer o que DEVIAS fazer por isso ser uma desculpa aceitável.

MIKE: Certo, então com este exercício que me forneceste para o Verão, sempre que tivesse sintomas físicos, creio ter sido para me concentrar na lavanda, ou me serenar ou algo assim. Será que uma coisa dessas conseguiria dissipar-me os efeitos? Porque se trata duma experiência verdadeiramente desconfortável.

ELIAS: Consegue, e quando conseguires acalmar-te a determinado ponto, permite-te dar lugar à fantasia.

MIKE: Fantasia?

ELIAS: Sim, ou aquilo que designas como tal.

Permite-te voltar a experimentar diferentes tipos de abordagem das aventuras por que tens passado noutros países, porque isso fornece-te uma distracção, e nessa distracção passas a abordar a energia de um modo diferente. Tu estás a permitir-te reconhecer e a encontrar validação, ao invés de te voltares na direcção duma expressão de decepção. Por isso interrompes o fluxo da energia, o qual se move dum modo familiar, no sentido da decepção. Com isso, reconfiguras a energia e geras validação e permites-te um momento de apreço, o qual estendes muito pouco a ti próprio...

MIKE: Sim, tenho consciência disso.

ELIAS :...E que te poderá resultar benéfico se o praticares.

MIKE: O tempo está-se-me a esgotar, por isso tenho duas perguntas.

Uma – penso que tenha sido ao Ben que tenha pedido para perguntar por mim – mas da última vez que falei contigo, falei-te desta essência que eu podia ou não considerar como minha alma gémea. Isso traduzir-se-ia em termos do tipo de relacionamento. Quando te perguntei sobre isso, disseste que sim, que essa pessoa era essa alma gémea sobre a qual eu estava a inquirir anteriormente. O nome dela é Becca.

ELIAS: É.

MIKE: Em seguida pedi-lhe para te perguntar quantos focos partilhava com ela, e tu disseste: “Que impressão tens?” Penso que a impressão que tenho é que sejam 22.

ELIAS: Mais.

MIKE: Cinquenta e dois?

ELIAS: Três.

MIKE: Cinquenta e três?

ELIAS: Sim.

MIKE: A minha última pergunta – tu sempre disseste para fazer isso, mas eu espero que não mantenhas isso como um absoluto. (Elias ri) Por ter estado neste estado de... tu sabes, talvez seja benéfico eu não andar a pensar nos outros focos, e nisto e mais aquilo, porque senti um certo interesse. Mas implicitamente sinto uma outra parte de mim a querer sair para a luz e dizer algo, contar-me uma história, como se se tratasse dum pedaço de informação. A impressão que tenho é que se trate dum outro foco com que esteja a interagir e que esteja a permutar energia comigo.

Por isso, penso que a questão que quero colocar seja (inaudível, por o telefone sofrer uma interrupção)... e não consigo obter uma imagem dele, mas penso que esse indivíduo seja do sexo masculino. Interrogo-me se me poderás fornecer detalhes.

ELIAS: Sobre esse outro foco?

MIKE: Sim.

ELIAS: Trata-se dum foco futuro. De que tipo de detalhes estás à espera?

MIKE: Pressinto que esta energia que senti... porque tenho vindo a tentar forçar uma saída de coisas do tipo: “Não existem outros focos, e só existo eu, e isto e mais aquilo.” Por isso, com base nessa maneira de pensar, sinto como se houvesse uma parte de mim neste foco que esteja a tentar passar... tipo um irmão mais velho ou coisa que o valha, algum tipo de aviso que esteja a tentar transmitir-me e a que eu não esteja a dar ouvidos. Fico com a impressão de que esse outro foco esteja a tentar estender-me um aconselhamento a partir da sua própria experiência. Penso que seja o detalhe que estaria à espera.

ELIAS: Ah. (Pausa) Muito bem. Posso-te dizer que de certo modo o outro foco és tu; por isso pode ser encarado como um outro aspecto teu situado aqui, neste momento.

Também te posso dizer que, aquilo que estás a tentar referir a ti próprio é para - ah! – para te permitires incorporar um outro tipo de distracção. O que estás a tentar expressar a ti próprio é a identificação de que o tipo de distracções que estás a empregar deixaram de constituir uma distracção, por serem bastante familiares, em razão do que te seria benéfico empregares tipos de distracção diferentes.

MIKE: Apenas sinto curiosidade. Este indivíduo situa-se na faixa de tempo do pós-mudança?

ELIAS: Situa.

MIKE: Será ele um foco sobre o qual te tenha feito perguntas, como a obtenção do nome e do ano e coisas desse tipo?

ELIAS: Não.

MIKE: Não tenho consciência dele?

ELIAS: Não.

MIKE: Não, querendo dizer que não estou consciente dele?

ELIAS: Exacto.

MIKE: Situar-se-á ele na faixa do século 23? No ano 2200 ou por aí?

ELIAS: Numa época tardia, sim.

MIKE: 2208?

ELIAS: Mais tarde!

MIKE: 2800?

ELIAS: Não, não, não! Mais tarde que 2200.

MIKE: Penso que me sinto apenas curioso. Sempre senti curiosidade em relação aos focos futuros, mas penso que isso implicaria uma outra sessão. Que é que ele faz para ganhar a vida? (Pausa)

ELIAS: Experimenta novas concepções destinadas ao emprego da manipulação de energia de modos inovadores.

MIKE: Tipo tecnologia?

ELIAS: Um tipo de tecnologia, só que através da manipulação de energia por meio de diferentes configurações destinadas à criação de diferentes tipos de manifestação por diversos métodos.

MIKE: Estou a entender. Oh, que interessante.

Uma última pergunta – já te perguntei quantos focos famosos tenho, e sempre me forneces um certo número e eu vou e procuro e investigo, e regresso a ti com brilhantes conclusões, mas é sempre sim ou não. Mas penso que realmente nunca te perguntei ou se alguma vez tenha sido incluído na resposta que tenhas dado, se algum dos meus focos futuros será famoso, talvez do tipo presidente de alguma nação?

ELIAS: Não, não presidente duma nação, porque as sociedades do futuro não empregam a mesma configuração de governo tal com o fazeis actualmente. Mas posso-te dizer que sim, incorporas um foco futuro que goza duma significativa notoriedade.

MIKE: Em ligação ao quê?

ELIAS: Em conjugação com a exploração do espaço.

MIKE: Oh, como um astronauta!

ELIAS: Não será identificado à semelhança dum astronauta, nessa altura. Isso parecerá bastante antiquado nas suas avaliações! Ah ah ah ah!

MIKE: (Ri) Está bem, Elias, muito obrigado. Ainda se me está a esgotar o tempo, por isso muitíssimo obrigado!

ELIAS: Não tens de quê.

MIKE: Prometo-te que na minha próxima sessão te colocarei perguntas sobre aquilo de seres todo “cheio de tretas”, e que terei muitas perguntas dessa ordem!

ELIAS: Muito bem! Ah ah ah! Isso deve incluir algum divertimento!

MIKE: Óptimo!

ELIAS: (Ri) Muito bem, meu amigo. Independentemente do modo como me percebes e de incorporares alguma crença na minha existência ou no que te transmito, isso não tem importância! (Ri) Porque talvez eu tampouco acredite em ti!

MIKE: Touché! (A rir)

ELIAS: E independentemente de receberes o meu afecto. (Ri)

Fico a antecipar o nosso próximo encontro, meu caro amigo – apesar de poderes não ser necessariamente o meu querido amigo, por não existires! (O Mike ri) E que coisa será um amigo, a despeito disso? Ah ah!

DIVERTE-TE, Mikah! (Ri) Para ti, como habitualmente, com uma assombrosa ternura, au revoir.

MIKE: Ciao.





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